E Se Eu Não Voltasse, Você Sobreviveria Sem Mim? escrita por GiGihh


Capítulo 5
Por que Sadie? Por quê?


Notas iniciais do capítulo

Bom as coisas vão ficar muito mais dramática e cheias de romance e fofura.
Todos os sentimentos deles serão postos a prova e nós veremos se eles realmente vão aguentar tudo isso!
Boa leitura, meus amores!!!



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WALT/ANÚBIS

Segui Sadie até aquele parque e embora não gostasse dos garotos fiquei feliz em ver naqueles lindos lábios vermelhos um sorriso verdadeiro.

Quando então eu segui Sadie e aquele filho da mãe mais sortudo do que eu para trás daquela arvore meu coração parou. Não no sentido figurado. Ele realmente parou por 5 segundos.

Ele ia beija-la.

Eu senti meu mundo desabar. Todos esses dias a amando em silencio e um desconhecido consegue o que eu almejo há tanto tempo? Isso era de mais para mim.

O tempo pareceu parar. Meus pulmões não conseguiam ar suficiente. Meu peito ficou pesado e meu coração se despedaçou... Seus lábios finalmente se encostaram. Eu não aguentei ficar La para o ver tendo o que eu sempre quis em silencio. As lagrimas ardiam em meus olhos e eu não me dei o luxo de detê-las. Eu nunca seria forte o bastante para ver a minha Sadie com outro.

Anúbis nos levou direto para o nosso apartamento pequeno. Eu não sabia e nem me importava onde estava. Meu corpo caiu no chão e as lagrimas inundavam o meu rosto. Eu senti meu colar esquentar, mas não liguei... Eu não conseguia mais respirar.

Como ela pode fazer isso comigo? Eu não entendia por que ela ainda usava aquele colar se nem ao menos se lembrava de mim...

Meu coração batia apertado. Ligeiramente machucado. Eu havia caído fundo na emoção, num sentimento que não era correspondido. Agora tudo tinha mudado. Eu não podia ficar atrás dela sendo que Sadie nem ao menos sentia o mesmo.

Esse amor me deixou bobo e sem ter para onde fugir. O pior de tudo é que eu sabia que nada nem ninguém conseguiria apagar ou mesmo ocultar o que eu sentia por ela.

Por quê? Por que sentir isso? Amar machuca e destrói uma pessoa de dentro para fora. Meu corpo já estava fraco e eu já não tinha mais lagrimas para derramar. Eu nem tinha forças para chegar até o meu quarto e deitar na minha cama.

No meio de lagrimas quentes, eu adormeci no chão frio. A ultima coisa que me veio em mente foi aquele lindo sorriso que nunca mais seria dirigido a mim.

--*--

Quando acordei me senti fraco e impotente, sem contar que dolorido também. Eu me levantei e percebi que estava no meio da sala de estar. Passei alguns segundos tentando lembrar o porquê de eu ter dormido no chão... E quando me lembrei da razão, meus olhos se encherão de lagrimas.

  Você não pode ficar assim. Vai acabar morrendo. Acredite isso dói muito em mim. Eu também a amo do mesmo modo que você a ama. Mas ao contrario de você eu vivo para sempre. – Anúbis

Ele sussurrou essas palavras com dor e angustia, como se ele quisesse se jogar no chão e se decompor com o tempo. Mas era como se ele fosse o meu irmão mais velho. Ele estava tentando fazer eu me sentir melhor. E isso me animou um pouco.

    Eu sei Anúbis. Nós vamos dar um jeito nisso tudo. E Eu sei que você a ama. Mas acho que ela não nos ama mais. - Walt

   Você tem razão Walt. Ela já nem se lembra de nós. E acho que vamos ter que aprender a viver sem ela. – Anúbis

   É, nós vamos sim! – Walt

Até em pensamentos nossas vozes eram fracas. Tomei um banho rápido e comi um sanduiche qualquer.

  Segui para o local onde costumava trabalhar. Andava lentamente e não tinha nem a força e nem a vontade de me esconder nas sombras.

- Nossa! Você parece exausto. Se quiser eu posso te dispensar por hoje! – Marcos o dono da oficina era um homem muito simpático e compreensivo.

- Não. Eu só preciso me distrair e ocupar mais a cabeça. Ah, e você por acaso deixaria que eu trabalhasse a semana toda? Não precisa aumentar salário nem nada disso... – eu suspirei me sentindo exausto, eu precisava esquecer a razão pela qual estava assim – Eu só preciso ter o que fazer.

- Você pode sim, Walt. Apenas se me contar o que tanto o atormenta e que parece querer esquecer. – Ele me olhava como eu esperaria que um pai olhasse para o filho.

-Uma certa garota. - Ele me olhou compreensivo e apenas assentiu.

- A oficina é toda sua.

--*--

Passei a semana inteira, ocupado em manter a oficina em ordem. Eu aceitava fazer de tudo. Valia tudo para tirar a loira da minha cabeça. Eu nesse exato momento estava terminando de olhar o motor de um carro antigo. Sem querer eu acabei ouvindo trechos da conversa que Marcos tinha com sua filha e devo admitir que estranhei aquelas palavras:

-Pai, eu vou trazer uma amiga minha aqui pra casa, ok?

- Posso saber o porquê disso tudo?Primeiro aquele alvoroço no telefone e agora esse pedido inesperado.

- Pai, tem alguma coisa errada com ela. Eu e as meninas não sabemos, mas a semana inteira ela anda desligada e esta um pouco pálida... Pai foi você quem me ensinou que não se deve abandonar um amigo. Minha amiga precisa muito de mim nesse momento. Deixe-me ajuda-la!

- Claro Gabi. Traga a sua amiga para casa e eu também farei o possível para ela se sentir melhor.

- Obrigada papai!

- Me passe o endereço dela que eu vou busca-la.

Ok. Isso foi muito estranho. Voltei ao meu trabalho.

- Walt, eu vou sair. Você é responsável pela oficina e pela minha filha até eu voltar.

- Não se preocupe senhor.

 Marcos sorriu e se foi.

Então a filha de Marcos saiu das sombras e eu tive que conter um grito e um olhar de surpresa. Era a Gabriela. A mesma Gabriela que era amiga da Sadie na escola.

Ela sorriu gentilmente para mim e se dirigiu para trás do balcão do pai dela e começou a brincar com os objetos, claramente nervosa. Tenho certeza de que se passaram uns bons 5 minutos.

- O que esta te incomodando tanto? – perguntei receoso.

- Minha amiga. Eu não sei o que fazer para ajuda-la. E isso ta acabando comigo. – ela desabafou de uma vez e eu me senti tentado a perguntar que amiga exatamente ela estava falando.

- Ah, como ela é exatamente? – Eu perguntei tentando disfarçar o nervosismo e a preocupação que cresciam dentro de mim.

- Ai, ela é linda! – Gabriela disse sorrindo – Tem a pela clarinha, lábios vermelhos, lindos olhos azuis e seus cabelos são loiros naturais.

Meu estomago ficou embrulhado e eu ouvi as vozes. Marcos havia chegado com Sadie.

- Nossa, minha querida como você esta pálida. – Marcos exclamou realmente surpreso e preocupado.

- Bom, eu não tenho saído muito esses dias. – eu ouvi a voz que tanto amava sair quase tão fraca quanto a minha.

E eu finalmente a vi. Ela estava realmente pálida. Tinha a aparência cansada. E seus olhos haviam perdido o brilho que tinham até a poucos dias atrás.

Eu me escondi atrás de alguns carros e fingi examina-los.

- Sadie! Finalmente eu consegui te tirar de casa! – Gabriela envolveu Sadie em um abraço de urso. – O que aconteceu? Antes era um sacrifício fazer você parar em casa e agora é uma morte para você sair! Vai entender a criança!

Sadie conseguiu rir. Mas foi um riso fraco, totalmente sincero, mas fraco.

- Vem, vamos para o meu quarto. – Gabriela começou a puxar Sadie pelo braço e então elas sumiram.

- O que você esta fazendo escondido ai atrás? – Marcos perguntou com um meio sorriso, mas nitidamente confuso

Eu me certifiquei de que as duas haviam sumido e sai do meu esconderijo. Lentamente me aproximei de Marcos e ainda um pouco atordoado, lhe respondi:

 - É ela! – se é que isso é possível minha voz saiu mais fraca do que um sussurro.

Marcos levou alguns segundos para raciocinar o que eu havia dito e então ficou boquiaberto.

- O que você fez para essa menina? – ele perguntou severamente, mas ainda em um tom de voz baixo.

- Eu não fiz nada pra ela. E nem ao menos sei o porquê ela esta assim.

- Então se você não fez nada pra ela, o que ela fez pra você.

-Bom... Olha é complicado – parei quando vi o olhar que ele lançava a mim. – Eu a vi beijando outro cara.

Ele suspirou.

- Então ela estava traindo você?

-Não. Ela tem contato nenhum comigo. – minha voz voltou a soar fraca.

-Não entendi o porquê de isso tudo ser complicado. Até agora esta apenas confuso.

- Antes, quando ela estava em New York, digamos apenas que nós nos conhecíamos e aconteceu muita coisa entre nós dois... Olha é complicado! – olhei para ele sem saber ao certo o que dizer e ele compreendeu a minha necessidade de ficar sozinho.

- Me despensa?

- Pode ir. E se você gosta dela vai ter que tomar uma atitude.

- Pode deixar! – segui correndo para a minha casa.

Assim que entrei tirei o casaco e o joguei em qualquer lugar. Comecei a andar de lado para o outro sem parar. Não fazia sentido para mim. O que havia acontecido com ela? Por que ela estava tão mal?

Eu descobriria isso hoje.


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Notas finais do capítulo

Como ficou o capitulo? Quero muito a opinião de vocês...