Bilhete Trocado? Pretérito Imperfeito escrita por seethehalo
Notas iniciais do capítulo
Aaaai a reta final!!!
Chegou a hora de começar a contagem regressiva, isso é triste, porque em esatamente uma semana talvez nesse mesmo horário eu esteja postando o penúltimo capítulo da fic.
Buaaaaaaa...
Mas enquanto isso, divirtam-se com esse novo cap.
- Olha, Gih... Não me bate, mas eu acho que ele tem uma ponta de razão nessa história, viu.
- Até você?! Por queee, céus?
- Simples: associando os acontecimentos do último mês, mais as razões que o Bill apontou, mais o que você me contou; o resultado é claro e objetivo: é de Tom Kaulitz que você gosta e ponto final! Apesar de isso doer no meu coraçãozinho de fanzoca apaixonada...
- Tinha mesmo esperança de que eu fosse pagar o cupido pra você?
- Eu não disse isso!
- Mas foi o que deu a entender.
- Ai. Tá bom. Abafa. Mas agora. Você. E aí? Não vai sair à francesa de novo, vai?
- Sinceramente? É o que eu queria.
- Não te passa pela cabeça que mais cedo ou mais tarde vocês vão ter que ter essa conversa?
- Prefiro que seja mais tarde.
- Já está sendo. Vocês já adiaram demais.
- Se já adiamos demais, não vai fazer diferença que adie mais, mais, mais...
- Vai sim. O que vai fazer quando ele tirar o gesso e chegar a hora de vocês se acertarem? Hã?
- Eu fujo. Desapareço, sumo do mapa, vou pra algum lugar...
- Você está sendo infantil.
- Pode parecer idiota, mas seria uma boa. Voltar a ser criança... Não ter preocupação nenhuma, malícia nenhuma; apenas inocência e ingenuidade...
- É, mas não dá. Então é bom que você pare de procurar uma fonte dos desejos e aceite as coisas como são. Gih, eu acho que você tá precisando de um choque realidade, e quando eu for embora você vai ter um, bem dado.
- Detesto admitir mas você tem razão.
- E você tem um misto de orgulho e arrependimento com medo. Você tá se fazendo de durona não querendo admitir nada – Fernanda começou a contar as razões nos dedos -, está se condenando por ter se tocado que gosta do Tom e não do Bill como se isso fosse um crime incomensurável, e tá com medo de olhar na cara dele e se envolver agora. O quê, você acha que o Tom é de ferro, que não podia amar ninguém? Ou que você é de vapor cósmico, que não pode ser amada por uma pessoa humana? Olha, você me desculpe o tom de voz e a forma direta de falar contigo, mas é pro seu bem. O Planeta Perfeito dos Sonhos Felizes pode ser muito bom, mas chega uma hora em que ele para de girar. E parou pra você.
Giovanna ouviu tudo com atenção, sabia que a amiga estava certa. Não tinha como contestar, nem mesmo como concordar. Todo havia sido dito. Apenas deu-lhe um abraço, agradecendo-a por ter aberto os seus olhos.
- Pelo que pude perceber até agora, Gih, você e o Tom são iguaizinhos. Se encaixam perfeitamente na lei metafísica que se aplica a essa vida.
- E desde quando você sabe alguma coisa sobre leis metafísicas??
- Desde que li um capítulo de um livro da minha mãe. A teoria é exatamente o oposto da do ímã: pólos iguais se atraem e diferentes se repelem. Aplicando à situação, vocês se amam porque são iguais.
- A gente não se ama.
- Aham. E eu sou o Bozo. Imagina se se amassem.
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Enquanto isso, Bill chegou de volta ao hospital.
- Bill Kaulitz, se preocupação matasse eu precisaria de um milhão de vidas só pra você! Onde estava?
- Calma, mãe, só fui levar a Giovanna em casa!
- Foi buscar os tijolos pra erguer a casa? Faz mais de meia hora que eu cheguei aqui.
- Também não, né! A gente tava conversando, só.
- Imagino. Falando em conversa, o Tom falou com a Giovanna?
- Eu preciso responder?
- Se a resposta for o que eu tô pensando, não tem necessidade.
- Acha que não?
- É, né.
- Acertou. Dois teimosos! Se merecem. Aliás, já viu o Tom, mãe?
- Já, sim, eu tava lá com ele quando o levaram pra fazer uma tomografia. Trocinho demorado esse, hein.
- Posso falar com ele quando voltar?
- Claro. Mas que tanto assunto vocês três têm?
- Ah, mãe, você sabe.
- Sei, Bill, e por isso é que eu tô preocupada com você. É só você; Bill pra lá, Bill pra cá, Bill pra todo lado; você tá pagando a cordinha do cabo-de-guerra, sabia? Você não tá precisando de ajuda pra lidar com tudo isso, não?
- Agradeço a boa vontade, mãe, mas não. Isso envolve nós três; eu, Tom e Giovanna; então tem que ser resolvido entre nós. Eu sei que eu tô no meio dessa história, mas o que eu tô tentando fazer é justamente sair da confusão; agora é um pouco tarde, eu sei, mas antes tarde do que nunca; e que eu bem me lembre, eu fui o responsável por começar tudo isso.
- Como assim?
- Olha a cronologia dos fatos: o Tom ficava me enchendo o saco por causa da Gih – Bill apontava a ordem com as mãos como se os medisse com uma régua invisível -, aí eu começo a falar com ela, o que induz o Tom a falar com ela também. Acontece que o Tom é um idiota 95% assumido, que fica com dez na mesma noite mas até hoje não teve cara suficiente pra chegar na Giovanna. Eu não me conformo com isso.
- É o jeito dele, Bill, você já devia ter se acostumado.
- Grande bosta!
- Bill!
- É o meu jeito, mãe. Você já devia ter se acostumado. Como se isso justificasse o fato de ele ter usado o meu nome pra conseguir falar alguma coisa pra ela. – Bill assoprou a franja.
- Olha, Bill, vamos combinar uma coisa? Eu e você? Esse assunto dos e-mails está encerrado. Ninguém mais vai tocar nele, ok? Acabou, tá resolvido, é passado e quem vive de passado é museu.
- Ok, chefa. Você manda.
Dali a uns dez minutos Tom foi trazido de volta ao quarto, e Bill foi falar com ele.
- Já sei – disse Tom ao ver o irmão entrar no quarto -, veio perguntar por que cargas d’água eu não toquei no assunto quando a Gih veio aqui.
- Sim e não. Vim te fazer uma proposta.
- Diga.
- Você só falar com ela quando estiver “100% Tom Kaulitz” de novo. – ele fez aspas com os dedos – Ou seja, quando tirar esse gesso aí. Topas?
- Tudo bem, Bill?
- Tudo, por quê?
- Logo você, o defensor número um da causa FALE COM ELA JÁ, vir aqui e falar isso pra mim...
- Quê que tem?
- Tá legal, quem é você e o que fez com o Bill?
- Menos, Tom. Bem menos. E aí, vai topar ou não?
- Topo, claro. Mas posso saber por que resolveu mudar de ideia justo agora?
- Foi... uma conversa que eu tive com ela. Ela cismou que tem culpa no cartório por você estar aqui. Daí eu pensei; poxa, ela vai se sentir mal pacas se tiver que passar por mais essa. Vai ter que te ouvir falando o que você tem a dizer, enfermo desse jeito... Sofrimento, né?
- Né não. Tá certo então, Billete. Quando eu me livrar do meu lado orca, vou pôr tudo isso a pratos limpos.
- Hahahahaha... Você me mata de rir. Bom saber que você está tomando jeito.
- Engraçadinho.
- Acha mesmo? Bondade sua!...
- Ninguém te merece, Bill! Só eu, mesmo.
- Hãhã, olha quem fala. Vamos mudar de assunto?
- Vamos sim. Biiill como eu vou tocar guitarra desse jeito? Esse mês a gente não vai tocar em algum lugar?
- Acho que sim, mas vamos ter que cancelar, né. Fazer o quê.
- Poxa.
- Pelo menos cancelar um por causa do seu gesso vai ser menos pior do que quando eu perdi a voz... A gente precisou cancelar uma porrada de shows, lembra?
- Nem me fale, Bill.
- Aquilo foi horrível, foi a pior coisa que me aconteceu na vida.
- Ver tudo o que a gente deu o sangue pra conseguir quase escorrendo ralo abaixo...
- Ai, para, Tom, chega; falar disso me faz mal. Acabou, superamos, tá lá atrás, é passado; e como diz a mamãe, quem vive de passado é museu, o futuro a gente faz agora.
- Isso aí.
- Agora eu vou te matar de inveja e vou jantar no Mc mais próximo. A ti melhoras, Tomlete, au revoir.
- Poxa, Bill, eu podia dormir sem essa! Mancada!
- Tô zoando, seu bobo, não tô com fome. Mas eu vou pra casa mesmo assim, porque eu já tô ouvindo a minha cama gritar o meu nome, eu devo estar com olheiras até o queixo... Fica com a mamis aí, tchauzinho.
- Tchau. Boa noite.
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Dia seguinte.
- Poxa, Feer, você só tem mais uma semana aqui!
- É, né. Gih, posso te pedir uma coisa?
- Claro.
- Se não for pedir demais... Eu queria ir ver como está o Tom antes de ir embora.
- Vai. Mas eu não vou poder ir junto, senão vou descumprir o pacto feito com o Bill.
- Esse é o problema. Você não pode ir, e eu não sei o caminho. Eu fui pra aquele hospital uma vez, de carro e da casa da Looh. Não tenho ideia da localização dele.
Giovanna pensou um pouco e declarou:
- Eis o que vai ser feito.
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Até sexta, povin.