Contrato Assinado. escrita por Rockines


Capítulo 11
Dores oprimidas


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo aquiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii boa passagem de anoo ^.^
ah! Se gostam da minha história não se esqueçam de ler a minha outra fanfiction por favor, ah! e não se esqueçam de comentarrrrrrr bjjj tyyy http://fanfiction.com.br/historia/451324/A_mission_for_life/



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Que tipo de contrato?...” Eu estava mesmo enervado. Aquela mulher transmitia tudo menos confiança. Afinal quantos contratos queria ela que eu assinasse? E por que raio insistia tanto em mim e não noutro artista? O que não faltava nesta cidade eram pessoas dispostas a fazer tudo por fama, mas ela não desistia de mim, por pior que nos dessemos, e isso era o que mais me intrigava.

Vês… Quando as coisas te interessam tornas-te tão eficiente... fazes-me lembrar…” Deteve-se. Olhei para ela com a expressão mais confusa que conseguia.

Queres parar com os mistérios? Eu disse que estava sem paciência!

Wow… tem calma, meu menino! Afinal quem está em posição de poder reclamar com alguma coisa sou eu!” A Maggie ria-se discretamente. Eu não sabia o que se estava a passar… teria aquela mulher enlouquecido de vez? “ Não olhes para mim dessa maneira. Tu dificultaste-me muito a vida sabias? És um cabo dos trabalhos…” A esta altura a Maggie já não sorria. E a cada frase que dava aproximava-se mais de mim. E eu mantinha-me parado a observá-la.

Mas de que é que estás a falar!? Tu estás bem??”

Não te atrevas a fazer de mim parva, miúdo! Quem é o burro és tu! Já houveram muitas pistas para tu perceberes! Até demasiadas! ” Tinha sido o limite. Eu já não estava a entender nada e ela estava a abusar.

Desta vez fiz-lhe frente com a intenção de a fazer sentir medo. “Mas ouve lá, quem é que tu pensas que és pra falar assim comigo?!”

Quem é que EU sou?? AHAHAHAHA! A cada frase que dizes te enterras mais! AHAHAHA” Ela contorcia-se de riso e eu sentia-me um idiota. Agarrou-me as bochechas com uma mão e começou a abanar a minha cabeça. “Fofo, eu sou a tua mãe, pensava que era obvio! Ahahahah!” De repente, largou as minhas bochechas, e logo de seguida deu-me um forte estalo que me deixou a cara a arder. “Meu Deus… Não te criei pra te tornares num estúpido! Mais evidências eram impossíveis! Diz-me Travis, não podias ter facilitado a vida à mamã?

A minha cara ardia e eu não conseguia acreditar no que ouvia. Ela só podia estar a inventar!

Mãe!? Mas qual mãe?! Tu não és minha mãe nem aqui nem na China, mulher! Pensas que não procurámos pelos meus pais? Pensas realmente que sou assim tão burro??” A minha voz tremia e eu tentava segurá-la o melhor que podia para não demonstrar fraqueza. Tocar no assunto dos meus pais ainda me fragilizava, como se atrevia ela a fazer-se passar pela minha mãe? Ela era a mãe da Lola, a mãe da minha namorada, certo? Na minha cabeça passavam mil e uma opções e nada me garantia que o que a Maggie dizia era verdade ou não.

Queres provas!?” A Maggie retirou da mala uma certidão de nascimento. A fotografia de um bebé estava imprimida ao lado do nome, data de nascimento, local, o nome dos pais etc… Travis Martens Huston , nascido a 23 de Maio de 1994, Local: Detroit, Michigan, Filho de: Maggie Collin Martens e Fracklin Jefferson Huston.

A minha voz não era a única que tremia, o meu corpo também, sentia que a qualquer momento ia fraquejar. Tanto tempo, tanto tempo para descobrir quem eram os meus pais e… a minha mãe nunca tinha estado tão perto. Senti vontade de vomitar.

Já te chegam as provas?” A minha mãe falava fria e cruel. A minha mão fraquejou e deixou que a certidão de nascimento caísse no chão.

O que queres?...” Eu falava calmamente. A raiva que sentia destruía-me por dentro. Só queria despachar isto para poder esquecer tudo o que tinha acontecido.

Tenho um contrato para te propor, para além daquele que era suposto teres assinado, mas antes preciso que ouças com muita atenção o que te vou dizer para não restarem duvidas.” Permaneci quieto, cabisbaixo, não conseguia olhar para a cara dela.

Muito bem… Como queiras. Vou tentar ser breve. Antes de nasceres já o teu pai e eu tínhamos uma grande rede de tráfico de droga pelo país. O teu pai estava a ganhar cada vez mais lucro e a vida era boa, pelo menos até tu apareceres…” A voz dela exprimia um desdém infinito “Como eu estava grávida e não podia ajudar no tráfico, as vendas baixaram e o teu pai achou que era uma boa ideia se, em vez de só nos dares trabalho, nos ajudasses também nas vendas. Com um bocado de porrada e uns dias sem comida lá te decidiste a ajudar-nos a fazer alguma coisa. Começaste a vender também, mas um dia tivemos azar e um conjunto de polícias encontrou-te e quis saber de onde vinhas com esperança de nos apanhar.” A Maggie começou a rir-se, o que me fazia sentir cada vez mais nojo dela. “Por sorte, tinhas sido educado para nunca revelar onde nos encontrávamos e acabaste por ser levado para um orfanato, o que para nós foi um grande alívio, acredita! Até hoje não nos conseguiram encontrar. Digamos que antes de morrer, o teu pai me deixou uma espécie de contrato que me permitia ganhar um valor colossal de dinheiro em droga, mas só o iria conseguir se tu o viesses assinar. Olha só para a ironia do destino! Nem precisei de me esforçar muito para te encontrar. Há uns anos, quando te reconheci, desgraçado a pedir dinheiro na rua em troca de umas musiquitas, lembrei-me de que ainda me podias dar jeito, mas não foi assim tão fácil, estou errada?”

Os meus olhos ardiam, um nó no meu estomago causava-me agonia e sentia tonturas. Como podia uma mãe desprezar assim um filho?...

Claro que não estou! Dei-te uma casa e tudo para que pudesses treinar com a tua guitarra e a tua banda com o objectivo de ganhar a tua confiança para que me assinasses o raio do contrato, mas tu não colaboraste! O que é que decidiste fazer?? Decidiste seguir finalmente os passos da família e meteres-te na droga! Deitaste tudo a perder quando eu mais precisava! E agora? É claro que não ias assinar o contrato que te acabei de oferecer, és demasiado burro para isso, não é? Porque teimas em dificultar-me a vida!?”

Um desgosto enorme apoderou-se do meu corpo, as lágrimas começaram a escorrer pelos meus olhos e comecei a soluçar compulsivamente, não conseguia sentir mais dor da que a que estava a sentir naquele momento.

Olhem só quem pensa que está a sofrer! Achas que não sofro mais!? Ver o meu filho biológico a foder a minha filha adoptiva!? Para que saibas amo muito mais a Lola do que alguma vez amei ou amarei um bocado de porcaria como tu, seu…” A Maggie suspirou.

Afinal eu conseguia sentir mais dor e ela consumia-me de uma maneira destruidora.

Preferes aquela tal… Jen… não é? Eu sei que sim, cabrão… dou-te então duas opções. Ou aceitas assinar o contrato do teu pai e eu dou-te um contrato musical para te tornares finalmente famosoo como tu querias, ou não assinas nada e eu faço-te a vida num inferno!” A minha mãe agarrava-me pelo colarinho e, embora com os olhos cheios de água, eu conseguia ver os dois contratos a abanar mesmo perto da minha cara. Não tinha mais nada a perder. Aquela mulher tinha-me tirado tudo, tinha-me tirado até a ultima chama de fé ou felicidade ou até amor, já não sentia nada e também não ia conseguir transformar a minha vida, num inferno maior do que ela era. Já não queria saber de nada. Só queria poder vingar-me. De um só golpe, agarrei no contrato musical, soltei-me da minha mãe e depois de ela lançar um grito sonoro e rasgado comecei a correr o mais que podia até encontrar um sítio seguro onde pudesse respirar.

***

Apanhei o metro até chegar ao quarteirão da nossa casa. Eu sabia o que tinha de fazer, mas tinha de o fazer rápido!! Tinha mandado uma mensagem à Jen para que ela se despachasse a chegar a casa porque precisava de falar com ela urgentemente. Sabia que a minha mãe me viria procurar a casa em pouco tempo. Quando entrei em casa quase não conseguia respirar. Apertava o contrato com todas as minhas forças. Quando a Jen me viu, desatou a correr ao meu encontro a perguntar o que se tinha passado comigo. A sua roupa estava amarrotada e o batom nos seus lábios quase não existia, o que me fez pensar no que ela devia ter feito.

Jen, precisamos de falar…


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Notas finais do capítulo

Comentem por favorrrrrrr :33333



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