Fire With Fire escrita por NKIDDO


Capítulo 15
Não somos uma seita!


Notas iniciais do capítulo

Gente, FWF também está na reta final, e tenho que agradecer quem acompanha desde sempre. Sério, nem sei como essa ideia que eu tive vendo Skip Beat chegou a isso. E também, é um dos melhores animes que eu ja vi.

LEIAM O FINAL, É IMPORTANTE.



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Os dias amanheciam mais divertidos, embora eu nunca admitisse isso. Mizeria estava sempre ao meu lado ao acordar, e isso era muito mais confortável do que acordar sozinha em um apartamento minúsculo.

Ainda havia a história de cuidas das crianças da creche, coisa que eu não ia abandonar a não ser por uma emergência.

– No que está pensando? – Mize indaga, olhando para mim através do espelho do salão de beleza em que estávamos.

– Nada demais, apenas em como seu cabelo está ficando bom. Não tenho essa coragem – Minto, embora o cabelo dela estivesse realmente bom. Uma mescla de azul e verde.

– É isso ou ser reconhecida – Ela dá de ombros. Ao contrario dela, eu quero que Black Fox saiba quem eu sou. Quero que ele saiba que perdeu a melhor guitarrista.

Não gostava de me lembrar do dia que ele me abandonou. Os sentimentos de uma adolescente bobinha me invadiram naquela época, coisa que eu enojo.

Estávamos nos arrumando para a sessão de foto que faríamos, e que, graças a Deus não faríamos nuas. Acho que ela também não aceitaria isso muito bem. Quer dizer, ela está meio cega de vingança – ainda mais depois do baile – então eu até acho que ela pensaria sobre o assunto.

Quando estávamos devidamente arrumadas e vestidas – Eu com um jeans, botas, uma blusa preta e vários colares, enquanto Mize usava uma saia preta, camisa social branca e um laço enrolado no pescoço – uma outra equipe nos guiou até o set de fotografia. Ele estava completamente arrumado para parecer um cemitério. É, bandas de rock significam que você curte morte.

Aham.

– Espero que não tenhamos que matar um gato ou coisa parecida – Comento, um pouco perplexa com o cenário.

– Viramos uma seita satânica. – Mize comenta, cochichando.

Logo fomos designadas para nossos respectivos lugares, e após algumas frases de incentivo começaram a fotografar. Foi divertido, essa experiência com Mizeria. Ela tinha uma atitude que inspirava, ela estava mais determinada que eu a derrotar Cam. Às vezes eu me pergunto como exatamente ela pensa em fazer isso. Não adianta jogar os podres dele, nem mesmo cantar melhor, a opinião das pessoas sobre a voz dele não vão mudar.

Mas eu, como ela, vou tentar de qualquer jeito.

Depois da sessão de fotos, vou até o shopping comprar cordas melhores para a minha guitarra. Era o mesmo shopping que conhecemos Castiel, e onde eu e Black Fox costumávamos ir. Aquela loja de música era a melhor da região, na minha opinião.

Estava cercada de guitarras e outros instrumentos musicais magníficos, e até avisto um microfone rosa. Será que Mizeria usaria se eu desse?

Estou em casa.

– Ainda vêm aqui? – Ouço a voz familiar do meu ex dizer. – Acho meio antiquado.

Ele não tinha mais o que fazer não é? Eu não posso sair de casa mais, de certo. Viro para encara-lo melhor. Black Fox estava como sempre. Seus cabelos pretos e olhos escuros continuavam sendo seu maior charme. Ele era do tipo fofo pervertido, e na maioria de suas falas e movimentos ele lembrava um bichinho, por isso “Fox”.

– Se está antiquada, porque raios está aqui? – Rebato.

– Para ver como anda a ralé – Ele diz, me provocando.

– Que falta de argumento em.

Tento me afastar dele, mas por algum motivo ele era insistente comigo. Me cercou rapidamente, fazendo-me recuar. Nos seus lábios um sorrio malicioso brincava, o que me dava muita vontade de enfiar a mão na cara dele. Estava de brincadeira comigo. Odeio quando ele faz isso.

Para ser sincera, eu o amava. E não posso negar, ele ainda mexe comigo. Me salva e depois joga fora. Todos dizem que é porque eu era mais talentosa que ele, mas será que ele é tão vaidoso e ridículo assim? Não importa.

Para minha surpresa, alguém me puxa para si, e antes de matar quem quer que seja vejo que é Pat. Ah não...

– Você não acha essa loja formidável? – Ele pergunta não para mim, mas direto para Black Fox. – Eu, que sou um musico admirado pelo país amo esta loja, sabe porquê? As garotas aqui são demais.

– Seu gosto é bem ruim – Ele se afasta, ficando em pose-macho-alfa.

– Pelo contrário, já comi e peguei mais mulheres famosas e gostosas que você vai ver na sua vida. Mas vou te dizer uma coisa, as guitarristas são as melhores. – Sinto meu corpo ser envolvido, como se fossemos íntimos. Ele aproxima sua boca da minha orelha e sopra suavemente. Sei disso porque senti, e ele é mais alto que eu, de forma que teve que se debruçar um pouco.

– Odeio vir aqui, de qualquer jeito, nada aqui presta.

Black fox vai embora, com o rabo entre as pernas.

MIZERIA/ CLARISSA PDV.

Tinha me separado de Kylari para pintar a fênix nas minhas costas. No caminho encontrei Claire, então fomos a uma cafeteria tomar um milk-shake e comer bolo.

– Seu cabelo está maneiro, Mizeria. – Ela comenta, enchendo a cara de milk-shake.

– Obrigada – Digo, realmente grata, já que poucos no mundo da música aprovam. – Quase não fui aceita na REDSTAR por causa dele, eu acho. O velho ficou maluco.

Ela não me respondeu de imediato. E eu não ligaria de ficar em silencio sem a resposta dela, entretanto ela fez uma careta e encarou o teto, meditando sobre alguma coisa. De repente, ela começa a falar sobre algo estranho.

– O velho era meu avô – Ela comenta, e é nesse momento que eu queria enfiar minha cabeça na terra. É quase pior que dizer feliz dia dos pais para uma órfã. O pior é que o cara tá vivo – Minha mãe morreu de câncer na garganta, daí ele é assim com meninas. É um trauma. E por eu cantar, ele ficou mais louco ainda.

Acho que meu pai faria uma coisa dessas, posso entende-lo.

– Tudo bem, agora já foi. – Lembro do momento que a pressão começou no palco, e ele me fez cantar várias músicas, foi horrível.

– Tem visto o programa de Matt?

– Reservo minhas noites para isso – Começamos a rir, até que eu convido ela para dormir lá em casa. Ela topa de primeira.

OMG, eu tenho uma amiga vocalista. Me sinto tão feliz!

Quando chegamos no apartamento – que não era tão longe do café, então fomos a pé – eu podia sentir o caos emanando da soleira da porta. Assim que abro a porta, me deparo com um monte de velas vermelhas acesas e ao redor Sting tocando um violão da forma mais bizarra possível, com um monte de desconhecidos se curvando como se ele fosse um Deus. Haru estava mais afastado, acendendo mais velas, com um pano vermelho amarrado a testa. E por incrível que pareça, Pat e Kylari estavam se pegando. Ah meu deus, o que aconteceu?

Castiel estava em um dos sofás, segurando uma das velas e olhando um programa de TV.

– O QUE RAIOS ACONTECEU AQUI? – Eu grito, alto o suficiente para Kylari jogar Pat para fora do sofá, os seguidores de Sting se assustarem, Haru paralisar onde estava e Castiel gritar aleluia. – QUEM SÃO ESSAS PESSOAS? FORA, FORA!

Afasto Claire da saída e a coloco para dentro, e no mesmo instante uma manada de fiéis sai pela porta correndo.

– É sempre assim? – Claire pergunta, segurando o riso.

– E está ficando cada vez mais frequente – Passo a mão na testa – Alguém pode me explicar o que raios aconteceu aqui? E o que vamos fazer com essas velas?

Sting e Haru vem correndo até mim como crianças para receber a mãe. Ah, sai fora.

– Meus amigos precisavam de ajuda do mundo espiritual, Milady! – Ele une as mãos, como se estivesse falando com um rei que cortaria sua cabeça caso fizesse algo errado.

– Sting precisava de ajuda, Madame!

– Eu disse que queria explicação, mas de alguém sensato aqui, CASTIEL!

O ruivo assopra a vela e a deixa em cima da mesa de centro, desliga a Tv e se vira para mim, sem sair do sofá.

– Eu cheguei um pouco antes de você. – Ele explica – Eles estavam se pegando – Ele aponta para Pat caído e Kylari deprimida, que silabou um “valeu, maldito” – E A seita satânica já estava aqui quando eu cheguei.

– Obrigada, pessoa sensata. – Aceno para ele, e ele para mim – Se tem tempo para brincar de igreja, tem tempo para treinar, hoje temos uma convidada, então vamos aproveitar!

– Isso rimou, madame! – Haru se ajoelha e começa a louvar – Deusa do Rap e da música.

Eu não mereço isso.


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Notas finais do capítulo

pra quem tem duvidas, é assim que eu vejo a Kylari. Desde já, agradeçam a Marril, que criou essa perfeição.
Peço encarecidamente que leiam:

http://fanfiction.com.br/historia/431678/The_little_red_riding_hood/

Quem curte um lobo mau?