Não Olhe Para Trás escrita por Mnndys


Capítulo 48
Não consigo parar isto que nós começamos


Notas iniciais do capítulo

O capitulo anterior foi surpreendente... esse vai ser mais Mia sendo Mia, baladeira e indo ao ataque.


A unica parte ruim de postar novos capítulos é que cada um que posto me deixa mais perto do fim.



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- Uhu! – Grito.

- Quanta animação! – Nate diz.

Me penduro no pescoço dele.

- Ainda bem que eu tenho você, não suporto servir de vela. – Digo apontando para a mesa onde estão nossos amigos.

Meg e Robert, Joss e Lucas, os únicos que faltam são Lilly e Sean, que estão viajando, juntos. Ethan está conosco esta noite também, com Rebekah é claro.

Volto para a mesa abraçada com Nate.

- Vocês têm quantos anos? Sessenta? – Provoco. – Ficam ai sentados como um bando de velhos.

- É você que é muito agitada. – Meg diz.

- Não tenho culpa de ter energia de sobra.

- Animada, linda e sexy. – Joss diz. – Você tem que parar de ser perfeita.

- Na falta do Enzo eu tenho a Joss para inflar o meu ego. – Falo.

- Quem é Enzo? – Ela pergunta.

- Um amigo, foi ele quem me ajudou a escolher este vestido, por sinal.

Estou usando pela primeira vez o vestido de paetês.

- Um amigo? – Ela pergunta.

Enquanto me movo cruzo com o olhar de Ethan me observando atentamente, ele está interessado na conversa.

Pelo jeito ele está pensando o mesmo que Joss.

- Enzo, pelo pouco que vi, é o melhor amigo gay que uma mulher pode querer. – Meg diz, me salvando. – Mas Louis era diferente.

O que?! Meu subconsciente grita. O que Meg estava tentando fazer?

Olho desesperada para Ethan, ele tem uma expressão séria. Bem, ele não deveria, afinal não sou eu que saio com ele carregando meu ex-namorado junto ou atual.

Mesmo sabendo que não fiz nada errado, eu me sinto constrangida.

- Louis é um amigo. – Digo.

- Agora pode ser, mas antes não era só um amigo. – Meg provoca.

- Ok Meg ele não era só um amigo, satisfeita agora?

- Muito. – Diz.

- Mia a destruidora de corações! – Lucas diz. – Você provavelmente o deixou com o coração partido.

- É claro, porque eu sou um monstro! – Me revolto.

- Já que é um monstro pode aparecer de noite no meu quarto para me assustar, eu iria adorar. – Nate comenta. Dou um tapa no braço dele. – Mia eu só to falando a verdade, se um cara dispensa você deve ser louco.

Ethan é um louco então.

Ele está mexendo no cabelo, no pouco que resta, está visivelmente incomodado.

Me debruço um pouco sobre a mesa.

- Você está quieto hoje. – Falo para ele.

Um sorriso se forma nos lábios dele. Seguro uma das mãos dele em cima da mesa. Não estou nem ai para o que Rebekah vai achar.

- Espero que amanhã esteja mais animado, é a despedida de solteiro de Elliot. – Lembro.

- Fica tranqüila. Já combinei tudo com Christian. – Ele conta.

- Só devolvam o noivo são e salvo. – Peço.

Rebekah de repente põe a mão sobre o braço de Ethan, aquele em que estou segurando a mão. Encaro-a por um instante.

- Vamos dançar Nate? – Pergunto.

- Já?

- Se você não quiser procuro alguém na pista. – Digo.

- Eu vou, não precisa se estressar.

Solto a mão de Ethan, mas jogo um beijo para ele antes de me levantar.

Danço com Nate até não poder mais. Quando vejo que está cansado falo para ele pegar algo no bar enquanto vou ao banheiro.

Estou retocando a maquiagem quando Rebekah entra. Continuo a me maquiar sem dar atenção a ela.

- Você precisa ser sempre o centro das atenções? – Ela pergunta.

- O que? – Pergunto, sem saber sobre o que ela está falando.

- Isso, dos seus amigos ficarem te bajulando. – Diz. – Pelo jeito você adora.

- O que eu adoro é ter amigos, nada mais. Não tenho culpa se isso incomoda.

- Você ta achando que me incomoda?

- Se eu não incomodasse você não estaria aqui agora.

Termino de me maquiar e guardo as coisas de volta na bolsa.

- Não é incomodo, só não entendo como as pessoas adoram alguém tão sem graça.

- Não entende como as pessoas me adoram ou como o Ethan me adora? – Pergunto provocativa.

- E quem disse que ele te adora? – Ela questiona. – Você pode ser a queridinha da família e dos amigos dele, mas se fosse a queridinha do Ethan ele estaria com você e não comigo. – Retribui a provocação.

- As coisas mudam querida, hoje ele está com você, mas amanhã pode não estar. – Falo.

- Não conte com isso.

- Nós duas sabemos que eu ainda mexo com Ethan, e você tem medo disso, se não tivesse medo não tinha vindo até aqui marcar território.

- Eu não tenho medo, você não exerce mais nenhuma influência sobre Ethan.

- Continue dizendo isso, talvez você se convença. – Falo. – Mas você vai perceber logo que está enganada.

Deixo-a para trás e saio do banheiro.

Volto para Nate e bebo em um gole só a bebida que ele tem no copo.

- Calma! – Ele pede.

Fico esperando Rebekah passar de volta para a mesa. Quando ela faz, faço o caminho até lá também.

- Você está com cara de arteira. – Nate diz.

- É hora do show! – Eu brinco.

Caminho em volta da mesa e paro atrás de Ethan. Jogo meus braços sobre o ombro dele.

- Não vai dançar esta noite? – Pergunto.

- Rebekah está cansada. – Fala.

- Isso não te impede de dançar com uma amiga. – Falo com segundas intenções.

- Melhor não Mia. – Ele diz me encarando.

Até parece que ele estava me perguntando com os olhos o que eu estava fazendo.

Faço beicinho e ele ri.

- Por favor. – Peço.

Ele fica quieto, então me solto dele com raiva.

- Tudo bem, eu já cansei Nate por uma noite. Então agora vou dançar com o primeiro idiota que achar na pista. – Falo.

- Espera Mia. – Diz Ethan. – Eu vou com você, mas só um pouco ok?

- O tempo que você quiser baby.

Rebekah está nos fuzilando com os olhos. Bem, eu adoro isso.

Na pista Ethan se mantém há uma distancia segura de mim e olha a todo o momento para a mesa.

- Volta pra lá. – Mando. Ethan me olha sem entender. – Se for dançar comigo, por favor, deixe seus olhos em mim.

Puxo o rosto dele e seguro de frente para mim.

- Você continua mandona. – Ele diz.

Faço que sim e me aproximo dele, para que nossos corpos fiquem próximos enquanto dançamos. Ele me repreende com o olhar, mas eu não me importo, danço me encostando a ele.

- Para de provocar Mia. – Ele sussurra em meu ouvido.

- Só se pode provocar quem se deixa ser provocado. – Digo.

- Eu não sou de ferro.

- Espero que não seja.

Estamos falando com os rostos frente a frente.

- Não faz esse jogo. – Ethan recomenda.

- Não é jogo. – Falo. – Eu quero você e não vou esconder isso. E dá para ver nos seus olhos que você me quer, mas está negando isso.

- Só estou tentando seguir em frente.

- Você não precisa seguir em frente porque eu to aqui. Além do mais, você disse que seus sentimentos por mim não mudaram.

A medida que estamos nos confrontando vamos ficando mais próximos.

- Eu estou confuso. – Ele admite.

- Tenho um jeito de desfazer essa confusão. – Falo enquanto avanço para a boca dele.

Ele não recua e isso é um bom sinal.

- Quero ir embora. – Rebekah diz parada ao nosso lado.

Eu e Ethan olhamos para ela ao mesmo tempo. Ele sem graça. Eu com raiva.

- Até depois de amanhã. – Ele diz para mim, e depois puxa a mão dela.

Respiro fundo.

Foi uma chance perdida, mas haveriam outras oportunidades.


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