A Guardiã Das Florestas escrita por Luna Malvina Potter


Capítulo 11
Reunião




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–Os intrusos montaram um acampamento á alguns quilômetros daqui, caro senhor. Disse o mensageiro apreensivo.

–AHHHH. Um grito ecoou pelas paredes maciças do castelo. Enquanto deixava os presentes no aposento surdos, Isabela pulava e batia palmas. -Adorei a sua história.

Dizia ela sem se importar com a possível guerra a qual o reino de Narnia estava sendo submetido. Os quatro a olharam incrédulos, e logo em seguida o sátiro a encarou carrancudo e sussurrou:

–Não era uma história e sim uma profecia.

–Que seja! Ela retrucou. -Você não vê o que esta acontecendo Rilian, Eu sou a neta do Deus Além Mar, e você só não notou isso, porque está sempre me desprezando.

–Não fale besteiras Isabela é claro que não é você.

–Só pode ser eu, meu pai sempre me disse que Deus deu a ele a mim como presente, além do mais a his... Ela parou de falar ao receber um olhar reprovador do Sátiro. -Além do mais a profecia diz que só você pode encontra-la, mas não pode enxerga-la, não percebe, acho que meus poderes só vão se revelar quando você me der o devido valor que eu mereço.

–Não seja boba criança. Pronunciou-se o rei carinhosamente. -Eu estava ao lado de seu pai no dia do seu nascimento, vi sua mãe carrega-la dentro da barriga dela.

A princesa abaixou a cabeça visivelmente desapontada, entretanto sua expressão rapidamente mudou para furiosa, ela apertou os olhos encarando o contador de LENDAS E PROFECIAS extremamente irritada.

–Então quer dizer que meu futuro marido terá que sair por ai nessa selva, com um monte de criaturas selvagens á solta atrás de uma garota que ele nem conhece e que com certeza é uma baranga.

Os homens reviraram os olhos diante a visível cena de ciúmes, ignorando suas rudes palavras e se concentraram no problema que tinham em mãos.

–O que o senhor fará? Perguntou o mensageiro.

–Irei a essa reunião patética.

–Mas o senhor não pode ir sozinho, temos que chamar Aslan.

–Não sabemos onde ele está e também não temos tempo para procura-lo. Caspin fez uma breve pausa. -Por favor mande alguém preparar meu cavalo e prepare sete de meus melhores guerreiros, vamos encontrar esses malditos e saber de uma vez por todas o que eles querem.

–Eu irei com o senhor. Rilian se pronunciou.

Caspian o encarou visivelmente surpreendido com a revelação de seu filho, ele nunca havia se disposto a ajudar quando o assunto envolvia suas futuras obrigações. O rei sorriu satisfeito com a atitude do príncipe e ordenou com um sorriso no rosto:

–Prepare BlackJack também, meu querido filho irá me acompanhar, partiremos amanhã de manhã.

Ao amanhecer...

Todos os cavalos estavam devidamente selados, Caspian e Rilian cavalgaram com sete cavaleiros com elmos dourados na cabeça, armaduras reluzentes e lanças afiadas nas mãos.

No topo de uma pequena colina de grama macia e bem úmida havia uma tenda branca e prata, ao redor dela, bandeiras com insígnias de um castelo de gelo, junto com um exercito de bruxas, lobisomens, vampiros e alguns soldados de areia.

O silencio predominou o local assim que eles desmontaram de seus cavalos. Imediatamente um lobisomem alto e corpulento com uma aparência grotesca e um hálito fétido mandou-os segui-lo.

O interior da cabana era bem luxuoso, cadeiras de mogno acolchoadas, tapetes bordados à mão com fios de ouro, joias, almofadas de seda e penas de gansos. Entretanto não foi a decoração que os espantou e sim a presença de um majestoso leão sentado limpando pacientemente suas garras com a língua como um gracioso gato.

Aslan cumprimentou-os com um ligeiro movimento de sua cabeça e se dirigiu a Mustafá que estava escorado em uma das cadeiras comendo algumas uvas:

–Bem, agora que todos estão presentes a essa reunião eu estou extremamente curioso para saber o motivo dela.

Mustafá pigarreou estava extremamente nervoso com a presença do Leão apesar de desprezá-lo e odiá-lo com todas as forças ele não o subestimava, suas mãos suavam e tremiam e sua voz saiu quase como um sussurro:

–Estamos reunidos aqui, em nome da soberana feiticeira branca, verdadeira rainha de Narnia, pois temos algumas questões para resolver...

–A única coisa que estou vendo sem solução aqui é essa sua cara feia. Rosnou Rilian.

–Tenha calma, rapaz, vamos ouvir o que este senhor tem a nos dizer. Falou Aslan com sua voz poderosa como o som das ondas se quebrando na praia.

–Na verdade os problemas são bem simples e as soluções são mais ainda. Primeiramente acho que adorariam rever seus amigos Edmundo, Pedro, Susana e Lúcia assim como eu ficarei muito feliz em me livrar deles, contudo...

–Como assim os antigos reis e rainhas estão vivos? Pensou em voz alta Rilian, recebendo um olhar reprovador de seu pai, que parecia muito mais interessado na conversa após ouvir o nome de Susana, do que gostaria de admitir.

Aslan arqueou levemente a sobrancelha, ele se lembrava perfeitamente de ter fechado a passagem entre os dois mundos para que os filhos de Adão e Eva não pudessem mais voltar. Quem quer que tenha trago eles para cá deve ser muito poderoso. Ele conteve sua curiosidade e deixou que o homem prosseguisse.

–Contudo assim como eu adoraria me livrar daqueles pirralhos, minha companheira e minha futura rainha, se sentiria ainda mais feliz em se livrar desse gato vira-lata.

Assim que o homem terminou de pronunciar sua ofensa, Caspian avançou furiosamente para cima dele agarrando com força sua cota de malha e disse entre os dentes:

–O QUE VOCÊ DISSE?!

–Eu fiquei extremamente lisonjeado com a sua tentativa de me defender Caspin, porém eu gostaria de terminar de ouvir o que esse homem tem a nos dizer. Falou o grande Leão aparentemente sem se importar com o insulto.

Caspian se afastou, o homem pigarreou e continuou em tom de deboche:

–Eu sabia além de vira-lata e um gatinho manso.

O sangue de Caspian ferveu, estava pronto para desembainhar a espada e degolar a garganta daquele maldito quando foi interrompido por uma enorme pata peluda.

–Minha rainha a Feiticeira Branca exige em troca dos antigos reis e rainhas de Narnia que Aslan seja seu prisioneiro.

–O QUE?


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