A Filha Dos Daleks escrita por Karla de Araujo


Capítulo 4
Parte Final


Notas iniciais do capítulo

Helena conseguiu impedir que o DNA de Skaro tomasse conta dela, porem ainda precisa derrotar Dravos. Vamos ver como ficou esse final?



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Helena continuou olhando para aquele que quase tirou sua vida, sua liberdade e que matou sua melhor amiga, mesmo sabendo que a traíra, e quase matara sua avó e amigos. Davros por sua vez ainda mantinha seu sorriso malévolo, ambos trocaram olhares por segundos o que pareceu uma eternidade para quem estava observando.

-- Por acaso acha que pode me derrota menina tola? - Ela não respondeu, mas sorriu de modo sarcástico. Helena continua envolta na luz dourada.

-- Você foi um risco tremendo, menina, mas eu sei como acabar com isso. Daleks!

Rapidamente os Daleks vieram na direção da jovem gritando 'EXTERMINAR! EXTERMINAR!' Porem pararam a poucos metros dela. Dravos olhava atônito para eles, sem entender o que acontecia, mas foi o Doutor que expressou sua admiração fazendo todos olharem novamente para Helena: uma mistura de luz dourada com acobreada dançavam em volta de seu corpo, ela continuava encarando Dravos, mas parecia que ela controlava os Daleks sobreviventes.

-- Dravos! Helena dizia com uma voz diferente. - Você é uma vergonha aos Daleks, sempre fazendo escolhas erradas e sempre por sua culpa somos derrotados pelos humanos e o Doutor.

-- Imperatriz? - disse Dravos em uma voz assustada beirando a rouquidão - Fiz o que fiz para salvar nosso povo.

-- Fez escolhas e decisões erradas. Sua missão por aqui acabou! Daleks retirem-se!

Sem mais nada eles deram meia volta e saíram, mesmo Dravos os chamando de volta, continuaram. Helena continuava olhando com o mesmo sorriso para seu algoz assustado e antes que mais palavras fossem ditas ou ações tomadas, Dravos se teletransportou. Na hora Amy abraçou Marina dizendo que havia acabado, porem o Doutor ficou observando a jovem enquanto a luz acobreada desaparecia, Helena se virou olhou com um sorriso no olhar e então rapidamente a luz dourada desapareceu fazendo a jovem cair, então foi amparada por ele, onde carinhosamente acariciava seu rosto adormecido.

Uma mistura de sensações como medo, prazer e adrenalina se agitavam dentro dela, novamente a jovem viu lembranças dos Doutores anteriores com seus companheiros, tudo ia rápido, até que sobressaltada, acordou. Rapidamente sentou-se na cama e percebeu que estava em seu quarto. "Só foi um sonho" pensou, "Nada disso foi real?" A porta do seu quarto abriu e quando ela levantou seus olhos percebeu um homem esguio de gravata borboleta com um sorriso maroto e uma inocência no olhar. Sem se conter a jovem abriu um largo sorriso e correu em sua direção o abraçando fortemente, como se fizesse anos que não se viam. O Doutor beijou delicadamente seu ombro, e a abraçou como abraçava seus filhos no passado. 

-- Você é real! Você existe!

-- Eu sei... Não é legal? E ambos riram.

-- Derrotamos os Daleks e Dravos?

-- Foi você quem os derrotou.

-- Mas foi você quem me ajudou. Estava comigo o tempo todo. Eu sentia isso. Acho que é essa coisa do Senhor do Tempo. O que vai acontecer agora? - Perguntou apos alguns momentos de silencio.

-- Eu preciso continuar minha jornada. Mas se quiser poderá vim comigo. Vai adorar viajar pelo tempo, poderá reviver historias fantásticas e únicas!

-- Não posso. Não posso deixar minha avó sozinha, ela precisa de mim. Mas a gente vai se encontrar Doutor, e vamos viver essas aventuras!

O Doutor sorriu com seu jeito menino e a abraçou novamente. E a deixou com uma tristeza no olhar. Helena acompanhou seus novos amigos até a TARDIS, Amy entrou e o Doutor ficou observando-a e novamente correu até ela abraçando-a tão forte que ergueu do chão, fazendo ela rir. E voltou correndo para a nave e logo ela desapareceu. Deixando em Helena uma saudade consumidora.

Ele resolveu deixar Amy em casa pois precisava espairecer. Enquanto olhava os mecanismo da TARDIS, alguém o chamou. Quando virou-se viu a mesma mulher que Helena vira. Trazia um sorriso preocupado.

-- Você deve ser Aleera, a mãe de Helena.

-- Na verdade seu nome é Avylla.

-- Se eu não estiver enganado você é do planeta Avia.

-- Sim. Sei que estou quebrando o juramento que fiz a você, mas preciso mais uma vez de sua ajuda.

-- Eu salvei Helena. O quê mais quer?

-- Que a traga para o nosso planeta.

-- Ela nem quis viajar comigo, acha que ela vai querer ir para Avia?

-- Na verdade já tem uma data para o seu retorno.

-- Como assim?

-- Daqui dois anos, no dia 13 de julho, a mulher que se diz avó dela, morrerá, então ela aceitará sua proposta de viagem.

-- Isso que você está fazendo é errado. Está criando um paradoxo no futuro dela!

-- Helena não nasceu para ter um futuro, Doutor.

--  O que quer dizer com isso?

Aleera entregou uma especie de cartão transparente.

-- Esse é o seu vídeo testemunho, onde você afirma e concorda em me ajudar a gerar uma vida para salvar o planeta Avia.

-- Vão usar-la para salvar o planeta? E eu concordei? Eu não faria isso se...

-- Se não ameaçássemos a Terra. Para mantermos nosso planeta vivo, estamos consumidos outras vidas e a próxima a se extinguir seria a Terra, e no ato de desespero você deu a ideia de gerarmos uma criança que carregaria o DNA de um Senhor do Tempo e com isso a energia vital dela renovaria a vida do nosso planeta e nunca mais teríamos que consumir reservas de outros planetas.

O Doutor olhava tanto para o cartão quanto para Aleera, ele não acreditava, acabara de salvar a vida daquela que seria sua filha e agora seria o carrasco dela.

-- Doutor, dois meses apos a morte de Marina, Avylla deverá estar em Avia para cumprir seu destino. Caso contrario não teremos compaixão de sua Terra querida.

-- Se eu prometi... Eu cumprirei.

Aleera sorriu e desapareceu. Deixando o Doutor com um peso no coração e um amargo na boca.


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Notas finais do capítulo

O que será que reserva tanto para o Doutor quanto para Helena?
Espero que tenham gostado! Até a proxima