A Little Help escrita por Kim Jin Hee


Capítulo 8
07


Notas iniciais do capítulo

Oi, tudo bem meus amoresss? Não demorei dessa vez viu?
Enfim, eu quero agradecer à vocês pelos reviews, e por não terem me abandonado ♥ Esse capítulo é dedicado à LunaEverdeenChase, que deixou uma recomendação, obrigada linda, sem vocês eu não estaria aqui ♥
Enfim, espero que gostem do capítulo, e esse aviso da Rose é o mais sério até agora. Beijinhos.



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07 – E nós sempre cometemos os mesmos erros...

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Caro leitor, como diz a música: não adianta jogar sempre os mesmos jogos e esperar um final diferente. Com amor, Rose Weasley.

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Era como se ninguém me conhecesse. Todos os meus amigos abaixavam a cabeça quando eu passava, por isso, fazia três dias que eu não ia à escola. Apenas Daniel havia me ligado no dia seguinte, porém, depois de pedir desculpas e me culpar um pouco, desligou o telefone e pareceu não saber mais quem eu era, ou que havíamos nos beijado em uma festa. Na verdade, meu cabelo vermelho nunca passou tão despercebido, por todos. E minha depressão estava tão grande que fazia parecer que até os funcionários da escola queriam me ver para baixo.

Há dois dias, quando fui à escola, a diretora McGonagall parecia estar de mau-humor e decidiu descontar em mim. Agora, eu teria que escrever uma redação para o maldito jornal, daquela maldita escola, para meus malditos colegas lerem. E então eu poderia morrer em paz.

Na verdade, eu não fazia ideia do que escrever. Nunca pensei em escrever nada, principalmente para o ridículo jornalzinho da escola. Nunca fui boa com as palavras, nunca consegui tocar ninguém com algo que eu escrevi e muito menos com que falei. Nunca saiu nada tão puro do meu coração que fez alguém se emocionar ou ficar feliz. Claro que quando eu disse “mamãe” pela primeira vez não conta... Ou conta?

Claro que não! Eu não sirvo para essas coisas, na verdade eu tenho que dizer que tenho a impressão de que não sirvo pra nada.

Liguei o computador e a primeira coisa que fiz foi abrir o Office. Aquela página em branco me encarava, pedindo, implorando para ser preenchida com as coisas mais lindas que eu pudesse encontrar no fundo do meu coração amargurado. Mas depois de bater o dedo no teclado repetidas vezes, eu percebi que não sairia nada.

Hey, isso pode ser um começo, disse a minha mente conturbada. Okay parei de palhaçada.

“A página em branco que o computador abriu assim que o liguei me encarou por segundos, minutos, horas ou até mesmo eras. Eu não saberia responder. Ela quase gritava, implorando para que eu a preenchesse com as coisas mais profundas que saíssem do meu coração. No entanto, o que saía de mais profundo do meu coração naquele momento, era o medo. E se eu escrevesse algo que ninguém fosse ler, ou então que quem se atrevesse a ler, odiasse? Pior, se eu escrevesse algo tão errado, que acabaria para sempre com a minha vida indesejada de escritora?”

“Na verdade, acho que todos têm esse medo. Não que todos escrevam – porque eu mesma não escrevia até receber um castigo não merecido da nossa linda diretora –, mas todos têm medo de que o que sair de mais profundo de dentro de si possa não ser o esperado pelos outros, todos têm medo de que não os leiam. Todos têm medo de errar. Principalmente eu.”

“Nós, humanos – e principalmente os adolescentes – temos tanto medo de errar que acabamos errando o tempo todo. Erramos pelo simples fato de ter medo de uma coisa que é inevitável. Como a morte. Várias pessoas têm medo da morte, mas sabem que é impossível driblá-la. Ela sempre vai estar à espera, e sabemos disso, sabemos também que ela nunca vai vir antes do planejado, mas assim mesmo tememos. Acho que é basicamente isso com o ‘errar’. Nós sabemos que é impossível evitar, mas temos medo. Medo de errar e nos magoar, e principalmente, errar e magoar as pessoas que amamos.”

“Eu costumo pensar – com minha mente otimista e irônica – que eu sou a pessoa mais azarada do mundo. Porque todos os meus erros afetam alguém, machucam alguém. E eu posso dizer que eu errei nesse momento, porque talvez nem todos os erros tenham afetado alguém. E eu posso dizer que magoei pessoas importantes, sem querer, num erro, há menos de uma semana atrás. Eu não estaria mentindo, nem errando, porque eu magoo pessoas a todo o momento.”

“Mas o que piora totalmente a minha situação: eu não tenho medo de errar. Eu sei que vai dar errado, e vou lá e faço mais rápido ainda, para dar errado mais rápido ainda. É como se eu gostasse da sensação do erro. E isso não é bom. Mas o lado bom – porque tudo tem um lado bom – é que assim, eu não fico com medo de errar. Isso se chama viver. Se você ficar com medo de cair, nunca vai aprender a andar.”

“E nós sempre cometemos os mesmos erros... Saia curta demais, sombra forte demais, camisa pra dentro da bermuda – MENINOS ISSO É RIDÍCULO! – mas nós sempre tentamos consertar. Esses erros são fáceis, mas e aqueles de que a gente não tem culpa? Magoar alguém porque disse algo que não queria de uma forma que não queria, se apaixonar pela pessoa mais improvável do mundo por mais que ela deixe claro que vocês nunca passarão de amigos... Esses erros são impossíveis de consertar, porque simplesmente aconteceram. É claro que você pode pedir desculpas, mas a pessoa sempre vai se lembrar do que você disse e do momento em que as disse. Mas você não pode simplesmente ‘desapaixonar’ só porque aquela pessoa não te quer. Nós cometemos esses mesmos erros sempre também.”

“Cometer erros faz parte da vida, faz parte do crescer, do viver. E não deveríamos sentir medo disso Devíamos parar de culpar uns aos outros por coisas das quais não temos controle, como errar. Devíamos apenas aprender com nossos erros, sem olhar para trás, porque se olharmos nós apenas cometeríamos os mesmos erros novamente, sem aprender. A vida é para frente, novos erros virão.”

“Na verdade, eu não sei por que escrevi isso. Não sou boa com palavras. Mas acho que me expressei bem... Do meu jeito.”

“Não vou assinar, porque na verdade não quero pessoas apontando pra mim no dia seguinte. Pode dizer que o texto é seu, eu não me importo. Na verdade, quero que leiam, pensem e todas as pessoas que já te magoaram, e guardem essas palavras, como se fossem dessas pessoas: ‘Caro leitor, quero pedir perdão, eu nunca quis magoar você, nunca quis fazer o que fiz, não importa o que eu tenha feito. Espero que possa me perdoar. Com amor, eu. ’ E então, repassem o jornal. Para qualquer pessoa que vocês já magoaram. Acho que isso vai servir. Com amor, eu.”

“Ah, um último pedido: não tenham medo de errar. Isso é normal, faz parte do ser humano. Isso é ter coragem, e eu sei que vocês têm. São muito mais corajosos do que pensam.”


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Depressivo? Hahaha, a Rose é uma burra, só faz besteira, merece sofrer um pouco.
Enfim, espero que tenham gostado. Beijinhos.



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