A vida nem sempre é como queremos, às vezes toma um rumo diferente daquele que prevíamos algumas vezes para melhor outras vezes para pior, comigo isso aconteceu. Ah! Esqueci de me apresentar! O meu nome é Tsukiyo Masumi, tenho dezanove anos de idade nasci na época da lua cheia de outono e sou proveniente de Edo, originalmente vivia com a minha mãe Kaguya, o meu pai Hayato, a minha irmã mais velha Sayo e o resto do clã Tsukiyo.  

Não sou uma rapariga normal da época no que toca a comportamentos sociais, na realidade sou uma samurai que aprendeu algumas técnicas ninjutsu. A minha família geria um dojo de samurais que aprendiam as técnicas base do ninjutsu e as técnicas avançadas do kenjutsu, todos podiam entrar.

Os destinos eram diferentes para cada um que frequentava o nosso local de treino, os integrantes eram principalmente chamados para serem samurais da guarda dos castelos das famílias mais poderosas ou eram contratados como espiões. Porém aqueles que tinham resultados acima da média eram convidados a pertencer ao grupo de elite de shinobis samurais que estavam ao serviço do Bakufu, intitulavam-se Tsukiyomi. Sayo pertencia a este grupo desde os doze anos, considerada uma idade muito nova para entrar, tinha orgulho da minha irmã. Ela era bonita, forte e inteligente, o meu ídolo a seguir.

A minha vida corria bem, de maneira perfeita, sem problemas, eu treinava e completava as minhas missões porém nada na vida é fácil. Eu tinha ido a Ikeda-ya numa missão para ajudar uma senhora com uma entrega, a missão foi do mais fácil que havia no mundo, tão fácil que a acabei em uma hora o que não era normal pois uma missão demorava pelo menos um dia (quem me dera ter sido mais do que um dia). Quando ia no meu caminho para casa com o meu kimono verde com padrões de flores na faixa branca vestido (tinha me mudado numa casa de termas da vila mais perto de Edo) não parava de ver pessoas a correr em direcção da avenida de onde a minha casa se localizava, senti um aperto no meu estômago algo não estava bem. Comecei a andar depressa até á minha casa, quando lá cheguei pensei que ia cair para o lado. O dojo estava em chamas vivas e vi que muitas pessoas estavam mortas dentro da casa, das quais eu identifiquei os meus pais e todo o resto do meu clã.

Eu gritei e gritei por eles para saber se estavam vivos mas nada valeu, estavam todos mortos. Os vizinhos e alguns guardas do Bakufu que passavam por ali ajudaram apagar o fogo, porém já era tarde estavam todos mortos, perdi tudo o que era importante na minha vida. Entrei em casa (o único sitio que não fora queimado) e fui para o meu quarto, estava tudo igual, o quarto dos meus pais estava um pouco desarrumado principalmente as gavetas, alguém procurava alguma coisa não sei o quê. Cai e fiquei a chorar perto de uma gaveta, não sabia o que fazer. Voltei para o dojo, já com o fogo apagado, e olhei para os corpos, de repente vi uma luz na escuridão o corpo da minha irmã não estava lá, ela devia estar viva!

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Esperei durante duas semanas, mas a minha irmã nunca voltara. Perdi a esperança, decidi então sair de Edo e ir para o único sitio onde conhecia alguém, e a pedido do meu pai se alguma coisa acontecesse, o que infelizmente aconteceu, pedisse a essa pessoa para cuidar de mim e me dar um trabalho. Essa pessoa era o líder de um grupo de guerreiros samurais mais temíveis da época, conhecidos como os “Lobos de Mibu”os Shisengumi, ele chamava-se Isami Kondou.

Fiz um pequeno saco com mantimentos, roupas e algum dinheiro, dessa vez vestia um Hakama masculino e estava armada com duas katanas: uma pequena e uma grande, o normal para um samurai, não podia ter motivos de vingança se não sabia quem matou a minha família.

E assim parti em direcção a Kyoto, em direcção ao quartel general dos Shisengumi , a minha nova vida ia começar.