O Mistério Da Fera escrita por Liz


Capítulo 18
Capítulo 18 - A reforma na estufa


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Aqui está mais um capítulo! Estou tentando escrever bastante para atualizar todos os dias para terminar antes que as férias acabem... E então começarei outra fic!
Espero que goste!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/354798/chapter/18

Estevão havia ficado sem falar com Gisele durante um mês. Ele a observava uma vez ou outra pelo mesmo pequeno buraco que ligava seu quarto em direção ao dela. O buraco era quase imperceptível. Só quem tinha conhecimento daquele buraco conseguiria enxergar algo através dele.

Ela não havia ficado tão triste desta vez porque pensou que ele tinha seus motivos e pensou que tinha medo de contar para ela e, então, resolveu vê-lo pessoalmente. Era uma tarde ensolarada. Ela se levantou de sua cama e foi até o quarto de Estevão. O rapaz estava sem fazer nada, apenas pensando, como fez o mês inteiro. Ele percebeu que a maçaneta estava se movendo. Correu até a porta e a segurou com força. Gisele logo percebeu que ele estava do outro lado, até porque ele nunca tranca a porta. Estevão começou a pensar nessa possibilidade. Mas será que isso seria a melhor solução? Ou o melhor era deixar que ela descobrisse tudo desse modo?

Enfim, a menina foi para o seu quarto. Mas ela não desistiria.

***

Havia anoitecido e Fernan chamou Gisele para jantar. Depois que Estevão lhe permitiu fazer favores e não obedecer às ordens deles, ele passou a tratar Gisele como uma filha, sempre lhe dizendo o melhor a fazer nos momentos certos, principalmente sobre Estevão, já que, mesmo sem sua alteza lhe dar a liberdade, lhe tratava como um filho, por mais que não o conhecesse muito ou que pensasse não conhecê-lo muito.

A menina desceu para jantar. Sentou-se à beira da mesa e Fernan também se sentou para comer, como havia feito de umas duas semanas para cá.

Os dois se serviram e começaram a comer.

- Fernan...

- O que foi?

- Eu tentei entrar no quarto do Estevão hoje.

Fernan havia parado de se concentrar na comida e olhou fixamente para a moça.

- E...?

- Ele segurou a porta e não consegui ver nada.

- Gisele, não queira saber de nada.

- Assim você me assusta. – Ela largou os talheres dentro do prato.

- É que você pode ficar triste.

- Obrigada pela preocupação. – Ela sorriu. – Mas ele disse que tem dúvida se me ama, não disse? Pra ele provar, ele tem que confiar em mim.

- Concordo, mas...

- Fernan, sei que você sabe o que tem naquele quarto e não estou te pedindo para me contar. – Ela segurou as mãos dele. – Só estou te pedindo para não me impedir de tentar descobrir. – Ela sorriu e ele devolveu o sorriso.

Continuaram comendo e conversando sobre uma futura reforma no jardim que seria organizada por ela e Fernan estava disposto a ajudá-la.

Gisele terminou de comer e subiu para seu quarto. Ela viu Estevão saindo de seu quarto e trancando-o.

- Já jantou? – Estevão sorriu.

- Sim. – Ela sorriu de volta.

- Há quanto tempo não nos falamos, não é?

- Pois é. – Ela sorriu e abaixou a cabeça.

- Parece que se passaram anos e não dias.

- É verdade.

- Quer conversar comigo?

- Pode ser. – Balançou os ombros e fez pouco caso.

Ela entrou em seu quarto e Estevão a seguiu. Gisele se sentou em sua cama e ele ficou em pé andando pelo quarto, observando cada detalhe daquele lugar, como fazia a maioria das vezes que entrava lá.

- O que você fez, ultimamente?

- Li muitos livros, conversei bastante com Fernan, tive muitas vontades, ideias...

- Que tipo de ideias?

- Eu queria reformar o seu jardim. Seria ótimo para ocupar o meu tempo.

- O que acha de uma estufa? Seria maldade demais maltratar as plantas.

- Mas eu colocaria outras no lugar.

- Você pode cuidar melhor destas em uma estufa.

- Eu nunca fui a uma estufa.

- Eu tenho uma estufa. Só que ela está vazia e ela é enorme. Acho que conseguiremos enchê-la de novo, não acha?

- Claro!

- Quer começar quando?

- Tem algo pra fazer agora?

- Não. – Gisele sorriu para ele. – Então, vem. – Ele segurou a mão dela e a puxou.

Os dois andaram, andaram e andaram e Gisele percebeu que não conhecia quase nada daquele lugar, apesar de estar morando ali há tanto tempo.

- Você disse que teve muitas vontades... Quais são estas vontades? – Estevão dizia enquanto andava.

- Acho que a que você poderia tornar possível é um espaço para que eu pratique balé, já que você não me deixaria sair para ir a um instituto.

- É perigoso para você, meu doce. – Ele sorriu e tocou seu queixo. – Eu posso arranjar um espaço sim.

- Não sabe o quanto isso me fará feliz. Não uso minhas sapatilhas há meses.

- Falando em “não uso há meses”, há quanto tempo não toca piano, não é?

- Eu lembro que, na maioria das vezes que eu tocava, eu te incomodava e, então, achei melhor parar.

- Eu nunca disse que me incomodava.

- Bem... É que faz bastante tempo que eu não toco e acho que esqueci muitos acordes.

- Isso é invenção sua.

- Claro que não!

- Depois, eu vou te ajudar a recordar, então. – Os dois sorriram, sem mostrar os dentes.

Avistaram um lugar com gramado descuidado e uma estufa totalmente suja, gigante e vazia.

- Eu deixei algumas sementes aqui no canto neste saco. – Estevão pegou o saco que ficou perto da entrada da estufa.

- Vamos começar?

- Sim. – Sorriram.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido!
Fique com Deus!!!
Beijos...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Mistério Da Fera" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.