Pendência escrita por Srta Lilian Tiff


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Nossa Lilian! Você voltou com seus Yuris? É, acho que sim *-*
Mas isso não significa que vou abandonar meus Yaois não en?! Oposição chora com essa noticia rsrsrs #brinks

Patricia Gonçalves (Paty Chan) Minha linda, essa é para você que diz que ama meus Yuris e que são os únicos que você lê. Eu estou voltando meu amor o/ Amo você.

Uma pendencia do episodio "O que faltava".



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A princesa sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Tremeu sob seus cobertores e sentou-se na cama assustada e com o coração acelerado. Suas pupilas dilataram-se em busca de algo na escuridão. Porém tudo estava quieto, apenas o som do vento nas cortinas da janela aberta, sua respiração ofegante e seu coração eram ouvidos. Ela então fixou seu olhar na janela. A cortinha dançava com o vento como se fosse uma bailarina, movimentando-se lentamente pelo ar e suas sombras pareciam brincar com a luz da lua.

Um leve e sonolento sorriso estampou seu rosto. – Esta tudo bem, princesa Jujuba. É apenas o vento. – Ela afofou o travesseiro e deitou novamente, se encolheu toda preguiçosa na cama, deixando seu cabelo rosa espalhado pela cama e se preparou para voltar ao seu sono real, até porque não fazia nem uma hora que havia deitado para dormir.

Mas foi questão de segundos para seu coração acelerar mais uma vez, seu corpo sentar-se na cama, como se fosse puxado por uma força estranha. Seu ar faltou e seu olhar, mais uma vez, se prendeu à janela a frente da sua cama. E lá estava ela. Apenas sua silhueta fina era contornada pela luz e aqueles lindos e longos cabelos negros flutuavam a sua volta. Sua roupa era aquela típica de sempre, nada de especial.  

- Oi Bonnie. – Falou com tom de voz irônico e saiu flutuando pelo quarto até manter-se acima do corpo paralisado da princesa.

- Mar-marc... – Sua voz oscilava e aos poucos seu corpo desabou novamente sobre a cama. – Marceline...  o que está fazendo no meu quarto real? – Perguntou irritada e incrédula, incapaz de levantar de onde estava.

- Vejo que não esta feliz em me ver, Princesa... – A vampira soltou uma de suas gargalhadas características. – Vim apenas resolver nossas pendências “docinho”. – Seus olhos negros eram ainda mais ameaçadores em contraste com a pele pálida.

- Não mesmo Marceline. – Ela apoiou-se sobre os cotovelos e respirou para gritar. – GUARD...

Os olhos da vampira se intensificaram em um vermelho escuro e seu sorriso se tornou ameaçador. Jujuba se calou no mesmo momento.

- É melhor não, princesa “Chiclete”! – Sua voz se tornou grave e sedutora, invadindo os ouvidos da outra com precisão.

A morena ainda flutuava quando puxou lentamente, com uma das mãos, as cobertas que cobriam Jujuba.

- Vejo que esta usando a camisa de rock que te dei, não é “querida”?! – Sua mão tocou-a no ombro e desceu pelo corpo macio, por cima do tecido e parando próximo aos seios e depois desceu até tocar na barriga. Ela usava apenas a peça intima e a camiseta preta que julgava ser de tanto “valor”.

- A idiota não ouviu o que eu disse ontem?! – Sua voz vacilava, pois estava tremendo, dobrou um dos joelhos em resposta automática ao toque. – Marceline, é melhor sair do meu castelo, agora ou se não... – Até sua voz irritante havia tomado um tom mais grave e ameaçador.

- Ou se não o que, Princesa Jujuba? – Os cabelos negros se ergueram sobre seu corpo e seus dentes afiados pareceram brilhar. Deixou seu corpo cair sobre a cintura da mais jovem, onde prendeu as pernas dela entre as suas.

- Eu irei chamar Finn e Jake e... – Suas bochechas rosadas coraram mais, uma porque sabia que eles de nada iriam adiantar, outra porque Marceline começou a rir sem parar e por fim, por saber que ninguém poderia deter a vampira.

- Você é ridícula Bonnie. – Sua mão que estava parada na cintura começou a percorrer o caminho contrário, só que agora foi por debaixo da camiseta. – E eu odeio isso em você... – Seus rosto aproximou-se do rosto da princesa, roçou suas presas nas maças coradas, sentindo que ela se debatia para escapar dos braços da vampira. Mas parecia impossível.

- Eu vou destruir você Marceline, quando eu sair daqui, enviarei todos os guerreiros e demônios que existem para acabarem com essa sua existência medíocre e suja. – Destilou as palavras com fúria na voz, mas no final da frase sua respiração ofegou e um leve gemido escapou. As mãos da morena tocavam-na em pontos específicos e isso a tirou ainda mais do sério. – Estou falando sério Marceline! – Disse recuperando um pouco do sentido.

- Cala a boca “Majestade”! – O cheiro de doce invadia seu corpo sem alma, causando um calor nas entranhas frias que ela não sabia explicar. – Você não se cansa de me “desconcentrar” sempre? – Voltou a seduzir com a voz friamente calculada e preparada, apenas para Jujuba.

Marceline estava inebriada pelo cheiro, pela cor, calor. E em tantos anos, nunca sentiu uma atração por doces, pelos menos não como sentia naquele momento.

- Marceline... – sussurrou angustiada e já perdendo suas forças. As mãos ágeis da vampira tomavam cada canto de sua pele, friccionando as unhas e liberando o perfume de tutti-frutti tão evidente. – Você não ousaria... – sua voz se tornou um gemido quase mudo quando a mão da morena tocou-a na virilha e passou levemente por cima da peça intima branca, e depois levou essa e a outra mão para junto das mãos da princesa.

- Não ousaria o que, vossa majestade? – Ela riu baixo, o que acabou tirando um sorriso de lado da outra, sem contar que seus longos cabelos negros caiam sobre as bochechas dela, e isso causava-lhe cócegas.

- Eu ordeno que saia! – Tentou mandar, mas estava acabada e não podia mais negar: Marceline sempre foi seu desejo profano e proibido. E ter aquele ser frio e sem alma sobre seu corpo, abusando e violentando de maneira deliciosa? Como poderia resistir?

- Não antes de conseguir o que eu vim buscar. – Ela riu e desceu seus lábios para encontrar a boca da princesa, esta que tentou relutar, mas mais uma vez foi tomada pela força sensual e maligna da vampira, que moveu seu joelho para entre as pernas de Jujuba, movimentando-o naquele ponto e mordiscou os lábios doces com cuidado e perícia, roçando as presas.

Jujuba gemeu baixo enquanto tentou fugir, mas foi irresistível o modo em que Marceline lambeu de seu queixo até o lábio inferior, que ela respirou fundo e abriu a boca para ceder ao desejo demoníaco que sentia pela outra.

E assim as línguas se encontraram. Um beijo que aos poucos tomou proporções quentes  e as duas disputavam pela liderança no ato. A rainha dos vampiros e a Princesa do reino doce em luta pelo poder. Porém a mais velha era experiente e ágil, tomou cada canto da boca doce e de sabor maravilhoso que a Jujuba tinha, se deliciando com um gosto que, talvez, nunca pode provar.

E aquilo pareceu durar longos minutos, onde a longa lingua da morena já tinha explorado não só a boca, mas também pescoço e ombros da princesa.

Marceline encerrou o beijo e um fio de saliva se formou entre as duas línguas quando elas se separaram devagar. Os olhos de Jujuba estavam cerrados e angustiantes, seu corpo tremulo numa mistura de medo e excitação.

- Vá, embora... Marceline... – Estava ofegante e fez menção de empurrar a outra. Porém esta começou a flutuar, rindo muito do estado da “realeza” e da cara de insatisfeita.

- Vou sim querida Princesa “Goma de mascar”.  – Seguiu flutuando de costas para a janela enquanto ainda ria. – Afinal, por hoje, era só isso que eu queria: Tirar você do sério!

- MALDITA! – Gritou agora que havia recuperado um pouco de suas forças e atirou vários travesseiros e abjetos ao seu alcance em direção a vampira. – GUARDAS... GUARDAS! – Levantou-se correndo e foi até a janela, parou apoiada com as mãos nela enquanto via a outra se afastar rindo. – Eu quero sua cabeça empalhada na minha parede, criatura infernal! – Gritava ao vento e enquanto seus guardas em terra iam perseguindo a sombras de Marceline.

- E eu mal posso esperar para devorar você, meu docinho. – Sussurrou para si mesma, mas seus poderes fizeram com que essa frase chegasse até a mente da princesa, que ficou sonsa e teve que se segurar nas cortinas para não desabar no chão.

E de repente tudo se calou. Um silencio sombrio tomou conta do reino e ao fundo seus guardas começaram a gritar: “Ela fugiu. Ela fugiu pelo lado norte...”

- Está tudo bem, majestade? – Mordomo menta perguntou sem se atrever a entrar.

- Sim, está sim Mordomo Menta. Eu só, eu só... – respirou fundo e tomou postura. – Cuide para que ela não retorne ao meu reino e atrapalhe meu sono com aquelas “pegadinhas” infantis dela. Sim?

- Sim majestade, tenha uma boa noite! – Seus passos se afastaram da porta.

Ela não respondeu. Estava extremamente nervosa e mataria Marceline, se tivesse como.

Sua pele e camiseta estavam tomados pelo perfume marcante de mulher da morena e isso a transtornava. Mas não conseguia tirar e nem tomar banho, não naquela hora e nunca mais, se fosse possível. Era inebriante e seu ódio a tomava de uma forma destruidora e excitante.

Desabou sobre sua cama, o que não foi uma boa idéia, pois o cheiro dela também estava lá.

Ela adormeceu por exaustão e porque aquela força inevitável a induziu ao sono confortante e quente, tanto que nem se cobriu e a brisa da noite ainda invadia o quarto.

Mesmo assim a resto da noite foi torturante, regado aos piores sonhos e pesadelos que Jujuba já teve. E em todos, sem exceção, era Marceline quem protagonizava. 


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Notas finais do capítulo

Nunca fui boa com finais e sempre digo isso.

Mereço comentários? *--*