Meus pais não ficaram felizes:

   “Como pode atacar o Malfoy?”

    Bom, na verdade tinha sido muito fácil, o  cara nem parecia ser um quintanista.

    De qualquer forma, alguns pauzinhos foram mexidos e muito ouro caiu. Malfoy e eu voltamos a ser admitidos em  Hogwarts.

   Então, lá estava eu na plataforma junto do meu irmão enquanto meus pais rodavam pela estação procurando pessoas importantes para cumprimentar e “gente inferior” para humilhar, eu estava completamente entediado, até que escutei palavras sendo articuladas pelo meu irmão:

  — Eu vou sentir sua falta. – Régulo foi o único que me disse isso.

   Na plataforma meus pés congelaram, por que ele ia sentir minha falta? A gente mal conversava... Merda!

   — Nos veremos logo e daqui dois anos você vem comigo. – respondi tentando não mostrar o espanto que ele havia me causado.

   Ele sorriu, meu irmão tinha o mesmo sorriso bonito que o meu.

   — Dizem que todos ficam nervosos na hora da escolha das casas, mas você não precisa se preocupar, tenho certeza que vai cair na Sonserina.

   — Obrigado Régulo – disse com frieza.

   — É a mesma casa que o Lord...

     — Eu sei. – o cortei com rispidez, por um momento os olhos do meu irmão caçula se encheram de lágrimas... Mas a culpa não era minha, era? Quer dizer... era ele que estava falando coisas estúpidas.

   — Vou falar com a Bella. – disse me afastando dele e do elfo “Dobby”  ridículo que sempre o perseguia.

   — Priminha! – disse sorrindo ao me aproximar dela.  Fiz isso porque sabia que ela estava sentindo um ódio mortal de mim.

   — Não quero falar com você Black! – disse ela entre os dentes.

   — Ainda está brava comigo?

   — Todo mundo já sabe que você defendeu o filho do amiguinho dos cachorros, não se importa com a honra da nossa família?

   — O que é honra pra você? – perguntei fitando aqueles olhos perturbados.

   Antes que ela respondesse apitos soaram.

   Hora de embarcar.