Heart Attack


Um ardor gelado




...




“Me sentia desatinada. Era como se não tivesse como retornar, uma vez que me perdi do meu caminho... Algo em mim havia mudado drasticamente de lugar, mas ao mesmo tempo eu não sabia o que era. Um misto de dúvidas e desconfianças... Suspeitas e incertezas... Mas eu não naufragaria e me renderia ao que supostamente poderia me destruir pouco a pouco... Mas ainda que eu consiga... Por que simplesmente... Não quero...?”




...




– É isso mesmo! Explique pra gente agora essa história! – Usopp contestava confuso.

– É Nami! Por que aquele cara te agarrou na maior cara de pau depois de ter te sequestrado!!? – Chopper também indagava.

– Por acaso ele te ameaçou...? – Robin perguntava enquanto esbanjava seu típico sorriso despreocupado.

– Eu não acredito que ele teria a ameaçado, sendo que não houve reação. – Franky rebatia.

– Concordo plenamente, Franky-San. – Brook afirmava convicto.

– Nami-San... – Sanji começava uma frase, para depois dar um Trago demorado em seu cigarro e... – POR QUE VOCÊ NÃO EMPURROU AQUELE MALDITO PARA LONGE!!? – O loiro gritava descontrolado. Usopp e chopper tiveram que segurá-lo de tão alterado que estava.

– Pare de fazer esse papel idiota, cozinheiro mulherengo... É óbvio que ela correspondeu... Ela é uma mulher que facilmente se dobra para pessoas dessa extirpe... - Zoro julgava a atitude da ruiva com desdém.

– Mesmo que fosse isso, e daí...? Ela pode beijar quem quiser... A vida é dela... – Franky respondia desavergonhadamente enquanto abria uma garrafa de cola.

– É verdade... Ninguém tem que se intrometer na vida pessoal dela... – Robin fortalecia as palavras ditas pelo ciborgue.

– Eu concordo. Uma donzela na flor da idade merece ter um príncipe encantado que a faça feliz. – Brook dizia com ar de experiência.

– Certo... Mas eu não diria que... UM PIRATA SEQUESTRADOR, CRUEL E ASSASSINO SEJA O MODELO PERFEITO DE PRÍNCIPE ENCANTADO!!! – Usopp replicava indignado.


– Hmmm... Não acho que a Nami fez nada de mais... – Luffy redarguia com ar de seriedade.


– O QUÊ!!? – Todos perguntaram em uníssono. O capitão sorria maroto enquanto todos o olhavam desacreditados.

– Por essa eu não esperava... O Luffy está defendendo a Nami...? – Franky dizia enquanto matinha a feição pasmada.


– Prestem atenção todos vocês...


A tripulação atentou para a voz da ruiva, que até então não havia dito sequer uma palavra.

– Eu entendo a preocupação de todos, mas... SERÁ QUE VOCÊS PODIAM PARAR DE ME ACUSAR E FAZER ESSAS PERGUNTAS INCONVENIENTES!!? EU JÁ ESTOU CHEIA DISSO!!! CUIDEM DE SUAS VIDAS!!!

A navegadora havia fechado os punhos e sua feição era de extremo e puro ódio. Foi quando o cirurgião entrou no meio de todos eles, os surpreendendo.

– Me desculpem interromper a festinha, mas já avistei a ilha e preciso da ajuda de vocês.

– Mas já!? – O atirador perguntava assustado.

– Como será essa ilha...!? – A rena olhava empolgada para frente.

– Finalmente... Vamos nos preparar para ancorar, galera!!! – O cibirgue gritava animado.

– Éeeeeeeh!!! – Todos assentiam com outro brado.


Law olhava aquela cena e achava ridícula, mas algo lhe chamou atenção: A ruiva não parecia tão animada como os demais.




...




O sol começava a se pôr e finalmente as duas tripulações se encontraram na costa da ilha de Zou. Todos começaram a se interagir de forma engraçada. Mas algo tirou o foco daquele recente encontro.

– Hey, onde está aquele urso polar que fala!!? – Luffy perguntava entusiasmado, esperando rir com as trapalhadas do mesmo, pois em Amazon Lily ele havia mostrado isto de forma espalhafatosa.

– Err... Capitão... Precisamos ter uma conversa em particular... É sobre o Bepo... – Shachi dizia mais baixo que o comum.

– Não se preocupem com o bando do Chapéu de Palha. O que precisam dizer tão urgentemente sobre o Bepo...? Onde ele está...?

– Ahh... Como diremos isso...? – Penguin coçava a cabeça, um pouco sem jeito.

Law os encarou com um aspecto sombrio. Era óbvio que o mesmo estava começando a se irritar.

– O que aconteceu...? – O cirurgião esbanjava uma aura assassina, e os dois companheiros começaram a gaguejar.

– Aah, é... B-bem... Ele... Ele...

– Na verdade ele... Ele não...

– Ele foi sequestrado. – O grandalhão Jean Bart definiu a questão no mesmo momento.

– O quê...? Sequestrado...?

– Ooh não! Será que foi aquele maldito do Kid de novo!!? Mas e agora!? Precisamos resgatá-lo rápido!!! – Luffy corria de um canto para o outro, um tanto alarmado.

– Nossa... Nem com o sequestro da Nami você ficou tão desesperado... – Usopp dizia de forma desacreditada.

– Se acalme Chapéu de Palha. Me digam... Quem o sequestrou e o que querem em troca. – Law se manteve calmo e despreocupado.

– Bem... Parece ter sido uma garota de cabelos rosados...

– O quê!?? – Dessa vez era Nami que mostrava espanto.

– Quem é essa mulher...? Como ela o sequestrou? O que vocês estavam fazendo nessa hora!? – Law indagava um pouco desacreditado.

– Nós três estávamos pescando numa ponte próxima, quando ela nos atacou... – Penguin abaixava a cabeça.

– Fomos pegos desprevenidos, pois a mesma parecia ter usado um gás que nos manteve dopados. A única imagem que guardamos foi aquela cabeleira rosada... – Shachi respondia um pouco frustrado.

– Não suspeitam quem seja essa mulher...? - Law perguntava, já sabendo a resposta.

– Provavelmente podia ser...

– A glutã Jewelry Bonney...– Penguin completou.

– Quantos dias faz...? - O cirurgião continuou o interrogatório, tentando entender por que mais uma vez Bonney sequestraria alguém.

– Três dias, capitão.

– E ela já entrou em contato?

– Aah... Não... Mas hoje de manhã recebemos uma ligação do próprio Bepo, desesperado e implorando para que resgatemos ele o mais rápido possível, pois pelo que ele disse... A sua sequestradora...

– É louca... – Shachi completava.

– Ele deu a localização exata...? – Law franzia o cenho enquanto sentia uma gota escorrer involuntariamente de sua testa.

– Ele disse que está naquela famosa ilha... Toy House...

– Toy House não é aquela ilha que fica a poucos quilômetros de Mariejoa...? – Robin indagava um tanto maravilhada, pois tinha curiosidade em conhecer a o lugar.

– Sim... Essa ilha fica há uns dez dias daqui... – Penguin esclarecia a dúvida da moça.


– Então vamos nos aprontar para salvar o urso e viver uma nova aventura!!! – Luffy gritava empolgado.


– Você gosta tanto desse cara assim...? – Franky contestava.

– Espere Chapéu de Palha. Precisamos de um plano... Se for mesmo Bonney que o capturou, então as coisas podem ficar ainda mais complicadas. E essa ilha é um pouco perigosa para qualquer pirata, pois fica perto de onde todos os Dragões Celestiais residem. Os poderosos do Governo Mundial se encontram lá. Essa missão será mais difícil do que a anterior.

Mariejoa... Dragões Celestiais... Isso parece ser mesmo perigoso... – Usopp sentia suas pernas tremerem ao saber que poderiam se meter numa grande encrenca.

– Só vamos perder tempo... – Luffy fazia bico, indignado com a resposta.

– Vamos nos reunir depois do jantar para traçarmos um plano. – Law encerrava a discussão.




...




Em meio aquela confusão onde um membro da tripulação de Law havia sido sequestrado, Nami voltou para o navio sozinha. Ela ficou por muito tempo pensando nos últimos acontecimentos entre ela e Kid.

Havia se encostado nas laterais do Sunny, no convés. Olhava atentamente para aquele anel que continha um número pelo lado de dentro. Aquele objeto reluzia levemente junto ao brilho suave da lua, e de certa forma lhe causava algum contentamento. Ela sorriu enquanto continuava a fitar o anel.

– Está pensativa hoje também...? – Robin interrompia os pensamentos da garota.

– Aah... Um pouco... – Respondeu com ar de desânimo.

– Desde que voltamos você não para de olhar para esse anel...

– Hã...? O que está querendo dizer com isso...? – Nami arqueava uma sobrancelha, temendo que a mesma começasse a jogar indiretas.

– Me diga Nami... Você está apaixonada...?

Por um instante a navegadora sentiu uma forte compressão no estômago. Aquilo que Robin havia dito parecia tão irreal e impossível, que por um momento ela teve vontade de rir.

– Ahahaha, mas é claro que não! Como eu poderi-

– Não precisa responder diretamente pra mim. Pergunte isso a si mesma... É muito fácil saber...

– Não... Eu... Não quero estar apaixonada... Isso é... Muito doloroso... – A garota abaixava a cabeça, olhando diretamente para a grama do convés.

– Por quê...? Já teve alguma experiência assim antes...?

– S-sim...! Quer dizer... Não...! Err... Não exatamente... Foi isso que eu quis dizer... – A ruiva sentiu seu rosto esquentar e Robin não conseguiu segurar o riso.

– Imagino que deve ter sido difícil... Mas não precisa ser assim de novo... Abra seu coração e veja o que há dentro... – A morena dizia de forma afetuosa.

– Não é como se eu... Tivesse sentimentos desse tipo por ele... Eu só... Me senti atraída por um lado compassivo dele... – A navegadora respondia enquanto virava o rosto para o outro lado, tentando esconder o rubor da amiga. De certa forma, ela sabia que em meio a tanta crueldade, Kid parecia ter um lado bom. E ela tinha certa curiosidade sobre isso.

– Bem... Seja como for, saiba que uma hora você vai ter que entender se isto é apenas admiração... Ou algo além... – Robin deu as costas à companheira, se dirigindo á escada, pois lá embaixo as duas tripulações estavam fazendo uma imensa fogueira para se reunir em torno dela.

Ao terminar de descer as escadas, Robin se encontrou com Law.

– A porta central está aberta?

– Sim...

– Preciso pegar algo que deixei lá. – O cirurgião definia o motivo de subir no navio.

– Então vá. A Nami está no convés. – Robin sorriu e caminhou em direção à fogueira. O cirurgião detectou algo além naquela frase, como se a morena se divertisse ao saber que ele se depararia com a ruiva.

Ao terminar de subir as escadas, ele deu de cara com a navegadora, que se assustou ao vê-lo.

– Pare de assustar as pessoas desse jeito! O que quer aqui...? – Ela virava de costas e cruzava os braços, protestando de forma incivil.

– Não precisa ser tão grossa. Só vim pegar algo que esqueci aqui. – Ele redarguia com seu típico tom frio e obscuro.

Enquanto mantinha os braços cruzados e uma carranca inconfundível na face, ele se aproximou sorrateiramente e fixou o olhar no pescoço dela.

Nami estranhou o silêncio e quando pensou em averiguar se o cirurgião ainda se encontrava ali, ela sentiu seu corpo sendo empurrado contra a parede ligeiramente.

A garota arregalou os olhos em resposta. Law lhe cercou com o braço esquerdo, não dando brecha para escape.

Os dois se encararam profundamente e ficaram em silêncio por um tempo. A única coisa audível era o som do vento que meneava de forma suave os cabelos desgrenhados dele. O clima quente unido à brisa gelada que lhe estremecia... Uma impressão desconhecida...


Um ardor gelado...


– O que você... Está fazendo...? – Contestava sobressaltada.

Ele não respondeu. Apenas elevou a mão direita ao pescoço dela, afastando suavemente os cachos ondulados, dando-lhe a visão que queria. O olhar penetrante do cirurgião lhe feria de forma invisível.

Nami continuou sem entender e ele permaneceu naquela posição, observando atentamente o local.

– Ele te machucou, não foi...?

A ruiva se assombrou ao perceber que ele havia descoberto a mancha roxeada em seu pescoço que havia escondido por vários dias.

– Isso aconteceu por que eu o provoquei... – Ela esclarecia de forma desanimada.

Law estreitou o olhar. Depois de analisar vários fatores aos quais não lhe convenceram de que Kid havia se apaixonado por Nami, aquela era mais uma prova que tivera sobre uma de suas hipóteses.

– O que você fez para que ele te machucasse desse jeito...? – Ele avaliava ainda mais o hematoma e concluía obviamente que eram marcas de um suposto estrangulamento.

– Eu fiquei cansada de esperar vocês chegarem e tentei fugir... Por dias eu não soube o motivo do sequestro... Aquilo estava me matando... – A navegadora dizia enquanto seu semblante mostrava constrangimento.

– Você foi insensata... Provavelmente não sabia com o tipo de pirata que estava lidando...

– Mas é claro que sabia! Ele quase me matou e me manteve em cárcere por semanas... E também... – Ela parou de falar, pois não queria que ninguém soubesse o que passou. Se recordou de todas as ameaças do ruivo, porém por mais que quisesse, não conseguia forçar um grande ressentimento contra ele. Nami sabia que o pirata guardava algo precioso dentro de si, e era isto que lhe deixava ainda mais confusa sobre as sensações que tivera ao se lembrar do que viveram juntos. Mas naquele momento, ela não sabia que o cirurgião mexeria com sua sensibilidade ao levantar mais dúvidas em sua mente, pois obviamente ele entendia tudo o que se passava dentro dela.

– Acha mesmo que ele lhe deu um anel por que a estima...? Por acaso você é tão burra para acreditar em contos de fadas...? – Aquelas perguntas impertinentes condisseram como várias adagas em seu peito. Seu olhar acendeu ainda mais e ela o encarou intimamente.

Aqueles olhos acinzentados, frios e misteriosos lhe assombravam, ao mesmo tempo em que as enfurecia. As palavras dele soaram árduas e maçantes. Por que ela não conseguia entende-lo e tão pouco confiar no que lhe era dito...?

– Isso tudo não teria acontecido se você... Não tivesse me deixado sozinha naquela festa e ido se divertir com aquela mulher... – Nami rebatia num tom mais baixo e nebuloso. De certa forma, ela estava o acusando explicitamente por seu sequestro.

– Está me culpando por isso...? Por que em vez de passear sozinha num lugar que mal conhecia, não ficou junto de seus companheiros...?

– Heh... Eu não pensei que você cairia nessa tão facilmente... – Ela sorriu maliciosamente de canto e ele estreitou ainda mais o olhar.

– Você é mais inocente que uma criança... Acha mesmo que esse objeto é algo que mostra que você tem algum valor pra ele...?

– E por que não seria...?

– Olhe atentamente para o material que o reveste... Esse brilho estranho provavelmente é uma mistura de Paládio com Titânio e Prata...

– O que você... Quer dizer com isso...? – Nami indagava um pouco assustada... Como ele conseguiu acertar exatamente o tipo de material do anel?

– São combinações de metais... Isso mostra sua localização exata, já que ele tem um perfeito controle de magnetismo.

– Não entendi... – Os olhos dela estavam mais abertos que o comum. Ela estranhava completamente as recentes palavras dele.

– Você quer que te diga abertamente...? Ele pode estar te usando para localizar o Chapéu de Palha...

Dentro de si, Nami não conseguia acreditar. Os últimos dias que havia passado ao lado de Eustass mostrava o contrário. E por mais que as hipóteses de Law fizessem sentido, ela não queria acreditar... E por que não queria acreditar...? Ela se perguntava se estava mesmo desenvolvendo sentimentos pelo ruivo.

– Eu... Eu não acredito...

– O Eustass desenvolveu muito suas habilidades com o magnetismo. Com essa mistura de metais, o corpo dele pode facilmente reagir a esse anel a milhões de quilômetros...

Antes que ele pudesse continuar dizendo qualquer coisa que mostrasse que tudo aquilo fazia sentido, Nami o empurrou para longe e...

Vestígios de lágrimas podiam ser vistos em seus olhos, embora não pudesse deduzir sobre aquilo precisamente.

– Pare de ser tão inconveniente!!! – Ela bradou enfurecida.

O cirurgião a defrontou confuso. Não sabia que aquilo podia a ferir tão certeiramente. Então a pergunta era...


Até onde ela iria por Kid?


– Me diga... Nami-Ya... Você arriscaria a vida pelos sonhos do seu capitão... Ou...

– Não... Ouse... – Interrompeu de forma assombrosa. Tão assombrosa que ele pôde perceber pingos brilhantes descendo dos olhos e escorrendo pelos dois lados do rosto dela.

Era óbvio que ela estava confusa com tudo, mas... Ela jamais trairia seu capitão por qualquer pessoa ou motivo que fosse, a menos que o próprio Luffy cooperasse para que tal tragédia acontecesse... Ela se manteria fiel ao seu capitão até a morte.

A ruiva enxugou as lágrimas e voltou a encará-lo com precisão.

– Se acha que sou tão indigna a ponto de trair meu capitão apenas por um resquício de sentimento por alguém que conheci numa situação tão desagradável... Isso só prova o quão miserável você é como ser humano... – Ela rebateu com muita convicção em seu olhar e sua voz.

Law sorriu ousadamente assombroso, surpreendido por tais palavras...


Talvez houvesse algo interessante nela que de fato pudesse ter despertado algo em Kid, pois ele estava sentindo o mesmo naquele momento.


– Eu não acho que tenha escolhido me tornar um pirata por motivos humanos... – Um aspecto sinistro tomou conta do rosto do cirurgião. Quando se lembrava de seu passado e de tudo e todos que cruzaram seu caminho. Nostalgias e cicatrizes macabras tomavam conta de sua mente...

A ruiva o fitou um tanto imprecisa. Aquela expressão soava feral, sangrenta e impiedosa... Foi então que recuou para trás, um pouco assustada com o que vira e se perguntou até onde poderia confiar nele...

Mas a aliança estava formada, e até seus objetivos não serem cumpridos, teria de conviver com aquela dúvida que passou a lhe causar desconforto.

Ainda sentindo que as lembranças pareciam ter despertado o lado sombrio que mergulhava num abismo infinito em trevas, Law lhe lançou um olhar ainda mais misterioso do que qualquer corrente emblemática que existia no mar. Quanto mais olhava dentro dos olhos cinzentos, mais se sentia sendo sugada para dentro de uma dimensão completamente desconhecida e perigosa.

Os olhos dela carregavam o reflexo dele... Um espelho nefasto... Fatídico...

E naquele momento ela concluía que...


Trafalgar Law parecia ser alguém... Que escondia suas reais intenções...