Leonard Jackson Wilfried
Leon havia acabado de receber a carta. E com certeza iria, mas havia um pequeno problema. Faltava menos de duas horas para o trem sair, e ele morava a duas horas e meia da estação. Queria ir para mais longe o que pudesse de suas lembranças da SÓLCIA. Felizmente não se lembrava de muita coisa, e mesmo que eles o tenham lhe dado poderes de um jeito bem inconveniente, queria mesmo aperfeiçoá-los. Seria melhor se pudesse controla-los de uma maneira mais fácil. Já havia tentado todos os cálculos possíveis em seu treinamento, mas no fim concluiu que precisava de alguém para monitorá-lo. Precisava de um bom tutor. E esse Yan parecia ser uma boa. Ficara muito surpreso ao ler a carta. Achou que fosse uma brincadeira, mas ao ver o bilhete hesitou. Acabou arrumando as malas em segundos e agora corria com toda a força que tinha para chegar a tempo.
Johnny Walst
Johnny tinha acabado de chegar à estação. Estava apenas esperando o trem para leva-lo para longe daquele lugar. Pretendia ir à França. Subir toda a Torre Eiffel. Seria maravilhoso. Precisava respirar o ar dos franceses.
Estava checando o horário quando alguém para perto dele.
- Walst? Isso aqui é pra você. Um homem o entregou uma carta.
- Pra mim? Bem, obrigado.
Achou estranho o fato de alguém entregar uma carta pra ele naquele lugar. O fato de saber que ele estaria aqui. Era de um homem chamado Yan. Mas ele não conhecia ninguém que levava esse nome. Ainda assim, abriu e leu. A curiosidade sempre toma conta nessas horas.
A carta dizia que existia um reformatório onde pessoas como ele iriam morar. Diziam também que existiria alguém que lhe ensinaria a usar seus poderes da maneira certa. E que ali, estaria protegido de qualquer um que fosse mandado da SÓLCIA. Mas que ele só poderia ir se desistisse da sua viagem à França.
Assim que decidiu que não iria, fora anunciado que todas as viagens para a fora da Inglaterra estavam canceladas. Seria obra do destino? Johnny bufou, respirou fundo e se deu por vencido. Seja lá quem fosse e onde estava, Yan deveria estar muito feliz. Johnny sorriu por fim, analisando a ideia de viver em um reformatório ceio de gente louca com poderes.