Elementares e as Cidades Secretas (Livro um) escrita por Lucas L Almeida, Dona As
Notas iniciais do capítulo
#Para os curiosos :3
#Próximo final de semana posto mais um
#Espero que gostem!!!
#E comentem... ;)
Não ia a escola havia duas semanas. Falei a minha mãe que estava muito triste por meu pai, mas na verdade estava com medo, pois a qualquer momento aquele casal voltaria a aparecer, conseguiram matar meu pai e eu tinha a certeza de que tentariam fazer a mesma coisa comigo.
Então me lembrei — aliviei-me muito com essa lembrança — que não estava sozinho no papel de presa do casal sombrio, havia mais dois imbecis: Emme mala e o Projeto de Gênio. Mas não os odiava a ponto de desejar a morte deles, pensei em ligar ou ir à casa de Pedro, porém nunca iria me humilhar dessa forma.
— Michael? — minha mãe entrou no meu quarto sem bater (como sempre) — Você tem visitas.
— Tudo bem mãe manda subir — disse com tanta facilidade, mas me dei conta que não tinha nem uma espécie de amigos — Mãe espera que visitas são essas?
Era tarde demais Emme mala já estava subindo as escadas, voltei ao meu quarto depressa e sentei em uma cadeira próxima a minha cama toda desarrumada (normal para um quarto de homem), ela entrou:
— Oi! — ela falou sorrateiramente.
— Oi — disse num tom seco.
— Porque não está indo para a escola?
— Não me sinto à vontade de ir — olhei para ela com desanimo.
— Você está com medo não é? Eu também estou.
— Você está bem? – me senti obrigado a perguntar para retribuir o favor da visita (mesmo sendo indesejada).
— Estou bem.
— Ótimo.
Ela sentou na cama, tirou a toalha em cima do lugar que ia sentar e olhou pra mim; seus olhos azuis me fizeram perceber que Emme não era tão chata, vândala e maldosa assim; era só compreender apenas a sua personalidade que era bem difícil de lidar.
— Há muitos dias me venho perguntando — falei — Como é possível ficar muito tempo debaixo d’água?
— Não sei te responder Michael... Eu estava desesperada, aquele homem bizarro estava correndo atrás de mim, a única coisa que pensei era salvar a minha vida, então pulei na piscina e fiquei lá até quando achasse que estava seguro. O que é isso? – Emme apontou para o meu braço esquerdo.
Esqueci completamente que estava de camiseta.
— Foi aquela mulher que nos perseguiu.
— Ela entrou aqui?
— Não especificamente; ela entrou no meu sonho e me fez isso.
— Como isso é possível? — Emme olhou com cara de “você é muito louco”.
Contei tudo a ela, sobre meu pai, o sonho e Diana.
— Em tão, só é possível enviar uma mensagem mental para uma pessoa se o destinatário estiver vulnerável fora e dentro da mente?
— Correto.
— Isto está ficando muito perigoso. Você sabe por que eles estão nos caçando?
— Pensei que você pudesse saber — respondi.
— Temos muitas perguntas e poucas respostas. — ela murmurou.
— Nem uma resposta — corrigi.
— E Pedro como está? — Emme me perguntou.
— Como vou saber de Pedro, Emme?
— Não me diga! Você mora em frente dele e nunca o viu?
Não me admira nunca ter visto ele; afinal nunca saia; ele não ia de ônibus para a escola, sempre de carro ao contrário de mim que tinha que aturar meia dúzia de ônibus.
— Estava gozando de você! — menti.
— Está bem — disse ela descrente.
— Posso ligar para Pedro para ele nos encontrar aqui? Afinal ele faz parte disso também!
— É ele faz parte disso também! — disse infeliz — É claro que devemos ligar.
Emme ligou para Pedro e num instante os dois piores inimigos imbecis estavam no meu quarto.
— Oi projeto de gên... — nesse mesmo instante Emme olhou para mim como se fosse me explodir só com o olhar — Pedro, oi Pedro!
— Oi Michael e desculpa pela nossa briga na escola.
— Ora está tudo certo, sem remorsos – menti de novo.
— Estamos aqui para discutir o fato de quase morrermos na escola e ainda estarmos em perigo — falou Emme.
— Nem um de nós tem ideia do que possa ter acontecido na escola? — perguntou Pedro.
— Exceto pelo o mundo ter parado... Não — respondeu Emme.
— Na verdade — intrometi — acho que isso foi obra daquela Diana.
— Que Diana? — perguntou Pedro.
Contei toda a história (de novo) e acrescentei o sonho que tive na escola... O das nuvens, das sombras amigas, do velho.
— Então você quer dizer que fazemos parte de um supergrupo que na qual seremos importantes para o mundo e é por isso que a Diana e o seu parceiro sombrio estão nos perseguindo? – perguntou Pedro.
— Acho que o espírito de meu pai queria dizer isso para mim.
Na verdade era isso mesmo, mas só pude ter certeza depois.
— Isso quer dizer que eles podem ter medo de algo que possamos fazer e que é por isso que estão nos perseguindo — Emme concluiu.
— E também do poder que possamos conseguir — acrescentei.
Quando acabei de falar os olhos de Emme e Pedro olhavam para mim com o ar de superioridade.
— Não seja tão criança Michael! — advertiu Emme.
— Você é muito vidrado em super-heróis — Pedro falou com o tom de sarcasmo.
— Vocês não entendem — continuei — Como vamos “fazer algo” sem a ajuda de poderes ou armas? Aquilo pode até ter sido uma mensagem, mas senti que a sombra era muito mais poderosa que parece.
— Já chega, parem com essa ladainha não estamos em uma história em quadrinhos — disse Emme.
— Emme tem razão isso não pode ser real, vamos acabar com isso o quanto é tempo — continuou Pedro.
— Mas e a perseguição? O tempo parado? Os meus arranhões? Como vocês explicam isso? — perguntei.
— Não sei... Sinceramente não sei se acredito ou não — desabafou Emme.
— Vamos parar com essa conversa gente! Que tal nos encontramos amanhã no shopping e conversar mais? — opinou Pedro.
— Claro! Está marcado — falei — Amanhã às 15h combinado?
— Combinado — disseram os dois.
Eles foram embora e eu continuava confuso. Queria saber o motivo pelo qual meu pai foi morto, o porquê da perseguição e principalmente a causa do destino ou qualquer outra força superior unir, em um grupo, os meus piores inimigos.
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