A Little Help escrita por Kim Jin Hee


Capítulo 10
09


Notas iniciais do capítulo

Oiii! Tudo beeem? Espero realmente que sim.
Bem, esse capítulo está pequeno, mas é fofinho, pq eles começam finalmente expôr seus sentimentos :')
Espero que curtam (:



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09 – Jogo aberto

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Caro leitor, o melhor caminho é sempre a verdade, por mais que você duvide dela às vezes. Com amor, Rose Weasley.

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Assim que entrei em casa me assustei com a quantidade de correspondências pra mim que estavam em cima da mesa. Depois de abrir todas elas, e perceber que eram dos meus amigos, fiquei triste por perceber que o Scorpius não havia mandado nada. Eles haviam mandado a minha matéria recortada e pedidos de desculpas por escrito, o que aqueceu meu coração, de certa forma.

Mas eu não sabia mais o que fazer. Eu os havia perdoado, é claro, mas quem eu mais queria que tivesse me mandado a bendita matéria, não havia nem demonstrado que se lembrava da minha existência. Doía pensar desse jeito.

Logo depois de comer algo, enquanto zapeava os canais da tevê procurando algo que prestasse – sem muito sucesso – a campainha tocou, me fazendo exigir um esforço enorme de mim mesma para me levantar e abrir a porta.

Por um instante, eu me belisquei para ter a certeza de que não estava sonhando ou algo do tipo.

— Oi. – o desgraçado do Malfoy disse timidamente, me fazendo ter vontade de agarrá-lo e jogá-lo no sofá.

— O que está fazendo aqui? – perguntei sentindo meu coração doer.

O amor não devia ser assim, doloroso. Ele devia ser bonito, leve, recíproco. Mas então por que o meu amor me machucava tanto?

Ele não me respondeu, apenas me olhou com uma expressão que dizia claramente “não vai me convidar para entrar?”.

Sem dizer uma só palavra acenei para que ele me seguisse até meu quarto.

Scorpius entrou no meu quarto, em silêncio e se sentou na cama. Ele não me olhava, brincava com a minha coruja de pelúcia.

— Como consegue dormir com isso te olhando? – perguntou ainda sem me olhar.

Não respondi, apenas tranquei a porta e me sentei ao lado dele, sem olhá-lo. Ele continuou em silêncio, encarando a coruja, como se ela fosse a coisa mais interessante no quarto.

O que na verdade era, porque eu não tinha um vibrador.

— Você veio aqui pra paquerar a minha coruja? – perguntei com a voz fraca.

Ele colocou a coruja de volta na cama e olhou para mim, de verdade, pela primeira vez desde que chegou. Parecia chateado, confuso... Não consigo mais decifrar. Seus olhos estavam cinzentos.

— Na verdade, eu vim, porque temos que conversar. – ele respondeu com a voz rouca, profunda.

Eu não queria concordar. Eu tinha medo da resposta dele. Na verdade, eu tinha medo de todas as respostas do Scorpius, mas essa em geral era a que mais me assustava, porque tinha uma grande chance de ser “Eu não quero mais fazer isso, eu quero continuar sendo gay e vou contar para os meus pais. Eles têm que entender.” Eu não queria ouvir isso, não mesmo. Por mais que estivesse me machucando, eu queria que o Scorpius continuasse com seu plano de ser homem. Porque esse era o mais perto que eu poderia chegar.

— Eu não sei o que está havendo. – ele disse quando percebeu que eu não responderia. – Eu me sinto estranho. Eu sou gay Rose! – ele disse chegando perto de mim. Eu podia sentir seu hálito quente. – Eu sinto atração por homens, eu tenho vontade de beijar alguns homens, embora nunca tenha feito isso. Eu não estava planejando ficar, nem transar com aquele cara na festa, Rose, porque de uns tempos pra cá eu não consigo mais me imaginar fazendo isso, embora eu sinta vontade. Sabe o quanto isso é estranho? Provavelmente não, mas... – ele estava alterado, seus olhos estavam vermelhos.

— Na verdade eu sei. – desabafei. – Acha que depois da minha primeira vez eu nunca mais senti vontade de transar com ninguém? Você nem imagina o quanto. – brinquei e ele revirou os olhos. – Mas eu tenho medo, e isso me impede de sequer imaginar isso e... – ele colocou um dedo na minha boca, calando-me.

— Eu não sei o que está acontecendo dentro de mim Rose. Porque eu não sinto atração por mulheres, nunca senti... – ele disse e abaixei a cabeça, fazendo o dedo dele passar da minha boca para a minha bochecha, onde ele fez carinho. – Mas você é diferente. Eu sinto algo por você Rose, você me atrai. Mas eu sou gay. Eu gosto de homens e acho que isso não vai mudar.

Ele estava de “cara limpa”, dizendo tudo o que sentia. Me senti na obrigação de fazer o mesmo, por mais que a última frase dele tenha me partido em pedaços.

— E eu sou apaixonada por você e acho que isso não vai mudar.


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