Tragica Comedia escrita por Deedeegsr


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

MENINAS, MUITO OBRIGADA PELO COMENTARIOS DA OUTRA FIC, EU FIQUEI MUITO SURPRESA QUANDO ENTREI PARA POSTAR MAIS UMA, PEQUENA, PORÉM UM POUCO DIVERTIDA,OU NÃO, VOCÊS DECIDEM (KKK) ESPERO QUE GOSTEM.
MAIS UMA VEZ MUITO OBRIGADA.



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Sara estava de pé diante do andar superior do aeroporto, olhando para o horizonte, esperando o avião dele surgir no horizonte e tranquilizar seu coração ansioso.

A viagem de quase um mês, terminava naquela sexta feira. Eles tinham o final de semana de folga e ela estava planejando, há dias matar aquela saudade imensa que estava sentindo.

Um leve sorriso e outra olhada no relógio bonito que ele havia lhe presenteado.

Tinha sido uma surpresa deliciosa quando ele chegou com aquela caixinha bem embrulhada e com uma expressão linda. Foi um gesto doce dele, já que não havia um motivo especial.

O rosto cansado pela jornada atribulada, se iluminou em um sorriso de enlouquecer ao receber o pacote. Ele amava todos os seus sorrisos e aquele gesto havia tido o efeito desejado. A surpresa era para ela e ele é quem havia ganho o presente maravilhoso. A felicidade escancarada dela.

É lindo, Gil !

_Você gostou ?

_Demais.”

Ela havia distribuído dezenas de beijos pelo rosto dele, depois foram interrompidos pela campainha.

Greg e Nick levavam cervejas e alguns petiscos, e ele teve que passar uma boa parte do tempo, escondido no quarto dela. Sara teve a brilhante ideia de dizer que iria fazer um jantar melhor e obrigou seus amigos a descer para o hipermercado há duas quadras dali, alegando que não tinha os ingredientes necessários.

Com a saída deles, ela buscou seu namorado e lamentou que ele tivesse que ir. Tinha sido um desperdício abafar seus desejos e adiar para o dia seguinte, um encontro mais íntimo.

Muitos contratempos aconteciam com eles. Num relacionamento às escondidas, parecia ser comum tantos acontecimentos adversos. Alguns tristes, outros engraçados e outras ainda, bem frustrantes.

Ela se lembrou de algumas passagens, enquanto continuava a admirar o céu intensamente azul.

Mesa cuidadosamente arrumada, velas aromáticas acesas, um vestido simples, porém estrategicamente arranjado para que ele pudesse ter uma visão agraciada de suas pernas, que ele confessara adorar, o perfume caliente com notas inebriantes de flores exóticas.

Tudo perfeito.

A campainha, troca de olhares sensuais, sorrisos maliciosos, vontades prontas para serem exploradas e um telefone que tocava insistentemente.

Um caso extraordinário que tomou o tempo de dois turnos inteiros e ininterruptos.

A comida na geladeira, roupas substituídas por coletes e botas de trabalho nada elegantes. Foi o tempo de trocarem um beijo apaixonado e saírem apressados. Terminaram por enganar seus estômagos com a lanchonete da esquina do laboratório.

Em outro momento engraçado, mas ainda mais frustrante foi quando eles estavam nos braços um do outro e a porta foi escancarada por um dócil cão passando muito mal. Ele “procurou” ajuda depois de ter comido metade do enchimento de uma das almofadas da sala. O tapete do quarto foi alvo de uma viscosa mistura de algodão, muita baba e até um botão despedaçado. Embora estivesse apenas encostada, eles não conseguiram entender como foi que Hank conseguira abrir aquela porta.

A noite terminou com eles na emergência do hospital veterinário, aliviados por saberem que não haveria consequências mais drásticas com o bicho que tanto amavam.

Ela começou a rir sozinha quando se lembrou da semana em que ele se preparava para a viagem.

“Coitado”

Falando sozinha em meio a uma pequena multidão, e alguns olhares estranhos, seu pensamento se remeteu a um incidente, ou acidente, em que ela fizera ele sofrer.

Ela estava à beira da pia da cozinha preparando um pequeno jantar no apartamento dele, o som ligado a uma altura suportável, porém alta, quando se virou de repente com uma pesada colher de inox na mão.

Ela se chocou com seu namorado bruscamente e o objeto acertou em  cheio bem na altura de seu quadril. Foi um baque forte que fez com que ele se curvasse de dor, gemendo muito alto.

“Eu não ouvi você chegar, me perdoa !”

Sara chegou ao desespero de tocar a região, o que valeu a ele uma dor ainda mais aguda. Ela não sabia o que fazer, era notório que doía muito.

Ele respirava com dificuldade e se curvou diante dela indo até quase ao chão.

“Gil, desculpe, amor, eu não tive a intenção, acredite !”

Ele mal conseguiu proferir uma só palavra que fosse. De sua boca saíam apenas gemidos tortuosos que ela quis esbofetear a simesma, se punindo.

Pálido e andando com uma certa dificuldade, ele chegou até o sofá.

Imediatamente, ela conseguiu uma bolsa de compressa gelada e, muito sem jeito, entregou a ele.

“O que é isso ?”

Ele conseguira dizer com uma dificuldade enorme, estava sem forças e sem fôlego.

“Compressa gelada”

A expressão de dor dele atingiu a ela ainda mais em cheio, ele tomou o material da mão dela e quase gritou de dor quando o objeto tocou sua parte íntima por cima de suas calças jeans.

Se ele fosse uma menina, teria chorado, com toda certeza.

Ele perdeu a fome, seu estômago revirava e seu amigo, que parecia bem animado antes que fosse atropelado por aquela colher maldita, acabou inibido e dolorido.

O alívio não foi imediato, o gelo apenas amenizou parcialmente o problema, foram precisos alguns dias para que voltasse a ativa. Ainda sentia desconforto nos momentos de higiene, suas cuecas precisaram ser um pouco mais folgadas e o pior, carinhos nem em pensamento.

Ela esteve por todo o tempo de sua “convalescença”, se amaldiçoando. E ele tentando acalmar sua morena preocupada, com palavras de carinho.

“Isso acontece, querida.”

“Você quer ir ao médico ?”

“Não precisa, alguns dias e ficarei inteiro de novo.”

“Eu nunca vou me perdoar se … se ...”

“Nem pense em dizer o que está pensando, vai passar, acredite.”

“Dói muito ?”

“Um pouco.”

Ele havia notado que ela não conseguia, naqueles dias, nem ao menos rir das piadas de Greg.

“Sara, olha, quando era garoto, levei uma bolada na praia em um jogo de futebol com meus primos, e como você mesma sabe, não tive maiores consequências.”

“É, mas isso não exime a minha culpa.”

“Venha cá.”

Ele puxou sua namorada para o sofá e trocaram alguns beijos carinhosos e nada mais.

A prova de que tudo estava bem foi quando eles fizeram amor quase alucinadamente na mesma tarde em que ele pegou o voo para estar quase do outro lado do país.

Um puxão em suas calças e ela voltou à realidade.

Ao olhar para baixo notou uma criança com incríveis cachinhos dourados olhando estranhamente para ela.

_Você está rindo sozinha, moça ?

Ela sorriu com graça para o garoto muito bonito e se abaixou para ficar na mesma altura que ele.

_Estava lembrando de uma coisa engraçada.

_Steve !!! - Ela olhou para o lado e viu uma mãe desesperada pegar o filho nos braços._Não faça mais isso comigo, entendeu ? Seu pai vai ficar furioso !

A mulher olhou para Sara e sorriu bastante sem graça.

_Me desculpe, ele estava importunando ?

_Imagine, de maneira nenhuma.

Eles se afastaram e ela viu quando a mãe do pequeno Steve o abraçou com força, quase chorando.

O alto falante e o anúncio da chegada do voo dele.

Ela avistou a aeronave pousar e espalmou a mão na enorme parede de vidro, minutos depois, avistava a cabeça grisalha descer rapidamente do avião, procurando ao redor a cúmplice de momentos deliciosos e outros, nem tanto !



FINITO


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Notas finais do capítulo

E ENTÃO, O QUE ACHARAM.
É DELICIOSO RECEBER COMENTARIOS, ADOREI !



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