The Alternative escrita por Benjamin97


Capítulo 1
A alternativa.


Notas iniciais do capítulo

Assim que tudo começa, assim que a segunda vida de Bree acaba, dando início a uma outra. A alternativa de sua sobrevivência.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/354985/chapter/1

...

"— Cuide disso, Felix — disse Jane indiferente, apontando para mim com um movimento de cabeça. — Quero ir para casa.

— Não olhe — sussurrou o leitor de mentes de cabelos cor de bronze.

Eu fechei os olhos."

...

Esperei a dor dilacerar meu corpo, esperei o calor do fogo. Nada aconteceu. Será que a morte foi tão indolor? Ainda sentia o vento no meu rosto, enxergava as minhas pálpebras clara pela luz do sol. Abri os olhos. O que eu vi foi o que mais me surpreendeu: Jane estava com a mão no ombro de Felix, o impedindo de prosseguir a execução. Suspirei surpresa. Felix parecia tão surpreso quanto eu.

– Espere, Felix. – o rosto de Jane estava indecifrável. O que quer que ela tenha pensado, não seria segredos para o leitor de mentes. – Daremos uma chance a esta garota. Carlisle, você se responsabilizará por esta recém-criada?

– Sim, Jane. Minha família e eu nos responsabilizaremos por ela. – respondeu Carlisle meio segundo após.

Então era isso? Iria viver? Eu não me importava se iria morrer. Uma parte de mim havia morrido há dias, Diego havia morrido.

– Sabem que não somos de fazer concessões, mas esta será uma exceção. Qualquer deslize desta garota e vocês serão punidos. – Jane prosseguiu.

Senti um arrepio percorrer minha espinha. Se eu pudesse chorar, já estaria fazendo isso. A aflição me atingia.

– Eu não farei nada de errado. Eu prometo. – me intrometi.

– Calada. Você não está em condições de dizer nada. – Jane rebateu.

Minhas narinas inflaram. A raiva me consumiu, mas apenas abaixei a cabeça. Fiquei ouvindo calada. Queria ter a oportunidade de arrancar a cabeça de Jane, mas seus olhos vermelhos leitosos me amedrontavam, dilacerando minha bravura. Pelo menos Riley estava morto, Diego estava vingado.

– Não há mais nada para se fazer aqui. Mandarei suas lembranças para Aro, Carlisle. – a voz monótona de Jane cortou meus pensamentos.

Não houve mais tempos para despedidas. E, do mesmo jeito que apareceram, os Volturi desapareceram. Saíram do campo flutuando com seus mantos pretos, como fantasmas. 7 segundos se passaram e começaram os suspiros. Minha garganta começou a arder novamente, o fogo implacável me queimando de dentro para fora. O cheiro da humana fisgava meu corpo, mas não poderia fazer nada. Eles me ajudaram, o que poderia fazer a eles? Apenas agradecer. Prendi a respiração, já que poderia ficar assim indefinidamente. Jasper continuava do meu lado, o rosto com poucos centímetros de distância de mim. Ele me encarava com certa curiosidade. Olhei para o clã dos olhos amarelos, assustada e desprevenida.

– Venha cá, minha filha. – e, de repente, Esme estava do meu lado, querendo pegar minhas mãos. Agarrei suas mãos. Ela me abraçou. Agarrei seu corpo como se fosse um porto seguro, um ponto onde poderia descarregar minha tristeza. Além do Diego, ela foi a única que tive um contato tão próximo. Ela parecia realmente uma mãe... Uma mãe que pouco desfrutei do amor. Amor... Palavra que não fazia sentido para meu antigo grupo, mas para esse parecia que tudo girava em torno deles. Eles se amavam. A única pessoa que eu amava estava morta.

– Obrigado... – foi tudo que eu consegui dizer.

– Bem vinda a família, Bree. Meu nome é Edward Cullen. – o vampiro do cabelo cor de bronze disse, sorrindo como um deus. Ele era lindo. Mais lindo que Riley, até.

Todos os outros acenaram para mim, menos a humana. Ela não tinha medo de mim, parecia encanto. Deveria estar pensando em como sua vida seria como vampira, se ela iria se parecer tão assustada quanto eu. E a dor voltou. Apertei minha garganta com força, me desvencilhando de Esme.

– Você está com sede. – disse Jasper.

– Sim. – respondi de prontidão. – Onde posso caçar? Eu preciso muito...

– Olhe, tem uma coisa que você precisa saber. – Carlisle me cortou com sua voz doce e calma. – Nós não nos alimentamos de humanos. – Não? Como assim? Pelo visto não sabia nada mesmo sobre vampiros. – Nós bebemos sangue de animais. Isso controla nossa sede, nos tornando civilizados para viver socialmente com humanos. Isso que torna nossos olhos amarelos. Você terá que se adaptar a essa vida.

Tentei não rir. Animais? Esse seria o preço pela minha vida? Tudo bem, eu tentaria. Mas como sangue animal nos daria força? Nunca havia pensado em nada. Aliás, como poderia pensar naquele tumulto com vampiros? Quase impossível. Minha mente vagava em os momentos da minha breve antiga vida.

– Onde podemos caçar? Por favor, está queimando. – a dor só aumentava. Era como se a humana enfiasse facas na minha garganta.

– Eu me ofereço. – disse Edward prontamente. A humana o apertou contra si. – Só terei que levar Bella para nossa casa, ela precisa descansar. Ligarei para Charlie depois.

– Tudo bem, vamos. – Carlisle o reforçou. – Bree, siga nosso rastro.

A vampira loira e o vampiro enorme de cabelos pretos – que soube que se chamavam Rosalie e Emmett – correram para longe, indo para casa. Edward colocou Bella em suas costas e correu. Jasper, Alice, Esme e Carlisle foram logo atrás. Me levantei e corri também, logo já estava ao lado deles. O caminho era muito belo. Árvores rodeavam todo o lugar, pequenos roedores andavam por todo o caminho, mas não havia nenhum animal grande por ali. Depois de alguns minutos correndo por meio das árvores, ouvi o barulho de um rio. Todos pularam por cima dele, dando a impressão de que faziam isso por anos, então, provavelmente, a casa estava por perto. Aumentei a velocidade e pulei também, sem nenhuma dificuldade. Logo as árvores deram espaço a um campo com uma bela casa em frente. Parei.

– Uau... – eu estava totalmente maravilhada. Aquilo parecia um lar... Era um lar!

– Será seu lar a partir de agora, filha. – disse Esme, parada ao meu lado. Filha... Aquele palavra doeu, doeu como se alguém arrancasse meu coração morto, mas, pela primeira vez, era uma dor boa. Uma dor que me fazia queimar de satisfação.

Lembrei de Fred. Será que ele estava me esperando ainda? Eu poderia ir até ele, trazendo-o, talvez, para junto de mim. Ele poderia ser meu amigo, minha família. Mas naquele momento, tudo que eu pensava era na sede implacável.

– Agora podemos caçar. – e Edward apareceu ao meu lado, substituindo Esme. – Vou te ensinar algumas coisas. – Já não estava mais ao meu lado, havia ido.

Corri atrás dele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Em breve sairá mais um capítulo. Digam suas opiniões, quem sabe atenderei :))