Pdv ash

Em nome de Dom. João XI, quem me liga a essa hora? Eu cheguei em casa ontem era umas quatro e meia da manha, são sete da manha. Eu não vou atender! Mais o telefone tocou mais cinco vezes, me senti obrigada a atender.

-Fala. – disse num tom claro de irritação.

-Ah, oi Ash, aqui é o Tyler, sabe de ontem a noite.

-Oi é o – respirei fundo – vem cá você não tem sono não? Qual o seu problema? Você me liga a essa hora sendo que ontem fui dormir tarde e você obviamente sabe disso  por que a ultima vez que nos falamos eram três da manha. Sua intenção é me irritar por que esta conseguindo. E espera ai, o mais importante de tudo, eu tava tão bêbada ontem que dei meu numero para o tipo de idiota que me liga as sete da manha?

-Estressadinha você! E eu não dormi ainda. Na verdade eu acabei de chegar em casa.

-Como conseguiu meu numero?

-Lembra quando te disse ontem que te conhecia de algum lugar? Pois é. Não foi uma cantada barata só pra puxar papo.

-Não respondeu a minha pergunta, e agora sou obrigada a fazer outra. De onde me conhece?

-Por que tá interessada em mim?

-To interessada em saber se você não é um psicopata e se eu terei ou não quer trocar meu numero e mudar minha rotina pra me livrar de você.

-Não sou um psicopata, estudo no mesmo lugar que você e saiba que a gente ainda vai se cruzar muito por ai. Por falar em cruzar quem me deu seu numero foi aquela sua amiga ontem.

-O que cruzar tem haver com a Sam? E qual foi mesmo a sua intenção com essa ligação?

-Só te desejar bons sonhos comigo. E dizer que na segunda tomamos um café na universidade. Tchau Ash.

Que cara abusado, como é que me liga a essa hora pra me desejar bons sonhos com ele, se bem que eu a d o r a r i a ter sonhos com ele, não vou mentir ele faz o tipo de cara apaixonante, mas não pra mim, ele é misterioso demais. Por falar em mistério eu tenho que visitar a cena de um crime, porém, mais tarde agora eu preciso dos braços de morfeu.

11 da manha apartamento da Sam

-Será que elas estão dormindo? Ou estão mortas? Se fosse o caso de morte não estariam cheirando mal, por que se passaram umas sete horas, não é tempo o suficiente pra decompor um cadáver ou é? Olha melhor parar de suposições e entrar logo.

-A oi ash! Posso te chamar de Ash né, ou você tem algum problema com isso? Do tipo só amigos me chamam de Ash. – Disse Carly que estava sentada na cozinha.

-Você não é um fantasma né? Por que fantasmas não falam, quer dizer eles falam mais, você não tá morta né?

-Eu pareço morta pra você?

-Isso é familiar... Mas é obvio que não esta morta. Eu só achei que chegaria aqui e encontraria a casa revirada, vocês duas largadas entre o sofá e o chão e uma de vocês sem batimentos cardíacos.

-Uau!

-É. Onde tá a Sam?

-Adivinha?

-Dormindo obvio.

-Ai a Sam...

-Então como foi a conversa de vocês?

-Bem intensa e – Carly fez uma pausa procurando uma palavra adequada. – libertadora eu diria.

-Que bom, fico feliz que a Sam tenha tirado ao menos um peso das costas.

-O que você quer dizer com isso?

-Ah Carly, por mais que eu não conheça a Sam a tanto tempo como você, eu sei que ela não estava nada bem guardando toda aquela revolta dentro de si.

-Se você sabia que isso a fazia mal, por que não insistiu que ela resolvesse tudo isso de uma vez?

-Quando você fala “resolver tudo isso de uma vez”,  quer dizer que eu deveria ter incentivado a Sam a falar com vocês?

-Talvez...

-Eu fiz isso Carly, e a consequência do meu ato não foi nada boa pra ambas às partes. Eu meio que me comprometi a evitar que a Sam se magoasse novamente indo falar com um de vocês.

-Você fez o que?

-Uma vez a sei la uns anos atrás, a Sam tava meio mal achando que foi muito idiota e estúpida por ter saindo de Seattle fugida, então eu disse a ela pra ligar para o Freddie, e ela ligou. Enfim eu acho que é melhor a Sam te contar essa historia isso se ela quiser, só posso te dizer que ódiometro dela em relação a ele aumentou significativamente.

 Ódiometro?

-É. É tipo o quando voce odeia uma pessoa. Se o odiometro estourar meu amor, prepare-se por que a porra ficou seria.

-E você realmente acha que a Sam odeia o Freddie? No mínimo o nome disso deveria ser lovometro.

-Carly a Sam pode amar o Freddie pra sempre mais ela nunca vai voltar a admitir isso.

-Ashley. – Carly respirou fundo. – eu quero que os meus amigos sejam felizes novamente. Eu sinto que devo isso a Sam, eu tirei dela a chance dela ser feliz com o cara que ela ama. Nunca vou me perdoar se não fizer nada pra que eles voltem.

-Aonde você quer chegar?

-Eu estava pensando e tenho um plano pra os fazer voltar.

-Hahaha. Como é que é a historia?

-É pensa como seria maravilhoso! Vai ash me ajuda!

-Quando você diz voltar você quer dizer como amigos ou namorados? Por que sinceramente eu acho que se a Sam topar ter algum tipo de relacionamento com ele fará o possível pra não ultrapassar a friendzone.

-Hum acho que os dois, a ordem pode ser assim: eles conversam, se entendem ,voltam a serem amigos, percebem que ainda se amam, ficam naquele joguinho meigo e irritante de eu te amo, mas não vou admitir, e no fim das contas se declaram de uma maneira linda. – concluiu Carly ainda suspirando.

-Ok. Primeiro como você vai os fazer conversar se a Sam não aguenta olhar pra ele, sem que não venha à ideia absurda de bater e beija-lo ao mesmo tempo, e outra se você já tem todo um planinho pra que a minha ajuda?

-Por que você conhece, mas sobre essa fase da Sam, vamos vai ser divertido.

-Carly isso é loucura eu me sinto brincando com eles!

-Aiiii, ash qual é? Vai me dizer que não quer ver a Sam feliz?

-Tá bom qual é o seu plano brilhante.

-Não sei, ainda não pensei em nada tão eficaz, se bem... ai não,  o Freddie vai terminar de cursar a matéria extra sei la do que dele depois desse final de semana.

-Ele ainda tá na faculdade? Engraçado, achei que pra ter se mudado assim já devia estar trabalhando...

-Ele está. Mas teve uns problemas ai, deu um tempo na faculdade.

-Que tipo de problema?

-Sei la, é uma historia muito maluca que nem eu sei direito.

-Hum.

-AAAAAAA tenho o plano perfeito! Nossa como eu me amo por ter pensado nisso!

-Fala baixo e qual é esse plano?

-É simples, nós vamos tranca-los em algum lugar tipo só os dois e ai eles serão obrigados a conversar. – disse Carly rindo e batendo palminhas.

-Ou eles podem fazer algo que os deixará com mais raiva ainda e quando saírem desse lugar vão querer cometer um crime, isso se não tentarem no período em que estiverem trancados, Shay eu não to a fim de ir pra delegacia.

-Ash!!! Você já ta me irritando com o seu pessimismo negativista! Onde esta seu espírito romântico?

-Eu não acho que exista pessimismo positivista, e meu espírito romântico nunca existiu.

-Aaaash... – ela respirou fundo. – Por favor. Eu tenho certeza de que vai dar tudo certo.

-Ai tá bom eu topo! – disse cansada. –  Mas a Sam não pode desconfiar de nada.

-Ai ótimo! Agora eu tenho que preparar o Freddie pra isso. Nossa isso é tão empolgante!

-Haha. Isso aqui ta parecendo aqueles filmes de besteirol americano adolescente.

-A e não é super legal!

-O que é super legal? – Sam desceu as escadas com uma expressão curiosa e cansada.

-Um filme, eu falei a Carly que não suportava besteiróis americanos, e ela disse que eles eram legais. Dá pra acreditar nisso?

-Carly e seu gosto para romances... blah – Sam foi até a cozinha. – O que você tá fazendo aqui tão cedo Benz?

-É quase meio dia acordei com uma ressaca fila da mãe, não tava a fim de fazer comida e vim aqui. Sem contar que tinha que ver se vocês estavam vivas ou se ia precisar comprar passagens só de ida para Acapulco.

-Benz? – pergunto carly.

-É por causa do meu sobrenome. E ai Sam tem comida? – tentei desviar o assunto

-Qual é o seu sobrenome?

-Benson.

-Caramba é o mesmo do Fred...

-Não pronuncie o nome dele a essa hora da manhã, e nem a hora nenhuma perto de mim. – disse Sam e subiu as escadas.

-Não sou prima distante ou coisa do tipo dele, só temos o mesmo sobrenome nada demais.

-É talvez não seja tão fácil como pensei. – disse Carly.