Another Beginning escrita por cris_gallas


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, vou dizer apenas que faculdade de Engenharia Civil não é para os fracos, nem procrastinadores.
Avisem se houver qualquer erro de concordância, gramatica ou se tiver algo que difere muito do enredo até agora.



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As coisas não poderiam estar piores.

Filch levou-nos a sala da prof. Minerva no primeiro andar, onde nós ficamos esperando, sem trocar uma palavra entre nós. Eu não conseguia ver como iamos nos livrar dessa encrenca. Estavamos encurralados. Como podíamos ser tão desatentos a ponto de se esquecer da capa? Não havia nenhuma razão no mundo para prof. Minerva aceitar que estivéssemos fora da cama, esgueirando-nos pela escola a altas horas da noite e muito menos que estivéssemos no alto da torre de astronomia, que era proibida os alunos a não ser durante as aulas.

Achei que as coisas não poderiam ficar piores. Estava enganado. Quando a prof. Minerva apareceu, vinha trazendo Neville.

— Harry! Chris! _ Exclamou ele no instante que nos viu._Eu estava tentando encontrar vocês desde que ouvi de Draco o que vocês estavam fora do dormitório. Ele disse que podia ter algo a ver com o D..._ Sacudi minha cabeça com força para fazer Neville parar de falar. parecia mais provável que a professora Minerva cuspisse fogo pelas narinas do que Nightmare, ali nos olhando de cima para baixo.

— Eu jamais teria acreditado que vocês fossem capazes disso. O sr Filch disse que vocês estavam no alto da torre de astronomia. É uma hora da madrugada. Expliquem-se.

Era a primeira vez que Cris deixava de responder à pergunta de Minerva. Olhava para o sapatos e imóvel com uma estátua. Eu sabia que ela estava reinando próprio temperamento, antes que desrespeitasse a professora.

— Acho que tem uma boa ideia do que anda acontecendo._ Disse a professora Minerva._ Não é preciso ser um gênio para somar dois mais dois. Vocês sairam tentando encontrar aquele dragão. O diretor já nos avisou que isso poderia acontecer, mas não achei que fosse tão cedo. E por causa dessa sua empreitada meteram o sr Malfoy em problemas e junto com ele o sr Longbottom._ Vi Chris  surpreender o olhar de Neville e fazer algo como uma careta, abaixou um dos cantos do lábio e levantou a sobrancelha oposta, a expressão de espanto e um pouco de mágoa evaporou do rosto de Neville dizendo que ela havia passado sua mensagem.

— Estou desapontada _ Disse a prof. Minerva _ 4 alunos fora da cama em uma noite! Nunca ouvi falar numa coisa dessas antes! Os três vão pegar detenção - sim, e você também sr. Longbottom, não há nada que lhe de o direito de andar pela escola à noite, principalmente nos dias que correm, é muito perigoso, e vou descontar 50 pontos.

— Cinquenta?_ Neville ofegou. Não me admira, eles perderiam quase todos os pontos com isso e o tornaria uma pária entre os Gryffindors.

— 50 pontos cada um_ acrescentou a prof. Minerva, respirando com esforço pelo nariz longo e pontudo.

— professora... por favor... desconte os pontos de Neville em Slytherin, ele vai ter muitos problemas com seus colegas de casa pela perda desses pontos, mais ainda se souberem que a causa foram dois slytherins _ Chris defendendo ele levemente, tentando amenizar a situação. prof. Minerva pareceu suavizar por um momento e pareceu pensar._ Posso fazer isso, mas o sr. Longbottom deve pegar detenção de qualquer maneira. vocês não terão problemas com sua casa por perderem 150 Pontos em uma noite ?_ela perguntou preocupada.

Sorrimos maliciosamente para ela.

— Você esquece professora, que mais ou menos 50% dos pontos que nossa casa possui agora foram arrecadados por nós..._Cris comentou. prof. Minerva pareceu pensar por um momento antes que a compreensão surgisse em seu rosto. Ela nos liberou para voltar a salas comunais com uma promessa de passar a detenção na manhã seguinte. Fomos dormir como se nada tivesse acontecido e deixamos claro a Neville, antes de nos separarmos, que ele não deveria se preocupar.

A princípio, os alunos de Slytherin que passavam pelas gigantescas ampulhetas que marcavam o placar das casas, no dia seguinte, acharam que havia um engano. Como podiam, de repente, ter 170 pontos a menos que no dia anterior? E então a história começou a se espalhar: Harry Potter e Chris Benedetti foram responsáveis pela perda de todos aqueles pontos.

Houve discórdia entre os Slytherins por pouco menos de uma hora, antes que o professor Snape chegou ao salão principal para o café da manhã, fazendo com que tudo silenciassem, esperando uma bronca por parte do seu chefe de casa. Ele nos olhou friamente de cima a baixo antes de falar.

— Em quanto tempo vocês conseguem estes pontos de volta? _ Sorrimos para ele de forma Idêntica.

—Dê-nos uma semana._ Respondi

— Espero que vocês correspondam essa expectativa. _Ele virou-se com uma onda de suas vestes dirigiu-se para mesa principal.

Slytherin nos olhou com respeito renovado após isso. Hufflepuffs e Ravenclaws perderam o entusiasmo que havia vindo com a perda dos pontos.

Fred e George vieram para nós assim que terminaram de comer

— Parabéns pela empreitada, nunca vimos alguém perder 150 Pontos em uma noite, mesmo nós nunca conseguimos. _ Eles falaram em uníssono.

Eu quase me alegrava que os exames não estivesse muito distantes. Todas as revisões que precisávamos fazer nos davam muitas chances de conseguir pontos. Na semana que passou nós conseguimos, pelo menos, o dobro dos pontos perdidos naquela noite. Pontos eram algo muito fácil de conseguir, uma pergunta bem colocada, um encanto bem feito, uma informação importante, mas tinha um porém, dávamos muito poucas chances dos outros alunos falarem enquanto em classe, sugando qualquer ponto que os primeiros anos de Outras casas tivessem chance de pegar. Dessa forma nos aquietamos um pouco dando chance para outros alunos.

Então, uma semana antes de começarmos os exames, minha convicção, de que não poderia ocorrer mais nada de estranho durante o resto do ano, foi submetido a um teste inesperado. Ao voltar da biblioteca, sozinho, certa tarde, ouvi alguém choramingando em uma sala de aula mais a frente. Ao me aproximar ouvir a voz de Quirrell.

—Não... não... outra vez não, por favor_

Parecia que alguém o estava ameaçando. Aproximei- me um pouco mais.

—Está bem... está bem.._ ouvi Quirrell soluçar.

No segundo seguinte, Quirrell saiu correndo da sala de aula ajeitando o turbante. estava pálido e parecia prestes a chorar. E desapareceu de vista; Achei que Quirrell nem sequer reparara em mim. Esperei até que o ruído dos passos de Quirrell desaparecessem, E, então, espiei para dentro da sala. estava vazia, mas havia uma porta entreaberta na outra extremidade.

Eu sabia mais do que me meter em algo que não fui chamado, mas poderia apostar que tinha algo a ver com as armadilhas no terceiro andar.

Voltei a biblioteca onde Chris estava tomando os pontos de astronomia com Blaise e Draco. contei-lhes o que ouvira.

Concordamos rapidamente em ficar quietos sobre isso até que tivéssemos provas de minha teoria.

Na manhã seguinte, eu, Chris e Neville recebemos bilhetes a mesa do café da manhã. diziam uma mesma coisa:

Sua detenção começará às 23:00. Aguarde meu sr Filch no hall de entrada

Professora Minerva

No furor provocado pela rápida recuperação de pontos, eu me esquecera de que ainda tínhamos detenção a cumprir.

Às 11:00 da noite nós saímos da sala comunal e subimos para o hall de entrada.  Pelo caminho nos unimos a Neville. Filch já se encontrava lá - e também Draco. Eu tinha esquecido de que ele também pegou uma detenção.

— Sigam-me _Disse Filch acendendo uma lanterna e levando-nos para fora.

— Aposto que vão pensar duas vezes antes de desobedecerem novamente ao regulamento da escola, não é mesmo?_ disse Caçoando _Ah, sim, trabalho pesado e dor são os melhores mestres, se querem saber… é uma pena que tenham suspendido os castigos antigos... Pendurar o aluno no teto pelos pulsos durante alguns dias, ainda tenho as correntes da minha sala, conservo-as azeitadas para o caso de precisarem... muito bem, lá vamos nós, e nem pensa em fugir agora, será pior para vocês depois.

Nós caminhamos pela propriedade às escuras. Neville não parava de fungar. Fiquei imaginando qual seria o castigo. Devia ser alguma coisa realmente horrível ou Filch não pareceria tão contente.

A lua brilhava, mas as nuvens que passavam por ela lançavam-nos na escuridão. À frente, vi as janelas iluminadas da cabana de Hagrid. então, ouvimos um grito distante…

—É você Filch?  Ande logo, quero começar de uma vez.

O meu ânimo melhorou, se nós íamos trabalhar com Hagrid então não seria tão ruim. meu alívio deve ter transparecido no rosto, porque Filch falou:

— Acho que você está pensando que vai se divertir com aquele panaca? Pois pode pensar outra vez, menino. É para a floresta que você vai e estarei muito enganado se voltar inteiro.

Ao ouvir isso, Neville deixou escapar um gemido e Draco ficou paralizado.

— A floresta?_ Repetiu e não pareceu tão tranquilo como de costume._Não podemos entrar lá a noite... Tem todo tipo de coisa lá... Lobisomens ouvi falar.

Neville agarrou a manga das minhas vestes e pareceu engasgar.

— Isso é o que pensa, não é?_Disse Filch, a voz esganiçando-se de satisfação._ Devia ter pensado nos lobisomens antes de se meter em encrencas, não acha?

Hagrid saiu do escuro caminhando em nossa direção, com canino nos calcanhares. Carregava uma balestra e uma aljava de flechas pendurada ao ombro.

—Até que enfim. Já estou esperando a meia hora. Tudo bem, Harry, Chris?

—Eu não seria tão simpático com eles, Hagrid._ disse Filch com frieza._ Afinal estão aqui para serem punidos.

—É por isso que você está atrasado, não é?_ Disse Hagrid amarrando a cara._ Andou passando carão neles, Não é? Isso não é a sua função. você fez a sua parte, eu pego daqui para frente.

—Volto ao amanhecer para recolher o que sobrar deles._Disse Filch maldoso, deu meia-volta e retornou ao Castelo, balançando a lanterna na escuridão.

Draco virou-se então para Hagrid.

— Não vou entrar nessa Floresta._ Disse, não fiquei impressionado de ouvir a nota de pânico em sua voz.

—Vai, sim, se quiser continuar em Hogwarts_ Disse Hagrid com ferocidade _Você agiu mal e agora tem que pagar pelo que fez.

— Mas eu só estava tentando encontrá-los! _ Draco apontou para nós enquanto falava._ Sem contar que isso é muito perigoso para estudantes, se meu pai souber sobre isso ele…

—... lhe dirá que em Hogwarts é assim _ Rosnou Hagrid.

Draco não se mexeu. Encarou Hagrid incrédulo e em seguida abaixou os olhos.

— Muito bem, então _ Disse Hagrid _ Agora prestem atenção, porque é perigoso o que vamos fazer hoje à noite e não quero ninguém se arriscando. Venham até aqui comigo.

Ele nos conduziu a orla da Floresta. erguendo a lanterna bem alto, apontou para uma trilha serpenteante de terra batida que desaparecia por entre as árvores escuras. Uma brisa leve levantou nossos cabelos quando viramos para Floresta.

— Olhem ali, estão vendo aquela coisa brilhando no chão? Prateada? Aquilo é sangue de unicórnio. Tem um unicórnio ali que foi ferido gravemente por alguma coisa. É a segunda vez essa semana. Encontrei um morto na quarta-feira passada. Vamos tentar encontrar o pobrezinho. Talvez a gente precisa pôr fim ao sofrimento dele.

— E se a coisa que feriu unicórnio nos encontrar primeiro?_ Perguntou Draco, incapaz de conter o medo na voz.

— Não há nenhuma criatura viva na floresta que vai machucá-lo se você estiver comigo e com canino.Siga a trilha. Muito bem, agora, vamos nos separar em dois grupos e seguir a trilha em direções opostas. Tem sangue por toda parte, ele deve estar cambaleando pelo menos desde a noite passada.

— Eu quero canino. _Disse Draco depressa, olhando para as presas de canino.

— Muito bem, mas vou lhe avisando, ele é covarde. Entao eu, Harry e Chris vamos por aqui e Draco, Neville e canino por ali. Agora, se algum de vocês achar o unicórnio, disparem centelhas verdes para o alto,ok? Peguem as varinhas e comece a praticar agora, assim. e se alguém se enrolar, dispare centelhas vermelhas, e vamos todos procurá-lo, então, cuidado. Vamos.

A floresta estava escura e silenciosa. Entrando por ela, chegamos à uma bifurcação, e eu, Chris e Hagrid tomamos o caminho da esquerda, enquanto Draco, Neville e canino tomaram o da direita.

Caminhamos em silêncio, com os olhos no chão. Aqui ali um raio de luar penetrava por entre os galhos e iluminava uma mancha de sangue Prateado nas folhas caídas.

de que Harry parecia muito preocupado

— é possível um lobisomem estar matando os unicórnios _ perguntei

—não são rápidos o suficiente não é fácil matar um unicórnio eles são criaturas mágicas Poderosas nunca soube de nenhum ter sido ferido antes

passamos por um toco de árvore coberta de músculo. eu ouvi água correndo, devia ser um Riacho por perto. ainda viemos manchas de sangue de unicórnio aqui ali pela trilha serpenteante. Chris estava muito quieta, Mas eu sabia que não era medo... ela ficou do lado direito do grupo no Suzano para cobrir seu ponto cego, não que Hagrid soubesse disso. estava demorando para ela começar a cansar a visão, se ela aguentar até o final do ano vai ter que descansar os nervos durante as férias, O que significa usar uma faixa sobre os olhos durante, no mínimo, dois meses.

— você está bem Cris _ sussurrou Hagrid _ não se preocupe ele não pode ter ido muito longe se está tão ferido então poderemos...para trás daquela árvore!

Hagrid nos agarrou e guiou-nos para fora da trilha e para trás de um enorme Carvalho. Puxou uma flecha e enganchou-a na balestra, e ergueu-a, pronto para tirar. Apurei meus ouvidos. Alguma coisa deslizava pelas folhas mortas ali perto; parecia uma capa arrastando no chão. Hagrid apertava os olhos para enxergar a trilha escura frente, mas passados alguns segundos, o ruído desapareceu.

— Eu sabia._ murmurou ele._ Tem alguma coisa aqui que está fora de lugar.

— Um Lobisomem _sugeri

—Isso não era um Lobisomem e não era um unicórnio, tampouco._ disse Hagrid sério._ Muito bem, me sigam, mas tenham cuidado, agora.

Continuamos a caminhar mais devagar, os ouvidos a escuta do menor ruído. De repente, alguma coisa na clareira adiante, alguma coisa sem dúvida se mexia.

— Quem está aí? _ chamou Hagrid _ Apareça. Estou armado!

Chris colocou a mão sobre a balestra baixando-a para o chão, enquanto balançava cabeça em negação. Hagrid pareceu confuso. Então, na clareira aparecer um vulto - era um homem, ou um cavalo? Até a cintura, um homem, com cabelo e barba vermelhos, mas da cintura para baixo era um luzido cavalo castanho com uma cauda longa e avermelhada. O meu queixo caiu.

— Ah, é você, Ronan _  Exclamou Hagrid aliviado. _Como vai? _Ele se adiantou e apertou a mão do Centauro.

— boa noite para você, Hagrid _ disse Ronan. Tinha uma voz grave e triste. _  Você que tirar em mim?

— Cautela nunca é demais, Ronan._ disse Hagrid, dando uma palmadinha no arco. _ Tem alguma coisa à solta nesta Floresta.  Ah, sim,  estes são Harry Potter e Christ Benedetti. Alunos lá da escola. E este é Ronan. É um Centauro.

— Já percebi. _ Disse Chris com uma voz fraca e cansada.

— Boa noite _  Cumprimentou Ronan. _ são alunos, é? E aprendem muita coisa na escola?

— hum

—Menos do que queríamos..._ respondeu Chris.

— Bom, já é alguma coisa _  suspirou Ronan. Depois jogou a cabeça para trás e contemplou o céu. _ Marte está brilhante hoje.

— é _ Disse Hagrid mirando o Céu também. _ Olhe, foi bom termos nos encontrado, Ronan, porque tem um unicórnio ferido. Você viu alguma coisa?

Ronan não respondeu imediatamente. Continuou a olhar para o alto sem piscar, então suspirou outra vez.

— os inocentes são sempre as primeiras vítimas. foi assim no passado, é assim agora.

— é, mas você viu alguma coisa, Ronan? alguma coisa anormal?

— Marte está brilhante hoje. _ repetiu Ronan enquanto Hagrid o observava impaciente. _ um brilho anormal.

— sim, mas…

— o brilho Dourado de Marte em seu auge sinaliza mudanças, acontecimentos importantes, mas que podem ser tão passageiros quanto esse brilho. _ Cris interrompeu.

— Estou impressionado que um humano conhece as devidas interpretações do céu.

— Bem,  o céu esconde mistérios incríveis. _ Chris respondeu ao comentário como se isso explicasse tudo.

— tudo bem, mas estou me referindo a alguma coisa mais perto da terra. você não notou nada estranho?

mais uma vez, Ronan levou algum tempo para responder por fim disse:

— a floresta esconde muitos segredos.

Um movimento das Árvores atrás de Ronan fez Hagrid ameaçar erguer a balestra outra vez, mas foi parado por Chris. era outro Centauro, de cabelos e corpo negros e de aspecto mais selvagem do que Ronan.

— olá, Agouro _ Cumprimentou Hagrid _ tudo bem?

— Boa noite, Hagrid,você vai bem. Espero.

— Bastante bem. Olhe, eu estava mesmo perguntando a Ronan, Você viu alguma coisa estranha por aqui Ultimamente? é que um Unicórnio foi ferido. Você sabe alguma coisa?

Agouro foi se postar ao lado de Ronan. Olhou para o céu, vi Cris seguir o movimento.

— Marte está brilhante hoje. _ disseram em uníssono.

— já sabemos _ respondeu Hagrid  agastado. _ bom, se um de vocês vir alguma coisa, me avise, por favor. Vamos indo, então.

nós saímos com ele da clareira, espiando Ronan e Agouro por cima do ombro até as árvores tamparem nossa visão.

— nunca _ disse Hagrid irritado _ tentem obter uma resposta direta de um Centauro. vivem contemplando as estrelas. não estão interessados em nada que esteja mais perto do que a lua.

— e tem muitos deles aqui?_ perguntou Chris

— Ah, um bom número… Vivem isolados na maior parte do tempo, mas tem a bondade de aparecer quando preciso dar uma palavrinha. são inteligentes, vejam bem, os centauros... sabem das coisas... só não falam muito.

— você acha que foi um Centauro que ouvimos antes?_ perguntei

— você achou que era um barulho de cascos? não, se quer saber, aquilo é o que anda matando os unicórnios. nunca ouvi nada parecido antes.

e continuamos a Caminhar Pela Floresta densa e escura. eu não parava de espiar, nervoso, por cima do ombro. tinha sensação ruim de que alguém nos observava. Estava contente que estivéssemos com Hagrid e sua balestra. acabávamos de passar uma curva na trilha quando Chris agarrou braço de Hagrid .

—Rubeos! Olhe! Centelhas vermelhas, os outros estão em apuros!

— vocês dois esperem aqui! _ gritou Hagrid _ fiquem na trilha, volto para apanha- los!

nós ouvimos romper o mato e ficamos parados nos entre olhando, incrédulos, até não conseguirmos ouvir mais nada à volta exceto o farfalhar das Árvores.

— você acha que eles estão machucados?_ sussurrou Chris.

— Conhecendo eles... Draco pode ter tentado brincar com Neville e ele reagiu mal. ou Neville se enroscou em alguma coisa. pouco provável que aquela coisa pegou eles, se eles avisaram.

os minutos se arrastaram. meus ouvidos pareciam mais aguçados do que o normal. eu parecia estar registrando cada suspiro do vento, cada gravetos que quebrava. o que estava acontecendo? onde estavam os outros?

Finalmente, um grande barulho de mato pisado anunciou a volta de Hagrid. Draco, Neville e Canino o acompanhavam. Hagrid vinha danado da vida. Draco, ao que parecia, se atrasara e agarrara Neville por trás para lhe dar um susto, Neville reagiu automaticamente e mandara o sinal.

— teremos sorte se apanharmos alguma coisa agora, com a barulheira que vocês aprontaram. muito bem, vamos trocar os grupos: Neville, você e Chris ficam comigo; Harry, você com Canino e Malfoy. Sinto muito _ Acrescentou Hagrid para mim um cochicho. _ mas me disseram para não deixá-lo sozinho com Chris e precisamos acabar nosso serviço.

então entrei pelo coração da floresta com Draco e Canino.andamos quase meia hora, nos embrenhando cada vez mais, até que a trilha se tornou impraticável porque as árvores cresciam demasiado juntas. havia salpicos nas raízes de uma árvore, como se a pobre criatura tivesse se debatido de dor por ali. vi uma clareira adiante, através dos Galhos emaranhados de um velho Carvalho.

— olhe _ murmurei erguendo o braço para deter Draco.

alguma coisa muito branca brilhava no chão. nos aproximarmos aos poucos.

era unicórnio, sim, e estava morto. eu nunca vira nada tão bonito, nem tão triste. as pernas longas e finas estavam esticadas em ângulos estranhos onde ele caíra e sua crina espalhava-se sobre as folhas escuras.

Dei um passo à frente, mas o som de algo que deslizavam me fez congelar onde estava. Uma moita estremeceu… Então, do meio das sombras saiu um vulto encapuzado que se arrastava de gatas pelo chão como uma fera à caça. Eu, Draco e Canino ficamos paralisados. O vulto encapuzado aproximou-se do unicórnio, abaixou a cabeça sobre o ferimento no flanco do animal e começou a beber seu sangue.

—AAAAhhhh!

Draco soltou um grito terrível e fugiu, seguido por canino. a figura encapuzada ergueu a cabeça e olhou diretamente para mim - o sangue do unicórnio escorrendo pelo peito. ficou de pé e avançou rápido para mim - que não consegui me mexer de medo.

então uma dor. como eu nunca sentirá antes, varou minha cabeça, como se a minha cicatriz estivesse em Fogo - meio cego, eu recuei cambaleando. ouvi cascos às minhas costas, galopando, e alguma coisa saltou por cima de mim, e atacou um vulto.

a dor na minha cabeça foi tão forte que cai de joelhos.Levou uns 2 minutos para passar. quando ergui os olhos, o vulto desaparecera. um Centauro avultava-se sobre mim, mas não era Ronan nem Agouro; este parecia mais novo, tinha cabelos loiro prateado e um corpo baio.

— você está bem?_perguntou o Centauro, ajudando a me levantar.

— estou, Obrigado, O que foi aquilo ?

o Centauro não respondeu. tinha espantosos olhos azuis, como safiras muito claras.Mirou-me com atenção, demorando o olhar na cicatriz que se sobressaia, lívida, em minha testa.

—você é o menino Potter. melhor voltar para companhia de Hagrid. a floresta não é segura estas horas, principalmente para você. sabe montar? será mais rápido. meu nome é Firenze._ acrescentou ao dobrar as patas dianteiras para eu poder subir no seu lobo.

— Não obrigado... se apenas mostrar o caminho será o suficiente _ eu não me sentia bem em usar ele como um animal qualquer, eu não usaria nenhum ser mágico senciente dessa maneira.

ouvimos repentinamente o ruído de galopes vindo do outro lado da clareira.Ronan e Agouro  irromperam do meio das árvores os flancos arfantes e suados.

— Firenze! _ Agouru trovejou _ o que é que está fazendo?  vai carregar um humano?! não tem vergonha? você é uma mula?

— você sabe quem é ele?_ retrucou Firenze _ é o menino Potter. quanto mais rápido e sair da floresta, melhor.

— o que é que você andou contando a ele? _ rosnou agouro _ lembre-se, Firenze, juramos nunca nos indispor com os céus. você não leu o que vai acontecer nos movimentos dos planetas?

Ronan pateou o chão nervoso.

— tenho certeza de que Firenze achou que estava fazendo o melhor _ Falou em tom Sombrio.

Agouro escoiceou com raiva.

— fazendo o melhor! o que isso tem a ver conosco? os Centauros se preocupam com o que foi previsto! não é Nossa função ficar correndo por aí como jumentos recolhendo humanos Perdidos na nossa Floresta!

Firenze de repente empinou-se nas patas traseiras com raiva. acho que as coisas estão saindo um pouco de controle e isso pode não ser bom para mim.

— você não viu o Unicórnio! _ Firenze berrou para Agouro _ Você não percebe por que foi morto? Ou será que os planetas não lhe contaram esse segredo? Tomei posição contra o que está rondando a floresta, Agouro, tomei, sim, ao lado dos humanos se for preciso.

E Firenze viro-se drepressa para partir.

—Vamos… Temos que achar Hagrid. _ Ele me chamou.

Fomos embora devagar, mergulhando entre as árvores, deixando Ronan e Agouro para tras.

Eu não faza a menor ideia do que estava acontecendo.

—Por que Agouro está tão zangado? _ Perguntei _ O que era aquela coisa de que você me livrou?

Firenze continuou a marcha, mas não respondeu à minha pergunta.Continuamos por entre as árvores em silêncio, não me incomodei, mas senti que perguntei algo que não devia. Estavamos passando por um trecho particularmente denso da floresta, quando Firenze parou de repente.

— Harry Potter, você sabe para que se usa o sangue de unicornio?

— Professor Flamel comentou algo, mas avisou que sangue de unicórnio é uma substância perigosa se for tomada contra a vontade. _ eu disse surpreendido pela estranha pergunta.

— Por que é uma coisa monstruosa matar um unicórnio. Só alguém que não tem nada a perder e tudo a ganhar cometeria um crime desses. O sangue de unicórnio mantém a pessoa viva, mesmo quando ela está a beira da morte, mas a um preço terrível. Ela matou algo puro e indefeso para se salvar e só terá uma semi vida, uma vida amaldiçoada, do momento que o sangue lhe toca os lábios.

—Mas quem estaria tão desesperado? _ pensei em voz alta _ Se a pessoa vai ser amaldiçoada para sempre, é preferível morrer, não é?

—É _ Concordou Firenze _ a não ser que ele precise se manter viva tempo suficiente para beber outra coisa, algo que vai lhe devolver a força e poder totais, algo que sgnifica que jamais poderá morrer. Sr. Potter, o senhor sabe o que é que está escondido na sua escola neste momento?

—A Pedra Filosofal! É claro, o elixir da vida! Mas não percebo quem…

— Não consegue pensar em ninguém que tenha esperado muitos anos para retomar o poder, que se agarrou a vida, esperando uma chance?

Foi como se uma mão de ferro de repente apertasse meu coração. Acima do farfalhar das árvores, eu parecia ouvir mais uma vez  o que Griphook nos contara quando nos ensinava os principais acontecimentos recentes:

“Uns dizem que ele morreu. Bobagem, na minha opinião. Não sei se ele ainda teria bastante humanidade para morrer.”

— Você está dizendo _ falei rouco _ que aquele era Vol…

—Harry! Harry, você está bem?

Chris vinha correndo ao nosso encontro pela trilha, Hagrid a acompanhava arfando.

— Estou bem _ disse, sem nem saber o que estava dizendo _ O unicórnio morreu, Rubeos, esta naquela clareira lá atrás.

—É aqui que eu o deixo _ murmurou Firenze, enquanto Hagrid corria para examinar o unicornio _ Está seguro agora.

— Boa sorte, Harry Potter! _ disse Firenze _ Os planetas já foram mal interpretados antes, até mesmo pelos centauros. Espero que seja o que está ocorrendo agora.

Virou-se e entrou a trote pela floresta, me deixando para trás cheio de duvidas.

 

Blaise adormecera no salão comunal às escuras, nos esperando voltar. Deixamos Draco acorda-lo.

Quando entramos no nosso quarto comecei logo a contar tudo o que aconteceu.Ela ouviu tudo sem se expressar até que eu terminei meu conto. Me abraçou sentindo meus nervos logo abaixo da pele.

Fomos dormir exaustos, com a garganta meio fechada. Mas as surpresas da noite não tinham terminado.

Quando puxei os lençóis da cama encontrei a capa de invisibilidade cuidadosamente dobrada sobre o colchão. Tinha um bilhete nela: Por via das dúvidas.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!!! Vou tentar ter o próximo pronto para o Natal, de presente para vocês.



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