Paixão Do Mesmo Sangue escrita por Juh


Capítulo 30
Perdida


Notas iniciais do capítulo

Terminei as provas, o segunda trimestre acabou e MEU NOTE VOLTOU o/
Aleluia!!!



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–Nath! Nathaniel! Para! -eu dizia entre risadas enquanto o loiro, em cima de mim, me fazia cosquinhas.

–Qual a palavra mágica? - ele para com as cosquinhas e prende meu corpo contra o seu na mesa que estamos deitados.

–Sai de cima de mim se não eu vou... - digo pensando em algo contra ele.

–Você vai? - ele me olha com um sorriso debochado.

–Eu...eu não sei - digo fazendo bico.

–Ok, eu deixo a donzela livre - ele diz e eu já tento me soltar mas ele me prende de volta - em troca você terá que me dar algo.

–E o que seria? - pergunto

Ele deixa seu rosto bem proximo ao meu.

–Um beijo

Mordo meu labio inferior.

–Hum... tudo bem, eu faço esse sacrificio - digo debochada.

O beijo, bem devagar. Ele solta minhas mãos e com elas enlaço seu pescoço.

Sinto seu lábio e seu hálito quente...

Nathaniel leva uma de suas mãos até minha cintura e dá um leve aperto.

Puxo sua cabeça para aprofundar o beijo. Acaricio sua nuca e puxo de leve seus cabelos.

Estavamos em uma pequena cabana onde os representantes e os professores se encontram para resolver algumas coisas do acampamento ou só uma cabana onde os alunos podem vir para tirar suas duvidas. Mas agora estava vazia, quer dizer, apenas eu e Nathaniel. Esse era o horário dele ... e de Melody. Mas por ''coincidencia'' Alexy quis dar uma voltinha com ela.

Não era muito seguro dar uns amassos ali, ainda mais em cima de uma mesa cheia de papeis, até por que algum aluno poderia entrar, ou um professor ou até mesmo a Diretora...

–Minha Nossa! - ou até um gay...

Alexy invade nos interrompendo e fazendo caras e bocas.

–Alexy! - eu e Nathaniel gritamos juntos. O loiro se levanta e ajeita a camisa e a gravata toda bagunçadas. Me sento na mesa e encaro o azulado com raiva.

–Desculpa interromper o casalzinho mas eu vim avisar que a Mel ta vindo para cá - ele diz.

–Bem, é... obrigado por avisar Alexy, seria estranho Melody nos ver... assim, é... acho que vou juntar essa papelada do chão e terminar isso logo de uma vez - Nathaniel diz envergonhado.

–Quer ajuda? - pergunto já pensando em outras intensões.

–Acho melhor não... Nos vemos mais tarde, ok? - ele vem até a mim e me dá um selinho.

Aceno e desco da mesa. Vou até Alexy, ele coloca seu braço sobre meus ombros e saimos dali, quase dando de cara com Melody que passa por nós e nos encara ''desconfiada''.

–Então... representante né? - Alexy pergunta com um sorriso malicioso - Ele é gostoso e a concorrência é fraca. Bom partido!

–Concorrência?

–Por que você acha que eu avisei que Melody estava vindo?

–Para não sermos pegos? - digo

–Por isso e por que Melody é apaixonada pelo Nathaniel.

O QUE?

–Que? Como assim? - pergunto.

–Olha, eu estou a pouco tempo nesse colégio mas já sei bastante... Melody é apaixonada pelo Nath a um bom tempo, ela até se declarou para ele, mas ele a recusou, mas ainda é caidinha pelo loirinho. Se ela tivesse visto vocês com certeza teria falado para a diretora que mandaria você embora e ela poderia dar em cima do Nath o quanto puder.

–Por isso o Nathaniel ficou vermelhinho - digo.

Vamos andando até a barraca das garotas.

Achamos Kim sentada em um tronco perto da barraca.

–Oi gata, cadê a doida daquela ruiva? - Alexy pergunta a morena.

–De acordo com ela foi ''caminhar''

–Caminhar?

–É, dar uma volta por essa floresta chata e cheia de insetos.

–Mas aqui é aberto, e se ela se perder? - digo.

–Ela não vai - KIm diz - Íris tem um bom senso de orientação.

Íris

Acho que eu to perdida.

Acabei andando de mais e agora não sei para onde ir! Fiquei dando voltas e voltas que me perdi nessa merda de floresta! E por causa desse monte de arvores nem consigo decifrar por quais lugares eu já passei.

Sentei em uma pedra para descansar.

[...]

Eu acordei cedo. Aquele ambiente estava me dando tédio. Peguei meu celular e meus fones de ouvidos, avisei Kim que iria dar uma volta e saí. Entrei na floresta dei varias voltas em circulos e agora estou aqui. Perdida.

Só espero que alguém tenha saudade de mim e venha me procurar.

Isso vai ferrar muito para o meu lado... Sair do acampamento sem permissão.

Quem mandou ser ao ar livre num lugar aberto? Bem que podiam colocar umas madeiras ou uns troncos nos limites do acampamento, né?

Mas não... Acho que isso é de propósito, para os alunos se fuderem!

Até por que a diretora parece amar dar sermões.

Pego meu celular do bolso e vejo as horas... Não! Espera! Ele não está ligando!

Ótimo, a bateria acabou. Não dá para ficar pior.

Sinto uma gota de aguá pingar sobre minha mão. Olho para o céu, as nuvens estão tomando conta e o céu tomando uma cor acizentada.

Vida, quando eu digo ''Não dá para ficar pior'', eu não estou te desafiando, ok?

Mais gotas começam a cair, devagar. Preciso achar uma arvore grande para não me molhar, muito.

A chuva está fraca, posso andar tranquilamente que não me molho, mas preciso apressar o passo, logo a chuva pode aumentar.

Caminho para o lado de uma rocha. Me encosto ali para amarrar o cardaço que acaba de se desamarrar.

–Vai chover! Vamos juntar as coisas! - escuto alguém gritar de longe. Sigo a voz e imploro mentalmente para que seja alguém do acampamento.

Mas não...

Tem um homem e um garoto na beira de um lago com materias de pescas, o homem alto e loiro me é familiar, junta suas coisas e chama o garoto, mas o ele me percebe, diz algo ao homem que segue em frente, já o garoto me encara.

–O que temos aqui? Uma garotinha perdida? - ele diz vindo até a mim.

Alto e loiro como o homem, seus olhos são verdes e seu cabelo vai na altura de seu queixo, me fazendo lembrar de Castiel.

–É o que parece né. - respondo

–Qual o seu nome? - ele pergunta e eu o ignoro. - O meu é Dakota, mas pode me chamar de Dake.

–Íris. - respondo fria.

–Então Íris, como se perdeu?

–Eu estou em um acampamento com a minha classe e... decidi dar uma volta. Mas não foi uma boa ideia.

–Eu sei que acampamento é esse. Eu vi ele enquanto buscava lenha na floresta ontem.

–E você sabe como chegar lá? - pergunto esperançosa.

Ele sorri de canto.

–Sei sim. Conheço esse lugar de ponta cabeça. Eu a levo se quiser.

–Oh, eu adoraria! - digo aliviada.

–Pois bem, me siga!

[...]

Depois de alguns minutos caminhando, a chuva aumentou e tivemos que nos abrigarmos em baixo de uma arvore grande que Dake achou rapidamente.

Estavamos em silêncio até que eu puxei assunto.

–Então, aquele era seu pai? - pergunto.

–Meu tio - ele diz ainda com seu sorriso de canto.

–E vocês moram por aqui?

–Nao, moramos na Austrália. Todo ano nós viemos nessa época para essa floresta, para pescar. Por isso a conheço bem. E você? Mora aonde?

–Amoris City, não é muito longe daqui.

–Eu já estive lá, meu tio viaja para lá toda vez que a escola Sweet Amoris faz algum evento, ele gosta de participar.

–Espera, seu tio se chama Boris? - pergunto

–Sim, como sabe?

Eu sabia! Ele me era familiar! Eu também sempre participo dos eventos e realmente, ele sempre está lá.

–Eu estudo nessa escola.

–Sério? Dá proxima vez que eu for, irei te procurar!

–Faça isso. - digo com um sorriso.

–Parece que a chuva está diminuindo. Vamos indo? - ele pergunta.

Eu bem que gostaria de ficar aqui sentada e continuar conversando com ele mas preciso ir, ou se não, ferra para o meu lado.

–Vamos! - digo me levantando junto a ele. Cotinuamos a caminhada e sem perceber tropeço em um galho. Caio e sinto meu joelho raspar no chão.

–Wow! Você ta bem? - Dake se agacha até a mim e me ajuda a levantar.

–Acho que sim, meu pé ta doendo. - digo mancando.

–E seu joelho está sangrando. - ele diz me analisando.

–Oh, que merda.

–Senta aí! - ele aponta para uma rocha e eu o faço.

Pega minha perna e estuda meu joelho. Rasga sua camisa, arrancando um pequeno pedaço dela e amarra no meu joelho.

–Pronto, pelo menos assim o sangramento vai parar.

–Não precisava fazer isso com sua camisa - digo

–Eu quis - ele sorri - consegue andar?

Ele me ajuda a levantar e tento dar um passo, manco. Quase dou de cara no chao se não é o loiro do meu lado para me segurar.

–Parece que torceu o pé - ele diz - Acho que hoje não é seu dia.

–Haha. Muito engraçado. O que eu faço?

Sem ao menos eu perceber dake me pega no colo.

–Parece que eu vou ter que carregar a donzela - ele diz e volta ao caminho.

–Se quiser eu posso ir mancando mesmo - digo

–Não, você ter torcido o pé foi um bônus para mim.

Fico vermelha com seu comentario mas não deixo que ele perceba.

[...]

Depois de uns oito minutos andando finalmente chegamos perto do acampamento.

–Já posso ver o acampamento! Pode me deixar aqui se quiser -digo

–Tem certeza? - ele me pergunta preocupado.

Faço que sim com a cabeça e ele me deposita devagar no chão.

–Consegue?

–Consigo! - digo - Bom, vou indo. Obrigada pela ajuda, Dake.

–Tudo certo - ele me joga uma piscada.

Vou andando, ou melhor, mancando até o acampamento

–Íris! - Dake grita e eu paro e me viro. Ele corre até a mim. - Deixou seu celular cair - ele sorri e me entrega o aparelho.

–Obrigada... de novo - retribuo o sorriso.

Dake me fita por alguns segundos e aproxima seu rosto do meu. Ao ficarmos centimetros do rosto um do outro, Dake me beija, lentamente.

Um beijo suave que estava prestes a se tornar algo intenso. Até que eu interrompo contra a minha vontade.

–Preciso ir - digo

Ele dá um meio sorriso e concorda.

–Até logo, Íris.

–Até! - Digo e volto ao acampemento.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Novo casal na área Depois do acampamento, vai aparecer mais um hehehe
Não meu Dake não É um maniaco estuprador, ele é um amor de pessoa, Problem?
Posto o proximo logo! Beijos minhas gatosas
P.S: Podem me xingar se quiserem u.u