You Are His Mother escrita por Mills


Capítulo 3
Ano 3




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Acordei com Henry pulado em minha cama.

– É meu aniversário! É meu aniversário!

Esfreguei o rosto e puxei Henry para mim dando-lhe um enorme abraço.

– Eu sei que é. - Sorri e fiz cosquinhas nele, que riu bastante.

– Pára mamãe. - Ele mal conseguia falar de tanto que ria, até finalmente sair dos meus braços e correr pela casa.

Sentei-me na cama e mais uma vez esfreguei o rosto. Levantei-me por fim e fui até o banheiro, lavei o rosto, escovei os dentes e prendi os cabelos. Andei até o armário e peguei a roupa do trabalho, a joguei em cima da cama e desci as escadas.

Ao chegar a cozinha, Henry estava tentando alcançar o leite na geladeira. O peguei no colo e o sentei na cadeira que ficava perto da bancada. Peguei por fim, o leite, uma tigela e cereal, colocando tudo em cima da mesa. Henry preparou a própria tigela e começou a comer. Enquanto meu filho comia o café da manhã, pus o café na cafeteira e enquanto esperava, peguei o suco de laranja favorito de Henry na geladeira, pus num copo e o coloquei em cima da mesa. O garoto bebeu tudo em um gole só.

– Calma, querido. - Henry riu e deu um beijo todo melado na minha bochecha, para então continuar a comer seu cereal. Eu ri com a fofura dele e levantei-me para encher novamente o copo do meu filho.

Enquanto assistia Henry comer, a cafeteira apitou e me levantei. Enchi uma xícara de café e o adocei, sentando-me novamente ao lado do garoto. Só pude beber alguns goles antes de Henry acabar o próprio café.

– Mãe, o que vai ter de jantar? Você pode fazer a lasanha? Por favor. É meu aniversário!

– Eu sei, querido. E claro que faço! Eu sei como você a adora.

Henry abraçou-me e mais uma vez me beijou. Ele sempre me beijava quando eu fazia o que ele queria, talvez achando que assim, ele pudesse ter o que ele queria mais vezes.

Ele já havia aprendido a juntar as sílabas das frases graças a uma fonoaudióloga que a escola recomendou. Ela fez um ótimo trabalho.

– Obrigada, mamãe.

Sorri e, preocupada com a hora, olhei para o relógio. Estava tarde. Já era hora de arrumar Henry para a escola e eu mesma para o trabalho. Hoje teria tanto trabalho... E ainda teria de sair cedo para fazer a lasanha de Henry e depois buscá-lo na escola, claro que isso não era nenhum tipo de impedimento, apenas acumularia um pouco de trabalho. Obviamente valia a pena, desde que eu visse mais vezes seu lindo sorriso de criança. A maioria dos dentes já tinham nascido, faltavam apenas um ou dois, o que o seu dentista dizia ser super normal naquela idade.

– Vamos, Henry. Eu tenho uma coisa para você lá em cima. E depois, banho. - O garoto sorriu à menção do presente e gemeu quando ouviu "banho", porém subiu correndo e quando chegou ao segundo andar, começou a gritar "Vamos mamãe!" enquanto eu subia devagar as escadas.

Eu o peguei no colo e o levei até meu quarto, onde sentei-o na cama.

– Feche os olhos. - E ele pôs as mãos na frente do mesmo. Fui até meu closet e peguei um embrulho grande. Uma vez, estava levando Henry até a Granny's e passamos pela loja de brinquedos, Henry quis porque quis que eu comprasse uma versão grande de um super-herói que estava a venda. Obviamente, era o que tinha em mãos.

Apoiei a caixa no colo dele e o disse que já podia abrir os olhos. O garoto o fez e seus pequenos olhinhos brilharam de curiosidade.

– Abra, querido.

Ele o fez com tamanha rapidez que mal podia ver o papel ser rasgado. Sentei-me no chão em sua frente e pude deslumbrar da felicidade estampada em seu rosto.

– Obrigado mamãe. - Ele me beijou inúmeras vezes e correu para o seu quarto com a caixa do boneco.

– Ei, ei, ei! Vou chegar em cinco minutos para te dar banho, hein?!

– Sim! - Ele gritou mais alto do que de costume... Deve ter sido a felicidade.

Sorri pensando em quanto ele me fazia feliz. Meu celular tocou. Era Graham.

– Alô? - Me levantei e enquanto conversávamos, catei os papéis rasgados do chão e os joguei no lixo.

– Oi, Regina. Eu estava pensando se eu podia jantar com você e com Henry essa noite, é aniversário dele e eu ia gostar muito.

– Graham... Eu não sei se é um boa ideia... Você sabe o que aconteceu da última vez que vocês se viram...

– Regina, isso foi há um ano! Ele não vai nem se lembrar. Só preciso vê-lo, realmente sinto sua falta e me arrependo de não ter querido adotá-lo com você.

– Eu sei que o faz, e sei também que sente falta dele. Mas você não quis... E, tudo bem... Pode vir, só vai ter de me fazer um favor antes de vir...

– O que você precisa?

– Preciso que passe no meu escritório. Deixarei uma pasta em cima da mesa, você vai pegá-la e trazer para mim, tudo bem?

– Tá bem.

– Tenho que ir, vou dar banho no Henry.

– Tudo bem, até mais tarde.

– Tchau, Graham.

Coloquei o telefone em cima da cabeceira. Nossa relação não havia "esfriado", só não era mais a mesma... Não sei por quê...

Andei até o quarto de Henry:

– Vamos pro banho, querido?

Ele deixou os brinquedos no chão e andou até mim, quando me deu a mão. Fomos até o banheiro e enquanto ele tirava a roupa, liguei o chuveiro e ajustei a água. Ele entrou e molhou logo o rosto.

– Eu já volto, tudo bem? Espere por mim para começar o banho. - E sorri enquanto saía do banheiro. Fui até o meu banheiro e peguei uma toalha para Henry. O telefone estava tocando de novo. Dessa vez era Gold.

– Alô? - Encaixei o celular entre a orelha e o ombro e voltei para o banheiro, enquanto dava banho em Henry, conversava com Gold.

– Estou ligando porque hoje é aniversário de Henry, porém preciso que passe na minha loja hoje. É urgente.

– O que houve?

– Apenas preciso conversar com você.

– Sobre?

– A adoção de Henry.

– O que tem de errado com ela?

– Passe aqui e eu te explico tudo, não é nada demais, mas preciso falar com você.

– Tá bem, deixarei ele na escola e vou até aí.

Desliguei o telefone e terminei de ensaboar Henry.O enxaguei e o sequei para depois vesti-lo.

Era vez do meu banho. Tomei o banho mais rápido da história e me arrumei o mais rápido possível.

Chamei Henry, que novamente estava no seu quarto brincando. Era hora de ir para escola. Entramos no carro e Henry foi me dizendo que sabores de lasanha ele queria para hoje. Ele disse inúmeros sabores mesmo sabendo que eu só poderia fazer de um. Às vezes ele gostava de falar bastante, ainda bem que quando eu estava calada, ele preenchia o silêncio.

O deixei na escola e dirigi até Gold. A cada minuto que passava, ficava mais e mais preocupada com o assunto em questão. Larguei o carro de qualquer jeito na vaga e praticamente corri até a loja de penhores.

Eu e Gold passamos praticamente a tarde inteira conversando. Ele queria me dizer que a moça que deixou Henry, agora queria que a adoção fosse secreta, ou seja, que Henry não soubesse quem era a mãe. Por mim tudo bem. Claro que eu sabia que teria um dia na vida daquele garoto que ele gostaria de ir atrás dela, porém, agora isso não seria mais possível, teria de contá-lo mais cedo ou mais tarde que ela não queria ser encontrada.

Quando olhei novamente no relógio, me assustei com o horário. Teria de ir para casa fazer o jantar e nem tinha ido para o trabalho ainda. Me despedi de Gold e entrei no carro, enquanto dirigia para casa, liguei para minha secretária e lhe dei as instruções de que papéis separar.

Estava na metade da lasanha quando a campainha tocou, limpei as mãos num pano de prato e corri até a porta, quando a abri Henry entrou correndo até a cozinha e Graham entrou atrás.

– Algo me diz que você esqueceu de apanhá-lo. - O xerife sorriu, olhou em volta e me deu um beijo.

– Que horas são? - Franzi a sobrancelha. Não era possível que estivesse tão tarde a ponto de ter esquecido de pegar Henry. - E como sabia que eu me perderia no tempo?

– Eu te conheço Regis. - Nesses três anos, ele descobrira um apelido que eu não odiava.

Graham entrou e sentou-se junto à Henry na bacada.

– O cheiro está delicioso, Regis. - A voz de Graham foi ouvida.

– O cheiro está delicioso, Regis. - Dessa vez foi Henry quem falou e ambos riram.

Andei até a cozinha e dei um beijo na cabeça de Henry.

– Como foi o dia querido?

– Foi bom, até trouxe a pasta que você queria, ela não estava em cima da mesa mas eu achei.

– Estou falando com Henry! - Me virei e ri com a risada do meu pequeno e fofíssimo filho.

A noite passou bem rápido e Henry adormeceu no sofá enquanto nós três jogávamos algum jogo de tabuleiro.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, xoxo



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