Coming Around Again escrita por Monica Alice


Capítulo 6
Quarto Vago


Notas iniciais do capítulo

Flores, Mil perdões pelo atraso, fiquei sem net por dois dias e não consegui postar antes.

Quero agradecer a todas as leitoras maravilhosas que estão lendo, comentando e gostando da fic, fico Super Hiper Mega Feliz...

Obrigado Amo todos os comentarios de voces ♥



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As pernas moles, coração com batidas entrecortadas,  os fogo de artifício explodindo nos meus ouvidos e os lábios de Peeta grudado aos meus, todos os detalhes daquele beijo, repassando varias vezes no meu sonho. Acordo, respiro ruidosamente tentando controlar o fluxo de oxigênio que entra e sai do meu corpo, olho para o relógio só pra confirmar que mais uma vez, e pelo mesmo motivo acordei antes das 6 horas da manhã.

Tenho evitado qualquer tipo de contato com Peeta, pelos motivos que nem eu posso explicar. Coloco na cabeça que por mais que o beija tenha sido maravilhoso, não significou nada, e acima de tudo somos amigos.

O som de passos no corredor me desperta dos meus pensamentos me lembrando o quanto estou com fome e intrigada por alguém além de mim estar acordado tão cedo, me arrasto para fora da cama, e antes de sair do quarto troco de roupa  e tento acalmar a rebeldia dos meus cabelos. Desço para a cozinha e encontro Galé preparando o café.

- Madrugou ou caiu da cama? – pergunto trazendo sua atenção para mim. – Bom dia.

- Bom dia. – responde ele vindo na minha direção com um sorriso. – Tenho que resolver um assunto com o Finnick. – ele deposita um beijo na minha testa.

Sempre fico com um sinal de alerta e desconfiança piscando na minha cabeça, quando  Finnick e Gale se juntam geralmente não dá um resultado positivo,ou seja coisa boa não deve vir dai.

- Posso saber o que vocês estão aprontando? – pergunto tentando disfarçar minha curiosidade.

- HAHAHA – ele gargalha, e eu fico sem entender o motivo. – Vamos buscar um amigo de Finnick para olhar o apartamento, esqueceu que eles ainda estão com um quarto vago no apartamento deles.

De repente me lembro do quanto uma vez insisti para que Cato viesse morar no apartamento de baixo, com a desculpa de estarmos mais perto um do outro, na época ele me disse que não podia sair de casa e deixar seus pais sozinhos, foi nesse dia tambem que descobri que Cato tinha um irmão que estava viajando. Hoje me questiono como seria nosso namoro se morássemos no mesmo prédio, já que mal nos vemos essa semana e todas as outras.

- Quem é esse amigo? – pergunto tomando um copo do café feito por ele. – Credo, já ouviu falar em açúcar? – completo cuspindo, o pouco que ingeri do café amargo.

- Só o conheço de vista, mas talvez voce conheça. – ele diz saindo da cozinha. – Volto mais tarde, juízo.

Escuto quando a porta da sala bate pela ultima vez e sei que estou sozinha em casa. Johanna foi para uma palestra. Gale Saiu.

“Hoje é só eu e voce.” Penso enquanto termino meu café e volto para o meu quarto, deito na cama pensando o que fazer da vida, e escuto meu celular tocar na cabeceira da cama. Um sorriso me escapa quando vejo o nome e a foto no visor:

- Oi, lindo. – digo, sorrindo ainda mais. – Lembrou que eu ainda existo.

- Linda, eu nunca te esqueço. – Cato fala com uma voz brincalhona. – Só liguei para te dizer que tenho uma surpresa pra você. – completa ele agora um pouco mais serio.

A principio fico assustada com as ultimas palavras ditas por Cato, ele mais do que ninguém sabe o quanto eu odeio surpresas, era de se esperar que ele não as fizesse comigo.

- Não gosto de surpresas. – digo esforçando-me ao maximo para não soar tão seca. – Odeio surpresa, e  você sabe disso.

- Te garanto que não é nada demais... – ele faz uma pausa, que só faz eu ficar ainda mais preocupada com o que ele esta tramando. – Vai ser legal, eu te prometo.

- Pode ao menos, me adiantar alguma coisa. – digo rispidamente.

- Fique mais bonita e elegante que voce é. – ele diz calmamente, medindo o peso de suas palavras. – Tenho que desligar agora, passo ai as oito horas em ponto, Te Amo.

Sua ultimas palavras ecoam pelo meu cérebro... “Te amo”, fico completamente desarmada, com o impacto que elas causam, Cato me ama ponto. Mas e eu, será que eu Katniss o amo também. Minha cabeça fica dando voltas, enquanto tento admitir para mim mesma que sim, quando a verdade é que nem eu sei a resposta. Se eu o amasse não teria beijado Peeta.

Paro te tentar dar um significado a toda essa confusão mental quando escuto um barulho na parte de baixo da casa,  desço como um gato com medo ate de respirar e fazer barulho para dar de cara com Marvel já sentado no sofá e Annie avaliando se o acompanha ou  fica para na porta.

- Entra Annie, pode ficar a vontade. – digo olhando para Marvel que dá de ombros

- Eu sou de casa já. – ele diz, ligando a televisão. – Se der bobeira moro aqui a mais tempo que vocês.

Marvel, tento entender o que se passa na cabeça desse rapaz, de todos ele é o mais “inocente” assim dizendo,  seus cabelos castanhos, sua estatura media junto da personalidade alegre dele, fazem ate hoje com que ele nos lembre uma criança, muito embora ele seja o mais adulto de todos nós, em certas horas.

- Fique a vontade também Marvel. – digo brincando. -  A casa é sua.

- Obrigado. – ele devolve, tirando os sapatos deitando no sofá como controle remoto da televisão nas mãos.

- Annie preciso de um favor seu. – digo, mordendo os lábios.

- Pode pedir. – ela diz gentilmente com um sorriso. – O que você precisa?

Por mais que eu odeie pedir favores, se tem alguém que pode me ajudar é a Annie.

- Preciso que você me ajude a achar um vestido. – digo envergonhada, porque nunca fui muito de me embonecar toda.

Annie abre um sorriso, tão grande e entusiasmado que tenho a sensação de que ela descobriu o sentido da vida.

- Nada me faria mais feliz – ela responde, e posso jurar que uma lagrima caiu do seu olho esquerdo. – Vou só buscar minha bolsa e partimos.

Em menos do tempo do que posso imaginar, já estou sentada no meu carro com Annie falando mil palavras ao mesmo tempo enquanto nos leva para alguma loja no shopping, aproveito um momento de distração dela para ligar o radio, e aproveitar um pouco do passeio.

When she was just a girl

She expected the world

But it flew away from her reach

So she ran away in her sleep.

And dreamed of para-para-paradise

Para-para-paradise

Para-para-paradise

Every time she closed her eyes.

Só percebo que estou cantando junto, quando olho para o lado e vejo Annie, me admirando com a boca entreaberta. Fico constrangida e corada, quando ela solta o primeiro elogio:

- Katniss, você foi... – diz ela ainda procurando uma palavra. – Demais, não saboa que você cantava assim.

- E não canto... – digo dando de ombros.

Chegamos ao shopping e como se soubesse exatamente onde tem que ir, Annie me guia por entre as lojas, com suas mais variadas vitrines, se fosse eu sozinha não passaria da terceira loja sem ficar perdida.

- É aqui. – diz Annie sorrindo de excitação.

Olho para o interior da loja, e vejo todas aquelas vendedoras com seus narizes empinados olhando para os clientes, como se fossem melhores do que qualquer um deles e sinto definitivamente esse tipo de lugar não foi feito para mim.

- Tem certeza que aqui? – pergunto totalmente insegura.

- Sim – diz ela mais esfuziante que nunca.

Entramos na loja e fico mais solta quando Annie escolhe uma vendedora muito simpática e sorridente, que me mostra literalmente dúzias de vestidos que não agradaram nem um pouco Annie.

- Não Madge, nenhum desses tem um bom caimento. – Annie diz, devolvendo os vestidos enquanto Madge penso,que deve ser o nome da vendedora, trás mais alguns.

Depois de mais ou menos, uma hora e meia de estresse e arrependimento da minha parte, dou uma boa analisada com se soubesse o que estava fazendo e admito que Annie tem um ótimo gosto. Foi sugestão dela, o vestido amarelo com um modesto decote v, que vai ate um pouco acima dos joelhos. Ela completa o visual com um cinto e uma sandália que eu acho linda dourado.

- Agora sim você esta sexy sem ser vulgar. -  Diz Annie , arrancando risadas altas minhas e um sorriso modesto de Madge.

Pago o que acho fortuna por tudo, mesmo com Annie dizendo que é um investimento que estou fazendo, com os comentários dela fica cada vez mais visível as minhas viradas de olhos. Decidimos almoçar antes de irmos embora compra alguma bijouteria para acompanhar. 

O caminho de volta é feito em silencio, com exceção do radio ligado e a minha vontade incontrolável de cantar junto. Chegando na garagem reparo que Galé já chegou e uma pontinha de ansiedade cresce dentro de mim para conhecer o, talvez futuro colega.

Deixo Annie no seu apartamento, e subo para o meu, exausta pela primeira parte do dia e torcendo para que o banheiro esteja livre. Paro na entrada da porta ao ouvir vozes animadas dentro de casa, abro a porta sentindo um perfume levemente conhecido pelo meu olfato.

Sentado no sofá, conversando animadamente com o seu costumeiro sorriso. Peeta.

Seus olhos fixam em mim parada na porta, sem reação alguma tentando acreditar se eu ainda posso controlar meu corpo, saio do meu estado de hipnose quando Finnick me abraça por trás.

- Comprou alguma coisa para mim? – pergunta ele, puxando minhas sacolas.

- Não. – digo, com os olhos ainda fixos em Peeta, que tenta voltar ao assunto com Gale. – Quem é ele? – pergunto direta.

- Peeta! – Finnick o chama, ele se levanta vindo na nossa direção, cada passo seu é uma batida a menos do meu coração, quando ele esta a menos de um metro e sinto todo o frescor de seu perfume, já não sei nem mais como respirar.

- Peeta, essa é Katniss, ela mora aqui. – diz Gale, nos apresentando. – Katniss, esse é o Peeta.

- Prazer. – diz ele, estendendo a mão para mim.

- Prazer é meu. – digo, tomando posse dos meus sentidos novamente. – Você veio conhecer o apartamento? – pergunto torcendo para ouvir uma negativa.

- Não... – ele diz, e um alivio toma conta do meu corpo. – Eu vou morar aqui. – completa ele.

Segundo Gale, fico pálida e ele me leva para cozinha deixando Finnick e Peeta na sala, conversando sobre a mudança de Peeta.

- Você o conhece, não é? – Odeio o fato de nenhum detalhe passar desapercebido por Gale. – Peeta, você o conhece?

- Não, não o conheço. – digo, tentando passar o maximo de confiança que consigo juntar, desisto quando ele levanta uma sombrancelha em sinal de total descrença naquilo que eu digo. – Da faculdade, ele faz aulas comigo.

- E porque tanto você quanto ele ficaram assustados? – Gale, com sua curiosidade leva um ótimo jeito para inspetor.

- Depois eu te explico. – digo me afastando dele e de suas perguntas. – Vou encontrar com Cato.

                                                                                        

Subo, para meu quarto sem nem olhar para sala e vôo para o chuveiro, tomando um banho rápido, para não deixar Cato esperando, ele detesta atrasos. Enquanto me seco decido que Peeta não vai atrapalhar minha noite, tento de tudo para tirar ele dos meus pensamentos

Fico pronta antes que eu esperava e com ainda alguns minutos de lucro, desço as escada com a desculpa de esperar Cato na sala, quando na     verdade quero ver que fim levou Peeta, fico feliz quando passo pela sala e não o encontro.

- Fiu Fiu. – O sem teto do Marvel, assobia arrancando risadas dos outros. – Não sabia que tínhamos marcado algo para hoje.

Antes que eu possa dar uma resposta, o interfone toca e corro para atender.

- Estou aqui. – diz Cato.

Pego minha bolsa com meu celular enquanto me despeço de todos e vou ao encontro de Cato, com um cavalheiro ele abre a porta do carro par que eu entre e fico feliz pelo aviso que ele me deu. Se não fosse ele, não estaria nem com sapatos de salto, ao passo que ele usa um discreto terno cinza.

- Você esta linda. – ele diz já dentro do carro, dando um beijo na minha mão. – Você é linda. – completa ele, corando meu rosto.

-  Onde vamos? – pergunto.

- Surpresa. – responde ele com um sorriso no canto da boca.

O caminho seria feito em silencio, se no que deduzo ser a  metade do caminho, enquanto estamos parados no sinal, ele vira pra mim e pergunta.

- Quem era aquele rapaz te abraçando na faculdade? -  De repente todos a minha volta resolveram fazer perguntas diretas, enquanto recupero o fôlego, todo aquele sentimento de traição caísse sobre minha cabeça como um halteres de 100 kilos.

- Ele dançou comigo. – digo com a cabeça baixa olhando para meus pés, pensando no que eu disse sobre Peeta estragar minha noite. – Fizemos uma apresentação para Effie.

Ate aqui nenhuma mentira. Realmente dançamos e nos apresentamos para Effie, o pior é o que veio depois da dança, começo a questionar se esse seria o momento, se seria aqui que contaria para Cato sobre o beijo e aqui terminaríamos nosso namoro.

- Eu conheço ele. – ele diz, trazendo de volta minha atenção para ele, um arrepio percorre minha espinha, um medo de estar sendo levada para uma espécie de armadilha toma conta de mim. – Chegamos. – ele diz com um sorriso.

- E onde estamos? – pergunto agora mais insegura do que nunca.

- Em casa. - diz ele, simplesmente saindo do carro.


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Notas finais do capítulo

Gente este capitulo era para ter sido postado sexta, então amanha eu posto o proximo. Beijoss