Heart Attack escrita por ariiuu


Capítulo 5
Uma surpresa desagradável


Notas iniciais do capítulo

Cá estou com o novo capítulo pra vocês. Não demorei muito dessa vez, não é? :]
Neste teremos a continuação do diálogo entre Law e Bonney, e umas coisinhas a mais 8D No final do capítulo o enredo da fic toma um novo rumo. Espero que gostem ^/



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Heart Attack


Uma surpresa desagradável


“Eu achava que já tinha passado por todos os tipos de experiências com os homens que apareceram em minha vida. O primeiro foi Gen-San. Nojiko e eu torcíamos mentalmente pra que ele se casasse com Bellemere-San. O segundo foi o Arlong. Ele era meu superior e também o meu maior inimigo. Depois me encontrei com Luffy, e não pensei que fosse conhecer alguém tão destemido e retardado. Então veio o Zoro... Todos aqueles músculos unidos aquela fome insaciável por combates me fez repensar sobre o que era realmente a coragem e outras coisas mais. E por falar em coragem... Esse era um atributo ao qual Usopp não era adepto. Então veio Sanji com sua paixão ardente por mim. Mas eu sabia que não era a única mulher que receberia todo aquele ‘afeto’. Então Chopper se tornou nosso companheiro... Uma rena tão inocente e dócil. O completo oposto dos outros. Depois Franky e Brook... Esses dois últimos prefiro não comentar, pois o nível de bizarrice é elevado. Além dos meus companheiros de navio, também conheci os piores inimigos... Em Alabasta, Crocodile e a forma cruel ao qual torturou fisicamente e psicologicamente Vivi. Em Skypiea, Enel. Eu realmente cogitei a possibilidade de me unir à ele por covardia. Mas a fidelidade aos meus amigos queimava intensamente dentro do mais íntimo do meu ser. E mesmo depois de outros que cruzaram o caminho dos Chapéus de Palha, houve então o meio termo e a aliança pirata com um suposto inimigo ainda me deixava desconfortável. Porém, um episódio imprevisto aconteceu e eu tive a má sorte de me encontrar com a pior figura existente daquela geração...”




...





Baile da Corte de Dressrosa – Lado de fora.


Law arrastou a glutã até um local isolado, onde a música podia ser ouvida quase imperceptivelmente e não corriam o risco de serem interrompidos.

Ele a jogou contra a parede e a cercou com um de seus braços por cima do ombro dela. A garota o encarou com fúria.

Se você não sair da minha frente agora, vai se arrepender por ter nascido homem... – O tom grosso e audaz da glutã alimentava a engraçada sensação de se sentir fortemente instigado. Law adorava os joguinhos intimidantes dela, mas precisava deixar aquilo de lado e começar a tratar de negócios...

– Eu preciso que você vaze algumas informações pra mim... Isto faz parte de um plano que pode até mesmo te beneficiar...

– Me desculpe, mas não costumo me aproveitar dos planos de outros piratas para sair lucrando... Então vou te adiantando que você não terá nenhuma informação minha. – Ela respondia insolente.

– Será...? Eu não teria tanta certeza... – Law sorriu tipicamente de canto e Bonney arqueou uma sobrancelha.

– Você quer saber como escapei do Akainu e por que estou aqui!? Não seja burro e indiscreto Law... Todos os supernova estão traçando esquemas mirabolantes... E sinceramente...? Sua aliança com Luffy do chapéu de palha não era novidade. Foi fácil prever um movimento assim...

– Você é realmente... Uma garota equivocada, Bonney. Por que não para de latir um pouco e preste atenção no que tenho para te dizer?

– E se eu me recusar...?

Law sorriu ousado.

– Se você se recusar, eu teria o imenso prazer de cortar seu pescoço e enviar de presente para o almirante de frota... Ou melhor... Eu poderia ficar com a sua cabeça como troféu e enviar o resto do seu corpo para aquele porco do Teach. Aposto que ele iria se agradar de ter o seu manequim 38.

Bonney o encarou com sanha, ira, cólera, ódio... Ela sentia vontade de jogá-lo no oceano e assisti-lo se afogar lentamente.

– O que você quer saber...? – Perguntava de modo relutante, tentando matar seu orgulho de forma violenta. O cirurgião se deliciava com aquela reação tão presunçosa por parte dela. Chegava a ser tão instigante que ele sentia que talvez não pudesse resistir ao charme obstinado dela.




...




Nami havia se cansado de esperar seu ‘parceiro de baile’ para o próprio baile. Se ele escolheu outra garota para ocupar seu posto, então não tinha motivos em continuar naquele lugar. Foi então que a ruiva resolveu abandonar o espadachim no salão. Ele que agora estava com o rosto cheirando a recheio de limão e glacê.

Nami também não havia encontrado ninguém da tripulação pelas redondezas. Ela suspeitava que talvez os mesmos tivessem se metido em alguma confusão por aí, então por ora ela se colocaria na missão de procura-los.

– Onde aqueles idiotas se meteram...? – Ela pensava alto enquanto olhava ao redor, mas teve sua atenção voltada imediatamente para o barulho de um arbusto se mexendo. Ela estreitou o olhar e se aproximou.




...




– Aquelas cargas estavam escondidas naquelas embarcações rumo ao Novo Mundo? Por quê...? – Law interrogava a glutã de várias formas possíveis. A mesma continuou respondendo com muita relutância.

– Eu não tenho a mínima ideia. Não tive curiosidade em saber quem foi o idealizador desse esquema.

– Tem certeza que não notou nada suspeito? Alguma pista...? Algo que pudesse identificar quem era o mandante?

– Já disse que não! Naquela hora a única coisa perceptível foi a fome que estava sentindo. Pouco me importei com aquilo... Aliás, seu tempo acabou! Não vou te dizer mais nada, então saia da minha frente agora!

– Apesar de tudo... Essa informação foi realmente valiosa... – Law sorria de uma forma completamente distinta para a glutã. Ele estava imensamente satisfeito com o que ela lhe dissera.

– Eu não acredito que consegui lhe dar o que tanto queria... – Bonney apertou seu olhar por aversão.

– Você é realmente uma mulher má... Embora tenhamos desígnios diferentes, buscamos um objetivo igual...

– Claro que não! Não venha me comparando com você e os outros novatos!

– Esse seu jeito descontrolado nunca muda... - Law aproximou uma de suas mãos ao rosto da glutã e passou a acaricia-lo de leve.

– Tire sua pata de cima de mim... – Ela dizia em forma de sussurro.

– Você é linda... Como uma frágil boneca de porcelana... Mas é violenta como uma besta feroz... Tudo o que você precisa é ser domesticada... – O cirurgião dizia com aquela voz fria e rouca enquanto sua mão passeava pelas madeixas rosadas. Aquele toque afetuoso era tudo o que ele queria, pois há muito tempo ele se sentia tentado ao lado dela. E por mais que não entendesse, ele não estava disposto a se esforçar para fazer o contrário.

– Não faça isso... Você sabe que meu apetite aumenta quando sou incitada dessa forma... - Aos poucos Bonney se deixou levar.

– Então me deixe saciar sua fome... – Law naufragou no pescoço envolto dos longos fios rosados. O perfume dela o narcotizava e ele se sentia fortemente atraído por aquele gesto insinuativo. Quanto mais se aprofundava, mais ela parecia ceder ao que ele queria.

– Você precisa de mim, não é...? – Bonney dizia de modo sussurrado, enquanto Law roçava os lábios pelo pescoço dela. Aquela pele tão suave, tão fina e cremosa... Sua doce fragrância desenfreava parte de seus instintos lascivos lentamente.

– Sim... Eu preciso de você... – Ele respondia ainda entorpecido pelo toque dela.

– Então... QUEM SABE NUMA PRÓXIMA VIDA! – A glutã nocauteou o cirurgião com um potente soco no estômago. Ele então caiu de joelhos abatido e desacreditado. Seus olhos alargaram em resposta e ele também sentiu que o ar se ausentou de seus pulmões.

Vá se ferrar! E da próxima vez que tentar algo, prepare suas bolas, por que não terei clemência!

E ela saiu mais uma vez pisando duro enquanto bufava, porém, um círculo cinzento passou a tomar conta do local. Bonney já sabia o que era.

– Seu maldito... – Ela articulava com ódio.

Law sorriu mais uma vez. Toda aquela série contínua de sorrisos estava desencadeando os impulsos assassinos da pirata.

Ele se locomoveu lentamente para perto dela e se aproximou o suficiente, ficando de frente para a mesma. Law enlaçou o pescoço dela com um de seus braços enquanto a outra mão desembainhou a espada. Bonney se manteve parada. Sabia que seus movimentos podiam ser facilmente calculados.

– Você não pode fugir tão facilmente... – O shichibukai lhe repreendia um pouco ofegante.

Ela lhe lançou um olhar estreito de ódio, e ele obviamente amava aquilo. Na verdade, ele considerava aquele olhar muito atrativo e um dos maiores encantos da pirata.

– Eu não pretendo fugir...

– Boa menina... – Respondia ousado. - Agora quero que me mostre o objeto que escondeu a noite toda de mim.

– O quê!?

– Não se faça de desentendida. Você sabe exatamente do que estou falando...

Uma gota de suor escorria lentamente da testa da glutã. Ele finalmente havia percebido o que ela tentou ocultar de suas vistas.

– Aqui está... – Ainda sob ameaça, Bonney relutantemente depositava o ‘tal objeto’ nas mãos do cirurgião. E imediatamente o mesmo atentou para o que ela havia lhe entregado. Seus olhos arregalaram no mesmo instante.

– Você não...

– Sim... – Dessa vez, ela que sorriu ousada.

– O que você está pretendendo...? Todo esse teatro de que você não se importa com o que os outros novatos estão fazendo... Você me atraiu até aqui para mostrar isso...? – Law finalmente havia dado a brecha que ela tanto precisava. Em frações de segundos ela tomou a espada das mãos dele e a posição de ambos inverteu. A glutã se afastou e estendeu a ponta da espada na direção do pescoço dele. O cirurgião se rendeu à ameaça dela no mesmo instante.

– Você esquece que sou uma pirata... E eu não costumo jogar do lado dos perdedores, então... Antes de pensar em fazer algo comigo, saiba que pessoas muito mais poderosas virão atrás de você...

– Você... Se uniu a um deles...

– Não se preocupe, Law. É só por um tempo... – Ela sorriu marotamente.

Ele ficou desacreditado e em silêncio. Já ela, estava realmente disposta a ir embora tranquila, já que o mesmo parecia ter entendido o recado com temor.

– Eu gosto desses joguinhos entre nós... Eles são bem excitantes... Mas eu realmente preciso ir agora... Então por favor, espero que dessa vez não pretenda me seguir... – Ela anunciava em forma de deboche.

Law ainda continuou desacreditado e em silêncio. – Que mulher era aquela? – Se perguntava.

– Aah... Você não vai dizer mais nada...? Está tão surpreso assim...? Tudo bem. Não lhe culpo. Nem mesmo eu podia adivinhar que acabaria numa situação tão inesperada assim... Mas antes de ir... – Ela voltou a se aproximar dele, abaixando a espada e confinando-se de forma ainda mais arriscada. A devoradora sabia muito bem que ele não faria mais nada a partir daquele momento.

Eu... Gosto de você... Mesmo sendo um audaz inimigo, gosto de tudo em você... Então não me olhe desse jeito... Isso realmente me machuca... E eu jamais imaginaria que esta seria a única forma de encurralar um pirata tão talentoso e perspicaz como você, Law... Estar um passo a sua frente me causa calafrios... Isso por que te considero o mais forte e inteligente em todos os sentidos...

– Você realmente escolheu a pior forma de afronta... – Ele sorriu derrotado e não era típico que Law assumisse que alguém estava mesmo um passo à sua frente.

– Eu espero que você me perdoe...

– Perdoar...? Isso por acaso é por desencargo de consciência...? Desde quando isso se tornou tão pessoal...?



– Desde quando você se tornou admirável pra mim.



Os olhos do cirurgião acenderam. Aquela revelação não tinha o mínimo de coerência.

– Isto não pode ser um elogio... – Foi a única coisa que ele conseguiu responder.

– E não é... Isto é apenas... Um sentimento reprimido... – Mais uma revelação, e o olhar dele alargou ainda mais em resposta.

– O quê...?

– Não torne as coisas ainda mais constrangedoras, seu idiota... – Ela o abraçou com força, mas ele não conseguia sentir que aquilo era sincero. Toda aquela encenação lhe fazia se sentir insignificante. Mas por ora, ele não poderia reagir. Ainda que lutasse contra dois anseios. O ódio e a inclinação que sentira por ela.

– Acho melhor você correr... – Law sussurrava de forma audaciosa.

– E por quê...? – A devoradora se sentia instigada com aquela frase que mais parecia uma ameaça.

– Por que não vai conseguir manter o ritmo se te alcançar...

Bonney sorriu.

– Tente... – Por mais hesitante que estivesse diante dele, não podia mais continuar resistindo. O cirurgião era tentadoramente apaixonante. Não era fácil se restringir tão perto dele, pois o mesmo parecia mexer quimicamente ainda mais com seu cérebro do que com seu coração.

Ainda tentando entender tudo o que estava acontecendo, Law mais uma vez foi surpreendido ao sentir seu rosto sendo virado bruscamente e seus lábios sendo selados pelos dela.

E lá estava ela, fazendo algo que vinha contendo dentro de si desde que se encontrou com Law no Arquipélago de Sabaody há dois anos. Ambos sabiam que a impressão e efeitos sentidos foi mútuo. Eles precisavam daquilo.

O beijo intenso que Bonney lhe roubara foi o suficiente para acalmar o desejo de cortar seu coração. Agora sim, a mesma havia se tornado uma boneca de porcelana. Quase intocável para ele, porém... Por mais que estivesse ameaçado naquelas circunstâncias, não sufocou a tentação de prova-la da forma como realmente queria. Law não somente correspondeu ao beijo, como agora passou a conduzi-lo do seu jeito. Senti-la tão perto, tão presa a si. Seus braços a puxaram ainda mais e seus corpos ficaram praticamente colados. Aos poucos a glutã deslizou as mãos pelos cabelos negros e desgrenhados, enquanto sentia seus lábios escorregarem deliciosamente pelos dele. Aquele momento era o mais propício para tornar eterno a lembrança de tê-lo experimentado, ao menos uma vez.



...




Suas memórias ainda estavam embaraçadas e sua visão estava completamente turva. Ela abriu os olhos com dificuldades e ainda assim tudo ficou desfocado. Ela sentia a sua nuca latejar levemente e uma dor aguda tomou conta do local quando a mesma recobrou totalmente os sentidos. Demorou alguns segundos para que seus olhos tornassem aquele ambiente nítido e então finalmente... Nami se lembrou do que havia acontecido. Automaticamente seu coração disparou e seu corpo enrijeceu.

– Onde estou...!? – Ela indagava ainda com dificuldades, mas alarmada ao perceber que estava num cômodo fechado e completamente escuro, com apenas uma janela, onde a luz da lua era a única coisa que iluminava tudo.



– Finalmente a Bela Adormecida acordou...



Uma voz grave e firme pôde ser ouvida no canto direito daquele quarto. Nami se levantou e posicionou o Clima Tact em ataque.

– Não há necessidade disso, princesa...

A navegadora recuou dois passos para trás quando percebeu que a figura sombria se aproximava.

– Quem... É você...? – Contestava um pouco amedrontada com o que podia acontecer naquele exato momento.

Antes que pudesse ter qualquer resposta, a imagem de um rapaz ruivo de cabelos espetados ficou nítida. Ele trajava uma longa túnica preta aberta, uma camisa também aberta na tonalidade vinho por baixo da túnica e dois cintos por cima de uma faixa azul. Mas a característica mais chamativa foi o tórax bem definido e repleto de cicatrizes. Tudo ficou mais límpido quando Nami alargou o olhar. Mas o mais impressionante... O braço esquerdo dele era feito com peças de...

– Metal...? Mas... Q-Quem é você...!? – Ela perguntou mais uma vez de forma temerosa.



Ele riu sarcasticamente antes de responder.



– Eu sou aquele que vai leva-la a um lindo passeio pelos confins do Novo Mundo...


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Notas finais do capítulo

E o Kid deu as caras no quinto capítulo para a alegria ou tristeza de alguns... Bonney parece ter se unido a alguém bem influente... Quem será?? Tantas perguntas e as respostas serão dadas no decorrer dos capítulos futuros.
Estou indo muito rápido?? Garanto que ainda tenho muitas surpresas pra vocês. Coisas que sequer alguém pode adivinhar.
Onde estão os reviews?? Se o número desejado não for alcançado, o próximo capítulo não vai aparecer tão cedo. Digo isso por que está muito difícil conciliar meu trabalho com as fanfics, então leitores... Acho que o esforço vale a opinião de vocês sobre os capítulos, não acham? Vamos colaborar. Deixem reviews.
Até o próximo ^/