Você De Novo? escrita por Miss Sant


Capítulo 56
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Galeraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Olha, foi bem de impulso, e bem surpresa mesmo, então espero que gostem.



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Diferente do que eu imaginei, o cemitério estava repleto de gente chorando sua morte, no final das contas devia ser uma boa pessoa, ajudar muita gente... Observei de longe, um menina nova, deveria ter uns 15 anos... Ela não estava chorando, nem parecia inconformada, estava apenas ali, parada perto no caixão, com o olhar perdido, distante...

Um homem com gel no cabelo terminou de falar e todos bateram palmas, ela virou, olhou ao seu redor como se não reconhecesse nada daquilo, parecia imensamente perdida. Uma senhora de cabelos grisalhos, se aproximou dela, a olhou com um misto de pena e compaixão e disse algo em seu ouvido, o que aparentemente a fez despertar. A menina pediu a palavra, ela devia ser alguém importante, todos pararam e voltaram sua atenção para ela. Ela cresceu em meio a tanta tristeza.

– Como herdeira, de Dominic Pena, como única filha, como única família dele, agradeço por estarem aqui. Amo meu pai, amo Domenico Pena, mas, ele não foi um bom homem, e ele sabia disso, eu sabia disso... é por isso, que aqui, na frente de tanta gente que antes o temia e agora esta aqui chorando copiosamente por ele, e eu sinceramente não sei se são lagrimas de alivio ou de tristeza realmente – ela parou um instante – Eu olho pra todos vocês, pra toda essa gente e eu sei que meu pai ficaria feliz, se fosse possível saber que houve tanta gente velando sua morte, mas sinceramente, sei que metade de vocês só veio aqui pra conferir a história, pra saber se ele estava realmente morto e se – a menina deu um riso amargo e prosseguiu – pra saber se eu vingaria a morte do meu pai, incitaria o ódio, se manteria o seu legado criminoso, porque sim, eu sei exatamente o que ele era. Mas não! Eu não serei uma herdeira do crime, e sim ele esta morto, e não... eu não deixei de amá-lo mesmo sabendo o que ele fez a milhares de pessoas, e eu peço perdão, a todo mal que ele possa ter feito, a qualquer pessoa.

Nesse instante, ela caiu, caiu de joelhos no chão e chorou e juro que tive o impulso de socorre-la, mas me contive.

– Por favor, todos vocês, saiam daqui, por favor! – a menina estava prestes a ter um colapso, as pessoas foram saindo devagar deixando-a ali, sozinha, jogada em cima no caixão, dando um ultimo abraço em seu pai.

Andei vagarosamente ao seu encontro, ela nem me olhou, mas fez um gesto para que eu me afastasse, permaneci ali, era algo que eu precisava fazer.

– Pode parecer muito invasivo, um pouco fora de questão afinal você nem me conhece, mas eu posso...

– Eu sei quem você é. Vivian? Sei o que meu pai fez com você, não precisa... o que você faz aqui?

– Eu juro que não vim aqui pra ver seu sofrimento ou rir dessa situação.

– É difícil de acreditar.

– Do outro lado, fica a lápide dos meus pais, eu não sou você, nem sei da sua relação com seu pai, mas eu sei o que é perder alguém importante, quase indispensável.

– Sabe, ele não era perfeito, não era a melhor pessoa do mundo mas, eu não o queria assim, não nessa situação. Eu não me queria assim, eu jurei pra ele que não viria no seu enterro caso ele continuasse com a vida que ele levava e aqui estou eu, e eu me sinto horrível por pensar nisso agora!

– Qual o seu nome?

– Juliet.

– Juliet, esse homem matou as duas pessoas mais importantes da minha vida, quando eu tinha uns 16 anos, e eu jurei fazê-lo pagar por isso, mas quando eu fiz isso, não imaginava o tanto que eu sofreria com isso. Eu não me orgulho de ser responsável pelo seu sofrimento, nem pela morte dele, mas também não me arrependo, não sei se deveria me desculpar por isso, mas eu vou, nenhum filho merece isso, então me desculpe. Seu pai sabia que você o amava, ele era seu pai. Não se culpe você não vai conseguir odiá-lo, e nem deveria tentar isso. Ele era um bom pai, um bom homem para algumas pessoas, não era?

– Era, o melhor, era como se ele vivesse em uma constante de dupla personalidade.

– Pense no bem, no respingo de luz que ele tinha, e seja feliz Juliet, seja diferente de mim, viva.

Juliet me olhou, com certa dose de estranheza e doçura, e me abraçou.

– Sinto muito, pela dor que ele te causou. E muito obrigada. Mas, porque você fez isso por mim?

– Você parece ser uma boa menina.

– Obrigada.

– Por nada, adeus Juliet.

– Até mais Vivian.

Sai do cemitério, e encontrei Ian me esperando.

– E então

– Missão dada é missão cumprida chefe.

– Ótimo, podemos virar a pagina?

– Claro, de volta pra L.A?

– A Sam me ligou, o jantar de noivado dela e de Freddie é esta noite.

– Eu fui convidada?

– Olha, eles não querer muito ver a vivian, mas acho que não tem nada contra a Alison, minha namorada.

– Namorada? Achei que você tinha me pedido em casamento?

– Oi?

– Oi? Eu lembro perfeitamente de que quando eu estava lá, sangrando horrores, entre a vida e a morte jogada naquele tapete persa... Eu lembro, de ter ouvido um policial gato, chorando muito jogado ao meu lado, dizendo que me amava, e para eu não morrer, porque nós iriamos nos casar.

– Eu não disse isso, não nessa hora.

– Ah não, o casamento foi na ambulância. Você é tão dramático! O tiro foi quase de raspão.

– Não sou médico pra adivinhar essas coisas.

– Não importa Ian.

Conversamos o resto do caminho até o apartamento de Sam e Freddie. Chegando lá, pude observá-los, pareciam imensamente felizes. Chegamos, sentamos, conversamos e veio à hora do brinde.

– Perdão, senhoras e senhores, mas estamos entre amigos não é mesmo? E eu gostaria de dizer uma coisa sobre Sam e Freddie.

– Ah, Alison, eu acho melhor não. – disse Freddie.

– Hey, calma. Eu só gostaria de dizer, que vocês deveriam me agradecer imensamente porque eu fiz vocês ficarem juntos. Mas não é isso que importa, o que interessa mesmo, é que o caminho de vocês dois, caramba... Não tem uma pedra, é cercado de pedras, mas vocês sempre andam por cima delas, então... Felicidades aos noivos! E ao baby, ops.

Sam e freddie se olharam e sorriram.

– Por acaso você é bruxa? – disse Sam

– Era pra ser surpresa sabia Ali? – Freddie retrucou.

– Não, mas eu leio as pessoas, e vejo que vocês serão tão felizes que o mundo vai sorrir.

– Obrigada. – Eles disseram, e selaram meus votos com um beijo apaixonado e muitíssimas palmas.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? morta de nervoso



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