A bomba destruiu tudo menos o prédio, então peguei suprimentos dele, comidas, frutas e etc e pelo jeito eu e Marceline fomos os únicos que não morremos congelados. Mas encontrei uma mochila de acampamento, um saco de dormir, e só o resto está destruído pelo frio. Eu pensei que teria cadáver nas ruas, mas não tinha nada, pelo menos Marceline não seria obrigada a ver aquilo. Eu estava em estado de choque ainda, mas Marceline logo começou a me cutucar:  - Simon, olhe o que é aquilo.

Olhei lá no fundo e vi a silhueta sombria de um homem.

 - É uma pessoa, Marceline, estamos salvos. EI CARA, AQUI, EI, PODE NOS AJUDAR? O QUE OUVE AQUI? EI?

Fomos correndo até a silhueta, mas então vimos que não era uma pessoa, era uma criatura, um monstro estranho sem olhos com uma gosma verde saindo dele, e o pior,  ele estava devorando um HOMEM NA FRENTE DA MARCELINE. O homem gritava por ajuda, mas eu estava paralisado de medo, a única coisa que eu consegui fazer foi tapar os olhos da Marceline. Quando fui tentar ajudar era tarde demais, a criatura tinha matado sem piedade e estava comendo as tripas que sobraram no chão, eu então peguei a coroa e botei, então o medo e o pânico se transformaram em raiva, essa raiva tomou conta de mim, então as vozes começaram a falar loucamente na minha cabeça, eu não conseguia me controlar, eu não sabia como mexer os braços, mas a coroa sabia. Eu falei, mas sem pensar só saiu como quando eu xinguei a Beti, mas desta vez foi muito pior, eu comecei a falar:

 -COMO SE ATREVE A FAZER ISSO NA FRENTE DEMINHA CRIANÇA, TOME ISSO SEU MONSTRO SEM ALMA. 

Uma tempestade de neve saiu da minha mão e congelou a criatura, pensei em parar, mas ainda estava cheio de raiva. Falei para o cadáver do homem no chão:

 - COMO PODES MORRER ENFRENTE A MINHA CRIANÇA.

Ventos gelados saíram do nada e jogaram para cima o monstro e o cadáver para muito longe.

 - Simon, acho que já chega.

- -NÃO ME INTERROMPA, GUNTER VAI BRINCAR COM A NEVE QUE CAIU DO CHÃO.

- eu tentei tirar a corou só que parecia que tinha uma barreira entre minhas mão e a coroa, as vozes começavam a me xingar loucamente:

- deixe eu me divertir, simon, faz tanto tempo que eu não me divertia .

Marceline percebeu o que estava acontecendo e chegou de fininho por trás e tirou a coroa da minha cabeça.

Voltei a poder me mexer e as vozes voltaram a ficar no seu volume original, só que agora elas berravam choramingando:

 - NÃO DEIXE    EU    BRINCAR     SIMON   DEIXE.

 - não deixei, nem a Marceline falar. Peguei a mão dela e fui correndo até que saímos da cidade, depois disso olhei o lugar a procura de um daqueles monstros e quando não vi nada montamos acampamento e fizemos uma fogueira e assamos alguns petiscos que eu tinha trazido. Começamos a conversar sobre o que houve.

 - Simon, que monstro era aquele?

 -eu não sei querida, não sei.

 -e o que houve, aquela bomba misel, sei lá, e você quando disse que estava ficando maluco, não pensei que era isso.

 - Marcy, quando eu boto essa coroa eu ouvi vozes que me deixavam maluco, mas elas me diziam coisas importantes para lhe ajudar, e me ajudar, e era só tirar a coroa e elas saíam, mas agora, elas não saíam e essa, estória de pele azul, barba branca e poderes sobrenaturais são novidades para mim, você me entende Marcy?

 - não simon, não entendo, mas tudo bem só não faça nenhuma besteira.

 -está bem Marcy, não vou fazer, mas que tal você ir dormir, eu cuido para que nada lhe machuque enquanto você dorme.

- tá legal. Marceline não acordou nenhuma vez, eu prefiro que não tivesse acordado mesmo, fiquei pensando a noite inteira no que aconteceu, a bomba, o monstro, a coroa e logo tomei uma decisão, não vou tentar retardar a transformação da Marceline, talvez retardá-la só um pouco, mas daqui por diante minha meta vai ser salvar Marceline mesmo que tenha que acabar enlouquecendo ou morrendo, ainda mais deve existir uma zona segura, algum lugar onde podemos nos proteger, uma área onde a explosão não acertou, mas se não tiver Marceline vai precisa de seus poderes de vampiro mais do que nunca. CONTINUA....