Jogo De Poder escrita por Sales


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

muhahahaahahahahahaahahahahahahahahahahahaahha '-'



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/357065/chapter/1

 Meu nome é Hugo, tenho 15 anos e estou no 1° ano do ensino médio do Colégio Interno de Florença, mas conhecido como CIF. Moro nesse colégio a 2 anos graças a minha mãe que não me aguenta por perto, segundo ela, trago muito problemas e para a imagem de uma embaixadora ter um filho “vândalo” não é nada produtiva. Mas digamos que o vandalismo que faço não se encaixa, pois nem se quer eu já briguei, tá foi só algumas vezes, mas eu tinha meus motivos. O pior dessa situação, é que hoje no colégio todos sabem o porquê deu estar aqui, então uma certa fama de rebelde e brigão veio a me afetar, no começo tentei não me fixar nela e deixar o pessoal perceber que eu não era assim, mas não adiantou nada.

 Agora são exatamente 7:30 de uma terça-feira, estou deitado ainda na minha cama. O quarto é grande, divido-o com mais dois garotos. Uma cama fica perto da janela, outra no lado oposto, ou seja, lá perto da parede, e entre essas duas camas esta a minha. Então não venha pensar que sou mais um daqueles jovens depressivos e sozinhos que tem que sentar perto da janela, que tem que dormir perto dela também.

-Droga, vou me atrasar para o café, saco – Salto da cama e vou tomar banho. Depois de alguns minutos, já estou pronto e caminhando em direção ao refeitório.

-Hugoooooooooooo!!! – ao virar para a direção do grito, junto com outros estudantes fazendo o mesmo, vejo Helena correndo em minha direção – Azul 37!

-Azul..? A droga! – Antes mesmo deu me preparar, um soco de Helena vem em minha direção, mas por puro reflexo e agilidade eu seguro seu pulso e a puxo para perto de mim, com a mão livre, eu a pego no colo, girando nosso corpo e a colocando contra a parede. Sinto sua respiração em meu rosto, vejo todos os detalhes de seu rosto. O pessoal que estava olhando já se afastava, pois aquilo já era normal para eles.

-Ei Hugo... – Ela me fita e suas bochechas lindas e rosadas começaram a corar – vamos fazer algo hoje a noite?

 “Hoje a noite? Eu gostaria muito, mas amanhã tem prova de biologia” não posso dizer isso, não sou um trouxa – Claro, vamos sim, mas onde?

-Que tal piscina? – Seu sorriso era lindamente malicioso.

-Hum...pode ser – Olhei naqueles olhos castanhos claros que chegava a me engolir e levar a um outro mundo – mas que horas?

-As 23:30. Creio que esse horário não tem ninguém fazendo ronda no colégio.

 Depois dessa conversa que tive com Helena, caminhamos em direção ao refeitório. Não foi bem uma caminhada juntos, pois ela saiu correndo na frente para passar o pé em todos a sua volta. Helena era uma garota legal, é inteligente, brincalhona e simpática. Ela assim, como Roger, são meus únicos amigos.

 Ao chegar no refeitório, Roger estava numa mesa, nos esperando. Ele era um dos poucos que usava o uniforme completo do colégio. O uniforme da CIF era o básico de qualquer internato do país, era constituído de um paletó cor bordô com alguns detalhes em preto, a nossa calça era somente bordô; por baixo do paletó usa-se uma camisa branca e uma gravata preta.O uniforme feminino era constituído por uma saia que poderia variar o tamanho, ela tinha a mesma cor que a calça masculina; havia uma meia preta que ia ate metade da coxa, uma camisa branca e uma gravata preta. Nosso uniforme, só muda quando é verão ou nas aulas de Educação Física.

-Hey Hugo, já peguei seu café – vi duas bandejas prontas, a outra deveria ser para Helena.

-Valeu cara – sentei na frente dele e comecei a comer.

-Cara – ele olhou o relógio – temos prova em 15 minutos, cadê Helena?

-Olha, na hora que entrei aqui, imaginei que ela já estava na mesa comendo.

-Ela nem passou por aqui – Roger começou a comer a comida dela.

-Hey! Não faça isso! – ela se aproximou e pegou a bandeja – é minha, não?

 Rimos todos – termine logo isso – disse ele impaciente.

 Depois que ela terminou de comer, demos uma corridinha ate a sala onde íamos ter as provas. Depois das três provas e de cinco aulas chegou a nossa hora de descanso, então decide dar uma volta pelo colégio, caminhei ate próximo da floresta, ali havia um muro alto, para que ninguém passasse ou fugisse do colégio. Quando estava escurecendo levantei e voltei para dentro do colégio, já era a hora do jantar. O jantar foi tranquilo, conversei com meus amigos, falamos bobagens e coisinhas que não precisam ser ditas aqui.

 Após o jantar, caminhei tranquilamente em direção ao meu quarto. No percurso vi uma boa parte dos alunos na área de lazer, papeando, outros jogando ou vendo ao jogo, alguns estavam nos cantos paquerando ( ato que era proibido pelo colégio, mas a sensação de quebrar as leis dava outro gostinho). Enquanto andava olhando para o chão, trombei com alguém, chocando as testas.

-Desculpa – vejo que seus livros caíram no chão, então agacho para pegá-los.

-Des...culpa – escuto uma voz angelical. Ao me levantar para ver quem era não a reconheci, ela deveria ter um metro e meio de altura, sua pele era pálida como mármore, cabelos ruivos ondulados que caiam sobre seus ombros, sua pele continha algumas sardinhas nas bochechas, seus olhos era verdes claro. Ela havia encolhido os braços, seu rosto estava corado, devia estar com vergonha.

-Aqui, seus livros – estendi-os a sua frente.

-Obrigada – ela pegou os livros e vagarosamente os abraçou, sorrindo.

-Sou Hugo, prazer – estendi minha mão direita.

-Angela – ela agarrou minha mão com a esquerda – non! – e rapidamente trocou. Soltei uma gargalhada, mas logo percebi que ela havia ficado com vergonha.

-Desculpe. Angela foi legal te conhecer, mas agora tenho que ir – sorri e puxei sua bochecha.

-Ate mais – gritou ela, olhei por cima do ombro e a vi acenando.

 Ao entrar no quarto, percebo que alguém esta deitado na cama perto da janela, de baixo do edredom, apenas saindo alguns feixes de luz, “só poderia se o Luis”.

 Depois de sair do banho caminhei para minha cama, eu já estava pronto para meu encontro com Helena. Deitei e suspirei, o tempo não passava, e eu não queria sair do quarto, então peguei um livro e comecei a folhear, depois de alguns minutos fui pego pelo sono.

 Abro meus olhos e vejo que estou num local sem fim, apenas todo no tom azul claro, caminhando em minha direção, vinha algo, ao se aproximar vi que era um homem, ele usa uma roupa toda branca, seus cabelos encaracolados são tão escuros quanto o espaço; eles chegavam ao seu ombro, sua barba era do mesmo tom, mas era bem cuidada. Na mão direita ele segurava uma bengala que parecia ser feita de diamante, só que a pedra tinha um tom meio azulado, ele apontou a bengala para mim e falou num tom alto e claro.

-Você é muito ingênuo pensando que vai conseguir tomar meu lugar, não acha?!

-ahn? Eu não sei do que esta falando – e realmente eu não sabia nem mesmo quem era aquele cara. Tentei me afastar dando alguns passos para trás, afinal ele me parecia um neurótico, mas não adiantou, ele apareceu na minha frente.

-Não vai se tornar deus! – ele usou seu “utensílio de moda” como um taco de baseball, girando e segurando na ponta, para que a bola de diamante na ponta, acertasse meu rosto – eu sou Deus, e somente eu serei!

-Argh – levo minha mão ao local onde fui acertado, tinha sangue em meus dedos. O homem agachou na minha frente e apoiou o punhal em meu peito – numero 13, meu querido amigo, você não vai conseguir se tornar Deus – ele levantou e caminhos girando sua bengala. Lentamente fui me sentando – eu sei numero 1, que você reencarnou no corpo desse garoto. Achas que só porque é o Criador de tudo e de todos, o primeiro de nós, tem o direito de tomar o meu lugar? – ele se virou para minha direção e olhou friamente e então começou a correr. Comecei a me arrastar para trás, mas me choquei em algo que deveria ser uma parede – eu sou o 7° e não perderei meu titulo depois de todo esse tempo! – ele apareceu em minha frente, quando brandiu sua arma para me perfurar, fechei meus olhos e implorei que acordasse. Foi o que aconteceu.

Piiiii!Piiii!Piiii!

 Dei um pulo e vi que estava de volta à meu quarto, no colégio. Suspirei ate olhar no relógio, faltavam alguns minutos para me encontrar com Helena. Rapidamente calço meu tênis e corro para a piscina.

 Quando cheguei na área das piscinas olhei ao redor a procura de Helena, ate a encontrar na beira de uma piscina, ela estava olhando fixamente para a água, consegui ver o que vestia quando me aproximei, era uma calça Jeans clara, com uma camiseta do RHCP, seu cabelo castanho estava preso em um rabo de cavalo, deixando apenas algumas mechas e sua franja livres.

-Hugo! – sorria enquanto me chamava usando a mão.

-Oi moça – sorri ao ver seu rosto.

-Oi moço – ela riu um pouquinho e então agachou para pegar dois potes que estava do lado de seus pés – tome – disse entregando o pote azul

-O que é isto? – perguntei segurando.

-É algo que fiz.

-Hum... – abri o pote e tomei o creme azul, que ao descer pela goela deixou um gosto horrível na boca, tentei conter minha careta, foi difícil – delicioso – disse e logo dei uma tossida.

Ela começou a rir enquanto caminhava ate mais perto da piscina, abriu o pote e deixou cair algo vermelho e gelatinoso na água, que rapidamente tomou conta dela toda, deixando a coloração de vermelho vivo.

-O que esta fazendo Helena? – olhei para os lado para ter a certeza que alguém não tinha visto.

-Relaxa Hugo, ninguém pode ver isso – sua voz soou despreocupadamente.

-Como assim? – viro para a direção dela e a vejo invocar uma espada que deveria ter 1m e 30, parecia ser feita de uma rocha negra, tinha algumas faixas feita de uma luz tecno cor branca – uau...o que pretende fazer com isso? Um cosplay?

-Eu sou um demônio, Hugo – de repente das costas dela sai um asa e uma cauda, que não eram feitas de pena e nem pelo, parecia ser apenas uma pele escura como petróleo – e vou te libertar amor.

 Tentei correr, mas ela apareceu na minha frente e deu um chute em meu peito me jogando para trás, perto da piscina – não vá amor, fique, tenho uma surpresa – ao levantar ela aparece em minha frente e gentilmente coloca a mão em minha nuca e me beijou. Ao afastar os lábios ela sorri e brande sua espada – ate logo querido.

-Helena eu... – antes que terminasse a frase ela cravou a espada no centro de meu peito, com o impacto e o choque de ver que estava morrendo, dei alguns passos para trás, já estava na beira da piscina.

-Te vejo amanha, Hugo – com isso ela colocou seu pé esquerdo em meu peito e me empurrou da lamina que estava cravada, ao sair de meu corpo, sua cor mudou para toda cinza e depois se tornou fumaça.

 Beeep! Beeep! Beeep!

-Helena! – dou um pulo e vejo que estou em meu quarto, minha cama, seguro – um sonho? É só poderia ser...

-Hey, faça silencio, hoje finalmente é sábado, me deixe dormir – disse um amontoado de edredons no meu lado.

-Sábado? Ontem não era terça? Helena! – puxo todos os forros sobre ela – o que faz aqui?

 Ela levantou a cabeça e olhou para mim, estava sonolenta, ela vestia apenas uma camisa cinza – Bun dinha (bom dia) Hugo, meu amor – se aproximando lentamente ela tocou meu peito com as mãos – já esta melhor?

-Melhor?! – olhei meu peito, o local onde no meu “sonho” ela havia cravado sua espada, agora era uma tattoo tribal de um circulo pegando fogo em seu contorno, provavelmente o sol – onde eu fiz isso?

-Desculpa por enfiar aquela espada em seu peito – ela disse aquilo tão calmamente enquanto eu estava em choque. Então não era um sonho, aconteceu mesmo, mas ela não pode ser um demônio. Foi o que achei a segundos atrás, pois agora ela esta balançando sua calda de um lado para o outro e suas asas estão dobradas – eu tinha que liberta-lo – com isso ela tocou meus lábios suavemente, o calor que seus lábios tinham, espalho para todo meu corpo, me deixando um tanto inebriante.

-Helena... – recuperei minha consciência depois de alguns milésimos – você me matou!

 Ela riu e saiu da cama, andou nas pontas do pé ate a outra cama e sentou-se. Mexeu em algo e depois vi que era suas roupas, ela começou a se vestir enquanto dizia algo – melhor se apressar Hugo, temos aula de educação física em alguns minutos, e por favor, não quero que apareça lá sem cueca – ela olhou para mim e sorriu, foi então que me toquei que estava nu, não sei porque, mas estava. Levantei e peguei minhas roupas, tentando ignora-la fui ate o banho me vestir.

 Assim que sai do banheiro, ela estava procurando algo – o que perdeu?

-Meu celular – disse jogando o colchão no chão – up up, achei – o aparelho começou a tocar e ela rapidamente atendeu – ahn, tudo bem, o levarei agora – ela desligou e voltou-se para mim – rápido, vamos!

-Para onde? – assim que ela chegou a porta, o prédio tremeu.

-Droga, vai se ferrar Deus! – depois de pragueja, ela chutou a porta – vamos logo Hugo!

 Corri ate ela, e passei a frente sem querer, foi então trombei numa garota que corria, ela caiu mas levantou rapidamente e assim que ia começar a correr, um som de tiro a fez cair no chão, as costas de sua cabeça havia uma mancha de sangue. Olhei para o lado de aonde veio o som, e vi um garoto do nosso colégio com uma arma na mão, e a mirou para mim, ate que Helena entrou na frente e estendeu sua mão esquerda, como se segurasse algo.

-Lapsis! – ela gritou e o garoto apontou para ela, da mão de Helena surgiu uma 44 Magnum – volte para o céu! – ela disparou três vezes, acertando o meio da testa do garoto que caiu no chão, de sua boca saiu uma fumaça branca – venha!

 Corremos para as escadas – o que esta havendo?

-Você é o novo Deus, tecnicamente falando, e esse garoto que eu matei, é um anjo caído, Lapisis, mercenários de Deus, o atual que é o numero 7, ele te quer morto e então os Lapsis também querem.

 Tentei assimilar tudo, mas era muita coisa para se acreditar, se ele não tivesse matado aquele garoto, eu não acreditaria. Mas eu ser Deus? Só pode ser brincadeira. Chegamos ao terraço e ela chutou a porta, deve ser mania. Em poucos segundos a porta foi perfurada por varias balas.

-Hugo! Eu sei que esta ai! Sai meu amigo, sou eu, Roger. Não quero te machucar, então se entregue, tenho certeza que Deus vai perdoar você, por se iludir.

-Cale-se Roger – gritou Helena – eu vou meter uma bala na sua cabeça, seu desgraçado! – girando o corpo, ela já disparou as balas assim que o encontrou em vista, so que ele foi mais rápido, algumas apenas o acertaram.

-Demônio desgraçado! – Ele atirou algumas vezes e vi que Helena caiu no chão.

-Helena! – corri em sua direção – meu amor – me aproximei sem saber o que fazer.  

-Ela já era, Hugo, assim como você – ele se aproximava com a arma levantada, mirando em mim


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

'-' comente ai, non dói u.u



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Jogo De Poder" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.