Acordei ofegante e suando. Então tudo não passou de um sonho? Que ideia maluca é essa de ficar sonhando esse tipo de coisa e com aquele tipo de gente? Isso é inadmissível, por que eu simplesmente não posso mandar no meu subconsciente? Realmente eu preciso me libertara desses fantasmas do passado. Eu não amo o Freddie. Eu estou passando por algum tipo de complexo de masoquismo mental, só pode ser isso, ou uma mera atração. Mas isso não faz sentido algum, uma simples atração não me deixaria nesse estado de nervos. Ou deixaria? Ah merda! Minha mente esta dando voltas é como se eu estivesse presa num labirinto de ping-pong. Beleza eu preciso de um banho e de comida, isso sim vai me acalmar.

Tomei uma ducha que demorou o tempo suficiente pra me deixar relaxada e desci pra pegar algo na geladeira.

-Até que enfim acordou! – Ash estava sentada no sofá.

-Oh você ainda é a minha Sam dorminhoca e comilona.

-Por que vocês estão aqui? Tipo ainda?

-E muito gentil e meiga não acha Shay?

-Acho Benz. E também estou feliz em te ver depois de tantos anos...

-Enfim. O que eu quero dizer é você não deveria ter ido até a sua casa ver seu maridinho e preparar o jantar da família feliz? Acho até um milagre que o Freddward não tenha vindo aqui te caçar. E você Ashez não devia ter ido tomar um banho ver sua roupa no varal?

-Ha muito engraçado, você sabe que eu levo as roupas pra lavanderia tá. E já que você tocou no assunto quem disse que ele não veio.

-Ele veio aqui?

-Por que o interesse Sam?

-Não é um interesse e sim uma preocupação eu não quero ter que dedetiza o apartamento de novo esse ano.

-Hum, então você teria que jogar o sofá fora...

-Eu realmente vou tentar anular a vontade de quebrar a cara dele em pedacinhos e só vou te perguntar: o que ele queria aqui?

-Nossa mais que agressiva ela.

-Ash? – perguntei um tanto impaciente.

-Ele só veio deixar a conta do som que você quebrou. Ah! Eu pedi pizza!

-Pizza pediu a minha especial?

-Claro, toma. – Ash entregou-me uma nota.

-Caramba, mais continua nerd mesmo...

-Por quê? – entreguei anota a Carly.

-Então aquele som custa 2.600 dólares? Que tipo de som custa tudo isso?

-Sam, você realmente vai pagar esse som? – Ash pegou a nota de volta.

-Claro que vou, não quero estar ligada ao Freddie de jeito algum, muito menos por uma divida de um som idiota que eu fiz beijar o chão.

-Se você diz...

-A campainha tocou o que fez com que meu coração desse um salto inexplicável.

-Sam atende você já ta em pé. – que tipo de Déjà vu é esse?

-Eu vou por que a pizza não pode ficar tanto tempo longe de mim. – com o coração pulsando mais rápido do que deveria abri a porta. Sim, pizza confere, homem segurando a pizza correto, homem segurando a pizza sem uniforme e com o boné escondendo o rosto incorreto. De novo a sensação de que iria ter um ataque cardíaco a qualquer momento. Só de cogitar a possibilidade de ser Freddie o homem segurando a pizza... Isso não é certo, é uma loucura achar que a utopia de mais cedo se torne uma feliz realidade. Feliz?

-Então vai ter pizza e ninguém me convida? – meu sorriso foi instantâneo ao ouvir sua voz, uma pontada de alivio de decepção percorreu o meu corpo. Talvez fosse interessante que sonhos se realizassem.

 -Ian! – gritou Ash do sofá.

-Então senhorita Puckett, vai continuar a barrar a entrada deste simples camponês em seu admirável castelo rochoso?

 -Acho que está cego belo camponês, pois meu castelo é de titânio e diamante e sua entrada é franca.

-A me sinto lisonjeado.

-Chega de cena, entra logo e me da essa pizza que eu to morrendo de fome. – falei  o puxando para dentro, e pegando a pizza de suas mãos.

-Moça dos tacos de macarrão.

-Falso vizinho que me emprestou o macarrão. – Carly acenou com um sorriso.

-Legal. Ian, Carly. Carly, Ian. Nossa como eu odeio fazer apresentações.

-Olá, carly.

-Oi Ian. Gostou dos tacos?

-A Sam quase não me deixou comer.

-Vocês estão falando em comida, eu estou com fome e tem uma pizza ali prestes a ser devorada então calem a boca e comam.

A noite seguiu animada.

-Pena que o Ian já foi, ele parece ser legal.

-E ele é.

-Epa, epa, epa. Nem vem Carlotta, já disse ele tem namorada e ela é legal e eu gosto dela. – disse Ash saindo da cozinha.

-É amiga, sinto muito, mas, o Ian na sua não dá.

-Eu não quero o Ian, só fiz um comentário sobre ele. Sinto-me ofendida e com sono nesse momento, portanto tchau!

-Tchau. – dissemos

-Então Sam...

-E então ash...

-Ai ai...

-Ok. Eu acho que tem reticências demais nessa conversa. Qual o problema?

-Eu acho que temos que por o papo em dia.

-Jura? Tipo você não sai daqui, acho até que nas ultimas semanas sua casa esta abandonada.

-Eu preciso ficar aqui.

-Precisa? E essa é uma necessidade fugaz, digamos até passageira?

-Não. É uma necessidade realmente necessária e eu agradeceria se você parasse de citar Jack Sparrow.

-Não é Jack Sparrow, é capitão Jack sparrow. E eu não posso cita-lo por que você lembra do little-deep? Tem falado com ele?

-Pare de chama-lo assim, e não.

-Mas queria?

-Talvez.

-Liga pra ele amiga, se joga.

-Ligar pra ele significaria que eu me importo e eu não me importo.

-Somos duas mentirosas... – disse sem pensar.

-Somos? Revele-me seus segredos, afinal eles nos mantém unidas.

-Não. Segredos e mentiras separam. Nesse momento a verdade me cai bem.

-Deixe-me usar meus poderes exotéricos, o barco que navega na sua mente é o intrépido Benson.

-Depois eu não posso citar little-deep?

-Saam.

-Infelizmente. É tão horrível por acaso e tenho um instinto sofredor? Eu ouço o nome dele e fico desnorteada, minha mente fica inundada por lembranças e... Merda! Eu to poética, e parecendo uma menina de 15 anos, frustrada por que viu o gato do colégio com a patricinha esnobe e metida no baile.

-Você não acha que isso é por que ainda...

-O amo? Não!

-Talvez, você devesse conversar com ele e botar tudo as claras. O carinha deve achar que você fala grego e ele troiano.

-Ótima referencia. De qualquer jeito sou traída por ele, a mitologia prova isso.

-Você assistiu troia? Aquele filme tem quatro horas!

-Eu assisti por causa do Brad Pitt.

-Que seja. Mitos não passam de histórias inventadas por pessoas que não gostam da realidade.

-Mito ou não o Freddie é pagina virada descartada do meu folhetim. Arrg! Como me irritam essas filosofias.

-Você quem sabe, eu só acho que...

-Eu só acho que você devia dar uma chance ao Deep, por que ele é gato e parece legal.

-Além de ser um perseguidor maníaco.

-Que?

-Longa historia. E esta tarde, melhor eu ir.

-Você deveria ter ido de carona com o Iano.

-Ele odeia que você o chame assim.

-Problema dele, que se jogue do 12° andar!

-A gente se vê amanha?

-Claro! tchau Benz!

-Hasta puckie!

Definitivamente a única conversa que terei com o Freddie será quando for lhe dar o dinheiro do som e ponto. “Nossos destinos podem se cruzar, mas nunca se uniram.”

Pdv ash

Não, isso e muito conflitante e eu odeio conflitos. Prefiro coisas simples, eu nunca dificultei nada, talvez esses problemas amorosos da Sam estejam me afetando um pouco, se eu quero beijar o little-Deep eu posso fazer isso.

-Loirinha – disse alguém atrás de mim.

-Puta merda. - que boca santa a minha, que boca linda a dele. Eu poderia beija-lo.

-É assim que você me cumprimenta? – ele passou por mim e entrou no elevador.

-Olá Tyler. – juntei-me a ele.

-Ponto pra mim, você lembrou o meu nome!

-E você esqueceu o meu?

-Nunca Ashley Benson , prima do Benson.

-Que Benson?

-Freddie.

-Voce o conhece?

-Claro, ele é quase um irmão. Ele tá meio mal curtindo uma fossa ai.

-Que bom que o coração partido dessa vez é o dele. – de novo algo que não era pra sair da minha boca.

-O que?

-Nada.

-Vocês tiveram um caso?

-Opa! Ta na minha hora. Fica pra uma próxima.

-Fico feliz em saber que vai ter uma próxima.

-Não disse que iria ter. – me virei após sair do elevador.

-Mas também não negou. – a porta do elevador fechou e eu não pude conter o riso. Entrei no táxi e fui para casa.