Isabella respirou fundo e colocou mais uma das pequenas pílulas em sua língua.. O som da guitarra bateu uma vez mais forte, fazendo-a jogar a cabeça para o alto e fechar os olhos. As notas vibravam de tal forma que podia jurar senti-las na pele.

Seu corpo balançava conforme o ritmo da batida que tocava estridente. Seu corpo queimava com a proximidade das outras pessoas. Tudo o que a rodeava era uma novidade, tudo parecia ter novas formas.

Light em up up up, I’m on fire

Subitamente sentiu alguém passando os braços em sua cintura com firmeza. As mãos subiam e desciam, explorando seu corpo. Uma parte de si gritava para se preocupar pelo fato de um estranho estar tocando-a com tanta intimidade. Mas seu corpo gritava pedindo mais, suas veias ardiam de desejo.

O aroma daquele estranho era algo como perfumes caros e cigarros. Ela não podia sentir-se mais excitada. O álcool e a cocaína corriam em suas veias, fazendo-a sentir-se mais entorpecida.

Virou-se para olhar o estranho que a abraçava. Isabella prendeu a respiração quando deu de cara com um par de olhos cinza emoldurados por um rosto duro e másculo. A barba por fazer e os cabelos longos até a altura dos ombros lhe traziam um ar sensual. Mesmo no escuro daquele porão tinha certeza que havia encontrado um anjo.

Ou um demônio.

- Qual o seu nome? – perguntou ele, sem mover o olhar do rosto da garota.  

- Isso realmente importa? – ela respondeu.

Numa batida de coração estavam se beijando vorazmente, seus corpos mais próximos do que antes. Umas das mãos do estranho prendiam-na pelo pescoço, fazendo com que mesmo se quisesse Isabella não poderia se livrar dele.  

Isabella sentiu uma mordida prazerosa em seu pescoço, que a fez virar a cabeça expondo sua pele ainda mais. O calor de seus corpos tornou-se insuportável para continuarem com aquilo no meio de todos. Com um gemido, ele se afastou e puxou-a até um canto mais escuro. Ali, havia uma porta que dava para um beco escuro e quase invisível para rua.

Ao entender o que ele queria, Isabella abriu a porta e puxou-o pela camisa. No beco, ela o empurrou contra a parede. Sorrindo, o estranho levantou uma de suas coxas, fazendo o pequeno vestido de couro subir consideravelmente. Lentamente, afastou o pano fino da calcinha e tocou-a em seu sexo. Isabella jogou a cabeça para o alto, gemendo alto.

My songs know what you did in the dark

O estranho beijou-a novamente, dessa vez demorando-se em seu pescoço. Uma de suas mãos, deixando uma dos seios de Isabella à mostra. Lentamente, ele desceu o caminho de seus ombros até os pequenos mamilos rosados, fazendo a gemer baixinho.

Percebendo que ele estava brincando, a garota desceu de colo e abaixou-se. Rapidamente se livrou do jeans escuro dele, e beijou-o intimamente, seu batom vermelho deixando marcas na cueca azul clara. Sentiu-o que estava controlando-o com aquilo. Seu corpo tremia cada vez que a boca de Isabella pressionava-o com mais vontade.

Até que ele atingiu o ápice quando uma das mãos da garota arranhou seu abdômen, por baixo da camisa. Podia sentir o caminho que as unhas longas fizeram em seu corpo latejando deliciosamente.

Enquanto sua respiração se estabilizava, ele viu a garota se levantar com um sorriso vitorioso nos lábios.

- Homens são tão fáceis de se colocar. Basta ter um pouco de experiência. – disse, mordendo os lábios inchados pelo beijo. – E meu nome é... Anne. – mentiu.

Já ia voltando para o porão, quando foi surpreendida. Seu corpo foi jogado contra a parede, o estranho pressionando seus ombros largos contra ela. Podia sentir o volume dele contra suas coxas.

- Vou mostrar-lhe como mulheres podem ser controladas ainda mais fácil, docinho. – disse ele. Sua respiração pesada fez Isabella sentir a familiar sensação de adrenalina nas veias, e a excitação, que somente a heroína podia lhe proporcionar. Não sabia do que ele era capaz, nem o que iria acontecer dali em diante. Aquilo a excitava.

Sem aviso, ou preliminares, ele a preencheu com força; os movimentos duros e selvagens. Ela gemia alto conforme seus corpos balançavam juntos. Podia sentir seu corpo quase a deriva. Bastou que ele puxasse seus cabelos e a empurrasse com mais força, para que se deixasse levar totalmente. Todos os músculos de seu corpo contraíram-se, fazendo-a gritar alto.

Não demorou a que ele atingisse o ápice também. Ambas as respirações estavam ofegantes e irregulares quando afastaram-se um do outro.

O estranho sorriu e fechou o jeans.

- Todos têm pontos fracos, docinho. – ele aproximou-se dela, pegou-a pelo pescoço e a beijou com violência – Meu nome é Alexander.