O Garoto Perdido escrita por Lótus


Capítulo 1
Capítulo 1 - Prólogo




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Deste que descobri a verdade, que resolvi vim atrás, tudo pareceu tão certo, tão confiável. Porém, agora que estou há poucos passos de descobri toda a verdade, percebo que não existe nada certo, nada confiável . Agora vejo que sempre estive andando sobre uma linha finíssima acima de um imenso precipício, e agora que deveria dar apenas mais um passo, sinto o pé tremer e o coração acelerar de medo.

Olhei para a porta marrom desbotada e não consegui parar de pensar no pior, se Madeleine me visse agora, zombaria de mim do seu jeito maléfico de ser, entretanto adorável. Eu ri por um momento.

-Tudo bem?

Lótus me olhava ansiosa com seus grandes e lindos olhos verdes, quer dizer ela era linda, os cabelos loiros cacheados, as bochechas constantemente vermelhas, o corpo pequeno e delgado, uma ninfa como o louco do caminhão havia dito. Um anjo eu acho que cabia mais a ela. Talvez seja por isso que eu não sentia nada a mais com ela, porque anjos não serviam para um amaldiçoado, mesmo que esse anjo queira ficar.

-Sim.

-Não parece.

-Apenas...

Um barulho na floresta escura atrás de nós, me salvo de terminar algo que não sabia como dizer. Como se descreve sensações que nunca sentiu antes, irreconhecíveis. Porém quando olhamos para as arvores elas estavam completamente paradas como se não houvesse se mexidos.

-Oque foi isso? – Lótus indagou, já indo para dentro da floresta.

Porém eu não queria brigar agora, se você tivesse uma amiga em que o lema é: A escuridão não dorme. Você não iria correndo para uma floresta sombria numa cidade pequena, acredite os filmes e historias de terror não acontecem na maioria das vezes em cidades pequenas porque acham cidadãos pacatos e sorridentes mais bonitos.

-Deixa quieto. – E pela primeira vez ela pareceu me ouvir.

-Tudo bem.

Eu olhei para casa, e me deu uma vontade de ir embora, talvez eles não tivessem, talvez estivessem num casamento daqueles que tem sempre grandes famílias e um quintal, onde comemoram a noite inteira, talvez até a semana inteira. Exato.

-talvez eles não estão, acho melhor tentar semana que vem.

-Peraí, então você atravessou um oceano e os estados unidos, quase morrendo uma centenas de vezes para morrer na praia, quer dizer, morrer na porta?

-Eu só estou dizendo...

-Não, você tem que tentar, é o seu sonho, não tenha medo de realiza-lo. – Os olhos expressavam todo o seu carinho, confiança - mas que droga -  e amor. Que garota incrível, porque eu não consigo sentir tudo que sinto com a Madeleine? Tá eu sei, porque sou um condenado imbecil.

-não seja falsa, tudo que quer é dormir sem ser no carro. – seus ombros caíram um pouco.

-Isso também.

Eu sorri um pouco e me movimentei para frente, eu tinha que fazer isso, se não fosse por mim, era por ela.

Era umas meia-noite ou uma, eu sabia que chegar na porta de uma pessoa a essa hora, com a roupa toda esfarrapada, olhos vermelhos de sono, barba por fazer, cabelos muito grandes e sujos, e com uma garota com uma aparência semelhante a sua não é o melhor jeito de encontrar sua família biológica. Mas foda-se.

Apertei a campainha, porém ninguém atendeu. Maravilha, aposto que foram todos para o casamento.

-Acho que não tem ninguém.

-Você apenas tocou uma vez, aposto que nem ouviram. Tente de novo.

-Para que insistir? Se eles não ligam para campainha, não sou eu que vou me esforçar. – Ela bufou. E prestes a perder a paciência, a porta se abriu de supetão me deixando assustado, muito assustado.

Uma garota de cabelos desgrenhados castanhos avermelhados, olhos chocolates semelhantes ao meus, blusão e uma cara de insônia nos olhava assustada. Nós nos encaramos alguns segundos, até que Lótus resolveu quebrar o silencio de espantoso reconhecimento que se abateu sobre nós.

-Oi, desculpe de acordar assim no meio da noite, é que estamos procurando vocês muito tempo, e passamos por muita enrascada, sabe acho que meio que quase morremos umas sete vezes, eu sou Lótus, sim sei, nome estranho, mas minha mãe era Hippie, e esse é Lucius, seu irmão. 

Deste que descobri a verdade, que resolvi vim atrás, tudo pareceu tão certo, tão confiável. Porém, agora que estou há poucos passos de descobri toda a verdade, percebo que não existe nada certo, nada confiável . Agora vejo que sempre estive andando sobre uma linha finíssima acima de um imenso precipício, e agora que deveria dar apenas mais um passo, sinto o pé tremer e o coração acelerar de medo.

Olhei para a porta marrom desbotada e não consegui parar de pensar no pior, se Madeleine me visse agora, zombaria de mim do seu jeito maléfico de ser, entretanto adorável. Eu ri por um momento.

-Tudo bem?

Lótus me olhava ansiosa com seus grandes e lindos olhos verdes, quer dizer ela era linda, os cabelos loiros cacheados, as bochechas constantemente vermelhas, o corpo pequeno e delgado, uma ninfa como o louco do caminhão havia dito. Um anjo eu acho que cabia mais a ela. Talvez seja por isso que eu não sentia nada a mais com ela, porque anjos não serviam para um amaldiçoado, mesmo que esse anjo queira ficar.

-Sim.

-Não parece.

-Apenas...

Um barulho na floresta escura atrás de nós, me salvo de terminar algo que não sabia como dizer. Como se descreve sensações que nunca sentiu antes, irreconhecíveis. Porém quando olhamos para as arvores elas estavam completamente paradas como se não houvesse se mexidos.

-Oque foi isso? – Lótus indagou, já indo para dentro da floresta.

Porém eu não queria brigar agora, se você tivesse uma amiga em que o lema é: A escuridão não dorme. Você não iria correndo para uma floresta sombria numa cidade pequena, acredite os filmes e historias de terror não acontecem na maioria das vezes em cidades pequenas porque acham cidadãos pacatos e sorridentes mais bonitos.

-Deixa quieto. – E pela primeira vez ela pareceu me ouvir.

-Tudo bem.

Eu olhei para casa, e me deu uma vontade de ir embora, talvez eles não tivessem, talvez estivessem num casamento daqueles que tem sempre grandes famílias e um quintal, onde comemoram a noite inteira, talvez até a semana inteira. Exato.

-talvez eles não estão, acho melhor tentar semana que vem.

-Peraí, então você atravessou um oceano e os estados unidos, quase morrendo uma centenas de vezes para morrer na praia, quer dizer, morrer na porta?

-Eu só estou dizendo...

-Não, você tem que tentar, é o seu sonho, não tenha medo de realiza-lo. – Os olhos expressavam todo o seu carinho, confiança - mas que droga -  e amor. Que garota incrível, porque eu não consigo sentir tudo que sinto com a Madeleine? Tá eu sei, porque sou um condenado imbecil.

-não seja falsa, tudo que quer é dormir sem ser no carro. – seus ombros caíram um pouco.

-Isso também.

Eu sorri um pouco e me movimentei para frente, eu tinha que fazer isso, se não fosse por mim, era por ela.

Era umas meia-noite ou uma, eu sabia que chegar na porta de uma pessoa a essa hora, com a roupa toda esfarrapada, olhos vermelhos de sono, barba por fazer, cabelos muito grandes e sujos, e com uma garota com uma aparência semelhante a sua não é o melhor jeito de encontrar sua família biológica. Mas foda-se.

Apertei a campainha, porém ninguém atendeu. Maravilha, aposto que foram todos para o casamento.

-Acho que não tem ninguém.

-Você apenas tocou uma vez, aposto que nem ouviram. Tente de novo.

-Para que insistir? Se eles não ligam para campainha, não sou eu que vou me esforçar. – Ela bufou. E prestes a perder a paciência, a porta se abriu de supetão me deixando assustado, muito assustado.

Uma garota de cabelos desgrenhados castanhos avermelhados, olhos chocolates semelhantes ao meus, blusão e uma cara de insônia nos olhava assustada. Nós nos encaramos alguns segundos, até que Lótus resolveu quebrar o silencio de espantoso reconhecimento que se abateu sobre nós.

-Oi, desculpe de acordar assim no meio da noite, é que estamos procurando vocês muito tempo, e passamos por muita enrascada, sabe acho que meio que quase morremos umas sete vezes, eu sou Lótus, sim sei, nome estranho, mas minha mãe era Hippie, e esse é Lucius, seu irmão. 


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