2ª Temporada - Ela É A Única Que Pode Me Salvar escrita por Bel Russeal


Capítulo 18
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

miiil desculpas pela demora ,meu pc estava quebrado , mas preparei esse cap com muito carinho.



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Estava no hospital na sala de espera, aguardando noticias sobre João Vitor , estava apenas eu e Rogério o restante do pessoal havia ido pra casa descansar e dar a noticia da morte de Clarisse , que essa hora já estaria em todos os jornais da cidade. E enquanto a Daniel , não foi encontrado nenhuma pista , provavelmente teria fugido do país e só daria noticias de Valentina quando a poeira baixasse e a policia tivesse menos envolvida , mas temia muito pela irmã de Bernardo , ela era somente uma garotinha pra está envolvida em tudo isso.

Já estava preocupada com a demora do médico , sentei na cadeira e estava quase cochilando mas despertei-me com Rogério:

_ Duda , não prefere ir pra casa , eu fico aguardando noticias de João.

_ Não eu quero esperar .

_ Mas e o Nicolas?

_ Pedi para Camila cuidar dele pra mim .

_ Então tu..- a fala de Rogério foi interrompida pela chegada do médico.

_Parentes de João Vitor Roccher? – ele chamou.

_Somos nós. – Rogério se pronunciou.

_ Como ele está , Doutor ? – perguntei ansioso.

_ Não vou fazer rodeios, o estado de João é urgente , ele teve uma hemorragia externa muito grave e precisa de uma transfusão de sangue , acontece que o tipo sanguíneo de João é O- e está em falta no banco de sangue do hospital. Precisamos de alguém , algum parente ...

_ Onde vamos encontrar alguém com sangue O- ? – indaguei preocupada.

_ Eu posso doar . – o pai de João Vitor apareceu no hospital para meu alívio , ele parecia muito abatido , devido a morte de Clarisse .

_ Ótimo já teve algum tipo de doença como a Hepatite , malária? - o médico perguntava.

_ Faremos o recolhimento do sangue , exames e logo faremos a transfusão.- o médico garantiu.

...

Algumas horas já haviam se passado depois da transfusão do sangue , estava no quarto de João Vitor que dormia e tinha um rosto sereno. Lorenzo , pai de João, já havia ido com Rogério cuidar dos preparos para o enterro de Clarisse , o dia estava tão triste.

_ Eduarda ? – Ouvi a voz fraca e rouca de João Vitor me chamava e me aproximei de sua cama.

_ Ei amor, como está se sentindo?

_ Bem , um pouco tonto.

_ O Doutor disse que seria assim no inicio , mas que se ficasse em repouso algumas semanas vai ficar bem.

_Quando vou poder sair daqui ?

_ Somente amanha ou depois , vai depender de sua melhora.- ele ficara calado e passou a mão no rosto e estava pensativo.

_ Noticias sobre Valentina ? – ele quebrou o silencio.

_ Não , ainda não.

_Vai ficar tudo bem , amor . – peguei sua mão e disse passando segurança , João Vitor me parecia triste e não era pra menos.

_ Tem aparência cansada , vai pra casa Duda , eu estou bem.

_Eu sei , mas quero ficar aqui com você.

_ Você precisa descansar. E Nicolas deve está com saudades.

_ Está bem. Eu irei. – falei sem contrariá-lo

Cheguei no meu antigo apartamento, acho que poderia dominar assim depois de estar quase morando com João, estava silencioso , adentrei mais e vasculhei os cômodos , encontrei Camila dormindo e Nicolas estava dormindo do seu lado também , peguei meu príncipe e desliguei a luz e deixei Camila dormindo tranquilamente.

Acolhi Nicolas em meu braço que dormia tranquilamente e lágrimas escorriam em meu rosto.

...

Narração João Vitor.

Ouvi um barulho bem longe e se aproximou mais à medida que voltava pra realidade e abria meus olhos , era enfermeira ao lado verificando algo , ela deu um sorriso simpático e logo saiu . Apoiando na cama com cuidado consegui sentar na mesma e tudo ficou girando por alguns segundos e depois voltou ao normal.

_ Ei pronto pra abandonar esse hospital ? – meu pai entrou no quarto.

_ Mais que pronto.

_Aqui estão suas roupas , você vai direto pra casa , precisa ficar em repouso ainda está fraco.

Tirei aquela roupa ridícula de hospital e vesti uma calça e logo depois a camisa.

_ Alguma noticia de Valentina ?

_Não . Mas a policia invadiu o local antes que Daniel tivesse a oportunidade de fazer Manu e Bernardo assinarem o contrato que passava toda empresa pra ele , isso quer dizer que se ele for fazer alguma movimentação a respeito as empresas descobriremos algo.

_ Ele não fará , ele não é tonto. E ele não precisa desse dinheiro , ele só queria garantir o nosso total fracasso . – afirmei.

_ Infelizmente , não temos nenhuma outra pista.

Levantei da cama com certa dificuldade e tudo girou mais um vez, meu pai segurou meu ombro e a visão voltou ao normal.

_ Antes de vim pra cá aconteceu a cerimônia de sua mãe . – fiquei calado em meio ao seu comentário .

_ Podemos quebrar a regra de seu repouso se quiser passar no cemitério .

_ Eu quero ir pra casa. – afirmei me afastando e pegando uma garrafa de água no frigobar do quarto.

_ Tudo bem , então vamos.

...

Em casa o apartamento estava vazio e tudo estava como antes , meu pai me ajudou a me instalar no quarto e depois teve que sair. Estava distraído com alguma besteira no celular e me surpreendi com a entrada de Eduarda com uma bandeja de café da manhã e com Nicolas andando leve passinhos segurando sua mão , ele ao me ver soltou uma risada e Eduarda o ajudou a escalar a cama , e eu sentei no meu colo.

_ Como você está ? – Eduarda sentou ao meu lado distribuindo selinhos.

_ Bem. Melhor do que preso naquele hospital.

_ Come um pouco , precisa se alimentar .

_ Não , estou com fome.

_ Para de ser teimoso, João Vitor.

_E o que deu em você de ir atrás de mim , Eduarda ? – disse nervoso.

_ Eu precisava fazer algo.

_ Você tinha que pensar mais , já pensou se o pior acontecesse com você , como ficaria Nicolas?

_ João já passou.

_ Não passou , o inferno está apenas começando. –disse jogando meu celular que quebrou na parede , caindo bateria pro lado e aparelho pra outro.

Eduarda me olhava surpresa e fiquei calado desviando de seu olhar.

_ A Valentina vai ficar bem e tudo vai se resolver no final.

_ Eu não consigo acreditar nisso. – afirmei, sentando no outro lado da cama longe dela e coloquei Nick no chão para se distrair.

_ A morte de Clarisse foi um impacto muito grande sobre nós e principalmente em você , sinto muito João , mas não podemos parar de ter esperança por isso.

_ Esperança? – soltei leve gargalhadas e levantei da cama, indo pra sacada do quarto , onde estava ventilado e o sol reluzente.

_ João Vitor se acalma e volta pra cama , o médico falou que tem que repousar. – Eduarda disse preocupada.

_ Eu estou bem , Eduarda.

_ Não está não . – ela disse me empurrando de volta pro quarto.

Quando entramos no quarto Nicolas havia feito um verdadeira bagunça com algumas papeladas encontradas na ultima gaveta da mesinha um lugar em que ele alcançava , corri pra tira-lo de perto e recolhi aos papéis.

_ Droga filho , olha que bagunça. – falei irritado e Eduarda o pegou no colo.

_ Ele é só uma criança , João. Não sabe se pode ou não brincar com o que vê . – ela disse reprovadora.

_ Desculpa. Eu tenho que sair. – falei pegando as chaves do carro.

_Como? Não , você está de repouso esqueceu ?

_ Obedecer nunca foi o meu estilo, Eduarda. – falei a deixando que reclamava sozinha e me apressei para que ela não me acompanhasse.

Liguei o carro e sai do prédio , sai vagando pela cidade sem rumo , e acabei parando no cemitério, desci do carro e entrei no local , andei pelo lugar e encontrei a lápide dela , ver aquele túmulo é como se só agora eu tivesse certeza que não era um sonho ruim , era real , infelizmente eu havia perdido minha mãe. As várias flores por ali eu afastei e sentei ao lado e sem conseguir evitar veio as lágrimas.

1 semana depois.


Narração Eduarda.


Passaram já alguns dias, Bernardo e Rogério viajaram atrás de pista sobre Valentina , e nada podemos fazer a não ser esperar , as empresas foi recuperada , a policia rastreou através de desvios e investimentos e conseguiu recuperar , mas como Daniel é muito esperto ele nunca faria algo que o prejudicasse , ele manda sempre os seu cúmplices , mas não existe crime perfeito e temos fé de Valentina ser reencontrada.

Estou morando definitivamente com João Vitor apesar do nosso casamento ter sido adiado devido todas as circunstâncias. Voltei também a freqüentar a faculdade depois de tantos dias sem ir , João Vitor tem enfiado a cara no trabalho, acho que foi uma maneira que ele encontrou de não pensar sobre o seqüestro da irmã e a morte da mãe. E não reclamo , assim é um modo pra que ele não invente de viajar pra ajudar na investigação com Rogério e Bernardo, eu não aguentaria mais vê-lo em perigo.

Na faculdade , está tudo normal , quase tudo , não contamos mais com a presença de Thiago.

_ Eduarda, aqui está às matérias que você perdeu. – Lucy falou com alguns cadernos nas mãos.

_Tudo isso?

_Sim , você faltou muito esse mês.

_ Minha vida está uma bagunça.

_ Compreendo. – ela disse com um sorriso reconfortante

_ To indo, muito obrigada Lucy. – me despedi e entrei no meu carro de Guilherme que esperava.

_ Ei Dudinha, eu e Thomas estamos preparando uma mega festa para João.

_ Festa ? – perguntei confusa.

_ Sim, não acredito que esqueceu. Hoje ele completa 21 aninhos. – Guilherme debochou.

_Nossa é verdade, está tudo tão corrido e confuso , acabei esquecendo. Mas acho difícil ele aceitar uma festa.

_ Não sem essa, já contratei clube , DJ , bebidas... A festa vai rolar.

_Seja compreensível Guilherme. – falei reprovadora.

_ Estou sendo, acho que ele tem que se divertir, ele não pode fazer nada por Valentina.

_ Eu sei , mas a mãe dele morreu a uma semana ,ele não se encontra em um período animador.

_Eu entendo ele como ninguém e por isso acho que ele merece isso. E Rogério e Bernardo me ligaram dando a idéia, eles também estão preocupados .

_ Tudo bem , eu concordo . Difícil é fazer ele concordar.

_ Aah essa é sua missão , arrastá-lo pra festa . Chegamos. – ele disse na cara dura com um sorriso sarcástico no rosto , estacionando em frente ao prédio.

_ Por que sempre fico com a parte mais difícil?

_ Aah qual é ? Ele faz tudo que você pede.

_ Nem tudo.

_ Compre um lingerie nova se for necessário para convencê-lo , mas leve ele pra festa .

_ Guilherme ? – indaguei o reprovando.

_ Beijo Duda , to atrasado pra empresa. – ele disse me dando um beijo e logo acelerou o carro e partiu.

Abri a porta do apartamento e tudo estava quieto, João devia está na empresa , ouvi algum barulho vindo do escritório como vidro se quebrando , apressei para verificar o que era. João Vitor estava sentado na mesa com uma garrafa de uísque na mão, sem camisa com sua calça desabotoada e amarrotada e não me parecia sóbrio.

_ Ei João ? – o chamei que me olhou ao ingerir mais um pouco da bebida. – Porque não está na empresa.

Recolhia alguns papéis jogados no chão antes de chegar até ele.

_ Beber é uma profissão muito exigente, preciso me concentrar somente nisso. – ele disse se jogando na mesa e virando a garrafa.

_ Você está péssimo João. Me da aqui essa garrafa. – Tomei a garrafa de suas mãos o molhando um pouco e ele fez um biquinho de chateado , irônico.

_Não seja má , Eduarda . Me devolva . – ele tentava alcançar o uísque que escondia atrás de mim.

_ Não mesmo. É assim que quer passar seu aniversário, bêbado ?

_ Então , lembrou ?

_ Confesso que Guilherme me lembrou, mil desculpas. – ele me puxou para perto e me deu um selinho.

_ Depende , só aceito perdão se ... – ele me deu um beijo mais longo e levantou um pouco minha blusa.

_ Eu adoraria te dar esse presente , mas tenho que recuperar matéria da faculdade. – falei apontando pros meus livros.

Ele me rodopiou me distraindo e me tomou a garrafa de volta.

_ Tudo bem , tenho um ótimo companheiro. –ele se levantou e saiu andando com sua garrafa , meio torto e nada sóbrio , com o seu tanquinho maravilhoso a amostra e o segui até a sala onde ele havia se jogado no sofá.

_Mas poderíamos sair hoje a noite ?

_ Não vou para festa que Guilherme está preparando para mim . –ele afirmou.

_ Por que? Vai ser bom pra você se distrair.

_ Não insista. –ele levantou e caminhou para a cozinha e caçava algo no armário e não achava e depois foi para o quarto , enquanto eu o seguia.

_ Vamos , por mim ? – insisti.

_ Não , Não e Não . – ele disse cantando.

Ele continuava abrindo alguns armários e gavetas , e entre uma delas caiu uma série de fotos e algumas de Clarisse, ele pegou e seu olhar mantêm fixos nela e depois de alguns segundos a guardou.

_ É o seu primeiro aniversário sem ela. – comentei em tom desanimado.

_Já superei. –ele disse abrindo outras gavetas.

_ Porque sempre finge que não se importa e que está bem?

_ O segredo é não se importar com a dor. – ele disse sério e abriu o closet pegando uma camisa e a vestindo , e em seguida pegou as chaves do carro.

_ Vai dirigir assim ?

_ Eu nem bebi muito.

_ E onde vai?

_Meu uísque acabou , preciso de mais.

_ Na festa terá muitos uísques , Guilherme encomendou seu preferido- o incentivava.

_Vem cá , você não ia recuperar a matéria? –ele disse debochando e saindo do quarto.

Corri na sua frente e tranquei a casa pegando a chave.

_ Não seja criança , abra pra mim.

_ Não , sem chances.

Ele bateu na porta e gritava para os vizinhos.

_ Socorro, minha noiva está me fazendo de refém e está usando como tortura a falta de uísque.

_Que dramático. – ria da situação.

_ Não vai sair daqui ,somente a noite quando estiver arrumado naquele seu terno casual que você fica super lindo para ir na festa comigo.

_ Quero a chave Duda. – ele insistia.

_ Vem pegar . – falei colocando a chave presa no sutiã e entrei no quarto.

_ Ah eu vou com certeza . –ele disse com um sorriso safado no rosto em minha direção caindo sobre mim na cama e me beijou.

...

Me apresentava já arrumada para festa e João Vitor ainda enrolava na abotoação da camisa , ele não estava animado , mas havia convencido de pelo menos dar uma passada na festa.

_ Nossa que embromação ! – falei abotoando a camisa dele e ele deu um leve sorriso.

_ É que não cabe , esses furinhos são tão pequenos. –ele disse ainda um pouco risonho da bebida que ele havia tomado o dia todo.

_ Pega coloca o casaco e vamos !

Depois de alguns minutos já havíamos chegado à festa, parecia animada, bastante animada, Guilherme sabia organizar uma festa.

_ Esse é meu . – João disse pegando o uísque da bandeja da garçonete que se vestia em um micro vestido e piscou pra ela.

_ Eu vi você piscar pra ela? Foi isso ?

_ Não , claro que não. Entrou um cisco no meu olho e... – ele desistiu de dar desculpas ao ver minha cara fechada e caiu na risada e distribui leve tapas em seu ombro.

_ Sabe que só tenho olhos pra você. – ele disse me dando um beijo no rosto e paramos perto ao palco onde Guilherme dançava com algumas dançarinas.

_ Calma ai , calma ai . Que nosso homenageado chegou galera, João Vitor sobe aqui. – Guilherme anunciou no microfone e João me deu um leve selinho antes de ir.

_ O que achou dessa super festa feita pra você , meu parceiro ? – Guilherme perguntou e as pessoas no lugar gritavam a cada frase.

_É até que você ta aprendendo dar uma festinha. – João disse soltando uma gargalha de todos.

_ Então ta na hora de você receber seu presente. – Guilherme disse animado e tinha uma enorme caixa de presente no palco e de lá saiu duas meninas de biquíni e os homens ovacionavam.

_ Opaa , acho que a reação da Eduarda deixou bem claro que você não pode receber esse presente. – Guilherme debochava no microfone e João mostrou sua aliança de noivado pra galera como justificativa.

_Então eu recebo pra você.- Guilherme segurava as duas meninas pela cintura.

_ Pervertido. - sussurrei sozinha.

João Vitor desceu do palco sorridente e mais animado , Guilherme tinha esse efeito sobre todos, ele segurou minha mão e me levou até o estacionamento.

_ Pra onde você ta me levando?

_ Eu falei que só ia dar uma passadinha aqui.

_ João , mas..

_nada de “mas” , vem entra no carro, quero te levar à um lugar .- entrei sem contrariar e depois de alguns minutos chegamos em um lugar escuro e parecia uma floresta . João desceu do carro e eu fiz o mesmo.

_ Que lugar é esse , João ?

_ É um lugar muito especial , vem comigo.

Ele me conduziu passamos por algumas árvores e entre elas tinha uma cabana iluminada apenas pela luz da lua , ele abriu a porta com dificuldade , e o lugar parecia abandonado e não recebia faxina por anos.

_ Inacreditável ainda funciona. – ele disse ligando a caixa de energia que ligou a luz iluminando melhor o local.

Identifiquei alguns brinquedos e uma velha cama e algumas cortinas na parede , porta retratos velhos com fotos de João e Bernardo.

_ O que essas fotos fazem aqui?

_ Eu achei esse casebre com Bernardo quando era criança , era uma antiga casa de caçador , mostramos para minha mãe e ela ajudou a colocar móveis e a decorar o lugar para brincarmos por aqui , foi a única coisa que eu lembro de minha mãe ter participado em algo que me alegrasse na infância. – ele disse com os olhos marejados.

_Então você nunca teve esse sorriso sedutor ? – falei mostrando o porta-retrato com uma foto dele quando criança em que ele estava com uma janelinha no sorriso devido à falta de dentes.

Ele deu um leve sorriso e pegou o retrato e olhou a foto por alguns segundos.

_Vem , quero te mostrar algo . – ele me puxou pela mão.

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Ao caminhar um pouco chegamos a um pequeno lago e no começo dele havia uma linda cachoeira com a ajuda de João Vitor conseguimos subir até o seu topo, o lugar era lindo , a lua refletia na água e me deixava encantada com o lugar, João Vitor colocou o seu casaco no chão e então sentamos.

_ Lembro como se fosse hoje , Bernardo, ela e eu , saltando dessa cachoeira. Foi um dia perfeito. – ele falava com os olhos brilhando e eu ouvia sua história.

_ Essa com certeza é melhor lembrança que tenho dela. E eu sei que quando ela segurou no meu rosto antes de partir também se lembrava dos momentos que vivemos aqui. – uma lágrima escorreu no seu rosto e eu a enxuguei antes que percorresse todo o seu rosto e dei um leve beijo nele que sorriu.

_ Eu machuquei o joelho em um dos saltos e ela me olhou de uma forma tão segura e disse “Você vai ficar bem ,Olhe nos meus olhos filho e não tenha medo” . E foi a primeira que eu havia confiado nela invés de ir correndo atrás de Esmeralda.

Ele ficou calado por alguns minutos e continuou.

_ Depois ela virou uma estranha uma completa estranha e nunca mais pude ter momentos com ela assim , eu senti como se ela houvesse me abandonado , que eu não era importante pra ela..

_ Você era e muito. – afirmei

_ Mas ela não demonstrou e eu desacreditei de tudo, pensei que não existia amor , por isso eu era um completo idiota no colegial , até você aparecer , você foi uma exceção , você me salvou e fez me importar de novo com a vida , você me deu um novo sentido , obrigado.

Ele me beijou e nossos lábios dançavam em um ritmo simétrico como se fosse feito um por outro , ele encostou minha cabeça com cuidado no chão.

_ ‎Mesmo sabendo que um dia a vida acaba, a gente nunca está preparado para perder alguém. Mas ela amava você e sei que a falta dela o machuca , mas eu sempre vou esta com você.

_ Eu te amo . – ele disse e tomou conta de meus lábios e ficamos ali sozinhos , sem ninguém , no silencio , apenas nós , que éramos um só diante do luar com a certeza de que nos amávamos.

"Quando eu era mais jovem eu vi

Meu pai chorar e xingar ao vento

Ele quebrou seu próprio coração e eu assisti

Enquanto ele tentava remontá-lo

E minha mãe jurou que

Jamais se deixaria esquecer

E aquele foi o dia em que prometi que

Nunca iria cantar nada sobre amor se ele não existisse


Mas, querido, você é a única exceção


Bem, você é a única exceção

Bem, você é a única exceção ...”

the only exception - paramore.


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Notas finais do capítulo

Vou tentar não demorar mais , desculpas.
Esperando os reviews sobre o capitulos.
Beijoos ;)