Please, Be Mine. escrita por Lolita


Capítulo 3
III. So Emotional


Notas iniciais do capítulo

Enjoy :D



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–Nem eu... – disse corada e sem jeito, até que coloquei as mãos no bolso do meu, sobretudo e a olhei nos olhos, sorrindo. – Venho aqui nos aniversários dele, nas datas comemorativas, dia do rock, lembra? – falei rindo baixinho ao final.

–Claro que lembro... Foi até quando...

–É, foi sim. – olhei pro lado para que ela não percebesse que eu estava corada.

–Ah, com licença. – disse ela passando a minha frente e deixando o buquê de lírios que deixou no tumulo. Patrick sempre disse que para surpreender uma mulher, que dê a ela lírios, deixa qualquer uma encabulada e não era mentira. Eu observava cada detalhe do seu corpo e não parecia ter mudado nada com o passar dos anos, ainda continuava linda. Até que fui acordada do meu transe com meu celular tocando Cold Heart e ela soltou um riso entre o sorriso, virei de costas a ela e atendi o telefone.

–Oi... Claro honey, claro... Talvez mais tarde né? Falei-te que viria no cemitério, é o aniversário do Patrick. Enfim... Tchau. – eu disse desligando o celular irritada.

–Cold Heart? É meio forte para por num toque de celular não?

–Não sabe pra quem é... – faço uma careta e ela ri com a minha ação. – Então, você tá por aqui?

–Ah, só vim passar as férias, meus pais me chamaram para passar com eles, acham que eu estou muito isolada do mundo. – disse ela que logo perguntou. – E você, senhora alto nível?

–Visita também, baixo nível. – disse serrando o olhar e soltando um sorriso irônico.

Ficamos mais uns 5 minutos enquanto eu colocava o buquê do qual eu havia trazido. Até que ela quebrou o silêncio:

–Então... Eu vou indo. – disse ela sorrindo e acenando para mim, que por impulso eu segurei seu pulso levemente, a fazendo virar para mim.

–Calma, eu vou com você, não iria me deixar sozinha né?

–Hm, ainda tem medo do cemitério a noite?

Rimos e fomos conversando até chegarmos a um bar, próximo a casa de ambas, assim que entramos, John, o dono do bar que estava atrás do balcão, nos recebeu com um sorriso enorme:

–Olha se não são as minhas meninas.

Eu fui a primeira a ir ao seu encontro lhe abraçando calorosamente, seguido por ela. Em seguida, ele nos direcionou a uma mesa e pedi um Monjito e ela um chamado “Abridor de perna”, ri tanto quando ela disse o nome. Tirei meu casaco e ela a sua jaqueta que colocamos ao lado de onde sentávamos, sorrio ao olhar para ela e então ela falou, apoiando o queixo na mão.

–Então Nicole... Conte-me o que tem feito durante esses oito anos? – perguntou me dando um sorriso irônico e arqueando a sobrancelha esquerda.

–Bom... Me tornei publicitária, moro em New York. De vez em quando volto para o Alasca né? Como pode perceber.

–E o coração? – agora a sua expressão aparentava seriedade, ansiedade.

–Nada de mais... Alguns namoros sem fins lucrativos. – disse rindo até que o garçom trouxe nossas bebidas, eu tomei um gole da minha e a olhei, perguntando: - E você?

–Vamos ver? Sou diretora do departamento de artes de Yale, ou seja, moro em Connecticut. E estou visitando minha família, assim como você. – disse sorrindo para mim enquanto bebericava um gole da sua bebida.

–E o coração mocinha? – eu disse cerrando os olhos.

–Alguns casos de uma noite apenas, tentando achar algo ou alguém para me completar sabe? O que não deu muito certo... Porque só consegui isso com uma única pessoa. – seu olhar agora era diferente, como o de alguém que queria saber o que se passava com o meu coração, queria adentrar minha alma para saber o que eu estaria pensando naquele momento.

Tentei disfarçar, porque com certeza, fiquei corada com o que ela me disse um calor me subiu o corpo, meu coração acelerou. Até que eu tomei mais um gole do monjito e olhei para o palco e a olhei mostrando o mesmo.

–Lembra?

–Não acredito que ainda tem.

Rindo, tomei uma dose considerada da minha bebida e fui até John me debruçando levemente no balcão, lhe mostrando o palco, até que eu fui até lá e arrumei o microfone, para que eu pudesse falar, dei algumas batidinhas nele para saber se estava prestando e falei com a banda que tocava a música que eu iria cantar. Sorrio ao vê-la ri com as batidas e acordes que a banda fazia, lhe mostrando uma música conhecida, até que comecei a cantar.

I don't know why I like it, huh, I just do.

I've been hearing your heartbeat inside of me

I keep your photo right beside my bed

Livin' in a world of fantasies

I can't get you out of my head

I've been waiting for the phone to ring all night

Why you wanna make me feel so good

I got a love of my own baby

Shouldn't get so hung up on you

POV Kristen

Não acredito que a Nick tá aqui, comigo. E cantando ainda a nossa música... Era a nossa música. Tínhamos traçados rumos diferentes nas nossas vidas, nos tornamos pessoas diferentes. Mas ela continuava a mesma líder de torcida linda e cativante, quando soltava o seu sorriso, alegrava até a pessoa mais rabugenta, era a garota que toda menina queria ser e todo cara queria ter. E por impulso, sabendo que pagaria mico naquele palco, fui até o encontro dela e peguei o outro microfone e cantei antes que ela começasse.

I remember the way that we touched I wish I didn't like it so much

I get so emotional, baby

Every time I think of you

I get so emotional, baby

Ain't it shocking what love can do

Ain't it shocking what love can do

Ain't it shocking what love can do

I gotta watch you walk in the room, baby

I gotta watch you walk out

I like the animal way you move

And when you talk I just watch your mouth

I remember the way that we touched I wish I didn't like it so much

Ain't it shocking what love can do

I get so emotional, baby

Every time I think of you

I get so emotional, baby

Ain't it shocking what love can do

Ela veio ao meu encontro que o sorriso mais lindo do mundo e me abraçou de uma forma acolhedora, senti por impulso beija-la ali mesmo, mas me contive com medo de receber um tapa na cara ou a desaprovação dela. Apenas lhe dei um beijo na bochecha. Depois de mais alguns drinks como Sangria Espanhola, Dry Martini e duas Pina Colada, Nick já estava pra lá de Bagdá, rindo e contando segredos, então coloquei nela seu casaco e vesti minha jaqueta e apoiei seu braço nos meus ombros e paguei o caixa, a levando para fora do bar, ela não queria ir para sua casa pois sua mãe a iria criticar se a visse nesse estado, então a levei para minha casa, meus pais estavam em alguma festa nas redondezas e então pude entrar apenas com dificuldade para equilibrar a Nick e abrir a porta, mas assim que o fiz, encostei a mesma com o pé e fui levando ela para o meu quarto, que ria e mexia no meu cabelo falando cada coisa, até que ao chegarmos ao meu quarto, a sentei na cama, que logo se deitou e eu disse:

–Vou só trazer um pouco de café tá? Você quietinha aí mocinha. – ela me olhou fazendo bico e carinha de cachorrinho pidão, o que me fez rir e fui até a cozinha, peguei um pouco de café quente e pude ouvir tocar Summertimes Sadness da Lana Del Rey e quando subi e entrei no meu quarto com o café, segurei o riso tendo a imagem de uma Nicole cambaleando de um lado pro outro, que apenas ia se encostando em algo para não cair e usando o cabo da minha escova de cabelo como microfone de olhos fechados.

Assim que entrei, ela me olhou estendendo a mão direita na minha direção, sorri e estendi minha mão de encontro com a dela e ambas se entrelaçaram, ela me puxou rapidamente para si, eu apenas abracei sua cintura e ela o meu pescoço e ficamos sendo levadas pelo ritmo da música, até que ela encostou seu queixo no meu ombro e me abraçou docemente, eu continuei abraçando sua cintura, não queria jamais que aquele momento me fosse roubado novamente, queria poder parar o tempo apenas para ficar ali, eu e Nick, até que ela se afastou quebrando o abraço e me olhou enquanto coçava os olhos bocejando.


–Kris, acho que já deu a minha hora...


–Eu percebi, vem cá que eu te ajudo. - A sentei na cama e me abaixei tirando seus sapatos enquanto ela desabotoava atrapalhada o casaco, depois tirou a luva ficando apenas com o vestido e as meias, fui à cômoda e peguei um blusão de moletom e coloquei nela, que logo se deitou na cama puxando o edredom se cobrindo, enquanto sussurrava algo que eu não entendi, fechou os olhos e adormeceu, sorri ao vê-la dormindo feito um anjo. Tomei um banho rápido por conta do frio e coloquei meu pijama, prendi o cabelo num coque e me deitei na cama devagar, fiquei olhando ela durante alguns minutos, mexi levemente em umas mexas que teimavam em cair sobre seu rosto e as coloquei atrás da orelha, abri um sorriso satisfeito e fechei os olhos adormecendo, como eu teria feito anos atrás quando eu conheci a minha Nick, só dormiria quando ela estivesse dormindo e protegida.

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Notas finais do capítulo

Comentários se devo continuar ou não *-*



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