Until Kingdom Come escrita por Lelon Lancaster


Capítulo 39
Capítulo 39


Notas iniciais do capítulo

Vou estender mais um pouco a fic porque estou preparando uma surpresa.



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- Vee! – eu gritei. Eu tinha vindo até a loja de Scott hoje para visita los e logo que eu entrei comecei a ter contrações. Eu não falava com Patch há sete meses e estava sendo cada vez mais difícil para mim. Vee desviou os olhos de uma revista que estava em cima do balcão e olhou para onde eu estava. Ela arregalou os olhos e veio até mim correndo.

- Meu Deus, Meu Deus, meu Deus. Acho que a sua bolsa estourou. – ela estava mais apavorada do que eu.

- Você acha? – eu ri em meio a dor.

- O que você quer que eu faça? Quer que eu chame uma ambulância?

- Me dê o telefone. – minha voz não era mais que um sussurro.

Vee foi correndo até o balcão e pegou o aparelho.

- Scott! – ela gritou apavorada enquanto me passava o celular. Sua mão tremia e ela parecia estar em pânico. Scott veio correndo e olhou para nós.

- O que foi? – perguntou para Vee.

- A bolsa da Nora estouro, nós temos que leva la para o hospital. Rápido.

Scott arregalou os olhos e pegou as chaves do carro. Ele veio até mim e me pegou no colo. Sua mão estava firme nas minhas costas, mas pude sentir que ele estava tão nervoso quanto a Vee. Ele me deitou no banco de traz e abriu a porta para Vee. Desde quando Patch voltou, eles pareciam estar mais próximos ainda.

- Me levem para o hospital, meu médico vai estar lá esperando. – os avisei. Scott ligou o carro e foi em direção ao hospital que ficava na rodovia.

Enquanto ele dirigia, liguei para Patch. Por mais que nós não estejamos mais juntos, ele merecia saber quando sua filha nascesse. O telefone tocou e caiu na caixa postal. Liguei de novo e ele atendeu no último toque. Quando ele atendeu, pude ouvir o som de tiros ao fundo, o que significava que ele estava jogando videogame.

- Alô? – ele disse com a voz concentrada.

- Patch? Sou eu Nora.

- Oi Anjo. – sua voz tinha mudado para um tom quase sedutor.

- Patch eu estou ligando porque eu entrei em trabalho de parto. Eu estou indo para o hospital e achei que você merecia saber.  – a linha ficou silenciosa por um estante, mas ao fundo eu ouvia o som de objetos caindo e de alguém correndo. Dois minutos depois Patch voltou a falar comigo.

- Eu já estou a caminho do hospital – sua voz parecia ansiosa, como eu nunca tinha ouvido antes. – Você precisa de alguma coisa?

- Não. Scott está me levando.  – pude ouvir seu rosnado e dei uma risadinha.

- Tudo bem. Estou a caminho. – ele disse e desligou.

- Você ligou para o Patch? – Vee perguntou assim que eu desliguei.

- Sim. Eu acho que ele deveria saber. Você poderia ir mais rápido Scott? Estou com medo que o bebê nasça aqui no carro.

Ele assentiu e pisou no acelerador. Os nós dos seus dedos estavam brancos e ele estava quieto, o que significava que estava tão nervoso quanto a Vee.

Chegando ao hospital, me levaram para um quarto branco que estava com as cortinas fechadas. Vee tinha ligado para meus pais e eles estavam nos esperando na recepção. Eles pareciam felizes e ansiosos e até um pouco preocupados. Deitei na cama com grades e respirei fundo tentando ignorar a dor. Rodeada daqueles que me eram importantes, eu percebi que não via Patch em lugar algum. Eu tentei pensar positivo e imaginar que ele estava atrasado e não que fosse me abandonar no momento mais importante da minha vida. Olhei para o teto e pisquei para não chorar.

- O que foi querida? – minha mãe perguntou.

- Nada. Só estou feliz que amanhã vou ser mãe.

- Não se preocupe. Tudo vai dar certo, e quando eu digo tudo eu quero dizer que com Patch também. Ele é estranho, mas tem que ser bom com você.

- Eu sei. – respondi e mordi os lábios para não berrar de dor.

As horas seguintes foram resumidas em dor e mais dor. Até que uma enfermeira bondosa aplicou uma injeção nas minhas costas com anestesia. Eu fiquei meio tonta no começo, mas depois ficou tudo bem. Minha mãe ficou na sala de parto comigo e tentava me acalmar. Eu estava mais apavorada que Scott e Vee juntos e não parava de tremer. Quando chegou a hora, tudo o que a minha mãe dizia era: Empurre, está quase e eu dizia: Não consigo. Eu estava suando e descabelada, mas mesmo assim fazia o maior esforço que pudesse para que a dor acabasse logo. Quando ouvi um choro e vi o sorriso da minha mãe, vi que tudo já tinha acabado. A criança que tinha saído de mim chorava muito e eu queria pega la no colo e abraça – la. Eles a trouxeram até mim no segundo seguinte e eu olhei para ela. O rostinho da Nina era redondinho e estava vermelho pelo choro, mas eu não me importei. Olhando para aquele ser minúsculo envolto por uma manta rosa fazia tudo valer a pena. Todo sofrimento, angustia, solidão, tudo valia a pena com essa pequenininha. Eu sorri e só percebi que estava chorando quando a minha mãe passou a mão na minha bochecha e secou minhas lágrimas. Eu não queria solta la, as eles a levaram para o berçário e eu estava cansada demais para protestar. Minha mãe sorriu para mim e eu virei para o lado e dormi.

O primeiro pensamento que tive quando acordei foi minha filha. Onde ela estava? Será que estava com fome? Tinha chorado muito? Quando eu poderia ve ela? Eu tinha decidido levantar e ir até ela, mas uma figura tinha chamado a minha atenção. Patch estava sentado na cadeira de cor turquesa que ficava perto da janela e seus olhos estavam cansados. Ele me encarava e até sorria um pouco e eu não pude deixar de sorrir junto. V elo aqui, depois de tanto tempo fez com que eu quisesse chorar, mas eu lembrei de Nina e tudo ficou bem.

- Olá. – sorri.

- Oi. Eu não pude deixar de vir. Desculpe por não ter vindo mais cedo, quando cheguei já era tarde demais e sua mãe estava aqui dentro e eu não pude entrar. – ele falava e passava a mão no cabelo. Patch levantou e se sentou na cadeira de plástico ao lado da minha cama.

- Tudo bem. Você já a viu?

- Ainda não. Me disseram que ela virá aqui daqui a pouco. Eu queria ver você. – seus olhos eram como fogo que queimavam cada parte do meu corpo que eles passavam.

- Acho que sim. – eu olhei em volta do quarto e vi um buquê de rosas vermelhas na mesa ao lado da minha cama.

- Eu as trouxe para você. Foi um dos motivos pelo qual eu demorei. Desculpa.

- Elas são lindas. Obrigada. Então por baixo dessa pose de bad boy durão existe um cara gentil? – eu ri um pouco.

- Talvez, mas não conte a ninguém. – ele riu também.

Ele estava quase dizendo alguma coisa, mas uma enfermeira entrou no quarto carregando Nina. Ela estava enrolada na mesma mantinha rosa, só que agora não chorava. Ela parecia estar dormindo. Patch encarou a bebê nos braços da enfermeira e eu vi um brilho diferente nos seus olhos.

- Oi. – eu disse enquanto a pegava no colo. A segurei por um instante e olhei para Patch.

- Você quer segura la? - ele me olhou hesitante por um segundo e depois estendeu os braços. Ele a segurou meio sem jeito, mas depois a aninhou melhor. Parecia uma cena improvável, um bad boy durão e com pose de cara indomável estava encantado por uma menininha que acabara de conhecer e já o tinha conquistado por completo. Ele sorriu para mim e se inclinou para beijar a minha testa. Eu iria aproveitar esse momento ao máximo.


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Notas finais do capítulo

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