The Change With Love escrita por Carol Dantas


Capítulo 9
Speaking of my father, had a'' relapse''


Notas iniciais do capítulo

PODEM PARAR DE PEDIR PRO FBI ME PROCURAR MEUS QUERIDOS PORQUÊ EU VOLTEEEEIIII!!!

Desculpa a demora.. Sério mesmo. Eu estava com uns problemas de criatividade e tals. E nas férias eu não consegui um computador pra avisar pra vocês que eu ia demorar. Eu avisei em um review que o capítulo iria sair dia 10 de Agosto (sábado)..
Mas meus queridos, era meu niver de 14 aninhos. Não parei em casa!!!

Agora, voltando ao capítulo... Algumas pessoas falavam que queriam POVs de outros personagens e tals.. Então no capítulo passado eu botei o primeiro POV Peeta... Hoje eu tenho o PRIMEIRO POV MADGE!!! Uhuuul

O capítulo é dedicado a Bailarina Imaginária que recomendou!!!
Espero que gostem!! Até lá em baixooo!!



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Pov Madge

- Annie, estou cansada de estudar! Vamos pro quarto. Daqui a alguns minutos, o pessoal vai voltar da aula e a gente vai jantar – falei implorando.

Eu estava estudando sociologia com a Annie a mais de duas horas e eu já não estava aguentando mais. Os meninos estão na aula de natação e a ela me arrastou para a biblioteca.

- Mad a gente não estudou nada hoje, você não está entendo a matéria e garota você é morta de fome ou o que?! Acho mais que você está querendo ver o Gale – disse com um sorrisinho malicioso.

- Friend, me escuta. A gente está aqui dentro já tem mais de horas e pra que eu quero saber sociologia? Ela não vai mudar nada na minha vida – falei com ênfase no ‘’nada’’- Você é a única doente que entende uma palavra do que aquele velho rabugento chamado Snow diz.

Comida é algo essencial na minha vida. Porque eu não comeria? E porque eu não gostaria de ver o Gale? Já viu os braços dele? E aquela barriga... Meu Deus! – falei suspirando e saindo do meu transe particular ao ouvir a gargalhada que a querida amiga Ann soltou. Acabei rindo também.

- Mad Mad... Nunca te vi assim hein garota! – disse balançando a cabeça em negativa e repreendendo-me ao mesmo tempo.

- O que foi Annie?

- Madge Underseen. A menina das melhores notas e do maior puritanismo está tendo sonho eróticos com o amigo Gale.

- Ei! Eu não estou tendo sonhos eróticos com o Gale. Olha quem fala, até parece que você não queria estar na aula de natação pra poder ver o Finn sem camisa.

- Eu não sou pervertida como você Mad – defendeu-se

- Não Annie, você é o dobro.

Rimos um pouco e finalmente decidimos ir para o quarto. Guardamos o material e saímos da biblioteca. Fomos para o Distrito 12 e assim que passamos pela porta, tivemos uma visão privilegiada da Kat e do Peeta dormindo agarradinhos na cama.

Olhei para a Annie que, como eu, estava ‘’assustada’’. Mas logo nos movemos assim que um deles se mexeu, talvez por causa do frio que estava ali.

Eu não queria acordá-los e pelo visto a Ann também não. Peguei uma coberta na parte de cima do armário, tomando cuidado ao fechar a porta e os cobri. Enquanto a Annie tirava uma foto. 

- Annie! Porque bulhufas você está tirando foto deles?! – sussurrei incrédula.

- Pra poder mostrar aos meninos na hora do jantar e perguntar o que eles acham - respondeu.

Sacudi a cabeça com irritação e fiz sinal para que nós saíssemos dali o quanto antes e assim foi feito. Fechamos a porta com cuidado e fomos para o refeitório, tentar conversar sem sermos interrompidas. Já que nesse horário os que não estão em aula, estão nos quartos.

Assim que chegamos, sentamos em uma mesa e a Annie ficou analisando a foto da Kat e do Peeta.

- Caraca Mad, olha isso! Eles estavam de mãos dadas – disse dando zoom nas mãos entrelaçadas dos dois.

- Wow! Eu acho que agente não deve mostrar isso a ninguém.

- Por quê? – perguntou.

- Porque eu acho isso algo pessoal, que nós por acaso descobrimos e porque eu quero perguntara Kat o que foi que ela fez hoje – Lancei um olhar de ‘’entendeu né?’’ Mas pelo visto ela é mais lerda do que parece e não percebeu.

- Mas agente sabe o que ela fez. Ela dormiu com o Peeta. Nós só não sabemos o por que.

- Ah Meu Deus! – praguejei baixo, batendo a mão na testa – Nós sabemos o que ela fez, mas ela não sabe que nós sabemos. Entendeu?

- Um pouco confuso mais eu acho que sim. Nós vamos encurralar a Kat com essa foto, pra ela desembuchar logo o que ela tem com o Peeta. Certo? – perguntou.

- É isso aí garota! – falei levanto a mão para que a Annie pudesse bater com a sua no ar. O que ela fez, ao mesmo tempo em que o sinal batia.

- Olha quem está vindo ali.

Olhei para trás e nesse momento Katniss passava pela porta da frente, tentando esconder um sorriso. Ela até pode ser uma boa atriz e tals, mas eu já convivo tempo com ela o bastante para saber que ela está feliz. Apenas tentando esconder.

Ela sentou ao meu lado, de frente pra Annie e pôs as mãos sobre a mesa.

- O que fazem de bom? – perguntou.

- Nada e você? – respondi.

- Nada também.

Annie me lançou um olhar de pergunta. Talvez tentando saber se colocaríamos nosso ‘’plano’’ em prática. Apenas balancei a cabeça em negação.

Pov Katniss

Acordei com um pouco de frio, encostada em algo duro e sentindo a respiração de alguém batendo em minha nuca.

Abri melhor os olhos, tentando acostumar-me com a luz do fim da tarde. Olhei um pouco para cima e encontrei o menino dos olhos azuis dormindo.

Peguei o telefone na cabeceira da cama e pela hora, a aula de natação já estava acabando. Uns cinco minutos no máximo.

Decidi acordar o Peeta, ates que a maluca da Clove chegasse aqui e o acordasse aos berros como sempre faz.

- Peeta – chamei – Peeta – cantarolei.

Mas pelo jeito, ele estava confortável ali, de forma que acordar parecesse um pecado. Era bom vê-lo ali, quieto, calmo, sereno. Como se no mundo não houvesse problemas, como se em sua vida nada o atrapalhasse.

Fiz cafuné em seus fios dourados, na tentativa de chamar sua atenção. O que funcionou, já que segundos depois sua íris azul cristal se juntava com os meus olhos cinza.

- Nossa! – falou.

- Nossa o que? – perguntei.

- Você já me fez dormir duas vezes, mas te confesso que a segunda está sendo mil vezes melhor.

- E por quê?

- Porque dessa vez você acordou comigo – falou e eu logo fiquei da cor de um tomate – Poder te olhar tão de perto, vislumbrar a cor de seus olhos – desviei o olhar – e saber que você fica toda envergonhada quando eu te elogio.

Ri um pouco junto a ele que logo pôs a mão em me queixo, me forçando a olhar pra ele. O que nem sempre é uma boa ideia, já que na maioria das vezes, eu me perco neles.

Sou surpreendida quando seus lábios tocam os meus. Um beijo calmo, simples e romântico; o qual nem ouso recusar. Acho que ele pensou que eu não aceitaria, já que seu beijo foi algo bem singelo. Mas ao invés de deixar por isso mesmo, raspei minha língua no seu lábio, forçando-o a entreabrir mais a boca. Pedi passagem e ele logo cedeu.

Logo perdemos o ar. O precioso oxigênio obrigando-nos a quebrar aquele maravilhoso contato.

Dessa vez sustentei meu olhar no dele. Vendo que pela primeira vez, ele estava sem palavras. Lembrei-me de Clove e decidi quebrar o silêncio.

- Hora de ir.

~*~

Chegando no refeitório, avistei Annie e Madge sentadas conversando. Sentei-me com elas e logo pus a mão na mesa, tentando descontrair.

- O que fazem de bom? - perguntei

- Nada e você? - respondeu Mad

- Nada também - respondi enquanto pensava ''Se vocês soubessem...''

Percebo que elas logo trocam um olhar seguido por uma negação por parte da Mad. Apenas ignorei e esperei que o pessoal chegasse para o jantar.

- Onde está o Peeta?- pergunta Annie

- Deve estar chegando.

~*~

Algum tempo depois, todos já estavam devidamente bem alimentados e rindo de uma das típicas piadas do Finnick.

- Agora vamos ao assunto TOP da noite – disse Cato e todos chegaram mais pra frente.

- Tambores, por favor – pediu Gale e todos logo começaram a batucar na mesa.

- Katniss Everdeen e sua caída magnífica na piscina – disse Finn.

Todos olham pra mim no mesmo instante. Alguns curiosos, outros confusos.

- Que história é essa? – perguntou Annie.

- É queridas Annie e Madge, a KitKat quase morreu afogada hoje – disse Gale.

- Morreu?! – gritou Mad. Chamando a atenção de alguns alunos que logo voltaram aos seus à fazeres.

- Explica agora – pediu Annie.

- É simples, eu só caí na piscina - respondi.

- E porque você quase ''morreu afogada'' ? - perguntou Mad.

- Ela não sabe nadar - respondeu Cato rapidamente.

Arrancando risada de todos à mesa, pelo fato ridículo de eu não saber nadar. Mas que porra, porque eu não aprendi quando meu pai me ofereceu aulas de natação?!  Meu pai...

- Valeu Cato! - falei dando um tapa na sua cabeça.

- Como assim você não sabe nadar? - perguntou Annie ainda rindo um pouco.

- Bom,quando meu pai ofereceu aula, eu não quis- falei

- Nós temos que falar com seu pai dele não ter te colocado a força nas aulas - disse Peeta

- Acho que isso não vai ser possível - falei abaixando um pouco a cabeça.

- E porque não? - perguntou Peeta

- Porque... Bom,meu pai...- enrolei ao sentir uma dor no peito.

- Seu pai? - incentivou Gale

- Meu pai morreu três messes atrás - soltei direto.

Senti o clima ficar pesado, quando todos automaticamente calaram a boca. O silêncio desconfortável era totalmente palpável. Não precisava olhar pra cima para saber que todos estavam me encarando. Comecei a me balançar de trás pra frente ao sentir que uma lembrança tomava conta de minha mente.

'' - Papai para! - gritei ainda correndo

- Eu vou te pegar sua pirralha! - brincou correndo atrás de mim. Claro que mais devagar, já que minhas perninhas de criança de 6 anos, não me possibilitavam correr mais que ele.

- Mamãe! Mamãe me ajuda! - gritei

- O que foi meu bebê? - disse aparecendo na porta de casa, de frente para o jardim.

- Meu pai quer me fazer cosquinha! - gritei enquanto me agarrava em suas pernas, na tentativa de me esconder do meu pai.

- Leonard! Francamente - disse fazendo posse de durona.

- O que foi? - perguntou se fingindo de santo.

- Por que você não me chamou pra fazer cosquinha nela junto com você?! - perguntou retoricamente.

Logo os dois me prendiam na grama do jardim. Eu ria tanto a ponto de me mijar. E gritava pedindo para eles pararem. O que eles fizeram depois de alguns segundos.

- Meu bebê, você ficou vermelha! - riu minha mãe.

Cruzei meus bracinhos com raiva dela tê-lo ajudado e não a mim.

- Ihh.. O bebê do papai ficou com raiva? - perguntou e eu assenti

- Se o papai disser que te ama você vai ficar feliz? - perguntou e eu assenti novamente - Então, linda do meu coração, minha vida, meu amor. Papai te ama tá bom?

Sorri e o abracei com força, vendo o dia escurecer gradativamente naquela tarde de sábado.''

Levantei da mesa em um rompante, percebendo que eu não aguentaria mais segurar as lágrimas que começaram a cair instantaneamente. 

Consegui ouvir Peeta e as meninas me gritando. Alguns até correndo atrás de mim. Mas eu subia as escadas em uma velocidade surreal, na tentativa de fazer os pensamentos ficarem pra trás... O que eu não consegui.

Entrei no quarto correndo e fui para o banheiro trancando a porta logo em seguida. Encostei minhas costas na porta e fui escorregando até o chão. Dobrei os joelhos, passei os braços por volta deles tentando fugir do mundo.  Toda a dor que eu estive guardando nesses últimos 3, 4 messes voltava com uma força que eu jamais imaginei ser possível.

Meu pai era tudo pra mim. Era com ele que eu brincava, conversava, brigava e zoava. Ele sempre me deu os melhores conselhos, os melhores sermões, as broncas. Tudo era meu pai. Tudo sempre foi meu pai.

E meu bem mais precioso foi tirado de mim, da maneira mais brutal que existia no mundo. O assassinaram...  Tudo por minha culpa. Se eu não tivesse brigado com ele, se ele não tivesse saído para espairecer ele estaria comigo...

- Katniss abre essa porta! - gritou Peeta, dando murros na porta.

- Me deixa em pa-aa-z - gritei chorando.

- Peeta, ela precisa das amigas agora.Nada que você faça vai fazer ela sair daí - ouvi Gale disser.

Eu queria sumir no mundo. Queria algo que fizesse a dor passar. E logo tive uma ideia.

Pov Peeta

Todos entraram no quarto ao mesmo tempo, procurando desesperadamente pela Katniss. Ao ouvir um choro,percebi que ela estava no banheiro. Tentei abrir a porta, mas a mesma estava trancada.

- Katniss abre essa porta! - gritei, dando socos nela.

- Me deixa em pa-aa-z - chorou

- Peeta,ela precisa das amigas agora. Nada que você faça vai fazer ela sair daí - disse Gale tocando o meu ombro.

- Kat, por favor. Abre a porta. Todos estão aqui pra te ajudar - falei baixo tentando acalma-la com a serenidade da minha voz. Eu sentia naquele momento que ela precisava de alguém e eu poderia ajudá-la.

- Eu não preciso de ajuda - disse com a voz totalmente embargada. Não restava dúvidas de que ela estava chorando - É tu-u-do culpa mi-i-nha. Ele morreu por minha cu-u-lpa.

- Não Kat. A culpa não foi sua. - falei com a testa encostada na parte fria da madeira da porta.

- Fo-o-i sim. Se eu não ti-ti-vesse brigado com ele.. Ele estaria comigo.

- Peeta, nós temos a chave do banheiro. Eu posso abrir - sussurrou Clove.

- Ela está se abrindo. Deixa ela um pouco. Vamos esperar só um minuto - falei e ela assentiu.

Todos estavam atrás de mim. Na expectativa que a Kat saísse do banheiro. Todos nervosos e apreensivos. Assim como eu. Mas eu tinha que ajudá-la e o meu desespero só pioraria as coisas.

Despertei assim que ouvi um grito, um baralho de cacos de vidro e outro grito logo em seguida.

- Katniss! KATNISS O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? - gritei nervoso

- ME DEIXA EM PAZ. TODO MUNDO. EU SÓ QUERO O MEU PAI! - gritou de volta.

E mais um grito de dor e agonia veio do banheiro.

- Clove abre a porta! - dei passagem pra ela e vi a cara de todos de extrema preocupação e susto. O que ela estava fazendo lá dentro? - Rápido Clove! - a chave não girava e seguidos gritos de dor vinham daquela porta.

- Eu vou chamar o Haymitch! - disse Finnick indo para fora do quarto seguido de todos os outro meninos. Eles tinham que achá-lo a mais rápido possível.

- Consegui! - gritou Clove e a minha esperança de que nada demais estivesse acontecendo foi por água abaixo, assim que entrei no banheiro.

A Kat estava sentada no chão, o espelho estava quebrado e em sua mão um pedaço de vidro que ela usava para cortar os pulsos.

- KATNISS! - gritei e me abaixei ao seu lado. Tentando tirar o vidro da mão dela.

- ME SOLTA! ME SOLTA PEETA! - Gritou se debatendo

- Meu Deus Kat! - se lamentaram as meninas. Que choravam ao ver a amiga assim.

Tirei o vidro da mão dela e peguei uma toalha de rosto que estava jogada no chão. Apertei em seu pulso direito tentando fazer o sangue estancar. Mas ela não parava de espernear.

A toalha era grande o suficiente para que eu conseguisse amarrar em seu pulso cortado. Foi o que eu fiz. Abraçando-a o mais forte que eu conseguia. Murmurava palavras dóceis tentando acalmá-la, mas nada funcionava.

Percebi a Mad ligando para alguns dos meninos pedindo socorro e avisando que a Kat estava cortando os pulsos. Mandando-os se apressarem.

Longos 5 minutos depois os meninos apareceram com o Haymitch, junto com ele uma enfermeira com uma engessam em mãos.

- Me solta! - falava Katniss

-Por favor para com isso. Kat para por favor! - falei enxugando suas lágrimas e colocando seu cabelo para trás.

- Peeta! Peeta me desculpa - sussurrou.

Foi nessa hora que a enfermeira aplicou a engessam em seu braço. Uma anestesia, um calmante. Eu sei lá o que era aquilo. Mas instantaneamente ela caiu em meus braços desacordada.

- Não tem com o que se desculpar - sussurrei de volta mesmo que ela não pudesse me ouvir.


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Notas finais do capítulo

NÃO ME MATEM E COMENTEM!!!
Kkk

Descontem a sua possível raiva no review!!
Vou tentar voltar cedo,mas não prometo nada!! Beijos!!