O Último Chamado escrita por Guido


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Ao ver Guido caído, desacordado, sobre o chão do escritório, Ronald sentiu um forte impulso de chutá-lo, mas...

Nem pense nisso. — Nate cortou-o, seco e friamente. — Não vai machucá-lo. Precisamos dele inteiro para o flagra ser convincente. — acrescentou indiferente.

Ronald suspirou.

— Você, mais do que eu, deveria querer machucá-lo... — cuspiu, afogado em ironia. Nate o ignorou. — Vamos resolver logo isso, então...

— Dessa vez estamos de acordo. — respondeu o outro.

Primeiro, levaram o adormecido Guido para o carro de Ronald. Em seguida, Nate voltou para fechar todo o escritório. Trancou a porta ao sair. O trato com Ronald envolvia atrair Guido para aquele local sob uma desculpa qualquer, e fazê-lo tomar o café com o sonífero. Em seguida, levariam o arquiteto desacordado para a casa de Nate. Então Ronald iria dar um jeito de atrair Thomas para o escritório de Guido, apenas para provar que o seu amado o estaria enganando. Thomas iria até a casa de Nate, encontraria Guido dormindo, nu, na cama. E pronto. Um plano amador, cheio de equívocos. Mas serviria ao seu propósito, e abalaria a confiança do casal ao ponto máximo. Por mais que não fosse ficar com Thomas, e sabia que não ficaria, Ronald também não deixaria que ele ficasse com Guido.

— Deveria ter vindo no seu carro, Nate. Assim, enquanto você estivesse levando o Guido pra sua casa, eu iria até o Thomas plantar a dúvida. Mas...

— Agora está feito. Quem me propôs assim foi você... — interrompeu Nate, irritado. — É só você me deixar em casa, com o Guido. Eu cuido do resto, e você vai pra casa do Thomas cuidar da sua parte.

Ronald não respondeu. Observava Nate, e por mais que tivesse conseguido envolvê-lo no seu plano, ás vezes sentia que ele não aprovava nada daquilo, mas sua sede de vingança contra Guido soterrava seus princípios, e agora estava ali, colaborando. É claro que, para que obtivesse a ajuda de Nate, Ronald precisou jogar sujo. Até um detetive particular foi contratado. Foi exatamente assim que ele descobriu os planos do arquiteto de abrir outro escritório, e montar sua própria equipe. A informação lhe caiu como uma luva, que ele fez questão de usar para vestir a mão de Nate. Foi em uma noite, há pouco mais de um mês, que ele procurou o sócio de Guido e revelou todos os planos. Nate ficara chocado, em parte porque Guido se afastaria dele. E em parte, porque duvidava que, sem Guido, conseguisse levar o escritório sozinho. No fim, tomou raiva dele. Mas a raiva de Nate volta e meia se misturava a uma paixão que ainda nutria secretamente por Guido, mesmo depois de alguns anos após o fim do relacionamento dos dois. Traíra Guido algumas vezes, é verdade. Mas arrependera-se amargamente, porque no fim, o preço que pagou foi perdê-lo e ser obrigado a conviver diariamente com ele, sem ao menos poder tocá-lo. E agora Guido iria abrir outro escritório, e Nate sabia que os melhores clientes iriam segui-lo. Era justo que, depois de ficar sem Guido, ainda fosse ficar sem o seu trabalho? Não, de jeito nenhum! E sua visão lógica se evanesceu por completo assim que provou do mel nos lábios de Ronald. Mas o caso dos dois não foi adiante quando, em certa noite após o sexo, Ronald soltou que, com toda certeza, era muito melhor que Guido na cama. Impensavelmente, Nate negou. E depois, não deu certo...

Agora estavam ali, no carro de Ronald, seguindo para a casa de Nate. E Guido dormia no banco de trás, graças ao sonífero. Enquanto avançavam pela rua, Nate virou para trás e, num relance, vislumbrou o sono de Guido. Sentiu um aperto no coração, mas não voltou atrás. Deixou de olhá-lo e se concentrou no que tinha de fazer...

...Guido acabara de entrar no hall. E, como sempre, seu chão lustrado e impecável reluzia a luz de dezenas de lâmpadas emborcadas dentro de pequenos globos de cristal que pendiam da armação de bronze do lustre, acima. Uma bonita, e rica, entrada. Mas ele, Guido, não fez questão de admirá-la uma vez mais. Preferiu avançar pelo tal corredor que, ele já sabia, conduzia ao salão apinhado de gente estranha e fumaça de cachimbo. Em seus pensamentos conscientes, Guido sabia que estava tendo um daqueles pesadelos. Mas não sabia como tinha ido parar ali. Não se lembrava de estar em casa. Sentiu medo. Sentiu muito medo. Mas não deixou de avançar pelo corredor, porque precisava ver o que havia para ver, e enfim, despertar...

— Por quanto tempo acha que ele vai dormir? — Nate perguntou.

Ronald deu de ombros.

— Ele não tomou muito do café, mas esse sonífero é o melhor. Derruba qualquer um. É provável que ele durma até amanhã. — e riu. Nate, porém, não achara tanta graça.

...Ao se aproximar da porta, a última do corredor, Guido tocou a maçaneta. Girou-a. Quando a porta se abriu, ele se agitou. A sua frente, viu a mesma cena que sempre via: pessoas das quais ele não conseguia ver os rostos. Mas ouvia suas vozes, e suas risadas sinistras. Era uma festa, e elas conversavam entre si, entre rodinhas, grupinhos... E havia o famoso cheiro de cachimbo, muito forte. Invadia suas narinas e lhe causava agonia, mas ele continuava andando por entre o povo. Todos vestiam preto, todos. O salão era vermelho, com muitos lustres bem mais ricos que aquele do hall de entrada...

Ronald virou o volante para a direita, e o veículo entrou em uma rua estreita, porém comprida. Era o entardecer na cidade de Nova York, e havia muitas pessoas nas ruas. Nate parecia apático a tudo, evitando inclusive olhar para Ronald.

...Quando se aproximava dos fundos do grande salão, seu coração disparou. Era agora que ele finalmente via o que havia para ver...

Ronald sentiu uma pressão estranha na sua garganta, como se ela estivesse se fechando. Suas mãos agarraram com tanta firmeza no volante, que os nós de seus dedos se embranqueceram. Nate estava distraído, mas foi instantaneamente atraído quando, em meio à asfixia de Ronald, o carro subiu à calçada...

...Guido simplesmente não conseguiu reagir quando viu o outro Guido sufocar Ronald com mãos duras e firmes. Naquele instante, Nate surgiu por trás dele e tentou separá-lo de Ronald, cuja língua já estava pendurada pra fora. No mesmo segundo, o Guido do pesadelo soltou uma das mãos que apertava o pescoço de Ronald, e sacou um punhal. Sua força parecia inabalável! Nate puxava o braço do outro Guido que ainda se mantinha ligado a Ronald, quando recebeu uma punhalada certeira em seu coração...

Nate soltou um grito cortante, segurou o peito e sentiu gosto de sangue. Morreu, em seguida. Ainda sufocando, com o carro desgovernado subindo e descendo a calçada, Ronald conseguiu destravar a porta e se atirou para fora do veículo. Mas naquele mesmo segundo, só o som de uma alta buzina pôde ser ouvido... no segundo seguinte, o corpo de Ronald sentiu a pancada violenta que lhe partiu todos os ossos, e o ônibus o varreu. Então seu corpo foi simplesmente tragado para debaixo do veículo. Alguns pedaços de carne e sangue ainda jaziam grudados ao para-choque...

...E sem saber por que, Guido soltou um grito angustiado e cortante. Depois não viu mais nada...

Em meio a gritos de pânico de muitas pessoas e uma correria desembestada, o veículo se chocou de contra um poste, que imediatamente se desprendeu do chão e virou por cima da carroceria, estilhaçando os vidros da janela e amassando grande parte da lataria. O corpo morto de Nate foi jogado para frente, mas sem grande violência. E, mesmo dentro daquele carro parcialmente destruído, Guido ainda dormia aparentemente tranquilo, no banco de trás. É que, talvez, alguma grande mão invisível tenha empurrado o pesado poste mais para um lado, durante sua queda, porque Guido... Guido estava intacto.


(...)



Eve e Carrie encontravam-se sozinhas na varanda, sentadas cada uma numa cadeira de vime e estofado. O entardecer em Hither Hills era frio, e uma fina chuva desaguava sobre a cidadezinha. Dali do alto da colina onde se erguia o casarão dos Mitchell, elas tinham uma abençoada vista do litoral e de seu mar, cinzento como o céu. Estavam encasacadas, e ambas seguravam uma caneca contendo café quente, fumegante. Eliot estava para dentro da casa, junto aos cunhados Gabe e Olivia, que só iriam embora à manhã seguinte.


Por mais tristeza que sentissem pela perda de Oswald, mãe e filha possuíam um aspecto sereno naquele momento. Já conversavam há bastante tempo, mas Eve ainda não havia tocado no assunto que tivera com seu neto Guido naquela manhã. Ela sabia que ao falar com Carrie sobre o filho, desencadearia um grande cansaço emocional, porque no fim das contas, às respostas que o menino precisava começariam a ser respondias a partir do momento que a única verdade não dita sobre seu passado viesse à luz do conhecimento.

— Acho que o Oswald não teria gostado desse domingo. — disse Eve, e um pequeno riso saiu de seus lábios. Carrie mirou a mãe, com piedade no olhar, e Eve pareceu notar. — Carrie, minha filha, não me olhe como se eu estivesse acabada. Eu amava o Oswald com toda a minha alma, mas estou viva ainda. Não posso desmoronar, compreende?

Carrie baixou o olhar para a caneca de café, em suas mãos.

— Eu sei, mãe. — respondeu, suave.

— Eu amava demais o seu pai.

Carrie sabia que a mãe estava profundamente arrasada, e sabia que mais tarde, ela choraria sobre a cama. E choraria mais na manhã seguinte, embora ela nunca chorasse na frente das pessoas. Era uma fortaleza. Mas Carrie também considerou errada sua atitude. Estava sofrendo pelo pai, sim. Mas não deveria demonstrar tanto para sua mãe. Deveria manter-se mais forte, e consolá-la. Resolveu buscar mudar o assunto.

— Mãe — Carrie pigarreou, e prosseguiu: — a senhora vai me contar sobre o que você e Guido tanto conversaram hoje de manhã? Ou pensa que eu já não notei que está enrolando para tocar no assunto? — e soltou um riso delicado.

Eve depositou a caneca de café sobre a mesa de vime e vidro que ficava entre as cadeiras, e sorriu para a filha.

— Carrie, está mesmo segura para falar sobre isso, minha filha? Não quero cansar mais ainda o seu coração, por hoje...

— Mãe, pode começar. Mas não pule parte nenhuma. Eu realmente quero saber. Estou preocupada com meu filho. — disse ela. E sua mãe anuiu, mostrando-se compreensiva.

— Tudo bem — disse Eve, com um leve suspiro. — Carrie, o Guido ainda tem aqueles pesadelos. Você sabia?

Carrie ficou assustada. Sentiu uma grande onda de ansiedade surgindo.

— Pensei que os pesadelos tivessem parado, desde que conheceu o Thomas...

— Sim, por algum motivo, quando está na companhia do Thomas, Guido simplesmente não tem pesadelos. Mas — Eve fez uma pausa, e respirou. Então prosseguiu: — quando eles dois foram forçados a terminar, por causa do Ronald, Guido voltou a ter pesadelos. Compreende o que eu quero dizer?

Carrie estava espantada, mas balançou a cabeça, positivamente.

— Sim, mãe. Quer dizer que nos últimos meses meu filho voltou a ter os pesadelos antigos? Mãe, a senhora sabe o que isso quer dizer?...

— Sim. — confirmou Eve. — E o Guido me contou uma coisa que me deixou apavorada, Carrie. E você sabe o quanto isso é difícil...

A fisionomia de Carrie se fechou. Era visível agora que ela já estava apavorada, antes mesmo de a mãe prosseguir.

— O que aconteceu, mãe?

— Você tem que ficar calma, minha filha. Isso é muito importante!

Carrie balançou a cabeça.

— Sim, sim...

— Bem... — Eve tomou um rápido gole do café. E então virou para Carrie novamente. Seus olhos cinzentos pareciam muito firmes naquele instante. — Os pesadelos de Guido estão sendo trazidos para fora da esfera dos sonhos. Funciona assim: Guido feriu o braço no pesadelo, e acordou com a ferida no mesmo lugar. Está entendendo?

Se pudesse responder com um grito, Carrie o teria feito. Ela sabia que sua mãe jamais brincaria com aquilo, e sabia mais ainda que os últimos acontecimentos na Casa da Mesa Branca comprovavam o que Guido havia dito para avó. Carrie sentiu-se zonza.

— Como assim, mãe? Isso está machucando meu Guido? — por mais real que fosse, e ela sabia que o era, Carrie não conseguia digerir. Aquilo era, na menor das hipóteses, uma catástrofe. E envolvia segredos, envolvia questões familiares, envolvia pessoas perigosas do passado de seu filho.

Eve a encarava, e percebia o rosto lívido de sua filha. No momento em que pensou em prosseguir e contar sobre a manifestação que Guido presenciara, Carrie baixou a cabeça por cima do braço sobre a mesa de vime, e chorou. Chorava tanto, que soluçava. Sua mãe pôs-se a acariciar a cabeça da filha, afagando seus cabelos. Sentia toda a dor da filha, pois também amava Guido como um verdadeiro filho. E estava tão apavorada quanto.

— Mãe, eu não vou aguentar... — a voz trêmula de Carrie falhou quando um novo soluço veio. O choro parecia contido há séculos. Ela ergueu a cabeça, mirando a mãe. — Eles vão matar meu filho. — disse, o rosto inchado pelo choro, vermelho e molhado.

Eve partilhava de toda a dor da filha, e por um momento sentiu vontade de chorar junto a ela. No momento de sua conversa com Guido, toda a ingenuidade do menino não a permitiu demonstrar que jamais estivera preparada para o que ele havia revelado sobre seus pesadelos. No momento em que Guido disse para ela que os pesadelos estavam vindo para a esfera real, Eve sentiu o gelo da morte, mal conseguindo encarar seu neto. O aperto em seu coração foi tão grande, tão absurdo, que por um momento sentiu como se já o tivesse perdido. Mas nunca o permitiria! Nunca deixaria que Guido sucumbisse ao que estava por trás de tudo aquilo.

— Acalme-se, minha pequena... — disse para a filha, enquanto ela chorava desesperadamente. — eu preciso falar o restante, ainda tem algo que você precisa saber...

Por um instante, Carrie encarou sua mãe, e estava claro o que passava por sua cabeça. Ela estava com medo até de ouvir o que viria a seguir. Levou muitos minutos para que Carrie conseguisse controlar o pranto, mas o fez. Um tanto desajeitadamente, com soluços perdidos e lágrimas que embaçavam a visão, mas o fez.

— Carrie — recomeçou Eve, buscando firmeza. — Guido foi visitado por Esther.

As palavras atingiram Carrie como uma faca! Tudo estava acontecendo, tudo. E ela já sabia que o desfecho poderia ser trágico para seu filho, caso ele se envolvesse. Mas ele estava sendo envolvido a qualquer custo. O choro de Carrie deu lugar a um novo sopro gelado de assombro.

— Quando? — disparou, o rosto úmido. Seu coração batia descompassado.

— Ontem á tarde, durante o enterro do Oswald. Guido me encontrou dormindo. Eu tive um sonho, onde uma voz, a voz de Esther, pedia para falar com ele. Ela queria lhe dar um recado. Ela estava chorando...

Mãe...

—... Ela disse ao Guido que ele é o sétimo filho. — derramou Eve, de uma só vez. Precisava contar, e não havia como ficar enrolando. E, assim, uma nova onda de prantos e soluços se iniciou. Carrie sentia-se perdida.

— Como vamos resolver isso? — perguntou, mais para o nada do que para sua mãe. E Eve acariciava seus cabelos, com extrema compreensão e tristeza.

— Nós não vamos perder o nosso menino, Carrie. Não vamos. — dizia, com certa veemência. Mas Carrie chorava, e chorava. Seus soluços provocavam dó. Era uma cena triste.

— Ontem, quando eu cheguei do enterro, encontrei o Guido. Ele queria me dizer alguma coisa, só podia ser isso... — disse, aos prantos.

— Mas ele não contou, e fez bem. Você não está bem hoje, imagine ontem... — disse Eve, com doçura e compaixão na voz. — Carrie, acho que está chegando o momento de contar ao Guido que ele foi adotado. — a simples menção daquilo fez Carrie subir o olhar para a mãe. E Eve percebeu que, mesmo chorando, sua filha estava refletindo sobre a questão.

— Mas se eu contar, talvez isso faça com que o Guido se aproxime daquele povo, mãe. A senhora não acha? — inquiriu Carrie, enxugando uma lágrima.

— Não. O Guido precisa saber a verdade para se defender! Nós não conhecemos quase nada a respeito da família biológica dele, mas sabemos que são fundadores da Rosa Negra. E o que sabemos sobre a Rosa Negra? Nada, minha filha. O que Esther nos diz é muito pouco...

— Esther acabou assustando o Guido, mãe. — disse Carrie, sem pensar. Ainda lhe restavam alguns resquícios de choro e soluços.

— Carrie, Esther é mãe do Guido, também. Mesmo não estando mais nesse mundo, ela o salvou...

— Eles são loucos, são todos loucos. — sobrepôs Carrie. Além da tristeza, uma súbita ira perpassou em seu olhar.

— Acalme-se, Carrie, por favor. Precisamos de calma para poder pensar. Nós vamos ajudar o Guido. Deus vai nos ajudar. — murmurou Eve, como se fosse uma prece.

(...)

Era a segunda vez que Thomas telefonava para Guido, mas a ligação sempre caía na caixa postal após inúmeras chamadas. Uma estranha sensação já tomava conta do psicólogo. Porque não atende?, perguntou a si próprio. Estava trabalhando em alguns relatórios sobre pacientes, quando sentiu um súbito desejo de telefonar para o namorado. Entretanto, agora, o que sentia era aflição. Já fazia quase uma hora que deixara Guido em casa. E lá, ninguém atendia. Muito menos no escritório onde ele trabalhava. Notou que aquilo não estava normal, não era do feitio de Guido simplesmente sumir. E quando se lembrou da voz de Nate pedindo insistentemente que Guido fosse ao escritório, seu coração bateu forte, aliado a uma estranha inquietação, e raiva e medo. Estava com ciúme, é claro. Mas principalmente, estava preocupado com Guido porque sabia que aquele sumiço não era comum.

De repente, lhe ocorreu de ir até o escritório do namorado. E foi exatamente o que decidiu fazer. Já estava com a chave do carro em uma das mãos e se dirigia a garagem quando o seu celular tocou. Ele o puxou rapidamente, e no visor aparecia uma foto de Guido. Uma onda de alívio percorreu sua alma, e ele atendeu rapidamente a ligação.

— GUIDO?! — disparou, afoito. Mas a voz do outro lado não era de Guido.

— Olá, você é o Thomas? — perguntou uma voz feminina.

— Sim — respondeu o psicólogo, sentindo medo. — quem está falando?

— Acalme-se, senhor. Meu nome é Paula, você conhece Guido Finneran Mitchell?

Ah, Meu Deus! O coração de Thomas batia tão rápido que ele sentiu tonteira. Ajoelhou-se exatamente onde estava, não conseguia manter-se de pé, tamanho era seu nervoso.

— Sim — a voz saiu falhada. — O que houve com ele? Onde ele está?

— Ele está bem, senhor. Tenha calma. Eu sou paramédica. — disse a mulher. Mas Thomas estava desesperado demais. Ouviu-a dizer que Guido estava bem, mas ela era paramédica, isso significava emergência, ambulância... e se ele estava bem, porque é que então não estava falando, mas sim ela? O que aconteceu com ele? Eu vou acabar com o Nate!


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Notas finais do capítulo

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