Itachi Pov’s:

Eu estava no hospital. O motivo: minha namorada acabou de levar um tiro e o culpado estava foragido. Eu não parava de andar de um lado para o outro. Estava totalmente impaciente. Ninguém vinha me dar notícias do estado de saúde dela. Logo que cheguei ao hospital, seguindo a ambulância onde estava a minha amada, dei de cara com meu pai e os pais dela. A fisionomia do Senhor Hyuuga era incrivelmente assustadora e, ao mesmo tempo, muito preocupada. Quando me viu, ele quase voou em cima de mim, tendo de ser controlado pelo meu pai e pela mãe da Hina. Eu não poderia culpá-lo. Eu estava lá quando ela recebeu o disparo. Eu poderia muito bem ter me jogado na frente dela, tê-la protegido. Mas eu não fiz isso. E ela recebeu o disparo. Horas e horas de espera. Minha mãe e meu irmão chegaram ao hospital também... Minha mãe tentava acalmar os nervos da mãe da Hina e meu pai tentava fazer o mesmo com o senhor Hyuuga. Passado um tempo, o médico apareceu.

Hiashi: Doutor, minha filha, como ela está?

Médico: Está tudo sobre controle senhor. Porém, não poderei dar alta para ela nas próximas semanas. A bala quase acertou o coração e por conta de ainda estar alojada, teremos de fazer a retirada. Ela está dormindo agora.

Hiashi: O quadro dela é estável?

Médico: Sim.

Hiashi: Muito obrigada doutor.

Ouvir aquilo me deixou mais aliviado. Ela estava bem e estava viva. Lógico que não poderia sair do hospital cedo, mas estava viva e era isso que importava. Todos presentes na sala ficaram aliviados.

...

Na manhã seguinte, depois da aula, passei em uma floricultura e comprei um buque de flores. Fui ao hospital para visita-la. Ela tinha acabado de acordar e fui informado pela enfermeira que a visita tinha que ser rápida pois a Hina ainda estava sobre o efeito de remédios e que precisava descansar. Entrei no quarto e a vi. Ela estava sentada, olhando a janela.

Itachi: Hina?

Hinata: Itachi! Estou tão feliz em ver você...

Me aproximei da cama. Ela estava com aquelas camisolas de hospital. Embora estivesse num hospital, continuava a irradiar beleza. Coloquei as flores em um vaso perto da cama dela e voltei a encará-la.

Itachi: Por que você se jogou na frente?

Hinata: Hein?

Itachi: Era para eu ter tomado aquele tiro, não você. Por que?

Hinata: Por que eu te amo. Por que eu não queria que você morresse e me deixasse sozinha. Por que eu gosto de você mais do que gosto de mim.

Itachi: E se você morresse? Como eu ficaria?

Hinata: Eu não ia morrer. E se algo disso ocorresse você conseguiria superar mais rápido do que se fosse eu que tivesse que te enterrar.

Itachi: Não diga uma besteira dessas. É uma pena que o culpado ainda não foi pego.

Hinata: No dia em que eu recebi o disparo, eu vi um vulto cor de rosa se deslocando rápido. Posso estar enganada, mas acho que foi a Sakura.

Itachi: Se foi ela, por que ela quis atirar em mim?

Hinata: Para que eu pudesse me jogar na frente. Assim eu morreria e sairia do caminho dela.

Itachi: Faz sentido. O que devemos fazer?

Hinata parecia pensar. De repente, ela disse:

Hinata: Itachi, faz um favor para mim? Diga a todos que receberão a noticia de que estou bem que eu morri ok?

Itachi: Por que?

Hinata: O momento da vingança chegou. Ela me maltratou demais e tentou me matar. Mesmo que eu dê meu depoimento dizendo que foi ela que disparou, não tenho provas para incriminá-la. Para todos, diga que eu morri. Inclusive para os meus pais. Eles precisam acreditar. Já conversei com o médico daqui e ele concordou em fazer um atestado de óbito. Meu suposto corpo sofrerá algumas modificações para parecer comigo. Será por pouco tempo, mas farei o possível. Lembre-se que você também tem que fingir a minha morte. Se você aparentar como se nada tivesse ocorrido, ela irá desconfiar.

Itachi: Tentarei o meu melhor.

...

Itachi: Ela morreu.

Todos: O que?

Estavam todos na sala. Os pais dela, os meus pais, Sasuke, TenTen, Shion, Naruto, Shino, Kiba, Hanabi e Sakura. Eles me olhavam parecendo não acreditar.

Itachi: Ela morreu hoje de manhã. O médico achava que tudo ia dar certo, mas pelo que parece o estilhaço da bala estava alojado no coração e o médico não percebeu. Ela veio a óbito hoje de manhã.

Dar aquela noticia era algo realmente triste. Meu coração apertou e uma lágrima escapou do meu olho. Ninguém parecia acreditar quando os médicos vieram e confirmaram a morte da Hinata. Eu vi o senhor Hyuuga desabar em lágrimas junto com a esposa dele. Vi todos chorarem muito. Doeu na alma. Pensei no momento: “Hina, espero que você esteja fazendo as coisas certas”.

...

Sakura Pov’s:

Hinata está morta. Matá-la não foi a coisa mais difícil do mundo. Deveria ter pensado nisso antes. Sai da casa dos Uchihas fingindo estar arrasada. Sasuke, embora aparentasse indiferença, estava triste por dentro. Como isso me irrita. Ele está namorando comigo não? Então para que ficar sofrendo a morte da outra? Passei a tarde toda com ele fingindo solidariedade. Após isso, fui até a minha casa. Peguei algumas roupas e me dirigi até a esquina da minha rua. Um van me esperava. Senti como se estivesse sendo seguida, mas resolvi ignorar. A van me levou até o velho galpão onde depois de uma caminhada, fui levada até a presença de Orochimaru.

Orochimaru: Vejo que conseguiu o seu intento. Pena que não poderei manter a minha parte no acordo.

Sakura: O que disse?

Orochimaru: Quero que você veja essa noticia.

“Assassinato na frente de uma casa. Principal suspeita é uma garota de cabelo rosa”

“A vitima H. H. levou um tiro no coração e morreu hoje no hospital depois de dois dias internada. Testemunhas dizem que o suspeito que efetuou os disparos era portador de cabelos cor de rosa e aparentava ser uma garota. A polícia efetuou uma pericia no local e encontrou uma arma calibre 38 nas proximidades do local. A numeração da arma não estava raspada.”

Eu olhei para a televisão espantada. Não esperava dar essa repercussão.

Orochimaru: Para a polícia conseguir achar esse esconderijo serão dois tempos. Você deixou pistas que levam a minha corporação. Você sabe o que isso significa?

Sakura: Não se do que está falando. Eles ainda não acharam o culpado ainda e mesmo com a numeração, não saberão que a arma é sua.

Eu ouvi um barulho. Me virei para trás e vi que algo estava errado. Um dos subordinados de Orochimaru veio e disse antes de cair morto:

Subordinado: Orochimaru-san, estão invadindo o complexo...

Peguei a minha arma e apontei na direção da porta. Não havia saída nenhuma além dessa. Eu tinha que sair viva. Um estrondo e a porta caiu. Pelo sistema de segurança, dava para ver que a polícia já tinha prendido vários seguranças do local. Surgiu do corredor uma garota. Trajada de preto, apontava a arma para mim. Eu apontei para ela a minha. Nesse momento, Sasori entrou no complexo e recebeu um tiro. Eu gritei. Orochimaru tinha efetuado o disparo. A moça desconhecida efetuou um disparo em direção ao Orochimaru e retornou a arma na minha direção. Os policiais foram chegando e disseram para eu me render. A moça que trajava a roupa preta retirou a máscara. E de repente eu me vi diante...