Melhores Amigos(Clary E Simon) escrita por Xavier


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

O original é bem curto e só tem um capítulo. Espero que gostem e não esqueçam de comentar.



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Nada como um dia normal de aula. O dia era ensolarado, mas o frio era cortante. Simon, um garoto de cabelos escuros, belos olhos castanhos, óculos quadrados nas cores preta e branca e um pouco gordinho. Não aquele gordo grande, mas apenas um corpo um pouco mais reforçado. Para Simon o dia estava quente, tão quente que o garoto resolvera ir à escola de calção xadrez, camiseta branca e seu tênis vermelho. Ao lado dele que estava sentado em uma cadeira canhota estava Clary em uma carteira destra, uma menina que veria sua vida mudar drasticamente em apenas uma manhã. 

Clary era uma garota de normal, de corpo esguio, mas com alguns atributos que lhe davam um ar de graça muito interessante. Os cabelos de um loiro quase que acinzentado caiam pelas costas da garota. Os olhos eram gentis e de um verde profundo e misterioso. O rosto era comum, mas mesmo assim não perdia a beleza. Essa era Clary, a menina que era a melhor amiga de Simon. Os dois andavam grudados para todos os lados juntos e passavam bons momentos em companhia um do outro. Clary já até tentará ficar mais tempo com os outros amigos, mas ela não conseguiu ficar muito tempo longe de Simon.

 - Ansiosa para a aula de biologia hoje?  - perguntou Simon sabendo que aquela era a matéria favorita de Clary. O garoto sorriu para a garota, um sorriso genuíno e que apenas ela conseguia tirar dele.

  - Um pouco. – respondeu a menina olhando nos olhos do seu melhor amigo. Eles ficaram se olhando por alguns segundos até que Simon desviou o olhar um pouco encabulado O garoto acabará ficando com as bochechas um pouco vermelhas. Quem assistia de fora já sabia o que aquilo significava. Clary pareceu não notar já que começara a pensar quão bonitos eram os olhos do seu amigo. Nunca havia reparado nos olhos dele, são realmente bonitos. Eu procuraria um namorado com esses olhos, pensou a garota e quando se deu conta do comentário ficou um pouco constrangida com o próprio pensamento.

  -Não está com frio não? – perguntou Simon.

 - Até que estou, mas esqueci meu casaco em casa.

 - Pega o meu. – falou o garoto estendendo o moletom branco para a garota. Clary pegou o casaco e o colocou sem mais delongas. Aquela não era a primeira vez que ela fazia aquilo. Entretanto foi a primeira vez que ela se deixou curtir o perfume preso na roupa. O cheiro lembrava algo amadeirado e de alguma forma quente. Quente como um abraço, quente como um beijo, quente e macio como era o humor de Simon. A garota ficou muito vermelha ao se imaginar sentindo o perfume direto no pescoço do amigo. E de todas as formas possíveis ela negou aquilo, pois Simon era seu amigo e nada mais.

— Esta tudo bem? – perguntou Simon e só aí Clary reparou que ele a olhava a um bom tempo.

 - Estou bem sim. – respondeu Clary sem graça. Simon passou a mão pelo rosto da garota e afagou a bochecha com o polegar.

— Não está com febre, mas você está tão vermelha...

A professora entrou na sala a tempo de tirar Clary de ter que dar alguma satisfação para Simon. A professora deu um bom dia à turma e foi calorosamente respondida por todos, menos Clary. A garota estava em outro mundo, um mundo onde ela sabia de apenas uma coisa. Um mundo onde só existia o cuidado e gentileza do toque de Simon em seu rosto.

O momento fora sem igual. O rosto da menina ardeu ao simples toque do garoto e o um mundo pareceu girar quando ele afagou o rosto dela. Tudo aquilo a fez se sentir única. Outros garotos, inclusive o ex-namorado já tinham feito isso, mas daquela fez foi diferente. Aquilo pareceu ser exatamente tudo o que ela precisava. Um carinho que acalmou o coração, agitou os sentimentos e a fez se sentir única. Clary se perguntava se Simon sempre fazia isso ou se era ela, que naquele dia estranho também estava estranha, que estava vendo demais. Quando se está apaixonada é assim mesmo... a mente da garota ficou assimilando as próprias palavras e quando se deu conta do que ela tinha dito a ela mesmo ela acabou soltando um “não”. Um comentário que a professora percebeu e perguntou:

 - Não concorda que os vermes estão no reino animal?

 - Não foi isso que eu quis dizer, perdão professora. – comentou a garota ficando vermelha enquanto todos da sala a olhavam. A professora voltou a falar e depois que todos os olhares saíram de sobre a garota, Simon se aproximou e sussurrou no ouvido dela:

— Você tem que ver como está bonita assim, vermelha de vergonha. – o garoto se afastou dando uma discreta risada e voltando a prestar atenção na aula.

Dessa vez fora a voz dele. Como Simon poderia ter tantas coisas perfeitas assim e ela não ter reparado? Clary se perguntava se ele sempre fora assim, perfeito, e ela nunca notará. Não que Simon fosse o garoto mais lindo do mundo, mas ele parecia perfeito naquele dia. O senso de humor, a voz, o perfume e até mesmo o respirar dele provocavam Clary naquele dia. E assim a garota passou a aula inteira de biologia prestando atenção no garoto ao seu lado e cada vez que e ela prestava mais atenção ela via um Simon perfeito, perfeito para ela.

                                   <>

— Quer alguma coisa na cantina? – perguntou Simon se levantando.

  - Um chocolate quente, pega aqui o dinheiro.

 - Não não, pode deixar que eu pago esse. – falou o garoto se retirando.

 Clary ficou sentada na sua carteira pensando em tudo que estava acontecendo. Ela poderia estar apaixonada por Simon? E se ela realmente estava ela só descobriu isso hoje? Eles já tinham feito tanta coisa juntos e ela nunca o virá desse modo. Eles eram amigos, disso ela tinha certeza, mas poderiam ser algo a mais? A garota só parou de conjecturar quando se perguntou se Simon sentia as coisas do mesmo modo. Eles passavam tanto tempo juntos que aquele tipo de intimidade parecia normal para ambos, mas naquele dia para ela representava algo a mais, algo que ela não sabia se para Simon era assim também. Clary foi arrancada de seus pensamentos quando Simon se aproximou dela estendendo o chocolate.

 - Obrigada. – respondeu a garota.

— De nada... – respondeu o garoto. Eles ficaram um tempo em silêncio até que Simon tomou a palavra:

 - Está tudo bem com você? Você parece tão distante hoje...

 - Não é nada, estou apenas um pouco cansada. – falou a menina tentando desviar a atenção do garoto.

— Não minta para mim, te conheço a tempo suficiente para saber que é alguma coisa do coração. Aposto que é um cara... – falou Simon. No íntimo do garoto aquela conversa era desagradável. Ele odiava escutar sobre os amores de Clary, o motivo daquilo era simples.

 - Você me conhece tão bem assim? – perguntou a menina surpresa.

— Te conheço melhor que qualquer um dos seus namorados... É claro que isso é por que somos amigos. – respondeu o garoto.

Amigos. Clary se perguntava se eles poderiam ser algo a mais. E em um momento de loucura ela resolveu jogar tudo para o alto e começou a dizer:

— Não sei por onde começar, hoje eu notei uma coisa diferente em alguém ou talvez seja em mim mesma... – começou a garota, mas ela foi interrompida pelo sinal e pela entrada abrupta do professor. Aquele professor não aceitava nenhum tipo de conversa em sua aula.

 - Continuamos essa conversa no final dessa aula. – falou Simon pegando seu caderno.

Clary também se apressou em pegar suas coisas e logo a aula começou. Geometria não era a matéria favorita de Clary, mas era a de Simon que estava muito atento a tudo que o professor falava. O professor deu uma ordem clara para todos prestarem atenção e pararem de copiar. Simon largou a caneta e deixou a mão repousando sobre o caderno. A carteira dele estava encostada na de Clary e a garota não pode não reparar na mão dele ali parada. E tomada mais uma vez por um impulso que nem ela mesma compreendia ela entrelaçou os dedos entre os dedos dele e fechou a mão calmamente. Simon olhou para ela e sorriu, ele puxou a mão dela e a beijou carinhosamente. O coração de Clary batia tão forte que ela tinha a impressão da sala inteira poder escutar. Ela ficou vermelha e estava tão distraída que não notou o sorriso bobo que surgia no rosto de Simon.

 A aula passou e eles ficaram de mãos dadas. Simon havia tomado até o cuidado de escrever com a outra mão. Habilidade que impressionou Clary.

— Posso saber o que a senhora estava fazendo na aula? – perguntou Simon.

— Se o senhor se incomodou eu posso soltar. – falou a menina soltando a mão, mas Simon a pegou novamente e falou:

— Não não, agora vai ficar aqui.

— Está mandando em mim? – perguntou Clary em tom de piada.

 - Eu sempre mandei.

E pode mandar para sempre. Pensou Clary ficando vermelha 

— Podemos terminar aquela conversa agora?  - perguntou Simon.

—Acho que podemos... – Se estou apaixonada mesmo é melhor fazer alguma coisa. Clary havia tomado sua decisão e agora contaria tudo o que estava acontecendo naquele dia para Simon. Ela ia retomar a fala, mas não conseguiu. O medo tomou conta e ela puxou rapidamente a mão, ela disse que falaria no final da aula e que não queria conversar sobre aquilo naquele momento. Aquilo destruiu Simon que tentou parecer normal, mas estava obviamente abalado. O garoto pensava que talvez tudo aquilo fosse apenas um momento de carência e que lembrando no novo amor Clary tinha ficado brava com ele ou algo assim.

A última aula foi de extrema angustia tanto para o garoto quanto para a garota. Nenhum dos dois falou ou fez alguma piada. Eles estavam tão concentrados em suas próprias visões que nem viram o tempo passar. A luz alaranjada do por do sol jorrava pelas janelas e deixava a sala com um ar aconchegante. Todos os alunos e o professor saíram da sala, mas Clary e Simon ficarão sentados. Nenhum tinha coragem de olhar para o outro.

— Simon, é o seguinte... – começou Clary.

— Espera, antes de qualquer coisa eu tenho que te dizer uma coisa. Eu te amo muito. Você é incrível mesmo e eu sou maluco por você. Maluco é o termo mais correto possível para isso. Nos conhecemos a dois anos e nesses dois anos não teve um dia que não me apaixonei mais por você. Eu sei que você acha que somos amigos e fico muito feliz de saber disso e não quero que isso acabe, mas eu não consigo mais esconder. Sei que é muito difícil pedir isso, mas não se afaste de mim. Ainda sou o velho Simon, seu amigo pra quem você pode contar tudo. – Simon fitava Clary com seriedade, mas ao mesmo tempo com carinho. Em nenhum momento Clary duvidou de alguma coisa dita, pois os olhos dele demonstravam que tudo aquilo era mais pura verdade.

— Bem, eu... eu... – começou Clary. Lágrimas corriam por seus olhos.

— Por que você está chorando? – perguntou Simon já se culpando por ter dito tudo aquilo e feito à única guria que ele amava ficar triste.

— É que... – Clary não conseguia falar. Simon se aproximou para enxugar as lágrimas da garota e naquele momento, com os rostos tão próximos Simon viu nos olhos de Clary o que era tudo aquilo.

— Clary...

Simon nem teve tempo de terminar a frase. Clary o beijara e aquele momento valeu toda a espera. Aquilo era perfeito. Clary sentia seu coração bater forte e assim que encostou a mão sobre o peito de Simon sentiu que o coração dele também batia forte. A luz iluminava os dois e naquele dia frio aquilo propiciava calor ao corpo, mas o coração já estava aquecido. Mais aquecido do que qualquer um dos dois jamais imaginará. Clary abraçou forte o amigo e naquele momento algo a mais. Eles ficaram ali, sentindo um ao outro e quando os corações batiam quase que juntos Clary falou:

— Eu é que sou maluca por você. Te amo Simon.

— Te amos mais, Clary.


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Notas finais do capítulo

Fim. E aí, o que acharam?Por favor, comentem. A opinião de vocês é muito importante para mim. Obrigadão.



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