A Guardiã Das Florestas escrita por Luna Malvina Potter


Capítulo 5
O despertar do espirito guerreiro




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A floresta estava tomada pelo terror, por entre o barulho constante dos machados dilacerando as pobres dríades se escutavam apelos clamando por ajuda a Aslam, mas ele não apareceu.

Tudo estava imerso na penumbra, a luz da lua deixava a face de Selena muito mais sombria e macabra. De todas as estrelas havia uma no céu que se destacava brilhava intensamente e de longe se via a aflição que ela sentia diante da situação.

Rishdark gritava com seus empregados xingava-os de imprestáveis e quanto mais se estressava com os lenhadores mais ele chicoteava o cavalo de Narnia. Graças a sua visão noturna Selena e Scratt teriam uma vantagem sobre seus inimigos.

Estava tomada pela adrenalina em meio a tanto barulho ela podia sentir os batimentos de seu coração pulsando por justiça. Ela esperou que o Tarcaã posicionar o cavalo ne frente da moita que ela estava. Veloz como gato ela pulou sobre ele fincando suas garras nos ombros dele e agarrando o pescoço de Rishdark com a mandíbula derrubando-a do cavalo.

O ataque ocorreu em um piscar de olhos o que pareceu uma eternidade para Selena que parecia estar vivendo aquele momento em câmera lenta. Assim que ouviram o baque provocado pelo choque do corpo de Rishdark contra a terra, os lenhadores, apenas perceberam a presença de Selena por causa de seus brilhantes olhos zuis que denunciavam sua presença.

Apesar de não conseguirem distinguir a forma daquela enorme e feroz criatura que apertava cruelmente a garganta do Tarcaã, eles ergueram seus machados absolutamente apavorados, suando frio e clamando pelo Deus deles o Tash.

Scratt escorregou das costa de Selena e rastejando pelo grama alta ate alcançar um dos lenhadores e com sua pequena espada ele rasgou o calcanhar do homem que com um grito de agonia caiu no chão.

Felizmente Selena Já havia matado e dilacerado a garganta do Tarcaã que jorrava sangue e lambuzava seu focinho quando, mais de quinze homens corpulentos, com um cheiro de suor empreguinado em suas roupas se aproximaram com seus machados nas mãos. Os lenhadores desferiam golpes incansavelmente, eles a haviam cercado, por todos os lados que ela olhava se viam vultos metálicos das laminas assassinas de Driades.

Não havia como desviar de todos os ataques, mesmo sendo mito ágil e rápida ela havia sido encurralada. Havia muitos inimigos, decidiu investir contra dois homens que mais pareciam uma muralha cada um. Com uma força impressionante Selena retirou o machado com apenas uma patada que fez a arma voar e atingir o outro lenhador na cabeça. De relance a menina lobo jurou ter visto a alma se esvair do homem corpulento e uma sensação de mal estar e repugnância por ter causado a morte de alguém mesmo que ele merecesse. Infelizmente não havia tempo para ficar com remorso, pois o lenhador que havia perdido seu machado investia um chute com o qual usava uma bota com uma ponta de ferro em sua barriga.

Ao desviar do chute Selena se distraio e acabou ferida por uma pesada lamina em suas costelas. Ela abafou um grito que ecoou por suas entranhas, a dor era inevitável e insuportável. O corte profundo jorrava sangue o que a fez ficar tonta, com a visão desfocada e quando estava quase desmaiando ela ouviu uma voz levemente familiar, um sussurro em sua mente: Seja forte, lute, você consegue derrota-los, Lembre-se que sua família á espera, se concentre e desperte o espirito guerreiro dentro de você.

Aquela voz masculina suave a confortou e a incentivou a continuar acordada de uma maneira milagrosa e inacreditável. Mas de quem era aquela voz? Não havia tempo para perguntas ela tinha que se concentrar.

Enquanto tentava deliberadamente pensar em um plano, o que era muito dificil levando em conta que ela tinha que desviar e atacar ao mesmo tempo. Enquanto isso Scratt continuava passando por despercebido por entre a grama alta atacando o calcanhar daqueles monstros que atacavam sua amiga.

Repentinamente para o agrado de Selena, ela teve uma ideia tão simples que a fez praguejar a si mesma por não ter pensado nisso antes. Se era o brilho de seus olhos que denunciava sua presença naquele breu, bastaria que ela fechasse os olhos escapasse do circulo de homens que se formara em volta dela e ataca-los novamente sem ser percebida.

Ao fechar os olhos acabou percebendo uma falha enorme em seu plano de fuga como escaparia dos golpes sem ver. Tentou pensar em uma resposta mas a dor lhe proporcionava varias pontadas de agonia que estavam impedindo sua concentração e novamente ela ouviu o suave sussurro lhe dando conselhos: Você precisa aprender enxergar com os ouvidos.

"Aprender o quê? Como assim?" pensou a loba confusa.

De repente a resposta para aquele situação surgiu como um tapa em seu rosto "concentre-se", "enxergar com os ouvidos" eram palavras chaves para resolver o seu problema ela só precisava se concentrar e ouvir o barulho do movimento dos homens e o zumbido dos machados para escapar de lá.

Mesmo com os olhos fechados os sons pareciam formar figuras. Figuras desfocadas que não tinham formas definidas, mas serviam para orienta-la. Com um salto ela passou por cima da cabeça de um homem de cabelos negros compridos e muito emaranhados, aterrissando atrás do amontoado de mais ou menos treze homens.

Ao perceberem o sumiço da criatura, todos se calaram aflitos, apertando os olhos em uma tentativa desesperada de enxergar no escuro, porém sem sucesso e como ultima opção prenderam a respiração para que pudessem identificar os ruídos da criatura que os atacara sem nenhuma interferência.

Silenciosa como um gato ela derrubou os lenhadores a sua frente e como um labirinto de dominós uns foram derrubando os outros ate não restar mais nenhum em pé. Com gritos de desespero os lenhadores tentavam se levantar sem sucesso, pois o amontoado de homens já havia se tornado em um emaranhado sem começo ou fim.

A essa altura da luta os servos do Tarcaã estavam tão aflitos que ao som de qualquer movimento eles atacavam, mesmo estando no chão o que ocasionou uma chacina. Sem querer eles atacaram uns aos outros sem que Selena precisasse mover um músculo dez já haviam morrido.

Restavam apenas três ela só precisava separa-los e ataca-los. E para que isso acontece-se ela ergueu a cabeça para cima em direção ao céu soltando um uivo estridente e ameaçador como uma canção em tom de escarnio.

Apavorado um dos homens saiu correndo sem rumo pela floresta tropeçando em vários galhos espalhados pelo chão era a oportunidade perfeita. Selena partiu em seu encalço, ele não era páreo para um lobo. Logo que o alcançou ela pulou em direção ao pescoço do inimigo lembrando-se do que seu pai Edward à havia ensinado nos dias de caça de que essa parte do corpo é o ponto fraco de suas vítimas, e com a mandíbula o quebrou. foi uma morte muito rápida provavelmente ele nem havia percebido que tinha morrido. Com certeza ele merecia algo muito pior como uma tortura por exemplo, mas se Selena fizesse isso ela estaria se tornando um monstro tão ruim quando o próprio lenhador que matava as dríades sem piedade, algo que com certeza não estava em seus planos.

Quando voltou para o local da chacina e para sua surpresa os outros dois lenhadores ainda estavam lá paralisados de terror incapazes de se moverem, apenas rezavam e pediam piedade em nome para Tash.

enquanto Selena abocanhava novamente o pescoço de um dos Homens Scratt pulou no ombro do lenhador mais baixo e antes que ele pudesse esboçar alguma reação ele dilacerou sua garganta com sua espada.

Finalmente a luta havia terminado e seu corpo começava a sentir a consequências disso. Um pouco mais relaxada e muito ofegante ela voltou a sentir as dores insuportáveis do corte. A tontura reapareceu por causa da perda de sangue, sem poder resistir mais ela acabou desmaiou.


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