Bilhete Trocado? Pretérito Imperfeito escrita por seethehalo


Capítulo 43
Duas broncas


Notas iniciais do capítulo

Aaaai a reta final!!!
Chegou a hora de começar a contagem regressiva, isso é triste, porque em esatamente uma semana talvez nesse mesmo horário eu esteja postando o penúltimo capítulo da fic.
Buaaaaaaa...
Mas enquanto isso, divirtam-se com esse novo cap.



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     - Olha, Gih... Não me bate, mas eu acho que ele tem uma ponta de razão nessa história, viu.

     - Até você?! Por queee, céus?

     - Simples: associando os acontecimentos do último mês, mais as razões que o Bill apontou, mais o que você me contou; o resultado é claro e objetivo: é de Tom Kaulitz que você gosta e ponto final! Apesar de isso doer no meu coraçãozinho de fanzoca apaixonada...

     - Tinha mesmo esperança de que eu fosse pagar o cupido pra você?

     - Eu não disse isso!

     - Mas foi o que deu a entender.

     - Ai. Tá bom. Abafa. Mas agora. Você. E aí? Não vai sair à francesa de novo, vai?

     - Sinceramente? É o que eu queria.

     - Não te passa pela cabeça que mais cedo ou mais tarde vocês vão ter que ter essa conversa?

     - Prefiro que seja mais tarde.

     - Já está sendo. Vocês já adiaram demais.

     - Se já adiamos demais, não vai fazer diferença que adie mais, mais, mais...

     - Vai sim. O que vai fazer quando ele tirar o gesso e chegar a hora de vocês se acertarem? Hã?

     - Eu fujo. Desapareço, sumo do mapa, vou pra algum lugar...

     - Você está sendo infantil.

     - Pode parecer idiota, mas seria uma boa. Voltar a ser criança... Não ter preocupação nenhuma, malícia nenhuma; apenas inocência e ingenuidade...

     - É, mas não dá. Então é bom que você pare de procurar uma fonte dos desejos e aceite as coisas como são. Gih, eu acho que você tá precisando de um choque realidade, e quando eu for embora você vai ter um, bem dado.

     - Detesto admitir mas você tem razão.

     - E você tem um misto de orgulho e arrependimento com medo. Você tá se fazendo de durona não querendo admitir nada – Fernanda começou a contar as razões nos dedos -, está se condenando por ter se tocado que gosta do Tom e não do Bill como se isso fosse um crime incomensurável, e tá com medo de olhar na cara dele e se envolver agora. O quê, você acha que o Tom é de ferro, que não podia amar ninguém? Ou que você é de vapor cósmico, que não pode ser amada por uma pessoa humana? Olha, você me desculpe o tom de voz e a forma direta de falar contigo, mas é pro seu bem. O Planeta Perfeito dos Sonhos Felizes pode ser muito bom, mas chega uma hora em que ele para de girar. E parou pra você.

     Giovanna ouviu tudo com atenção, sabia que a amiga estava certa. Não tinha como contestar, nem mesmo como concordar. Todo havia sido dito. Apenas deu-lhe um abraço, agradecendo-a por ter aberto os seus olhos.

     - Pelo que pude perceber até agora, Gih, você e o Tom são iguaizinhos. Se encaixam perfeitamente na lei metafísica que se aplica a essa vida.

     - E desde quando você sabe alguma coisa sobre leis metafísicas??

     - Desde que li um capítulo de um livro da minha mãe. A teoria é exatamente o oposto da do ímã: pólos iguais se atraem e diferentes se repelem. Aplicando à situação, vocês se amam porque são iguais.

     - A gente não se ama.

     - Aham. E eu sou o Bozo. Imagina se se amassem.

 

___________________________________________________________

 

     Enquanto isso, Bill chegou de volta ao hospital.

     - Bill Kaulitz, se preocupação matasse eu precisaria de um milhão de vidas só pra você! Onde estava?

     - Calma, mãe, só fui levar a Giovanna em casa!

     - Foi buscar os tijolos pra erguer a casa? Faz mais de meia hora que eu cheguei aqui.

     - Também não, né! A gente tava conversando, só.

     - Imagino. Falando em conversa, o Tom falou com a Giovanna?

     - Eu preciso responder?

     - Se a resposta for o que eu tô pensando, não tem necessidade.

     - Acha que não?

     - É, né.

     - Acertou. Dois teimosos! Se merecem. Aliás, já viu o Tom, mãe?

     - Já, sim, eu tava lá com ele quando o levaram pra fazer uma tomografia. Trocinho demorado esse, hein.

     - Posso falar com ele quando voltar?

     - Claro. Mas que tanto assunto vocês três têm?

     - Ah, mãe, você sabe.

     - Sei, Bill, e por isso é que eu tô preocupada com você. É só você; Bill pra lá, Bill pra cá, Bill pra todo lado; você tá pagando a cordinha do cabo-de-guerra, sabia? Você não tá precisando de ajuda pra lidar com tudo isso, não?

     - Agradeço a boa vontade, mãe, mas não. Isso envolve nós três; eu, Tom e Giovanna; então tem que ser resolvido entre nós. Eu sei que eu tô no meio dessa história, mas o que eu tô tentando fazer é justamente sair da confusão; agora é um pouco tarde, eu sei, mas antes tarde do que nunca; e que eu bem me lembre, eu fui o responsável por começar tudo isso.

     - Como assim?

     - Olha a cronologia dos fatos: o Tom ficava me enchendo o saco por causa da Gih – Bill apontava a ordem com as mãos como se os medisse com uma régua invisível -, aí eu começo a falar com ela, o que induz o Tom a falar com ela também. Acontece que o Tom é um idiota 95% assumido, que fica com dez na mesma noite mas até hoje não teve cara suficiente pra chegar na Giovanna. Eu não me conformo com isso.

     - É o jeito dele, Bill, você já devia ter se acostumado.

     - Grande bosta!

     - Bill!

     - É o meu jeito, mãe. Você já devia ter se acostumado. Como se isso justificasse o fato de ele ter usado o meu nome pra conseguir falar alguma coisa pra ela. – Bill assoprou a franja.

     - Olha, Bill, vamos combinar uma coisa? Eu e você? Esse assunto dos e-mails está encerrado. Ninguém mais vai tocar nele, ok? Acabou, tá resolvido, é passado e quem vive de passado é museu.

     - Ok, chefa. Você manda.

     Dali a uns dez minutos Tom foi trazido de volta ao quarto, e Bill foi falar com ele.

     - Já sei – disse Tom ao ver o irmão entrar no quarto -, veio perguntar por que cargas d’água eu não toquei no assunto quando a Gih veio aqui.

     - Sim e não. Vim te fazer uma proposta.

     - Diga.

     - Você só falar com ela quando estiver “100% Tom Kaulitz” de novo. – ele fez aspas com os dedos – Ou seja, quando tirar esse gesso aí. Topas?

     - Tudo bem, Bill?

     - Tudo, por quê?

     - Logo você, o defensor número um da causa FALE COM ELA JÁ, vir aqui e falar isso pra mim...

     - Quê que tem?

     - Tá legal, quem é você e o que fez com o Bill?

     - Menos, Tom. Bem menos. E aí, vai topar ou não?

     - Topo, claro. Mas posso saber por que resolveu mudar de ideia justo agora?

     - Foi... uma conversa que eu tive com ela. Ela cismou que tem culpa no cartório por você estar aqui. Daí eu pensei; poxa, ela vai se sentir mal pacas se tiver que passar por mais essa. Vai ter que te ouvir falando o que você tem a dizer, enfermo desse jeito... Sofrimento, né?

     - Né não. Tá certo então, Billete. Quando eu me livrar do meu lado orca, vou pôr tudo isso a pratos limpos.

     - Hahahahaha... Você me mata de rir. Bom saber que você está tomando jeito.

     - Engraçadinho.

     - Acha mesmo? Bondade sua!...

     - Ninguém te merece, Bill! Só eu, mesmo.

     - Hãhã, olha quem fala. Vamos mudar de assunto?

     - Vamos sim. Biiill como eu vou tocar guitarra desse jeito? Esse mês a gente não vai tocar em algum lugar?

     - Acho que sim, mas vamos ter que cancelar, né. Fazer o quê.

     - Poxa.

     - Pelo menos cancelar um por causa do seu gesso vai ser menos pior do que quando eu perdi a voz... A gente precisou cancelar uma porrada de shows, lembra?

     - Nem me fale, Bill.

     - Aquilo foi horrível, foi a pior coisa que me aconteceu na vida.

     - Ver tudo o que a gente deu o sangue pra conseguir quase escorrendo ralo abaixo...

     - Ai, para, Tom, chega; falar disso me faz mal. Acabou, superamos, tá lá atrás, é passado; e como diz a mamãe, quem vive de passado é museu, o futuro a gente faz agora.

     - Isso aí.

     - Agora eu vou te matar de inveja e vou jantar no Mc mais próximo. A ti melhoras, Tomlete, au revoir.

     - Poxa, Bill, eu podia dormir sem essa! Mancada!

     - Tô zoando, seu bobo, não tô com fome. Mas eu vou pra casa mesmo assim, porque eu já tô ouvindo a minha cama gritar o meu nome, eu devo estar com olheiras até o queixo... Fica com a mamis aí, tchauzinho.

     - Tchau. Boa noite.

 

___________________________________________________________

 

     Dia seguinte.

     - Poxa, Feer, você só tem mais uma semana aqui!

     - É, né. Gih, posso te pedir uma coisa?

     - Claro.

     - Se não for pedir demais... Eu queria ir ver como está o Tom antes de ir embora.

     - Vai. Mas eu não vou poder ir junto, senão vou descumprir o pacto feito com o Bill.

     - Esse é o problema. Você não pode ir, e eu não sei o caminho. Eu fui pra aquele hospital uma vez, de carro e da casa da Looh. Não tenho ideia da localização dele.

     Giovanna pensou um pouco e declarou:

     - Eis o que vai ser feito.


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Notas finais do capítulo

Até sexta, povin.