Eu tinha cinco anos na época. Era bem novinha, mas ainda assim, sabia palavras que nem adultos poderiam entender o significado. Era superdotada. E órfã. Meus pais acabaram de ser assassinados bem na minha frente.

Droga, minha cabeça doía, e por mais que quisesse mais que me pedissem, eu simplesmente não parava de chorar. Chorei o caminho inteiro até o meu novo lar, um orfanato chamado Wammy´s House.

Já estava quase desmaiando, quando o vi.

Um rapaz curvado, descalço vestindo apenas uma calça de pijamas. Tinha uns dez anos. Atrás dele, outras duas crianças, um loiro, com cabelo tigelinha e outro menino menor, da minha idade.

-Pai... -O menino maior chama.-Ouvimos o choro. Essa é a menininha?

-Sim. -O homem que me carregava falou.-Essa é Alice. Seus pais... -Ele não completou a frase, com medo de me fazer chorar mais. Tarde demais, eu percebi. Desabei em lagrimas de novo.

-Ei... -O menino chamou.-Não chore. Já passou. -Ele me levantou nos braços e eu agarrei seu pescoço.-Vou proteger você agora.

Parei de chorar depois de alguns minutos. O menino m cuidava de mim, enquanto os outros dois falavam com o senhor de cabelos grisalhos, chamado Watari.

-Eu me chamo L.-O menino falou, percebendo meu silencio. Girei as mãos pelo copo d’água que me entregaram. -Qual o seu nome?

-Alice Stwart. Eu tenho cinco anos. -Falei.-E que tipo de nome é L, afinal?-Ah, a inocência das crianças. Eu não tinha sensibilidade na época.

-Heh... -L riu.-Não é um nome de verdade.

-E qual seu nome de verdade?-Pergunto.

-É um segredo. -Ele fala sorrindo.Ficamos em silencio por uns bons cinco minutos até ele dizer:

-Alice, hein?

-é por quê?-Perguntei.

-Você tem cara de Maggie. -Ele ri.-Posso te chamar de Maggie?

-pode. -Falei, dando de ombros.

-Maggie, quer ser minha amiga?-Ele pergunta.

-Quero. -Sorrio. EL em estende o dedo mindinho. Retribuo.

-Ei. -Ele chama. -Vamos ser inseparáveis.

Naquela época parecia uma coisa boba, mas eu mal sabia o quão serio ele estava falando.