Patch estava no nosso lado em um segundo.

- Eu te conheço de algum lugar, não é? – Patch disse com a voz estranha.

- Não, nunca nos vimos. Exceto naquele dia na chuva. – Lucas disse com a voz igualmente estranha.

- Nora, ele está te incomodando? – Patch estava furioso.

- Nem um pouco. – Lucas respondeu no meu lugar. – Estou dando a ela o que ela quer.

- Não me pareceu que ela te queria quando você a beijou.

- Mas ao contrário de você, ela não se afastou de mim. – Lucas disse.

- Tire as mãos dela. – Patch sussurrou, mas tenho certeza que Lucas ouviu. Quando me dei por mim, eles estavam se esmurrando. Eu nunca tinha visto nenhum dos dois assim. Patch estava furioso e Lucas também e eu estava no meio dos dois.

- Parem. – eu gritei e nenhum dos dois me ouviu. – Parem, vocês vão se matar. – como eles não pararam, eu me enfiei no meio dos dois e os parei. Patch estava sangrando e Lucas também. Lucas pareceu mais calma, mas Patch parecia pronto para mata – lo.

- Parem vocês dois. Patch, você está sangrando muito.  – eu disse e toquei a sua testa. Ele deu de ombros.

- Lucas vá para casa, eu cuido dele.

- Você vai comigo. – ele falou e pegou meu braço. Isso me fez ficar com muita raiva e o empurrar.

- Vá Lucas. – eu disse quase gritando.

Lucas se foi e eu me virei para Patch. Ele tinha um sorriso no rosto. Esse era o Patch que eu achava que conhecia.

- Vamos cuidar disso.

Patch me levou para o seu apartamento e abriu a porta. O apartamento era o mesmo, mas parecia diferente. Havia bagunça para todo lugar que eu olhasse. Papéis espalhados, caixas de comidas, roupas sujas. Eu fiz um olhar de desgosto e Patch riu.

- Esta diferente desde a última vez que você veio aqui. Vou pegar curativos.

Eu arrumei a mesa, para poder trabalhas nos curativos dele e puxei uma cadeira para ele poder sentar. Ele colocou a caixa de primeiros socorros na mesa e se sentou.

- Obrigado por estar fazendo isso. – ele disse enquanto eu passava remédio na sua testa.

- Não brigue mais com ele. Ele é importante para mim e além disso está me ajudando e muito.

- Desculpe. – ele disse claramente chateado. – Posso fazer uma pergunta? – ele falou depois de um tempo.

- Manda.

- Você gosta dele. – ele evitou olhar para mim.

- Não como eu gosto de você.

- O que você quis dizer com isso.

- Eu gosto de você Patch, mas eu nunca consigo entende – lo. Você diz que gosta de mim, mas esconde tudo de mim e age pelas minhas costas. Eu não entendo as suas atitudes. Você me deixa confusa, você mexe comigo. Com Lucas é diferente ele é gentil e meu amigo. Ele é como se fosse um porto seguro. Ele me faz sentir segura. Mas eu não sei o que esperar de você.

- Você pode se sentir segura comigo. Vamos esquecer seus pais e tudo o que está acontecendo por um minuto. Vamos ser somente Nora e Patch. Como você se sente? – ele disse e se levantou me pegando em seu colo. Ele me sentou em cima da mesa bagunçada e me olhou nos olhos.

- Como você se sente quando eu toco você desse jeito? – ele ia falando e passando a mão na lateral da minha coxa, na minha cintura, no meu pescoço.

- Você quer que eu pare? Você quer que eu continue? O       que você realmente quer Nora?

- Eu quero você. – eu disse e ele me beijou. Eu não o afastei dessa vez.