Mel Williams & A Guerra entre o Olimpo escrita por Vicky
Notas iniciais do capítulo
Esse capítulo é pequeno, mas vou tentar compensar com o próximo.
Boa leitura!
– Nós corremos ou lutamos? – perguntei.
– Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come – Jonathan disse.
– Então o que fazemos?
– Eu gosto da primeira opção – sugeriu o sátiro.
– Claro, porque você corre mais rápido que nós, menino bode.
– Tudo bem – ele disse – opção descartada.
– Precisamos de um plano, qual é o ponto fraco dele? – perguntei.
– Tenho cara de Wikpedia?
Revirei os olhos.
– Eu o distraio e vocês atacam por trás.
– Combinado!
Os meninos correrão, cada um para um lado. No inicio o grifo ficou confuso, mas resolveu levantar voo, quando percebi, comecei jogar pedras nele, funcionou, até um pouco de mais. Ele começou a andar na minha direção enfurecido. Logo se virou e pude ver que Travis cortou seu pé.
Ao virar, sua calda acertou Jonathan e por pouco a mim. O grifo lança Travis para longe, ele bate em uma árvore e fica um pouco atordoado. Logo vira para mim novamente. Consegui ver a fúria em seus olhos, me senti pequena e indefesa novamente.
Quando o grifo ficou mais perto desferi um golpe em seu bico, ele deu alguns passos para trás mas nem um arranhão foi feito.
Novamente ele se aproximou e eu o ataquei. No caminho ouvi um gemido, olhei para o lado e vi Travis acordando, ele não parecia muito bem. No que me distrai a besta bateu com sua enorme pata em meu braço, o arranhão foi profundo, o pior era estar desarmada naquele momento, minha espada estava há uns quatro metros de mim.
Dei alguns passos pequenos para trás para ganhar algum tempo, senti algo no meu calcanhar, me desequilibrei e caí. Quem colocou uma raiz aqui? Ele colocou uma de suas enormes patas em cima do meu corpo, me pressionando para baixo para não conseguir sair.
O grifo abriu sua boca e foi com rapidez em minha direção. Pude sentir o suor escorrendo pelo meu rosto e a neve fofa sendo esmagada embaixo de mim, olhei fixamente para minha espada e estiquei meu braço ao máximo, mesmo sabendo que alcança-la naquela distancia seria impossível.
Πλήκτρο deslizou e foi parar na minha mão no mesmo instante, sem tempo para pensar, virei meu rosto para a fera novamente e enfiei-a em sua garganta.
O monstro rugiu e estremeceu, então começou a tossir, o que eu achei particularmente estranho. E como no carnaval, uma chuva de pó dourado caiu e se espalhou pelo chão.
Levantei assustada, tentando achar o folego e me recuperar do susto. Olhei para o lugar onde o grifo estava há dois segundos atrás, Travis e Jonathan estavam em pé, um do lado do outro, boquiabertos.
A adrenalina sumiu e meu braço começou a arder, como se estivesse pegando fogo, e realmente aparentava isso, minha pele estava borbulhando e se desmanchando. Comecei a gritar e grunhir. O mundo começou a girar e minha ultima visão antes de cair desmaiada foi dos meninos correndo na minha direção.
– Então, podemos terminar de comer a sopa agora? – perguntei e sorri.
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