Não há neste mundo

Tão semelhante criatura

Sem graça

Porém postura

Um alguém com tantos problemas

Alegria e tristeza

Para ela são um dilema

Pode ser um pontinho na multidão

Mas se olhar bem

Verá que é uma

Em um milhão

A mesmice não lhe agrada

O tédio lhe degrada

E a paciência...

Esta nunca fora sua camarada

O silêncio é sua fortaleza

Onde vive segura

Onde vive presa

Livros são seus mais fiéis amigos

E nas palavras ela encontra

A derrota do inimigo

Sua solta risada

Esconde a mágoa

Há tanto tempo entranhada

Ali tão quieta

Ali tão sufocada

O bem e o mal

Para ela, polêmico debate

Incomensuravelmente

Alimentando um ao outro

Ansiosa para ver

Quem vencerá este combate

Ela é tudo

Ela é nada

Ela mata

Ela morre

Ela só sabe errar

Por meio de mãos trêmulas

No ponto alto da madrugada

Ela ainda está sonhando

Com o dia em que será lembrada