Dear Molly escrita por Mrs Prongs


Capítulo 1
|| Dear Molly. - One Shot.


Notas iniciais do capítulo

* Juro Solenemente que não pretendo fazer nada de bom. *

WASSUP?
Bom, mas uma fic de minha autoria. Fazer o que? Tenho muitas ideias malucas e devo dizer que de todas elas essa foi a que eu mais gostei.
Serio... eu chorei escrevendo essa One. Portanto... espero que gostem também.
Fred Wesley é meu ponto fraco. Se quiser me fazer chorar ou rir como uma maluca... fale do Fred. Eu sempre vou amar aquele Weasley.
Não vou falar sobre plagio aqui... todo mundo sabe que plagio é crime e falta de carater. Ou seja... plagiou? Avada na cara.
Espero que gostem amoras.
Enjoy it.

*Malfeito, feito.*



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Molly Weasley olhava pela janela, para o imenso jardim da Toca enquanto lagrimas corriam pelo seu rosto. A tristeza era palpável em qualquer parte da casa.

A guerra havia terminado. O maior bruxo das trevas de todos os tempos havia sido destruído. A felicidade finalmente viria. O motivo da verdadeira tristeza? Nada no mundo poderia trazer de volta aqueles que se foram.

Albus Dumbledore, Remus Lupin, Ninphadora Tonks, Lilá... nenhum deles voltaria. Não mais.

Mas principalmente ele... Fred Weasley.

Voldemort poderia estar morto, mas muitos daquele que o combateram também estavam. E os que sobreviveram... se culpavam. Essa era a cina daqueles que vivem... se culpar por aqueles que morrem.

A que preço essa guerra havia terminado? Será que realmente as pessoas queriam viver em um mundo onde muitos daqueles que amavam já não mais viviam?

Harry Potter se culpava por cada ferimento causado na guerra e cada dor infligida. Hermione Granger se culpava por não ter sido suficientemente inteligente para proteger todos. Rony Weasley se culpava por não ter sido melhor e não ter feito o seu melhor para com todos.

O trio de ouro se culpava. Por tudo.

Outras pessoas já não tinham mais alegria de viver. A família Weasley não tinha mais essa alegria porque tiraram isso deles no momento em que Fred deixou esse mundo.

A única coisa em que a família Weasley podia fazer era chorar. Chorar e tentar aceitar o que era irredutível. Fred estava morto.

George Weasley não trabalhava mais. Não comia. Não saia do quarto. Metade dele havia morrido. A metade engraçada, a metade companheira de marotagens, a metade amiga... a metade irmão. Como uma pessoa se sentiria, se toda vez que se olha no espelho se lembra dele? Cada traço, cada detalhe o lembrava do Fred. Eles eram tão parecidos e tão diferentes ao mesmo tempo...

Os outros Weasley se culpavam por não conseguir ajudar o George e por não ter forças para fazer isso. Por não ter forças de olhar para o rosto dele e vê-lo tão quebrado. Seus olhos antes cheios de vida, hoje pareciam não ter foco. Não ter brilho. George estava preso no mundo dos seus pesadelos. Onde a sua metade favorita não exista mais.

Não havia um momento no dia em que Molly Weasley não chorasse, porque cada canto da casa tinha uma lembrança dele. Perder um filho... não havia dor maior.

"— E, por falar em insuspeitadas habilidades em magia, Ronald — aproveitou George —, que história é essa, que estamos sabendo pela Gina,entre você e uma jovem chamada…a não ser que a informação esteja errada, Lilá Brown?

Rony corou um pouco, mas não pareceu aborrecido quando voltou a dar atenção às couves.— Cuide da sua vida

— Que resposta malcriada — disse Fred. — Não sei aonde vai buscá-las. Não, o que eu queria saber era… como foi que aconteceu?

— Que é que você que dizer com isso?

— Ela teve um acidente ou coisa parecida?”

—Quê?

— Bem, como foi que ela sofreu um dano cerebral tão extenso?”.

Cada brincadeira dele – que muitas vezes eram incompreendidas – faziam uma enorme falta nesses dias tristes onde as pessoas tentavam se recuperar das perdas e seguir em frente. Um mundo melhor estava a caminho... mas infelizmente era um mundo no qual ele não vivia mais.

"Percy, porém, estendeu a mão solenemente como se ele e o colega jamais tivessem se encontrado e disse:

― Harry. Que prazer em vê-lo.

― Olá, Percy ― respondeu Harry, tentando conter o riso.

― Você está bem, espero? ― continuou Percy pomposo, durante o aperto de mãos. Parecia até que estava sendo apresentado ao prefeito.

― Muito bem, obrigado…

― Harry! ― exclamou Fred, empurrando Percy com os cotovelos e fazendo uma grande reverência. ― É simplesmente esplêndido encontrá-lo, meu caro…

― Maravilhoso ― disse George, empurrando Fred para o lado e, por sua vez, apertando a mão de Harry. ― Absolutamente maravilhoso.

― Agora chega ― interrompeu-os a Sra. Weasley.

― Mãe! ― exclamou Fred como se tivesse acabado de avistá-la, apertando-lhe a mão também: ― É realmente formidável encontrá-la…

Molly chorava ainda mais ao lembrar das suas brigas com ele. Dos imensos discursos sobre responsabilidade... nesse momento ela apenas desejava voltar a uma dessas muitas discussões e simplesmente dizer o quanto o ama. O quanto sempre vai o amar.

A única coisa que ela, e todos os demais queriam era saber: O que fazer para essa dor passar?

Mas ela sabia que isso era impossível.

O único modo de todo esse sofrimento passar era ter o Fred de volta e infelizmente... isso jamais ia acontecer.

Como disse Albus Dumbledore... essa dor inimaginável – que faz você querer arrancar o coração do peito – essa dor que você sente quando alguém que você ama morre... é a prova que você se importa. Que você é capaz de amar. Que você é humano.

E é nessas horas que você simplesmente não quer ser.

O choro da Molly aumentou e se tornou um soluço na cozinha vazia e cinza. A sensação tão conhecida por ela tornava a esmagar. A sensação de inutilidade, sofrer e não saber o que fazer para acabar com isso. Nessas horas Molly desejava apenas... morrer. Poderia parecer cruel, mas ela não tinha mais alegria no mundo.

Era nesse momento que ela se forçava a lembrar de Arthur. Seu marido. A Lembrar do Rony, da Gina, do Percy, do Gui, do George... seus filhos que precisavam dela. Ela se lembrava do Harry, um garoto que já enfrentou tantas e tantas perdas ao longo da vida e que já sofreu mais do que ela poderia suportar e que ela ama como se fosse seu filho. Ela se forçou a lembrar da Hermione. Uma garota doce, inteligente e que, de certa forma, a entendia.

Mas então ela se lembrava dele... Fred.

Onde ele poderia estar? Ele estava em um lugar melhor?

Talvez ele não gostasse de a ver sofrer ou qualquer um da sua família. Era um desrespeito com ele.

Ele havia lutado e dado a sua vida para garantir um mundo feliz para aqueles que ficaram. Um mundo feliz para os seus descendentes. Um mundo do qual as pessoas poderiam rir a vontade, um mundo seguro.

Ele havia morrido como um guerreiro que ele era. Ele morreu acreditando nos seus ideais. Morreu fazendo o que era certo.

E, pensar nisso, a deixava ainda mais desesperada.

Ela queria poder ser forte o suficiente. Corajosa o suficiente. Mas ela não era. Não era forte o bastante para levantar a cabeça e forçar um sorriso tentando fingir que tudo estava bem. Que a guerra nunca havia acontecido.

Porque ela havia. Havia acontecido, chegado de fininho... consumindo tudo. E logo depois foi embora. Como um novo por do sol. Um amanhecer para a esperança. Mas ela indo embora... levou consigo pessoas que fariam falta.

O fim da guerra marcou também o inicio de uma vida sofrida sem aqueles que amam.

Teria varias coisas que Molly desejava naquele momento.

1ª O Fred de volta.

2ª Voltar no tempo e mudar tudo.

3ª Voltar no tempo e falar o quanto o amava.

Mas tinha a coisa mais básica de todas que ela desejava. Talvez não fosse mudar nada, mas com certeza a faria melhor.

Ela só desejava saber se o Fred estava bem.

Um barulho a despertou dos pensamentos agonizantes. Ela olhou para a bancada da cozinha e viu que era um coruja. Não qualquer uma... ela poderia jurar que era Edwiges. Branca como a neve... ela nunca tinha visto uma tão parecida.

Logo se culpou... Edwiges estava morta. – repetiu para si mesma.

Mas será que as coisas que se vão realmente nos deixam para sempre? Talvez não. De certo modo, eles estão dentro de nós. Dos nossos pensamentos, memorias... do nosso coração.

Balançando a cabeça para expulsar os pensamentos torturantes, Molly cambaleou até onde a coruja desconhecida estava, notando que havia uma carta presa a ela. Rapidamente a pegou e em seguida franziu a testa dando as costas a coruja e olhando ao redor.

Não havia lugar por onde a coruja pudesse ter entrado. Havia a janela, mas ela estava lá, portanto a coruja não poderia ter passado. Voltou seu olhar para a mesma e com um susto notou que ela não estava mais lá. Procurou com os olhos mais não a encontrou.

– Devo estar ficando maluca. – sussurrou para si mesma. Não era uma perspectiva tão ruim afinal. Não saber o que se passava... era uma boa alternativa para tudo que estava sofrendo.

Olhou para carta e se impressionou no modo como ela parecia... reluzir. Ela imitia um gracioso e sutil brilho prateado. Não tinha remetente, apenas o nome dela: Molly.

Curiosa, ela abriu o envelope lendo rapidamente o pequeno conteúdo e depois sufocando um grito enquanto deixava a carta cair. Ela estava pálida e as lagrimas caiam ainda mais rapidamente.

Não podia ser... não podia.

Ou será que podia?

Com um certo aquecimento no coração, ela pegou novamente a carta em mãos. Leu o conteúdo algumas vezes para garantir que não tinha sido uma pequena ilusão de ótica. Talvez ela estivesse realmente ficando maluca.

Depois de um tempo, ela deixou o mínimo dos sorrisos escapar pela sua boca enquanto lia novamente o conteúdo. Seu coração estava novamente aquecido.

Na carta se lia:

Cara Molly,

Estou cuidando do seu Fred do mesmo modo como você cuidou do Harry durante todos esses anos.

Com amor

Lily.


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