-Uau - disse Annie sorrindo, embora seus olhos permanecessem vermelhos - Não imaginei que veria uma cena tão intensa de vocês assim, pelo menos não na nossa cama.

Thalia pulou da cama, seu rosto estava vermelho. Chutou a perna de Nico antes de sair em silêncio. Assim que saiu, os outros explodiram em gargalhadas.

-Não conseguiu agarrar ela, Nico?

-Pior que consegui - respondeu malicioso - Ela até me disse, em meias palavras, que gosta de mim também.

-Se achando, né?!

-Claro, cara. Tenho que me achar, certo?!

Durante aquela conversa, Annie voltara com a expressão séria que tinha no rosto antes da cena hilária em seu quarto. Voltou a pensar sobre o teste, sobre Percy, sobre sua vida... Nem percebeu quando Nico deixou o quarto.

-Annie, você está bem? - perguntou Percy preocupado quando ela começou a chorar novamente.

-Estou - soluçou - Um pouco cansada, mas bem...

Então Percy a abraçou. Os braços quentes envolveram o corpo frio da garota que ainda tremia entre o choro e os soluços. Assim que se aconchegou no corpo do namorado, ela tentou expressar por meio daquele abraço todas as palavras que queria ter dito há muito tempo. O quanto o amava e o quanto tinha medo de perdê-lo. Percy sentiu uma mudança na atitude da garota, mas decidiu não perguntar nada, pois embora a amasse, não queria pressioná-la de jeito algum a contar algo que não quisesse.

-Eu te amo - ela disse. Percy sorriu.

-Eu também te amo, minha linda.

-Vai ficar comigo?

-Vou, claro que vou. Para sempre.

-Espero que sim - ela sorriu - Eu te amo demais, Percy.

Na portaria, Nico alcançou Thalia.

–Thalia! Thalia! Espera, sua doida!

–Doido é você! – ela exclamou com um dedo no peito dele – Que idéia maluca foi essa de me agarrar? E o quarto do Percy e da Annie? Você é pirado...

–Thalia, me ouça, por favor...

–Não, Nicolas. Não mais. Cansei!

–O que eu fiz de errado?!

–Nasceu!

–Reclame com meus pais – ele disse, começando a perder a paciência – O que eu fiz de errado pra você?

–Eu fiquei surpresa, OK? Nunca tinha imaginado que iria acontecer... E... estou, meio que gostando de outro.

–Como? – cuspiu Nico, com o olhar vidrado nos olhos azuis da garota.

–Desculpe se não era o que queria! – gritou, atraindo a atenção do porteiro que lhes lançou um olhar de tipo: “Confusão lá fora” – E quer saber mais? Foda-se. Eu não vou mudar por causa de você.

–Thalia...

–Adeus, Nicolas...

Assim que disse isso, saiu do prédio, deixando para trás Nicolas di Angelo segurando o coração partido na mão.

No outro lado da cidade, Silena e Luke dançavam em uma boate lotada. Seus corpos estavam próximos. As mãos dele na cintura dela; as dela, no pescoço dele. Trocavam olhares quentes o tempo todo e Silena esfregava de propósito o corpo em Luke, apenas para ver sua reação excitada.

-Você provoca demais, Silena... - ele disse no ouvido dela, o desejo presente na sua voz.

-Eu sei - ela disse mordendo o lábio. Aquilo enlouqueceu Luke.

-Quer ir para outro lugar?

Ela concordou com a cabeça e sorriu.

-Acho que já estamos aqui tempo o suficiente.

Com isso, Luke puxou-a pela mão em direção a saída. Cumprimentou o segurança com um aceno de cabeça.

Meia hora depois eles estavam na porta do apartamento de Luke. Silena beijava o pescoço dele, enquanto garoto tentava - o mais rápido possível - colocar a chave na fechadura.

-Finalmente - disse quando conseguiu.

Abriu a porta e a fechou atrás de si, empurrando a garota contra ela. O beijo que começaram estava quente, extremamente quente. As mãos do garoto estavam em todo o lugar. Cintura, quadril, coxas, bumbum. Toda a vez que a puxava para perto de si, Silena podia perceber sua ereção. Ainda encostada na porta, ela puxou a camiseta dele para cima. 

Com um gemido de aprovação, Luke ajudou a tira-la. Jogou a camiseta no chão sem cerimômia e puxou Silena para o sofá, onde ela caiu sentada em cima do colo dele. Ali o garoto puxou com cuidado o vestido dela para cima. Assim como ele, Silena levantou os braços para judar a tirar a peça de roupa. Luke resmungou quando viu o short da garota.

-O que foi? - perguntou Silena, passando as mãos pelo peito dele.

-Por que garotas tem que usar tantas peças de roupa? - perguntou apontando para o short dela.

-Para complicar pra vocês, garotos - ela disse e eles voltaram a se beijar.

O beijo estava quente, molhado e excitante. As respirações ofegantes e os sons dos beijos eram os únicos que podiam escutar ali. Quando mal podia respirar, Silena levantou o rosto e Luke começou a beijar seu pescoço.

-Vamos para o quarto - ele murmurou.

Silena levantou-se e puxou Luke para si. Enquanto iam em direção ao quarto, beijando-se, apalpando-se, Luke aproveitou para tirar o sutiã da garota e o jogar no chão. Chegaram na cama. 

Luke deitou-se por cima de Silena e tirou as últimas peças de roupa da garota que faltava tirar. Ela sorriu e o empurrou para o lado, sentando-se no colo dele. Desceu as mãos até o zíper do jeans que ele usava e o abriu, puxando a calça dele para baixo. 

-Você é muito gostosa - disse Luke no ouvido de Silena, minutos depois quando seus corpos de uniram.

Eles gemiam. A temperatura no quarto parecia ter subido uns vinte graus, e tudo que Silena pensava era naquele momento em que podia esquecer de tudo. Quando terminaram, gemendo de prazer, deitaram na cama. Luke com o braço estendido para o lado, e Silena usando o peito dele como travesseiro. O garoto deu um beijo na cabeça dela. Foi a última coisa que Silena lembrava antes de adormecer.