Ela sempre esteve ao seu lado, até mesmo depois de sua morte, ela estava ali com ele. Mesmo que ele não notasse a sua sutil presença, ela continuaria ali, o acalentando em suas solitárias noites de sono. Ele provavelmente não sentia os seus abraços, nem o carinho que seus dedos faziam quando passavam pelos fios acinzentados, mas ela sempre estaria ali.

Todos os dias, Edna assistia Duel tentando recuperá-la do mundo dos mortos, e durante as poucas noites de calmaria na vida do asmodiano, seu espectro o tirava da triste solidão em que vivia e fazia todas as esperanças do jovem voltar à tona, quando sentia a gentil presença de sua amada com ele.

E naquela noite, não era diferente. Aquela alma que um dia viveu e foi radiante e cheia de vida, rondava o corpo de seu amado, procurando o trazer conforto na noite gélida. As delicadas pontas dos dedos percorriam as bochechas azuladas de Duel, seus finos lábios estavam juntos aos do asmodiano, que dormia em sono profundo.

Ele provavelmente não sentiria aquele beijo, nem as tantas outras caricias de Edna, mas ela continuaria com ele, pois ela era seu anjo, e ela estaria junto dele até o fim.