Dia da Infecção -1

Ela teria prova de cálculo amanhã e precisava de nota. Deveria estar preocupada, mas não estava. A noite com Teddy fora maravilhosa e ela não teria cabeça para estudar. Não tão tarde da noite. Caía uma chuva fina e Zoey entrou em casa um pouco molhada. Ela tira seu boné dos Mets e o joga sobre a primeira mesinha em que põe os olhos. Seca seus belos e vibrantes cabelos castanhos com uma toalha jogada sobre um sofá. Em seguida vai até a cozinha e bebe um copo de suco. Na sala, a TV estava ligada e seu pai jazia adormecido numa poltrona de coloração verde-musgo. Zoey desliga a TV, sobe as escadas e ruma para seu quarto, a primeira porta logo que se chega ao andar superior.

O penúltimo degrau da escada rangia forte. Seu pai nunca lembrava de consertar a escada. De fato, ele não ajudava muito em casa. Estava meio acabado após a aposentadoria forçada devido a problemas cardíacos. Talvez Teddy pudesse ajudar. A relação deles evoluíra rápido e Zoey nunca se sentira tão feliz na vida. Estava muito apaixonada e já conseguia até pensar em casamento.

A ducha gelada era reconfortante, como de costume. Zoey, já vestindo um pijama azul e rosa, toma um copo de leite e liga sua TV. Filmes de terror repetidos, jogos esportivos monótonos e noticias pouco interessantes, uma delas falando sobre um projeto de uma corporação farmacêutica que prometia revolucionar a medicina. Parecia que o mundo sempre precisava de uma revolução. Zoey sentia que sua vidinha patética sofrera uma revolução quando ela começou a sair com Teodore Muggles, zagueiro do time de futebol da faculdade local. Dias felizes viriam.

Com esse pensamento em mente, Zoey tranca a porta e a janela de seu quarto, como de costume, desliga a TV e cai num sono profundo.