Mess escrita por samanthamatruck


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, queria falar um pouco sobre a história. Ela não tem um ship definido, mas posso dizer que vai ter bastante Fabrevans. Além disso, vai começar com a gravidez da Quinn, mas o resto vai ser bem diferente. Enfim, é isso, espero que gostem.



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         Verão. O sol quente e o céu azul, os passarinhos voando enquanto cantavam as mais lindas das canções e aquele vento batendo nos meus cabelos. Eu amava as férias, era o pouco tempo que eu não precisava me focar em agradar os outros e podia ser eu mesma.

         Todos os anos eu passava minhas férias de verão na fazenda da minha família, que foi construída pelo meu bisavô. Tenho que admitir, é muito reconfortante ter a companhia de cavalos e vacas, por mais estranho que possa parecer.

         Esse ano, para minha surpresa, meus pais deixaram Finn Hudson, meu namorado, passar um tempo aqui comigo. É bom passar o tempo com ele. Finn é uma das melhores coisas que me aconteceu em um bom tempo. Apesar de ser bobo e falar coisas sem sentido algum, eu sei que ele gosta de mim por ser quem eu sou, além da máscara da líder de torcida popular.

         Estávamos sentados na varanda da grande casa e já era o final da tarde, exatamente na hora do pôr do sol. A vista que tínhamos era tão estonteante que eu sentia vontade de ficar ali para sempre, observando o sol dar seus passos lentamente, até desaparecer por completo, dando lugar para uma noite cheia de estrelas.

         O frio chegava de fininho. Primeiro com um leve arrepiar quando o vento gelado batia no meu rosto. Depois, já podia sentir a ventania que fazia com eu me encolhesse sem ao menos me esforçar.

         Finn olhava para o horizonte e parecia que pensava no futuro, ou em qualquer coisa que o fizesse estampar aquela expressão preocupada no rosto, que em poucos minutos voltava a ser a mesma expressão despreocupada de sempre.

          — No que está pensando? — Finalmente cortei o silêncio com um sussurro.

— Em tudo. Você, escola... No meu pai. Sempre que tenho oportunidade de sentir as pequenas coisas da vida, como observar o céu, eu penso nele.

— Tenho certeza que ele está feliz em saber que você se preocupa com ele. Ele deve estar sorrindo agora. Você é um ótimo filho, Finn. — Um sorriso tímido surgiu no seu rosto e eu também sorri.

         — Vou admitir Quinn, eu pensei que seria um verdadeiro inferno ficar duas semanas aqui com seus pais em uma fazenda longe da civilização, mas está sendo melhor do que eu pensei.

         — Não é tão chato ficar aqui observando o céu, é? E, além disso, eu estou aqui, nada pode ficar chato. — Eu me levantei, sentando onde ele estava e encostei minha cabeça em seu ombro. — Mas se serve de consolo, daqui uma semana as aulas começam e você vai poder voltar a se atracar com aqueles caras enormes. E eu voltarei a ser a Quinn Bitch, certo? – Soltei uma risada acompanhada da risada exagerada que costumava ser uma mania dele. Olhei para cima e ele estava me observando.

         — Você fica linda com o vento batendo no seu rosto.

       Abri um sorriso enorme. Ele era assim, simples. Com pequenas palavras podia me deixar corada e totalmente envergonhada. Nunca vou ter certeza do que sinto por Finn. Não tenho como saber se é amor, já que amor nunca foi algo tangível para mim. Mas eu sabia que ele iria sempre cuidar de mim, mesmo com o mundo todo desmoronando ao meu redor.

      Ele cuidaria de mim mesmo com todos meus problemas de autoestima, mesmo quando meus pais descontassem suas mágoas e ignorâncias em mim, e até mesmo quando Sue resolvesse me tornar um alvo de suas ofensas. Eu o tinha só para mim, e ele também me tinha só para ele.

         É disso que eu falo, sabe? Ser verdadeira com alguém, mostrar seu verdadeiro eu. Na escola, eu nunca ajo assim. Sempre sou grossa e ignorante, o que mantém minha imagem de “princesinha do gelo”. As mais duras são as mais sensíveis, disso eu posso ter certeza.

         E só poderia aproveitar os últimos dias ali, longe do mundo, com Finn, compartilhando pequenos momentos enquanto o sol nascia ou ia “se deitar”.

         — Quinn, eu te amo. — Ele envolveu seus braços fortes, devido ao futebol americano, envolta da minha cintura e me abraçou. E ficamos assim pelas próximas horas até que o frio se tornasse insuportável para ficar ali fora sem casacos.


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