Carefuly ! escrita por Lilith Nosferat


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Desculpa o atraso gente, mas nao ta dando mtoo tempo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/35712/chapter/9

Bella_


 


Em plena tarde de segunda-feira, eu andava sozinha pela calçada, a caminho do shopping depois de perder a escola. Ouvi umas pessoas da minha sala na sexta-feira combinando de ir ate o cinema para ver ‘Os normais 2’.


Cheguei ao shopping e fingi não ver as meninas que eram supostamente minhas colegas de sala. Passei reto e fui ate a praça de alimentação. Comprei uma casquinha do Mc Donald’s e me sentei numa mesa.


Tomei toda a casquinha e saí andando para o lado direito, onde ficavam minhas lojas favoritas, como Siberian. Entrei nela e fingi ver umas calças ate que uma vendedora veio me ajudar.


– Posso ajudar? – perguntou a vendedora. O estranho foi que senti já ter ouvido aquela voz antes. Olhei para ela.


– Jack?


– Bella?


Jack era uma das minhas amigas na pré-escola. Ela tinha o cabelo todo douradinho e cacheadinho. Agora estava totalmente irreconhecível: alisara e pintara o cabelo de vermelho. Sua pele que era tão branquinha estava quase morena– de sol, eu acho.


– Quanto tempo!


– É mesmo! Você está... Diferente– falei


– Pois é. Me cansei de ser loira. Você não mudou nada!


– É. Não fiz nada no cabelo.


– Não estou falando do cabelo. Sua cara também esta igual. Lógico que mais madura– acrescentou ela rapidamente.


– Então já está trabalhando?


– Sim. Comecei faz uns tres meses. Uma amiga da minha mãe tem uma filha que trabalhou aqui e ficou sabendo que estavam precisando de gente nova. Então eu vim– e sorriu.


– Que bom. Bem... Tenho que ir, mas outro dia eu volto para conversarmos mais. – disse. Nessa hora olhei para o relógio e vi que já eram quase cinco. Alice certamente já teria chamado a policia.


– Certo. Fique com meu telefone. – e me deu seu cartão. Peguei um papel no bolso (a notinha da casquinha) e anotei o meu.


– Você com o meu. – e estendi a mão.


Saí da loja e fiquei me perguntando se um dia encontraria todos os meus amigos de infância– literalmente falando. Mergulhei tão fundo em meus devaneios que quando dei por mim, acho que estava perdida. A rua do shopping já não estava à vista e muito menos a rua dos irmãos que vendiam gelinhos... Sim, eu estava perdida.


Minha primeira intenção era ligar para Alice, mas eu estava brava demais para tanto. A segunda pessoa que veio à minha mente foi Edward, afinal, ele parecia saber todos os caminhos da cidade– uma vez que ele deveria sair para muitas boates de eletrônica.


Liguei na casa dele – graças a deus, Alice tinha marcado no meu celular quando estava sem papel e caneta, marcado como Emmett–, mas seu pai dissera que ele tinha saído e que não tinha horas para voltar. Agradeci e desliguei o telefone. Ótimo. Eu estava perdida, sem ninguém para me ajudar, e estava ficando escuro... Não podia estar melhor. Continuei andando para ver aonde a rua ia dar, então me sentei numa calçada depois de uma meia hora andando. Eu não estava muito bem, minhas palmas estavam suadas e eu rodava...


 


Edward_


Quando disse para meus pais que daria uma volta, não tinha exatamente pensado sobre isso. Ali estava eu, andando na calçada sozinho e sem rumo. Antes tivesse ficado no computador, pensei comigo mesmo. Continuei andando em linha reta até me acalmar um pouco. Como meu irmão – mesmo sendo Emmett – poderia pensar uma coisa daquelas sobre mim e Bella?! Não é por que com ele todas vão para a cama que comigo tem que ser a mesma coisa!


No meio de meu caminho sem direção certa parei numa lojinha de CDs, que me atraiu com um pôster de algumas bandas de rock juntas. Não consegui identificar todas, mas com certeza ali estavam Evanescence, System of a Down, Ozzy Osbourne e o Massacration do Brasil. Por um instante lembrei-me de Bella traduzindo uma musica do Evanescence e que ela gostava de System...


Resolvi e comprei o pôster para ela. Talvez ela ate soubesse o nome das outras bandas que eu não sabia. Saindo da banca me perguntei se eram os R$12, 59 mais bem gastos da minha vida. Acho que eram, sim. Voltei o caminho todo passando por minha casa e indo para a casa de Bella. Maldita escolha de passar pela minha casa, mas era o único caminho que eu sabia para ir mais rápido a casa dela. Emmett estava ‘tomando um banho de sol’, vamos assim dizer; sem camisa e tirando o fôlego de qualquer mulher que passava.


Passei sem olhar e rápido, como se fosse mais um pedestre caminhando na calçada. Ele me chamou, mas não dei bola. Já estava a uns bons metros de casa, peguei meu celular para ligar para Bella e avisar que estava indo ate sua casa e... Droga! Deixei o celular em casa! Eu que não voltaria para buscar. Fui andando reto, mas acho que perdi uma entrada, pois virei numa rua que com certeza não era a rua de Bella. Tentei voltar umas quadras, mas nada. Que bom! Estava perdido, sem celular para ligar para alguém e estava ficando escuro.


Continuei andando na direção contraria que eu tinha ido para ver se pelo menos em casa eu chegava. Nada, quanto mais eu andava mais me sentia perdido ao na reconhecer as casas e as lojas que passavam por mim. Mudei de direção mais uma vez e as coisas pareciam estar melhorando: aumentou o úmero de pessoas andando nas calçadas, assim como o numero de carros e taxis. Eu estava prestes a chamar por um taxi quando me dei conta que estava sem a carteira.


Desisti e comecei a andar para a maior concentração possível de pessoas. Perguntei para uma delas se conheciam o bairro das Pedreiras Alaranjadas, e ela me apontou uma direção totalmente estranha. Agradeci e fui seguindo pelo caminho indicado. Deu em uma ruela com poucas casas, onde vi algumas crianças brincando e uma mulher sentada no chão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram??



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Carefuly !" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.