Livro Da Perdição escrita por Alan Mcgregor


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Poisé, nem mesmo eu acredito que estou escrevendo novamente essa estória! hahahaha Normalmente não termino as que eu escrevo, mas quero que essa seja diferente. Espero que gostem desse novo capítulo. Demorou um pouco (rs), mas finalmente ficou pronto. sem mais delongas, podem começar, afinal, esse capítulo já demorou tempo demais para ser lido!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/359601/chapter/5

– Finalmente...

Viktor apreciava com um prazer quase obsceno a casa e sentia o medo de sua antiga esposa. Sorveu o ar profundamente uma última vez e foi em direção à porta da casa.

– Derek, vá, agora. O colar vai proteger vocês, mas devem partir imediatamente. A carta está com você? – disse Helena.

– Está sim, senhora.

– Portanto vá. Nem mesmo você conseguirá pará-lo, agora que ele finalmente voltou.

E Derek partiu pelos fundos da casa, com Alan no colo, onde uma carroça os esperava. Rapidamente deitou Alan no interior da carroça, assumiu as rédeas e partiu caminho afora.

– Helena, minha irmã, já te disse que você pode ir com Derek. Ainda estou espantada com tudo que me revelou no caminho da casa dos Finn para cá, mas mesmo assim, acredito que você deve ir com Derek e eu ficarei.

– Não seja boba, Marlen. Além de Alan, ele também quer a mim. E você nunca quis seguir o nosso caminho.

– Você bem sabe que eu nunca gostei disso. E você é a primogênita, não faria sentido eu querer aprender...

– Aaah, Marlen. Quantas saudades da sua doce voz... – Viktor finalmente adentrou a sala. – Fiquei me perguntando quanto tempo mais teria que esperar para reencontrá-la.

– Seu verme. Eu sempre soube que você era um monstro e eis que tenho a prova final. Você vai queimar no inferno, se é que você é digno de até mesmo para o inferno ir...

– Hahaha... Certas coisas não mudam, não é? Você e sua língua afiada. Terei muito prazer em te...

– Grrrrrr....

Um alto rosnado fez com que Helena e Marlen se virassem, surpresas, para trás, e que Viktor exclamasse:

– Oh! Realmente ISSO é uma verdadeira surpresa! O velhote não morreu ainda? Realmente os McGregor são uma praga...

Arthur estava de pé. Apesar de seu estado, ele tentava encarar Viktor, numa expressão que poderia significar: “Fique longe da minha família”. Arthur passara todos esses anos guardando lucidez e energia para esse último e derradeiro dia de sua existência. Chegara a hora. Era sua última oportunidade de proteger a sua família e destruir aquele mal.

– Meça suas palavras para falar com meu pai, Viktor. – Helena parecia haver se recuperado de todo choque e apatia que estivesse sentindo. Sabia que aquele não era mais o homem pelo qual havia se apaixonado muitos anos antes. Sabia que devia proteger seu amado filho, ganhar tempo para sua fuga. E sabia como atrapalhar o avanço daquele monstro.

– Minha querida esposa... Você sempre me odiou. Sua vadia. Sempre me olhava com raiva e repulsa. Você é a responsável por tudo isso. Você é o grande monstro.

– Não. – Helena respondeu firmemente, sem hesitar um momento sequer. – Você escolheu isso por livre e espontânea vontade. Aceitou o monstro dentro de você porque tinha fome de poder. E agora é escravo. Eu quis te ajudar, muitas vezes, mas você se distanciou. E ignorou qualquer tipo de ajuda.

– Vá pro inferno! Todos vocês! Todos. TODOS! – gritou Viktor, lançando as mãos para trás, em formato de garras.

Quando Arthur percebeu o que ele ia fazer, se moveu e colocou as duas mãos sobre os ombros da filha e fechou os olhos. Logo em seguida, das mãos em garra de Viktor, dois jatos potentes de um fogo demoníaco foram lançados, em direção aos McGregor. Antes que o fogo lhes causasse qualquer empecilho, uma camada de proteção azulada apareceu diante deles, contendo o fogo. Porém, isso não impediu que a casa começasse a queimar.

Jon e Daniel viram o fogo começar a se alastrar na casa e partiram correndo de volta, para ver o que havia acontecido e tentar ajudar seu amigo e seus familiares.

– Velho maldito! Como ainda consegue canalizar algo nesse estado, depois de tantos anos? - respondeu Viktor, um tanto surpreso. – Vou sepultar vocês na sua própria casa!

– Po..de ten...tar... – Respondeu Arthur, ainda de olhos fechados e mãos sobre os ombros da filha.

Jon e Daniel chegaram à porta da casa, mas já estava tudo envolto em chamas. Partiram então para a entrada dos fundos. Correram pela cozinha e chegando perto da sala, onde era o centro do incêndio, viram toda a cena que ali se passava boquiabertos.

Viktor lançou um olhar fulminante às labaredas que se acumulavam em volta deles e levantou o braço esquerdo girando muito rapidamente seis vezes a mão para um lado e outro, antes de esticar o braço por completo, sempre tendo em mente as palavras demoníacas adequadas. Assim que ele completou o movimento, muitas labaredas se projetaram em formato de cobras e começaram a atacar os McGregor. Arthur mal conseguia defendê-los. Sua força se desvaia muito rapidamente. Mas o que o mais irritava era ter guardado tanto suas forças para perecer no fim de maneira tão frágil. Seria a segunda vez que perderia para aquele moleque.

– Você não é páreo para mim, velho. Nunca foi. Eu já te mostrei isso uma vez. Morra logo e poupe-me de sua existência inútil.

As palavras de Viktor reacenderam uma força poderosa em Arthur. Movimentando os braços da filha através da canalização de poder, fez com que ela levantasse apenas os dedos indicador e médio das duas mãos, e os cruzasse em frente a si, formando um “X”. Com o pouco de poder e força vital que lhe restava, manteve a proteção azulada que os mantinham vivos contra as cobras e canalizou energia para os dedos da filha, que agora também o pertenciam.

Daniel estava em pânico. Jon estava sendo engolido pelo fogo infernal da cobra que o atacava, gritando para que Daniel fugisse. Daniel conseguia perceber que toda esse mal provinha do ser ensanguentado que parecia estar prestes a matar os McGregor e sentia um ódio profundo dele. Fez menção de avançar, mas Jon uma vez mais gritou para que fugisse, em meio às lágrimas de dor que sentia ao ser morto pela cobra de fogo.

– Irmão, eu vou buscar ajuda! Por favor, não morra. Por favor! – e partiu correndo pela porta dos fundos.

Assim que Viktor percebeu o que Arthur estava tentando fazer, tentou desencorajá-los:

– Não sejam ingênuos, não poderão me parar com isso... – disse, com um ar de insegurança.

Assim que Arthur fez Helena descruzar os dedos, como se puxasse duas facas afiadas, uma onda azulada muito poderosa em forma de “X” voou em direção ao surpreso e apavorado Viktor.

– Volte para onde veio, seu demônio! – Gritou Helena, ao terminar o seu movimento das mãos.

Daniel havia acabado de sair da casa quando houve a explosão. Aos prantos, correu em direção à frente da casa e viu que esta não existia mais. O fogo se extinguira, mas a casa não existia mais. Agora apenas escombros, salvo uma parte dos fundos, onde Daniel havia acabado de passar.

Chorou profusamente.

==//==

Depois de dois dias e meio de viagem, Derek finalmente chegara à cidade de Porto do Adeus. Alan ainda dormia, por efeito do chá preparado por Marlen. Era perto da hora do almoço e decidiu ir direto à casa de Dilan, como fora solicitado pela senhora Helena. Bateu à porta três vezes e aguardou. Um homem de cabelos um tanto longos, olhos castanhos e com muita olheira, abriu a porta desconfiado.

– Quem é você?

– Senhor Dilan, acredito que se lembre de mim. Sou Derek e vim a mando da senhora Helena.

Dilan arregalou os olhos ao reconhecer o homem e ao ouvir o nome de Helena outra vez.

– Não tenho nada com ela, por favor, vá embora... – e tentou fechar a porta.

Derek, porém, segurou firme a maçaneta e respondeu calmamente:

– Acredito que primeiro devesse ler a mensagem que a senhora Helena te enviou, senhor.

Dilan desistiu de fechar a porta. Até porque, Derek era muito mais forte e persistente que ele, e ele sabia que Derek não desistiria enquanto não conseguisse fazê-lo ler a carta. Contrariado, tomou a cartadas mãos de Derek e começou a ler. Seus olhos iam se arregalando a cada linha. “Não pode ser. Isso... não, devo estar em um pesadelo, acorde Dilan!”.

Ao terminar a carta, fechou-a rapidamente, olhou para os dois lados da rua para certificar-se de que ninguém havia seguido Derek e disse:

– Vamos, entre logo. E pegue o menino Alan. Oh céus, devo estar louco, mas não há outra opção se não protegê-lo. Afinal, ele é da família.

E assim, Derek trouxe Alan para o interior da casa e começaram a discutir sobre o que fariam a partir dali. Seria um dia longo, pesado e cansativo. Alan acordaria dali a 12 horas, gritando pelos familiares e exigindo respostas. Alan ainda não sabia, mas sua família havia dado a própria vida para protegê-lo do terrível mal. E a sua vida nunca mais seria a mesma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado, caro leitor! Não esqueça de avaliar o capítulo, comentando ou me mandando uma mensagem pessoal, falando o que gostou e o que não gostou, o que podia melhorar... Enfim, fiquem à vontade! Grande abraço a todos, tentarei postar o próximo capítulo em um intervalo de tempo menor! haha Até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Livro Da Perdição" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.