Wars escrita por Neko-Chan


Capítulo 1
Wars - Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Eu fiquei cansada de escrever a mesmice, então decidi que seria bom colocar algo com guerra =D



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Wars

 

 

 

Era sempre assim. Viviam se mudando. Estavam no ano de 2020. A Terceira Grande Guerra estava estourando. E esse garotinho de apenas 10 anos chamado Carlos Lima era filho do comandante das tropas dos USA. Ele sabia o quanto o cargo implicava, e fazia o possível para não irritar seu pai. Mudaram-se da ensolarada Califórnia e foram morar em um lugar bem mais sombrio, cujo qual o menino tenha dificuldades de lembrar o nome. Era em Washington D.C. e a família toda havia de mudar-se por culpa do trabalho do pai. Vários soldados entravam e saiam de sua casa. Ocupavam a sala e o terreno de fora. E aquela casa era chata! Não tinha nada o que se fazer naquele lugar. Sua irmã, Katrin, era muito chata e se achava superior a todos, apenas por ter 15 anos. Sua mãe, Jannet, vivia ocupada em jantares, como ela dizia importantes, e não tinha tempo de brincar com o filho. Várias bombas estouravam no território americano, semana após semana, e algumas pessoas já haviam perdido as esperanças de sobreviver. Mas seu pai não! Seu pai nunca! Joel era um homem dedicado a família, e os amava muito. Incondicionalmente. Ele não suportava ficar longe deles e todos sabiam, por isso haviam aceitado a missão de ficar junto dele nessa viagem. Mas era cada dia mais difícil. E tinha um tenente. Tenente Allan. Ele era maravilhoso, seus cabelos eram loiros, e refletiam com a luz do sol. Seus olhos azuis pareciam um mar de águas claras, onde qualquer um era bem vindo. Claro que apenas os olhos mostravam isso. O tenente era cruel e insensível. Ele tinha apenas 18 anos. “é o bastante para um garoto ser tenente” dizia “um dia quando tiver minha idade servirá ao exército também”. Apesar de isso ser o que Allan era… não lhe parecia uma proposta boa. E claro, como não podia deixar de ser, Katrin havia se apaixonado pelo Tenente. Para ela ele era um sonho. “Algum dia serei a Srª. Monchinno”. Isso porque o sobrenome de Allan era Monchinno. Se não fosse por isso ela acharia o nome horrendo assim como ele achava. Mas o amor cega as pessoas. E Carlos sempre quis ter uma vida normal, e ser médico. Sempre gostou de médicos, admirava seu trabalho. Principalmente agora, quando a guerra estourou, eles estiveram cada dia mais ocupados. Esse dia era chuvoso. Não se ouvia nada nas ruas, fora o barulho forte da água batendo na janela. Carlos lia tranqüilo seu livro, deitado na cama. Seus pais haviam saído, e provavelmente voltariam apenas mais tarde, por culpa da chuva. Sua tia, Sofia, estava na casa cuidando dele e de sua irmã, apesar da mesma insistir que não precisava ser cuidada. Allan estava conversando com Katrin no andar de baixo, ele podia ouvi-los, quando ouviu alguém bater na porta.

 

“Entre!” Disse Carlos, sem perder a postura.

 

“Com licença jovem senhor.” Johanne era a empregada mais jovem da casa, muito bela, seus olhos verdes reluziam a luz e seus fios negros pareciam uma noite sem estrelas. “Irei apenas colocar essas roupas em seu closet, desculpe-me a interrupção!” A vida de Carlos naquele lugar era tranqüila, apesar da guerra. Aquele era um dos locais mais seguros de todos os Estados Unidos, apesar de ser horrendo. Poucos minutos depois Johanne acabou de arrumar as coisas, e quando ia saindo Carlos ordenou-a “Fique! Feche a porta!” foi exatamente o que ela fez. “O que houve Carlos?” E era assim. Quando estavam sozinhos tinham imensa intimidade, afinal ela tinha a mesma idade que sua irmã. E como Carlos queria que ela estivesse nascida no lugar de Katrin! Johanne era muito melhor que sua irmã! “O que Allan e Katrin estão conversando? Ela está falando o que a ele?” perguntou com certa urgência, o que fez Johanne levantar uma de suas sobrancelhas bem desenhadas, e negras como seus longos cabelos “Não prestei muita atenção” e ficou um pouco pensativa “mas pelo que percebi o senhor Allan não estava determinado a empolgar-se com a conversa” ponderou antes de falar “eu acho que ele não a corresponde, se é o que quer saber Carlos” Carlos ficou nervoso. Sim, era isso que queria saber. Queria  saber se o tenente correspondia sua irmã. Não por achar que ele não era um bom homem. E nem por estar apaixonado por ele (isso nunca passou por sua cabeça, era muito novo). Era por achar esse homem demasiado frio. Mas não frio o bastante para lidar com sua irmã. Ela merecia algo pior que ele. Muito pior. Pois ela é horrível. Não de aparência. Não, isso nunca, muito pelo contrário, sua irmã era demasiada bela. Seus cabelos loiros lhe batiam na cintura e seus olhos eram cor de âmbar. Sua pele parecia feita de leite, e era macia como seda. Já Carlos era imensamente… fofo. Ele tinha apenas 10 anos afinal. Mas quando crescesse iria ficar muito belo. Sua pele não era diferente da irmã, era branca, mas era mais para pálida. Mas não um pálido feio, um pálido charmoso. Seus olhos tinham uma cor única. Violeta. Um forte violeta. Era a única pessoa no mundo que tinha esses olhos. Sua mãe tinha olhos azuis, e seu pai, verde. Não sabia de quem os olhos de Katrin viam. Aquele tom de âmbar também não era muito comum, conhecia apenas duas pessoas com os olhos daquela cor. Katrin e a avó falecida… “Com licença, Johanne Katrin está lhe chamando” Era o tenente. Johanne saíra com pressa do quarto do menino, sabia que Katrin odiava esperar. “Recebi uma ligação de seus pais” disse Allan “eles não chegarão hoje. Passarão a noite em um hotel, e depois voltarão para casa.” Disse aproximando-se do menino “ e porque está me dizendo isso?” disse Carlos, nervoso com a presença do tenente na sala, e não sabia o que era isso. “Preferia ficar sabendo amanhã, quando chegassem?” Carlos pensou um pouco. Não, não era medo que sentia, medo não o fazia tremer daquele modo. E não, não preferia saber no dia seguinte, quando os pais chegassem. “Não, não preferia. Prefiro saber agora mesmo!” “ótimo!” Respondeu Allan, sínico, enquanto aproximava-se mais do menino de olhos violetas “Eles me pediram para levá-lo ao Shopping. Você vem? Ou prefere ficar aqui?” Carlos pensou um pouco “Onde está o cozinheiro?” Perguntou inseguro. Não queria ficar em um shopping com a irmã falando e rindo de qualquer besteira. “Ele não virá trabalhar hoje.” Então Carlos viu. O tenente perguntou apenas por cortesia, não era uma pergunta real. Mas ele tinha escolhas. Ou ia, ou morria de fome! Claro que, mesmo tendo que aturar a ignorância da irmã, decidiu ir. Saíram do quarto e foram direto para a garagem. Carlos estranhou, Katrin não estava com eles. Mas era bem provável que estivesse na garagem, já à espera dos dois, para começar a falar. Quando chegaram à garagem, nada de irmã. Decidiu perguntar “Onde está Katrin?” o tenente olhou em seus olhos. Por um momento parecia hipnotizado. “Ela foi jantar com Johanne. Ao que parece seu pai quer que as moças fiquem mais juntas.” “Por quê?” perguntou. Duvidava que fosse mesmo isso, mas quando o tenente olhou nos seus olhos, os dele transbordavam de sinceridade. “Não sei mesmo” e então a chuva parou. Eles foram ao shopping. Se divertiram um pouco, passaram por lojas, o tenente estava com o cartão de crédito dos seus pais, então ele lhe comprou tudo que pediu. Saíram do shopping tarde e foram para a casa. Quando chegaram lá tiveram que ouvir as reclamações de Katrin sobre não levá-la junto. Mas o tenente lhe explicou tudo, e como sempre acontecia ela derreteu-se aos seus pés. E Carlos não soube por que, mas não gostou daquilo. Não gostou do sorriso que Allan deu a sua irmã logo depois dela tê-lo olhado como se quisesse lhe atacar. E não gostou deles terem saído para caminhar depois disso, como sugeriu Katrin. “Posso ir também?” perguntou, com o mínimo de esperanças, Carlos “No que você está pensando heim pirralho? Vai ver se te enxerga você tem apenas DEZ anos!” E eles saíram. E Carlos não gostou. Não da irmã tê-lo tratado tão mal, isso já era de seu feitio. Foi porque Allan não o defendeu. Tudo bem, ele nunca tinha feito aquilo, mas ele queria que tivesse feito. Queria que o outro o defendesse. Mas ele nunca o faria. Os dois saíram e logo Carlos subiu as escadas para tentar ver algo. Olhou e por um tempo conseguiu vê-los. Mas logo a irmã puxou Allan para uma moita. Não sabia se tinha o vista ali ou se queria… não era bom pensar naquelas coisas!

 

Algumas horas passaram e não viu os dois voltarem. Terminou sendo vencido pelo sono. Quando acordou no outro dia de manhã os pais ainda não haviam chegado. A chuva já havia passado a algum tempo e os pais ainda custavam a chegar. Ele estava evitando sua irmã e o tenente. Alguns dias mais se passaram, e seus pais não deram nenhuma notícia. Nada! Tinham passado uma semana desde que seus pais haviam sumido. As coisas estavam ficando constrangedoras na casa. Allan e Carlos não se falavam nunca desde aquele dia. Carlos estava sentado no jardim, esperando o tempo passar. Estava lendo um livro o qual ele achava muito fascinante. Era a quinta vez que o lia. Ouviu barulhos de passos aproximando-se dele e levantou os olhos. Era o tenente. “O que você quer?” Perguntou o mais seco que conseguiu. “Saber como estava. Tem me evitado desde a semana passada…” “E você liga para isso?” “Bem, eu imaginei que poderíamos ser amigos” Carlos nunca pensou a palavra amigos da boca de Allan. Afinal, ele tinha 18 anos, e ele apenas 10. “Ah, sim, claro, agora que está namorando minha irmã precisa ser meu amigo. Por que meus pais ainda não voltaram?” “Eu não estou namorando sua irmã!” E Allan não respondeu a última pergunta. O que Carlos achou estranho. “Onde estão meus mais?”, mas Allan continuou: “Não sei de onde tirou essa idéia que estou namorando sua irmã…” E Allan não parava de falar. Mas não respondeu a pergunta de Carlos. Foi quando o mais novo se enfureceu. “ONDE ESTÃO MEUS PAIS?” Allan não respondeu. Ficou calado, sem olhar nos olhos do menino. “Onde? Eu quero saber! já sumiram faz uma semana!” E Allan levantou os olhos para encarar o garoto menos, já de pé, e viu que as orbes violetas mostravam tristeza. E seus olhos estavam marejados. Por um curto tempo os dois ficaram em silêncio. Allan não tinha coragem de falar nada, apenas andou até o garoto e o abraçou, o que foi um choque para Carlos. Seus olhos marejados expressavam preocupação e dúvida. Olhou para cima e viu quase o mesmo nos olhos de Allan. O mais velho se abaixou um pouco, até ficar menor que o menino e o disse “Seus pais pereceram. Caiu uma bomba no hotel onde eles estavam. Os bombeiros não chegaram a tempo, seus pais foram consumidos pelas chamas, e agora eu e a Johanne somos os tutores legais de vocês, já que foi assim que sua irmã quis. Foi por isso que ela me puxou para dentro da floresta, para que eu pudesse explicar-lhe de que se tratava. Ela decidiu que nós éramos as melhores escolhas… eu espero que você não se importe…” Nesse momento Carlos se apertou mais contra Allan. Não queria que o loiro o soltasse, pois se o fizesse iria cair. E Allan sabia que não podia desabar também, pois se assim fosse, quem iria segurar o pequeno Carlos? Ele sabia que Katrin não iria e não aceitava que Johanne ficasse próximo dele. Ele tinha que segurá-lo e naquele momento sentiu que era a pessoa mais adequada para esse papel. Sentiu que se ele soltasse o garoto, quem iria ficar sem chão era ele. E com certeza iria cair. Aquela noite foi uma noite triste na casa da família Lima. E Carlos sabia que jamais poderia correr para abraçar seu pai novamente. Ou provar da comida que sua mãe fazia. Sabia que não podia mais ouvir o leve cantarolar de sua mãe todas as manhãs e quando ela cantava em alto e bom som quando bebia mais que três taças de vinho. Sabia que agora estava desprotegido, desabrigado. Mas não se sentia assim. Pois Allan estava do seu lado. Sabia que sentiria falta das vezes que seu pai o colocava para dormir, as histórias que ele o contava, as incríveis fábulas que existiam quando ele tinha apenas doze anos de idade, suas alegrias com minha tia, suas brincadeiras com seus amigos, como havia conhecido minha mãe e como se tornou um comandante. Sabia que não podia mais contar com nada daquilo. Como ainda estava muito fraco para andar Allan o carregou no colo até seu quarto e o colocou na cama. Quando ia saindo o menino segurou sua manga “Conta alguma história para mim?”, pediu. O tenente sorriu sem graça e falou “não sei contar nenhuma história direito” “Então conte apenas uma parte! Não me importo apenas me faça dormir!” o tenente sentou-se na cama com Carlos e começou a contar uma história que ouvia muito de sua mãe quando essa ainda era viva. A dos três porquinhos. Era uma história engraçada… não entendia como o lobo tinha tanta força no sopro… nem como porquinhos podiam correr tão rápido. Ouviu o tenente sussurrar “Eu nunca vou embora!”. Não soube o que aconteceu depois. Só sabe que adormeceu. Ao acordar outro dia pela manhã o tenente não estava mais ao seu lado e ele ouviu um barulho de jipes ao lado de sua casa. Desceu as escadas correndo e se deparou com vários soldados na porta, conversando com o tenente. Ele escondeu-se no degrau e ficou tentando ouvir. Apenas ouviu algo como “Não posso ir embora…” “… é minha responsabilidade…”, mas fora isso mais nada. E ele logo percebeu o que era. Levariam Allan embora. Ele nunca mais iria vê-lo. Ao perceberem sua presença no local os soldados pararam de falar e todos olhavam para Carlos. Foi então que percebeu que estava chorando.

 

“Carlos…” o tenente subiu as escadas e tentou se aproximar dele, mas Carlos logo se afastou “Você vai embora!” Gritou “Você me disse que não me deixaria! Disse isso ontem à noite!” saiu correndo, passando pelo tenente e saindo pela porta dos fundos, para o quintal. Não sabia por que estava fazendo isso. Não sabia por que estava chorando desesperadamente. Ele não sabia de nada! Ouviu passos vindos em sua direção e olhou para cima. Era novamente aquela árvore e aquela cena se repetia. A cena que se seguiu de algo trágico. O mesmo lugar que ouviu que seus pais morreram. E agora ele iria ouvir que o tenente estava indo embora. E por que ligava? Bem, talvez estivesse mesmo apaixonado. “Carlos, eu vou voltar! Eu só não tenho escolhas!” As lágrimas começavam a se formar nos olhos de Allan “Eu…” Carlos começa a falar, mas perde a coragem “Você…?” Allan tenta incentivá-lo a falar, mas Carlos ficou em silêncio. Quando Allan levantou para ir embora Carlos segurou a longa manga de sua camisa “Eu quero que me dê uma coisa antes de ir” Allan o olhou assustado, mas concordou “Pode pedir o que quiser!” Carlos impulsionou seu corpo para frente e ficou de ponta de pés, mas ainda não alcançava nem o pescoço do outro, então o puxou para baixo e colou seus lábios no dele. Allan ficou estático. Claro que já estava começando a sentir algo pelo pequeno rapaz, então o pegou no colo e continuaram o beijo. Quando se separaram por falta de ar o mais velho sussurrou no ouvido de Carlos “Eu te juro que vou voltar para você… meu pequeno” e o colocou no chão. Foram caminhando lentamente até a porta da frente e quando chegaram lá Allan subiu no Jipe e Carlos ficou olhando. Allan olhou para trás e viu Carlos acenar para ele. Sentiu seu coração se apertar, sabia que tinha uma boa chance de morrer, mas faria o possível para que isso não acontecesse, pois queria voltar logo para os braços desse pequeno garotinho…

 

 

 

Fim!

 

 

 

HAHAHA, brincadeira u95;

 

 

 

►5 Anos Depois◄

 

 

 

A guerra estava cada dia mais perigosa. O risco se concentrava em áreas mais conhecidas e Hollywood agora já não existia mais. Era apenas um ponto de fumaça, já que fazia uma semana que fora atingida por uma bomba. Carlos estudava medicina e queria ajudar na guerra. Nesses 5 anos que se passaram ele recebeu notícias de Allan apenas no 1º ano. Já fazia quatro anos que não tinha nenhuma notícia da pessoa que mais amou. E que ainda ama, pois nunca foi capaz de esquecê-lo. Nunca! Ele estava avoado na aula de ciências, já conhecia essa matéria e era um tédio ficar apenas olhando para a professora ensinando a anatomia de seu corpo, quando um estrondo foi ouvido “Precisamos de médicos para a guarda!” Era o general Diego. Era um moreno, alto, muito forte e com o rosto quadrado. Os olhos verdes e os cabelos pretos. Ele era o marido de sua tia, Sofia. Várias pessoas, incluindo ele claro, se alistaram. Queriam ajudar na guerra, mesmo que fosse apenas para curar feridos. Mesmo que fosse apenas para salvar poucas vidas. E então eles foram, ajudaram muito. Passaram-se uma, duas, três semanas e cada vez chegava mais gente. Foi quando Carlos foi designado a cuidar de um paciente desacordado. Seu rosto estava cheio de sangue e suas feições, apesar de desmaiado, eram de dor. Os cabelos eram loiros e a pele branca. Mas não sabia se era por que estava pálido. Cuidou desse paciente com todo o carinho. Não sabia por que, mas sentia que devia um cuidado especial aquele corpo jogado na cama. Passaram-se vários dias e o paciente não acordou. Passaram-se semanas, e Carlos não sabia quem era. A guerra teve fim sete meses depois e o USA saiu vencedor. Carlos voltou para a escola. Na saída da escola estava conversando com alguns de seus amigos quando viram um jipe enorme parado na frente da escola e um loiro saindo do carro. E aquele mar de águas claras olhou para Carlos. E de repente estava expresso naqueles olhos que nem todos eram bem vindos, apenas aquele garoto de olhos violetas. E na hora o garoto reconhecer. Mesmo cinco anos mais velho. Mesmo com alguns machucados no rosto, e a pele mais clara ele reconheceu. Ele reconheceria esses olhos até no inferno. E ficaria feliz em vê-los. Correu ao encontro do tenente Allan e o abraçou tão forte. Olhou em seus olhos e ouviu o tenente sussurrar “Eu falei que voltaria” e as lágrimas desciam pelo rosto de Carlos. Mas não como haviam descido nos últimos cinco anos. Não! Dessa vez eram lágrimas de alegria. Olhou fundo nos olhos da pessoa que tanto esperou ver e o beijou com voracidade. Não havia momento melhor que aquele. E quando o beijo foi quebrado os dois sussurraram um ao outro “te amo”. e então Carlos se tocou. Allan era o loiro que ele havia cuidado com tanto carinho no hospital. Os dois passaram a tarde toda conversando. “Como está Katrin?” Allan perguntou para Carlos, enquanto estavam em uma praça de mãos dadas “Ela está casada” Respondeu “e com uma filha.” Allan deu um sorriso amigável. Estava feliz em ver a amiga tão feliz. “Por que parou de me escrever?” Allan percebeu que isso estava entalado na garganta do menino já há algum tempo “Porque eu… não queria que criasse expectativas. E não queria que desse uma pausa em sua vida apenas para vê esperar. Queria que seguisse em frente. Se você se apaixonasse por alguém, paciência. Mas eu queria que você seguisse sua vida entende? Se eu morresse você seria avisado, mas nós já teríamos parado de nos falar…” Carlos pensou um pouco e falou em voz baixa “Uma despedida sem rupturas, sem maiores dores…” Allan ouviu e pegou o rosto de Carlos entre suas mãos. “Isso mesmo. E oh! Veja como está bonito!” Allan o abraçou mais uma vez e lhe deu um beijo quente e amável nos lábios. “Você está certo…” Allan olhou para Carlos, confuso “Eu me apaixonei por alguém” os ombros de Allan caíram. “Sério?” Ele perguntou triste e Carlos sorri “Sim, e ele é a pessoa mais linda, mais incrível e mais corajosa que eu já vi. Sem falar que é loiro natural e me abraça tão forte que me faz perder o ar” Carlos aproximou-se de Allan e sussurrou em seu ouvido “Sabe qual é o nome dele?” e Allan só vez murmurar, então Carlos falou “Allan Monchinno, 24 anos, tenente do exercido dos USA. Mas ele tem que ser preso. Porque ele roubou. O homem roubou meu coração! Pode?” e então Allan só conseguiu sorrir. Não soube dizer o quanto estava feliz naquele momento. “Eu também te amo Carlos” e os dois foram para a casa do maior. E ficaram lá pelo resto do dia. E de suas vidas.

 

 

 

Agora sim…

 

 

 

FIM!


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Notas finais do capítulo

E então?
Querem jogar uma pedra em mim?
Joguem no livro "O menino do Pijama Listrado" Ele que tem culpa de me dar inspiração!
Gostou?
Não gostou?
Não vai cair seu dedo se deixar uma review!!!

Beijoooooooos